E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Eu não estou pedindo muita coisa, só queria você ao meu lado agora, me fazendo companhia, arrancando-me sorrisos, me dando abraços, beijos, mordidas. Nem precisava dizer que me ama, só o fato de eu estar com você já é bom o suficiente para me sentir completa.
Ás vezes tenho tudo o que quero, de repente, não tenho nada. Me sinto sozinho e com um vazio imenso no coração. Sinto como se eu fosse a única pessoa que se importasse comigo. Como se não houvesse outra alternativa. Uma hora eu tenho tudo, outra hora eu quero tudo. É confuso; estranho. Minha certeza com o tempo se torna uma dúvida. Esqueço de aprender a não pensar demais. Esqueço que minha vida é confusa, e que devo aprender cada vez mais. Tento a cada dia, tentar entender o motivo ou a causa disso acontecer, e eu não entendo. Eu não consigo, eu não me entendo.
Recado aos Moços
Vocês não sabem o que têm nas mãos
Tocam os seios sem saber que no meio bate um coração,
beijam bocas sem ouvir o que elas têm a dizer,
fixam os olhos sem perceber que por trás há uma mente inquieta.
São milhares de pensamentos e sentimentos que pulsam e se confundem,
vocês deviam fazer mais que apenas assistir.
Tenho pena dos que não se arriscam,
dos que não pulam e gostam do morno,
dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina,
dos que pensam mil vezes antes de falar.
Vocês não sabem o que têm nas mãos.
E perdem amores por apostas,
perdem companhia por desinformação e cumplicidade por medo.
Perdem tempo. O meu e o de vocês.
Não adianta esconder: os meus olhos já mostraram o que meus lábios ainda não conseguiram te dizer...
A pior incompatibilidade entre um casal não é a incompatibilidade de gênios. Essa até dá para superar. A pior de todas, mesmo, é a incompatibilidade de sentimentos. É quando um ama e o outro não. Um se entrega e o outro finge, mente, trai. É quando o amor, que deveria ser uma via de mão dupla, vira via de mão única. É quando a gente descobre que está amando sozinho.
Quando um amigo desencarna não é somente a nossa fragilidade que vira motivo de reflexão, mas também, a consciência do tempo que perdemos com coisas que tomam o nosso tempo e em nada agregam a nossa evolução espiritual... Apegados a ressentimentos, culpados por nossos insucessos, ansiosos por prosperidade material, coléricos por qualquer motivo contrário ao que pensamos... Quando um amigo desencarna fica em nós a saudade e também, a vontade de valorizar mais as pessoas que amamos e os momentos que vivemos! A morte é uma mudança de casa e cada lar merece a nossa dedicação...
Nunca falamos muito, acho que nunca falamos nada. E não sinto necessidade de começar agora. O que poderia dizer? Existem séculos e séculos de silêncio entre nós e, debaixo dos séculos do silêncio, ocultas lá no fundo, se calhar esquecidas, se calhar presentes, se calhar apagadas, se calhar vivas e a doerem-me, coisas que prefiro não transformar em palavras, coisas anteriores às palavras...
Apesar dos velhos livros empoeirados e perdidos em minha estante, eu ainda sou um cara que não acha justo que grandes histórias terminem apenas com um ponto final.
O estranho é achar que sabemos o que de fato não sabemos; é ter uma certeza vaga, facilmente tomada pelo acaso. Eu diria que pouco se sabe, e muito se acha, e em algumas vezes há confusão na troca desse "achar" e realmente saber. Queremos tanto saber o que não sabemos, que as vezes desistimos de saber, simplesmente tornando o nosso "achar" em "saber", mesmo que de fato não seja isso.
Tomar certas decisões não é fácil, principalmente quando os dois lados importam. É difícil dizer adeus, porém necessário ás vezes, é difícil imaginar o depois quando não se quer ele, o depois disso, ou daquilo; e isso tudo se torna mais difícil por nossa mania de achar ao invés de saber.
A segurança não é baseada no que pareça ser de uma maneira superficial, pois quem arriscaria dizer que pode ver o que está dentro de outro alguém? Eu não sei, e eu não posso garantir que eu vá saber...
Vou apenas passando meus dias tentando acertar, tentando fazer boas escolhas, mesmo que alguma delas venham ser assustadoras, é preciso abrir mão do que é supostamente bom para ter o que realmente seja o melhor, por mais difícil que possa ser. Pois logo a frente, nesse depois, é certeza que há superação, e por fim tudo o que foi antes seja inteiramente superado e entendido... E dessa vez o que restará será a verdadeira certeza!
Vivo com saudade de algo que nem sei se um dia já tive e na expectativa de chegar logo algo que não sei se existe...
Louco? Não, apenas um realista que sabe a diferença entre realizar e sonhar, assim, um dia de cada vez vou realizando meus sonhos e superando as adversidades do dia a dia, só assim pra suportar essa "saudade" e conter essa "expectativa" que eu sinto!
Egoísta. Isto é o que eu sou. Eu não choro por que as pessoas me decepcionaram, choro por que permiti que elas me decepcionassem.
A vida é muito rápida, por tanto tenha atitude, conto de fabulas não existe muito menos fonte da juventude.
Sinto ciúme, faço fofoca, falo palavrão e tenho dias azedos. Sou quase normal e quase louca. Não sei muita coisa, mas procuro estar com os olhos e ouvidos abertos para absorver tudo que a vida me dá. Adoro viver, a ideia de um dia morrer me assusta. E eu amo, amo demais. Tenho um amor imenso pelas pessoas que são importantes na minha vida. Hoje, consigo separar e saber quem é meu amigo, quem é colega, quem é conhecido. Apesar disso, convivo bem com todos. Pouca gente sabe a fundo da minha vida e de mim, eu disfarço. Não gosto de me expor.
Amor porque nossa casa não tem telhado?
É para piraçar o universo que duvidou que eu eu não seria capaz de ter uma estrela ao meu lado.
Estou indo embora. Olha que doido o paralelismo: como já cansei de escrever, estou cansada. Não aguento nem ler meus próprios textos, porque em todos eles estão escritas as mesmas palavras de diversas maneiras: Eu te amo. Mas chegou a hora de partir e dizer adeus a esse amor. Negro amor, eu diria.