E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Vivemos em um tempo em que vociferar suas convicções é o caminho para a leviandade de suas verdades. A todo momento encontramos com pessoas carentes de expor pensamentos tacanhos em prol das suas mais que absolutas certezas. Não há espaço para dúvida, ou é, ou não é. Fora o tempo em que nossas avós dizem meias verdades, hoje precisamos estar conectados com as verdades absolutas de um grupo que se deixou levar pelo medo, pelas inconsistências semânticas de discursos evasivos. Não há nada a ser dito, somente a ser reproduzido. A intolerância atingiu recônditos inexplorados e apoderouce-se dos discursos efusivos de fundamentalistas defensores da fé cega, de proporções homéricas. Como diria Fernando Pessoa: onde é que há gente nesse mundo? Então sou só eu que sou vil? Esse discurso de ódio nos aduz às mais insandices das hipocrisias humanas, revela-nos a fragilidade de uma cultura insípida, porém com todos os sabores dos pseudos racionais, paladinos de uma razão de proporção bíblica, contudo à margem da pureza do amor verdadeiro. Já dissera o grande mestre: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Desculpa, mas não temos tempo mais para isso hoje, não com toda essa tecnologia que nos impele a ser nós mesmos, que nos lance ao abismo de nos tormentas e para sobreviver às tortuosas desesperanças, lançamos mão dessa nossa pureza. Afinal, quem vive de migalhas são os porcos e antes de você, existe o eu. Para dar força contrária a esse discurso, muitos dirão que minhas palavras são expressões vazias dentro do mundo de Alice. Não há mais um país das maravilhas. E não há por quê? Por que ao cantarmos nossas diferenças, isso lhe dá o direito de ser rude? Será que ninguém absorveu o que nossos pais viveram com a Woodstock? Onde foi parar aquela liberdade de amar? Vivemos em um tempo de guerra, em que matamos para podermos ser vistos. Sim, matamos não somente os outros, mas a nós mesmos, matamos em nós o nosso direito de ser amável, solidário, afetuoso; porque aprendemos paulatinamente que isso é para os fracos, melhor, para os fracassados. Saramago, brilhantemente, nos confessa (e faço das palavras dele as minhas) que a palavra de que ele mais gosta é o não, há um tempo em que é necessário dizer um não, pois o não é a única coisa verdadeiramente transformadora. Assim, diante de tantas desmesuras, de tanta desumanidade, é essencial que digamos não a tais censuras. Para que não nos acostumemos a essa fria realidade opressora, defensora da falsa moral e dos falsos bons costumes. Entretanto eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
Há um certo tempo, descobri que nunca olhei para vida. Ela, diante de mim, crescia tímida, temerosa que seus encantos pudessem me afugentar e, por isso, inerte, absorta em seu escaninho, olhava-me com olhos de ternura. Com a paciência de Jó que lhe impunha a fim de ver desabrochar o oportuno instante de não ter seus abraços partidos por minha desfatez. Ela sempre me olhando como sou, eu olhando-a como eu imaginava vê-la. Aos poucos, entre tantos dissabores e do fel da fria concretude da realidade, nós dois nos tocamos. A pele logo se ouriçou, aquele frio na espinha desceu até os calcanhares e nós nos olhamos. Notei que aquela não era a vida que há anos observava, chorei ao ver as marcas dos fulcros que as lágrimas deixavam por onde escorriam em seu rosto, a aspereza das mãos, os pés descalços, a boca seca, os cabelos desgrenhados... eram tantas as marcas que era difícil, ao primeiro encontro, apaixonar-se por tal criatura. Entretanto o brilho angustiado de seu olhar ainda era vivo e senti-me convidado a contemplar a visão que dali a vida tinha. As pessoas que eu acreditei enxergar, aos poucos se desvaneceram, feito fumaça, daquele ponto em que eu podia olhar, outras que nunca tinha visto, agora se mostravam em cada gesto, em cada jeito singular de se movimentar. Naquele instante, senti as lágrimas sulfúricas abrir caminhos por cada expressar deste rosto que nunca estivera cá. Olhei a minha volta e já não vi mais a vida. Percorri os espaços ao redor buscando, procurando saber onde estaria a vida, mas não voltei mais a enxergá-la. Hoje, caminhando entre meus achados e perdidos, vi que muito do que achei que fosse nunca estivera lá ou cá, vi que havia coisas de mais em todos os recantos que não deveriam estar. Vi pessoas durante o caminho que não eram as mesmas que imaginei que fossem estar lá. O susto foi grande, pensei: o que eu fiz com o resto de mim? Quando a vida se apresentou, pude perceber que as pessoas que imaginei, que um dia enxerguei não eram bem aquilo que avistei. A miopia é um mal que carregamos para não enxergar a vida.
Confiança é algo que se adquire com o tempo.É construção constante do dia a dia.É observação mediante provas e mesmo assim,ficamos na dúvida se é sim ou não!
Tem coisa que a gente só entende depois de um tempo...
A vida só faz sentido quando a gente apura as imagens de algum dia significativo, fica relembrando até ter algum entendimento daquilo que se viu e viveu.
Desde o momento que você virou as costas, o tempo congelou.Num lapso, você aparece nos meus olhos, é como se eu ainda segurasse sua mão. Tanto te amei, que nossas almas andam entrelaçadas por entre os ventos, e meu sorriso te pertence.
Até o tempo necessita de tempo, para nos dar outras chances de vencer, e se perder, outras chances virão pois somos o resultado do próprio tempo.
Se você gasta todo o tempo do seu dia grudado com o olho em seu smartphone atropelando pessoas nas calçadas da vida e enchendo sua cabeça com desinformação social e não gasta 1 minuto do seu tempo para ler as principais notícias do dia ou não gasta 1 Real para comprar um jornal para se informar um pouquinho. FIQUE TRANQUILO, porque nada, absolutamente NADA que acontecer no mundo vai te afetar...
Lembre-se: Só vai sobrar uma coisa para você. Reclamar da segunda feira e rezar toda semana para que a sexta feira não demore tanto.
O Tempo Frio da Vida
Embora o temamos, esse tempo chega para todos. E creio que chegou para
mim. O tempo de sentir o frio de tudo e de andar de cabeça baixa com o
olhar vazio e cego. Um tempo cruel e insensível que nos trata como
cães brigando por um osso. O tempo onde o que se diz já não importa a
ninguém. Vagamos por aí inutilmente, tal qual o elefante de Drummont,
a procura de algo que nem sabemos o que é. Seja carinho, seja atenção
ou alguém que nos bata forte, não sem querer, não por distração, mais
por nos odiar mesmo, isso não faz o menor sentido, mas pode ser o que
nesse maldito tempo queremos. Mas é o tempo de guardar a dor, de
sofrer sem deixar que ninguém perceba, de gritar para dentro de si aos
coisas que só você mesmo pode compreender. Chegou o tempo triste de
ser árvore sem frutos, de buscar em olhos raivosos um pingo de boa
vontade e compaixão. Nesse tempo os dentes viram pedras e sorrir
machuca quem sorri e espanta aquele para quem o sorriso foi dado.
Ficamos feio sem termos mudado em nada. Um tempo amargo que te fere a
cada segundo sem motivo justo e que te enterra dentro de si próprio.
Não adianta. Andamos pelas ruas mortos em nós e ninguém se importa,
nem o tempo matador. Ah, esse tempo assombroso de terríveis
presságios! O que carregamos de tão normal nos olhos nesse tempo para
passarmos despercebidos por toda a gente? Que crime se comete? Que
doença se pega no tempo em que já não temos importância? O elefante de
Drummont voltava para casa, sozinho e cansado, mas no dia seguinte,
esperançosos, ele recomeçava. Será que temos essa mesma dignidade
durante esse tempo impiedoso de cores desbotando? A verdade é queremos
abraçar o mundo e dizer como ele é belo, mas nós somos a parte suja,
feita de lama e lixo. Nesse tempo você pergunta e ninguém responde,
você sorri e te cospem, você beija e te espancam, você grita e te
desprezam e por fim, você ama, o que isso importa, não é mesmo? Nesse
tempo sombrio ninguém sabe como chegou ou se vai sair dele, mas uma
coisa é certa: acham que já não cabemos em nada que faz parte do outro
lado. E nós que amávamos a vida e o mundo, nós que já fomos lindos e
bravos guerreiros, nós que tínhamos tudo que não temos hoje: quem nos
ouça com vontade, quem queira estar perto sem ter medo de se tornar um
de nós, que cuide das nossas feridas em vez de provocá-las, que com um
simples carinho nos faça rei da Inglaterra, quem só com um doce olhar
abra sua alma como um livro agradável de ler. Esse tempo triste,
frio e bruto já está nos devorando pedaço por pedaço, meus amigos, mas
apesar de tudo eu, que nunca fui de me conformar, não me conformo e
planto o que sobrou num jardim sem flor e sem nada. Mas ali ainda há
sonhos, há vontade de viver, de ser o mesmo que fui para todos, há a
parte de mim que nada afeta, que é minha humildade, há o meu jeito
bobo e besta de ser eu mesmo ainda que aos pedaços. Enfim, pode haver
alguma coisa nisso tudo que tenha algum valor e, talvez quem sabe,
faça brotar um novo EU fora do tempo doente e sujo e de repente, esse
novo Eu seja uma linda flor que ainda guarde de mim a minha essência
para todos.
"Nesta vida há um espaço de tempo para se perder, vou me sentir ganhando se perder meu tempo com você."
Pra que viver de lembranças se a vida segue seu curso . Aproveitemos o tempo que nos resta com momentos que realmente valem á pena serem vividos. Novas oportunidades , novos amigos e novos amores surgem em nossas vidas e estamos tão presos ao passado que nem percebemos... "Quem vive de passado é museu".
Acho que passamos muito tempo da nossa vida, cegos, como se fossemos zumbis.
Dai quando você acorda, você vê beleza em outras coisas, você busca a felicidade em coisas reais, e sólidas, e passa a fazer coisas não para agradar os outros, mas para coisas que faz seu coração verdadeiramente feliz, e aprende que quem realmente se importa com você é sua família.
Acho também, que a maioria das pessoas que encontrei, nunca tiveram nada de bom para me acrescentar, tipo ancoras.
E quando a gente é jovem a gente é carente, e acredita que todo mundo é amigo, com o tempo você vê, que era tudo conveniência, difícil você encontrar pessoas que te impulsionem, te queira mais feliz que elas, que te motive a estudar, ser uma pessoa mais inteligente, ser feliz no seu relacionamento amoroso, feliz no seu emprego novo, que realmente acredite em você !
Passamos um tempão numa mesa de bar, com "amigos" que se alguém perguntar, não sabem se quer qual é o seu maior sonho. Ou sua cor preferida. Ou seu gosto pela leitura, ou sua vontade de fazer teatro. Sei lá.
Não julgo sabe, quem não tem coragem de ir atrás dos sonhos, quem só reclama e não sai do lugar, mas o problema era eu, querer mudar pessoas que nunca vão ver, o que eu vejo.
E se você não encontra quem te acompanha, não adianta trollar seus sonhos, só porque você "gosta" da companhia de algumas pessoas.
Dependência emocional é pior que que estar sozinho, é estar acompanhado, mas num profundo abismo de tristeza.
A unica saída é Deus.
Pois ele não te desampara, não te deixa, não te trai.
Sentir e saber tudo é estranho descrever o que se passa é complicado, há um tempo para cada momento, para tudo e muito tempo para nós.
Todos os dias reserve um tempo
exclusivamente para Você!
Aquele tempo onde a alma se abastece
de serenidade e recupera as energias
para continuar "domando" os leões da vida.
É importante ter, para si, espaços livres
para desfrutar na própria companhia
e fazer o que lhe dá prazer.
Cika Parolin
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