E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La

Não se é sábio por muito falar.

Não há animal mais degradante, estúpido, covarde, lamentável, egoísta, rancoroso, invejoso, ingrato que o público. É o maior dos covardes, porque de si mesmo tem medo.

Não são os cabelos brancos que fazem o ancião; de qualquer velho que só tenha idade, pode-se dizer que envelheceu em vão.

A lisonja corrompe quem a recebe e quem a dá; e a adulação não é mais útil ao povo do que aos reis.

Os jovens adoram desobedecer. Mas, actualmente, não há mais ninguém para lhes dar ordens.

Não manda bem quem tem a ânsia de mandar.

O dinheiro é instrumento de felicidade, mas não é a felicidade.

Há dois momentos na vida de um homem em que não se deve especular: quando não tem os meios e quando os tem.

É a intenção, e não a doação, que faz o doador.

Ao avarento falta-lhe tanto o que tem quanto o que não tem; ao luxo faltam muitas coisas, à avareza todas.

O adulador é um ser que não tem estima nem pelos outros, nem por si mesmo. Aspira apenas a cegar a inteligência do homem, para depois fazer dele o que quiser. É um ladrão nocturno que primeiro apaga a luz e em seguida começa a roubar.

Geralmente, quando detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos. Não nos aborrecem os defeitos que não temos.

O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.

Haveria muito menos mal no mundo, se o mal não pudesse ser feito sob a aparência do bem.

O homem tem muito para saber e pouco para viver; e não vive se não souber nada.

Faz-se crítica quando não se pode fazer arte, como quem se torna delator quando não se pode ser soldado.

O sucesso é uma jornada, não um destino. A ação é geralmente mais importante que o resultado. Nem todo mundo pode ser o número 1.

Não tema aqueles que discutem, mas aqueles que se esquivam.

O hábito cria a aparência de lei; o progresso não tem inimigo maior que o hábito.

Escolaridade e inteligência não são a mesma coisa.