E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Os fortes fazem sua própria travessia, mas nunca se enredam com os fracos para que não sofram decepções e fracassos.
Somos arrastados para qualquer travessia, a vida não tem guia.
Há caminhos sofridos e há caminhos de tanta alegria, que fascinação!
Não se vive nenhuma passagem cega, muda ou surda, dos dias aos anos as ilusões “remexem” as fantasias dormentes.
Todo silêncio é ausente, e se destina a qualquer vil interpretação.
Por isso a vida é ação presente, é quente, e é essa beleza que comove e encanta a emoção da gente…
Inúteis são as certezas, elas são correntezas das sublimes e particulares agitações.
E na travessia do caminho, as chamas sempre haverão de incendiar meu coração. Pois a noite ameaça o dia em qualquer estação.
Aquilo que nos queima também serve para iluminar. Qualquer escuridão esquecida já teve um dia de “clarear”
Eis vida que chama e é chama, chamas que nos queimam e que também nos levam à algum lugar!
Katiana Santiago
No Mar da Vida ...
Não existe chegada
Apenas a travessia
O sábio sabe disso
Por isso na paz se delicia.
Travessia...
Não há motivos
para eu esquecer
o que foi bonito
e passou por mim,
deixando tanta saudade
e marcando forte,
um cantinho no coração.
Tudo mudou,
a vida foi vivida,
mas continuou
com o passar dos anos
aquela passagem
que levava ao outro lado
e me fazia tão feliz
ao olhar a água do rio
que passava apressadamente
dando saltos sobre as pedras
e dizendo que estava indo.
Estranhamente,
quando a chuva caia,
cheio, transbordando,
ele seguia tão silenciosamente
que parecia não ter passado ali,
naquele dia.
by/erotildes vittoria
A Travessia.
§
Talvez não saibas até onde esse rio pode alcançar
Ele flui, flui a cada passo que damos,
flui enquanto estamos e somos,
Nele está toda essência que procuras
Estão as mudanças das eras vindouras,
a grande identidade de quem és
a mudança contemplativa que tomas
não tem como fugir, nem se esconder
quando tudo acabar, lá ele estará te esperando
Lança nele, seus medos, suas dores,
o que mata a tua cede, o que produz os amores
ele limpa, leva-nos a porto seguro
é preciso apenas fluir, deixar fluir
ouvir a linguagem da alma
mais que a simples batida do coração
é preciso simplicidade de olhar
o mergulho exige coragem!
§
O dia já vai entardecer meu irmão!
Navegue nesse rio, o que te prende, aqui?
Deixe a incompreensão e a insensatez
e flua... mergulhe! Navegue
um dia você irá entender,
porque as correntezas te puxou para longe
Você verá luz, e avistará as montanhas do futuro
deixa fluir, os rios que hoje te chamam
§
Há esperança no amanhã
A pergunta é como chegar lá!?
O rio te chama, o rio irá te guiar
use os mapas de navegações como complemento
deixa fluir do teu interior o chamado
será uma aventura fluindo do mesmo lugar
produza excelência naquilo que faz
por mais humilde que pareça e simples que seja
a mudança do tempo, exige esse mergulhar
a experiência da travessia é o mergulho
§
O amor te convida,
a experiência te chama, mergulha!
Deixa o homem interior fluir
deixa a espiritualidade te tocar
o rio é ponte, o rio é fonte
a palavra te convidando a mergulhar
ela tem formas e a eternidade habita nela
e sob o olhar desse rio fluirá para a vida eterna
Mergulhe sem medo, navegue nesse rio de vida!
Fluir até chegar em um novo lugar.
§
PRESENÇA ADVAITA
A travessia do ser que deixa de lutar contra si
A cidade ainda não dormiu.
O ar tem cheiro de chuva e café esquecido.
Há buzinas, passos apressados, vozes cansadas atravessando a noite.
Aqui dentro, a casa fecha as pálpebras e o corpo desaperta os ombros.
A respiração desacelera, como se o tempo, por um instante, perdesse a pressa.
Não é iluminação, é pausa.
Não é milagre, é o cansaço que aprende a sentar.
No intervalo entre o que se esgota e o que começa, algo desperta.
É mais sopro que ideia, mais pele que palavra.
Viver é sentir.
Sentir é o único gesto que não mente.
É quando você acontece.
Não chega, se revela.
Nada em você exige lugar, mas tudo muda à sua volta.
O ar fica mais leve, as sombras perdem pressa.
O silêncio ao seu lado tem temperatura.
Parece uma mesa posta no meio da alma.
Você toca o lugar em mim que sempre esperou,
e algo, enfim, consente.
Ainda com medo, eu consinto.
Não há urgência, há respeito.
A ternura não anuncia sua entrada,
ela simplesmente chega e fica.
O medo, visto de perto, se torna pequeno.
A dúvida, cansada, adormece na varanda do peito.
O que antes era abismo agora é chão molhado,
com marcas de quem passou e ficou.
O ser é o campo onde o medo e o amor se escutam.
Ali, o humano e o eterno se olham sem querer vencer.
Quando há escuta, o silêncio deixa de ser muro e vira ponte.
Antes da calma houve deserto.
Antes da ternura, ferida.
Já temi o que mais amava,
já fugi do que me curaria.
Até que o orgulho se desfez,
e a suavidade entrou pela fresta da noite.
Nem tudo em mim é paz.
Ainda há grito guardado,
e o eco às vezes volta sem aviso.
Mas ele já não fere, apenas me devolve à carne.
O amor que prende é medo disfarçado de zelo.
O amor que acolhe tem mãos abertas e chão firme.
Nele, dois seres se olham sem truques.
Ambos feridos, ambos atentos.
Sabem que o outro teme, e ainda assim permanecem.
Eu tropeço.
Duvido.
Às vezes quero trancar a porta e esquecer o mundo.
Mas é a dúvida que me devolve à fé,
essa fé pequena, feita de respiração e paciência.
Só quem sente profundamente aceita não entender tudo.
Com você, o tempo não desaparece, ele respira.
A casa continua casa, o mundo continua áspero.
Há contas, filas, injustiças e gente que carrega o dia nas costas.
Mesmo assim, algo em nós encontra um ritmo bom,
um espaço simples onde a ternura sobrevive.
Não busco eternidade, busco verdade.
Prefiro o instante vivido à promessa que não cumpre calor.
O que é real não morre, apenas muda de rosto.
A presença é o milagre discreto que sustenta o mundo enquanto ninguém vê.
Não há promessa, há encontro.
Não há destino, há travessia.
Você não chega, acontece,
como chuva breve em tarde quente,
lavando o pó do que restou.
A plenitude não está em domar os sentimentos,
mas em atravessá-los inteiros.
Quando compreendo o medo, o amor deixa de ser fuga
e vira casa com portas que abrem por dentro.
Nem tudo que acalma cura.
O silêncio também corta,
mas é corte que limpa,
como mar depois da tempestade.
Às vezes a luz arde antes de iluminar.
Às vezes o amor desmonta o que eu usava para me proteger.
Se o tempo nos afastar, a presença não parte.
O sentir muda de tom, como maré que recua
só para lembrar que voltará.
Você é travessia,
o agora entre duas incertezas,
a prova de que o amor pode existir sem fazer barulho.
Se o silêncio for tudo o que restar,
ainda assim haverá amor.
O que é verdadeiro não precisa ser dito.
O toque fica mesmo quando a mão já se foi.
A lembrança não pede voz,
a pele ainda sabe o caminho.
Ser forte não é erguer muralhas,
é continuar sensível quando o mundo pede dureza.
É olhar o outro e ver o mesmo espanto,
a mesma fome de não ferir.
Escolho te sentir.
Não para possuir, mas para reconhecer.
Não para vencer, mas para ser verdadeiro.
Se o sentir trouxer dúvida, que venha.
Que confunda e console.
Que assuste e cure.
Que desfaça o chão só para mostrar o céu que sempre esteve ali.
Entre nós talvez não haja nome,
e tudo bem.
O real prefere ser vivido a ser explicado.
O amor que nasce quieto é o que mais permanece.
Ele não disputa palco, respira.
É o som do ser se reconhecendo no outro.
Quando o ser se torna simples, o medo aprende a ouvir.
Nada precisa ser vencido quando é compreendido.
A sabedoria não nasce da força,
mas da entrega.
Do instante em que o ser para de fugir de si
e percebe que nunca houve vazio,
apenas verdade esperando espaço.
A cidade enfim silencia.
Uma janela apaga, outra acende.
O ar cheira a terra molhada.
E no reflexo do vidro, eu me reconheço.
O silêncio me olha,
e nele eu ainda vejo.
"A vida é uma grande travessia em pequenas etapas. Se pegarmos atalhos não chegaremos preparados ao outro lado."
O entre-lugar não é o ponto de partida nem de chegada. É o território da travessia, onde o ser é provado pelas batalhas mais árduas e lapidado pelas pedras mais ásperas do caminho.
Fiz da minha travessia
Um verso que não ria;
Entre soluço e resistência
Guiado pela mão da Inconsciência.
Nessa travessia de vida existem pessoas que podem não te Amar, e pessoas que podem te odiar!
Porém não se precisa ser exatamente assim.
A ponte entre o céu e a terra não é tão longínqua, na verdade é uma travessia eterna.
A lacuna de cada existência é necessária para o receptor de aprendizado adquirir todo conhecimento necessário. E num corpo será atribuído o livre arbítrio e no peso de suas ações evoluirá o espírito.
No caminho de Deus
ele não prometeu uma travessia
fácil, rápida ou menos dolorosa,
mas uma chegada segura e feliz.
Kennedy Soares
Não insisto no que não existo.
A travessia da ponte ilusória que criei em mim nos separa a cada tic tac do tempo.
No meio…
é onde me encontro em segurança,
sem lembrar
que o caminho
se encontra no caminhar.
Ouço vozes sussurrando e respondo a todas.
Do lado de cá parece tão tranquila a
decisão de opinar.
Repleta de
sim e não
eu sigo parada entre o aqui e o lá.
Sua voz me chama clara como a lua cheia.
- venha.
E a ponte se estende a cada passo, me tirando você, e me levando de mim.
Como posso insistir no não existir.
Você nunca
se fez real.
E mesmo me sentindo tolamente egoísta,
te respondo claramente que meus melhores momentos nunca aconteceram dentro do real, lógica me apavora.
Então meu querido eu desconstruí essa ponte, entreguei meus passos e
aprendi a voar.
Me acompanhe.
Pra sempre sua.
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