Dor seu Silencio

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REFLEXÕES DE UM ADEUS

Agora, sentado,
ouvindo apenas o ruído do silêncio,
parado,
eu penso em nós.
Vem vindo do fundo, gritante,
alarmante,
a ansiedade do tempo passado
preenchendo do nada
o vazio de dois mundos.
Somos duas pontas de flexas,
disparadas do infinito,
que não se encontrarão.
Um grito de alarme
cresce na garganta
e espanta
no vôo, a felicidade
que em vão tenta o pouso
em minha alma angustiada.
Somos dois que
marcham ao longo,
sem cruzamentos,
nem encontros.
Tontos,
procuramos nos dar as mãos
através o nevoeiro do tempo.
Ilusão temerária de sermos um,
quando seremos, eternamente
dois.
Pois,
não percebes?
Teu mundo é formado
de outras cores.
Consulto o silêncio,
tal fora o relógio da vida,
e vejo nos ponteiros
que não se tocam
nossa própria tentativa
do ser uno.
Nessa ilusão míope não vemos
que passamos
um pelo outro,
sem nos tocarmos,
como os ponteiros
que marcam a vida,
perdida.

Cultura

O girino é o peixinho do sapo.
O silêncio é o começo do papo.

O bigode é a antena do gato.
O cavalo é o pasto do carrapato.

O cabrito é o cordeiro da cabra.
O pescoço é a barriga da cobra.

O leitão é um porquinho mais novo.
A galinha é um pouquinho do ovo.

O desejo é o começo do corpo.
Engordar é tarefa do porco.

A cegonha é a girafa do ganso.
O cachorro é um lobo mais manso.

O escuro é a metade da zebra.
As raízes são as veias da seiva.

O camelo é um cavalo sem sede.
Tartaruga por dentro é parede.

O potrinho é o bezerro da égua.
A batalha é o começo da trégua.

Papagaio é um dragão miniatura.
Bactéria num meio é cultura.

Ilusões

No silêncio da noite, sonho;
Cenas, fatos, pessoas, momentos.
Um passado distante, presente,
Ainda,
Me conduz em turbilhão;
Tristonho,
Recrio felicidades e histórias,
No inusitado da imaginação.
Busco em cantos de saudade
Trazer ao cotidiano
De agora
As alegrias vividas a dois .
O que era, perdeu-se,
Partidos cristais.
O que foi, são sensações,
Nada mais.
Os novos caminhos percorridos
Não serão os mesmos de outrora,
Jamais.
Resta-me então reviver,
No imaginário, as fortes emoções
Do passado, num canto qualquer,
Numa dobra escondida
Da memória.

"As grandes injustiças só podem ser combatidas com três coisas: silêncio, paciência e tempo".

Por quê?

De repente o vazio
Traz o som do nada,
E no silêncio que crio
Vem a ausência de tudo.
Parado, incrédulo, mudo
Não quero sentir a falta
Que cresce no corpo
E na alma, e maltrata
O coração vacilante
Com as incertezas
De amante,
De tristezas.
Por que ir adiante
Na ilusão fugaz
Do amor vivido?
O amargor que vem à boca
É a perda sentida,
E lívido
Busco compreender o partir
Sem adeus, sem porquê.

Quem tudo suporta em silêncio - calúnia, agressões, injúrias - conquista uma autoridade moral que faz calar os opositores e transforma aversão em admiração.

Não abra a boca se o que tens a dizer não for mais belo que o silêncio.

Aos idiotas: o meu silêncio. - Embora para eles não fará diferença alguma, pois nem isso entenderam.

Eu nem puxo mais assunto, mesmo que o teu silêncio me machuque. Prefiro assim, não corro o risco de ser ignorado.

Não se deve contar com a minoria silenciosa, pois o silêncio é algo frágil. Um ruído alto... e está tudo acabado. O povo está amedrontado e desorganizado demais. Alguns tiveram a oportunidade de protestar, mas foram como vozes gritando no deserto. O barulho é relativo ao silêncio que o precede. Quanto mais absoluta a quietude, mais devastadoras as palmas.

Todo silêncio diz algo, mas nem todo mundo quer ter o trabalho de ler as legendas de uma alma.

Às vezes o silêncio guia sua mente
E te move para um lugar tão distante.

Não me subestime!
Minha quietude e meu silêncio não são demonstrações de desatenção. Ao contrário disso, aprendi que no silêncio de meus lábios há um estado de atenção que somente os quietos compreendem!
Não estou desprotegida.
Em minha solitude há um escudo dourado que me cuida das flechas invisíveis que me chegam! Há anjos em minha volta!
Estou atenta às lições do caminho. Mesmo que demoradamente, elas me são absorvidas e compreendidas!
Não me provoque.
Minha mansidão, não é descuido, é confiança!
Posso não te desejar o mal, mas devolvo todos os presentes que não me servem.
Sou calada, não cega!
Sou mansa, não boba!
Sou pacífica, mas tenho minhas defesas!
Não me julgue.
Venha, calce meus sapatos e caminhe com eles por 3 luas seguidas, assim saberá de mim mais do que imagina e não mais me julgará, pois conhecerá meu sentir e saberá do meu coração.
Falar de mim, diz mais sobre você do que sobre minha pessoa.
Abrigue-se em minha casa e conhecerá o acolhimento da minha alma.
Aqueça-se no sagrado fogo que queima em meu lar, e saberá do amor que trago no coração.
Conheça a menina que habita em mim, e sentirá a alegria do meu ser.
Respeite a anciã que me nutre, e certamente aprenderá sobre os mistérios que conheço!
Perceba a mulher que pulsa, e poderás sentar à mesa comigo!

Faça, porque se você não fizer, em breve, o resto será silêncio.

A ignorância se alimenta de aplausos. A inteligência bebe na fonte do silêncio. A melhor risada é a de dentro. Aquela que os invisíveis não ouvem.

O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues voltar,
trazendo restos do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda
Versos do Capitão

Difícil fotografar o silêncio. Entretanto, tentei.

"Há momentos na vida em que se deveria calar... e deixar que o silêncio falasse ao coração; Pois há sentimentos que a linguagem não expressa... e há emoções que as palavras não sabem traduzir..."


"Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas dar-se ao outro para completa-lo."


"As melhores frases são ditas com um verdadeiro amor."

⁠Eu escolho te amar
em silêncio,
porque em silêncio
eu não encontro rejeição.

Eu escolho te amar
em solidão,
porque em solidão,
mais ninguém te tem senão eu.

Eu escolho te adorar
à distância,
porque a distância,
me protegerá da dor.

Eu escolho te beijar
no vento,
porque o vento
é mais gentil do que os meus lábios.

Eu escolho te abraçar
nos meus sonhos,
porque nos meus sonhos,
tu não tens fim.

Rumi

Nota: O poema costuma ser atribuído a Rumi, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Muitos caíram tentando me derrubar, o meu silêncio é mais poderoso do que minhas palavras, quando eu me calo, Deus trabalha por mim.