Dor da Morte
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu via o seu sorriso...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu via a sua alegria...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu ria suas brincadeiras...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias você me lembrava de coisas de quando éramos crianças...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias conversas banais...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias coisas do dia a dia...
Onde eu estava que não vi a sua dor? Eu acreditava quando você falava todos os dias que estava tudo bem, acho que você queria acreditar também.
O sentimento é de impunidade por ter perdido você abruptamente, quando poderia fazer alguma coisa para ainda estar aqui.
Não sabemos o que vc passou, o que você suportou, o quão sozinho e vazio vc estava e agora teremos que suportar o vazio que você deixou, nosso eterno amigo Barney, vulgo Filipe. Você é importante!
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QUE DEUS CONFORTE OS NOSSOS CORAÇÕES .
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LUTO 🏴
Mais uma dose, por favor
Lembro-me do frio da noite e de adentrar o teu carro. Lembro de ter-me perguntado se estava com frio, eu neguei, mas estava. Meu coração aquecia o resto do corpo inteiro porque eu sabia no que o nosso trajeto viria a resultar. Por mais que negasse ou não quisesse aceitar, eu sabia, bem como você.
Nós conversávamos como um casal qualquer que não conseguia aceitar a realidade dos fatos em que estava inserido. Nos prometemos parar, mas prometíamos isso na mesma intensidade em que nossos sorrisos se liam, não conseguíamos. Nosso imã natural tinha um epicentro tão extenso quanto o mar, não havia começo nem fim. Quando nossas respirações se agoniavam, nossos corações se ritmavam e nossas mãos por fim se tocavam, se iniciava uma sucessão de acontecimentos desastrosos com o objetivo de nos fazer questionar toda a existência e a vastidão do que nem devíamos sentir.
Particularmente falando, eu idolatro tua figura como a um deus. Tudo que há em você parece harmonioso demais, como a perfeita fusão da minha ruína. Eu gosto do som da sua respiração ofegante enquanto me beija, de como você reluta e suas mãos tremem quando encontram as minhas, de como você tenta disfarçar o olhar quando sabe que estou chateada ou de como me observa dormir. Eu amo ver o teu cabelo ao vento, você suando no frio do ar-condicionado ou com as mãos transpirando por estarmos tão juntos, tão perto. Eu sou completamente louca por cada curva do seu corpo, por cada montanha ou depressão da tua epiderme e pelos teus olhos castanhos, tão fundos quanto o oceano.
A vida tem dessas de nos fazer pousar no peito de quem a gente não pode repousar, é uma droga né? Eu sinto sua falta tantas vezes ao dia que mal consigo mensurar. Sei o quanto deve te ser chato me ter cobrando atenção, te querendo perto o tempo todo... é que você criou em mim uma dependência tão insana que eu adoeceria se não ao menos tentasse te ter comigo, nem que por alguns meros minutos durante alguns dias ao mês. E a nossa energia, é uma coisa tão surreal, tão de outro mundo... somos fogo e brasa, você lembra? Me sinto completa sozinha, porque eu sou fogo, mas junto a você, nós incendiamos tudo.
Thaylla Farreira Cavalcante {A}
Tudo normal
Não duvide quando digo
Que tenho-te como amigo
Desde antes do sol se pôr
Juro pelo frio que nos abraça
Que desfaço essa cilada em que nos colocou
Tudo que vejo é azul e sereno
As faixas amarelas da estrada são intermináveis
Misturam-se com meus pensamentos
Eu e você
Juntos num quarto pequeno
Que sem você meus dias são nublados
Que você rouba o sol e seus raios
Que o motivo de tudo tem teus olhos amendoados
Se já fiz-te inquilino
Dei-te abrigo
Implorei atenção
Você vive mergulhado
numa realidade alternativa,
ébria e pouco habitual
Afinal,
Esse é nosso normal.
Thaylla Ferreira Cavalcante {A}
Se eu tenho orgulho disso, não, mas também não tenho arrependimentos. Isso serve pra eu lembrar que tudo um dia foi real.
Luto
Após perder-te...
Luto pra sobreviver.
Luto para acordar.
Luto para sorrir.
Luto para dormir...
Luto todos os dias para
Continuar apesar
de tanta saudade,
de tanta ausência.
Apesar de tudo, Luto.
Dor inédita
Estou a procura de uma dor inédita
Uma dor que não doa durante a noite
que não doa tão aguda no coração
e se doer, que seja breve
que se encerre antes mesmo de o sol nascer.
Estou em busca de uma dor que não doa tanta
e que também não provoque tanto lamento
procuro uma dor inédita, ainda não descoberta
que talvez tenha mesmo de ser inventada
tão incerta quanto a sua procura
uma dor que não provoque tontura
e se a vertigem for um de seus preceitos
que se possam pintar constelações inteiras
bem diante dos olhos rotos, tomados por sua maldade.
Procuro uma dor de verdade
não essas dorzinhas da cidade
aquelas bruscas do campo, que provocam feridas na alma
procuro uma dor inédita, dessas que só se vê em filme de horror
diante de tanto pavor sigo sem chão
chorando com a mãe que enterra seu filho adolescente
vítima das mazelas da periferia das grandes cidades.
Procuro uma dor de mãe, a beira da cova de seu filho
chorando rios de lágrimas, estraçalhada por dentro
de tanto lamento e dor comum que há por aqui
pela falta de zelo dos políticos e dos governos
por tantos enterros e perdas
por todo esse descaso com os jovens
que são condenados a morte antes mesmo de nascerem.
Procuro a cura ou um remédio qualquer
que nos livre da fúria desses imbecis
que não se doem ou sentem dor qualquer
por tanta barbárie e falta de senso
que não se lamentam ou percebem um lamento sequer
de tanta dor comum existente por aqui.
Será que de tão cegos não percebem?
Chega de lamentar por tão pouco
chega de dores comuns
se só nos resta sentir dor
então chega de dores fajutas
ficaremos só com as dores inéditas.
Como dói te ver suspirar por alguém que não te faz feliz. Se você soubesse que eu poderia morrer por você…
R.
Na noite passada eu sonhei com você
Pensei ser você quando o telefone tocou
Te lembrei com aquela música,
Quando o verso final rimou
E soube que nunca mais vou te ter.
Na noite passada eu estive acordada
Sem saber se também pensavas em mim
Desejei ser assim
Mas no fundo sabia, minha esperança era infundada.
Talvez você tenha se perdido
Nesse mar de decepções no qual mergulhou
Talvez nunca tenha entendido
Que não foi a única vítima quando nosso barco naufragou
Talvez você seja a estrela cadente
Que cruzou meu céu,
Realizou meus desejos
E encontrou seu destino final.
Talvez toda essa tragédia cinematográfica
Tenha me deixado deveras sentimental.
Ou talvez seja só a falta dos teus beijos
Do teu cheiro, ou do gosto daquele mel
Talvez amar tanto assim foi o que te fez infiel.
Eu queria não me arrepender
Queria olhar nos teus olhos e entender o motivo
Saber que estás bem, que estás vivo
Mas sei que nunca vou te esquecer
Queria que nossas iniciais
Na areia daquela praia
Nos tornassem eternos
Queria que todos aqueles pontos finais
Valessem à pena, nos tornassem certos
Queria ser intensa como os poemas que um dia redigi pra ti.
Nem imaginas o quanto dói.
O quando peno por esse amor que parece ácido
Que me corrói
Me deixa estática, paralisada e que destrói
Tudo, enquanto me olhas como um sádico.
Você gosta da sensação
Porque sua dor nunca passou de orgulho ferido
Porque nunca me amou, nunca foi meu amigo
E porque pra isso, não existe perdão.
As histórias que criei na minha cabeça
Não te traziam como vilão
Não como Bentinho e Capitú.
Nosso pecado era diferente,
Intenso e bem mais cheio de solidão
E acabou com a certeza
De que amor nenhum resiste a não ser prioridade, ser opção.
Ele se apaixonou por mim através de seus olhos
E eu soube no instante em que me tocou
A diferença fundamental dessa história
É que os meus, de cigana, continuam enxergando você.
Mas agora aceito e compreendo que não mais vou te ter.
A dedicatória tem teu nome,
Assim como meus poemas anteriores.
Hoje eu abri o cadeado,
Te igualei a meus amores passados
E decidi, nossa história termina aqui,
Hoje eu me permito viver
E te liberto de mim.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Uma estrela com teu brilho
És minha constelação
E eu te sou furacão
Destruo tudo querendo te tocar
Mas não importa, é tão certo
Quanto um vulcão e o mar
Nossos beijos que dariam uma vida a rimar
Seus toques de volúpia ardente
Meu coração de audição estridente
E o teu sorriso que faz o mundo se ofuscar
Meus tremores internos
Nossas mãos unidas
Dispostas por suas idas e vindas
E teus olhos tão desertos
Que me diziam ser errado lutar
Por um futuro incerto
Com quem vive no escuro de um inferno
Algumas feridas precisam sangrar
E por mais que me doa a partida
Porque você não se decide
E a tua ausência em mim vive.
De fato, sou melhor pela ida
Não se lida com aparências
Em teu zelo, quis permanência
Mas livrei-me da abstinência
Dois coelhos com uma cajadada
E sou mesmo tão errada
Mas que se exploda o mundo inteiro
Sou todo fogo certeiro
Que ascende o meu cigarro
Respiro, inspiro
E te esqueço a cada trago.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Amor, meu grande amor.)
E quando a dor for tamanha levanta-te forte, espanta-te da morte com muita alegria, assim terá um destino de sorte.
Se eu me jogar na cama agora
E desejar com toda a minha força
Talvez eu tenha a sorte de ter uma morte tranquila
Rápida e indolor
Sem tempo para remoer as tristezas
que abalam o meu ser
Sem tempo para os que me detestam
pisotearem de mim
Tão rápida, tão rápida mais tão rápida
Que ninguém se aperceberia da minha partida
E eu fosse embora assim...
Sem nenhuma despedida.
"Sangue e outras drogas."
Não leia estes versos de solidão!
Pelo deus não mais rogado,
Em lápides, abandonado,
Eu sei, tua mente diz-te "Não!"
No refúgio do completo delírio.
Insegurança alheia ao querer.
Transmutei-me em meio ao "ser"
Ao tentar manter-te sóbrio.
Outros tantos aspectos adversos,
Outras tantas redes convexas,
Outras tantas paredes complexas,
Tantos outros amores anexos.
Ares ébrios, desnorteados.
Do perdido ao inconsagrado,
Pelo caminho do verbo ao vocábulo ligado,
O meu "eu" em teu ser, ilegitimados.
Desmistificando o antigo pudor,
Tomo a mim um temor crescente,
Revenda recorrente.
Dois corações sem valor.
Minha mão segurava um passado que se desprendia
A notícia no rádio anunciava o sepulcro
Tua voz ecoava um teatro do absurdo
Pelo quebrar de ossos o mundo implodia.
Thaylla Ferreira {Epitáfios para Lígia}
...É uma dor inexplicável, seu coração parece está sendo atravessado por centenas de lâminas afiadas, você tenta retirá-las mas acaba se machucando mais, nada mais parece ter gosto, principalmente a vida, a vontade de lutar já não mais existe, sua alma parece manchada pelas sombras que tanto lhes deseja. O cheiro da morte está impregnado sobre sua alma e o esquecimento te chama com uma voz sedutora, morrer nunca pareceu tão bom, sem dor, sem problemas e preocupações, todo seu ser grita por paz e cada parte do seu corpo anseia pelo sono eterno.*
*Não tem para onde correr, não tem onde se esconder, a única opção que resta e sair dessa vida com um pouco de dignidade que ainda lhe resta, você até tentou gritar mas o medo segurou suas cordas vocais, todo pedido de ajuda que pensou em pedir foi abafado, seu orgulhoso e medo do que poderiam falar foi maior, não estou lhe julgando por isso, sei qual a sensação de tentar ser forte até o final, mas a cada "eu estou bem" parte de sua alma apodrecer, essa é a pior morte de todas, a morte da sua essência e do seu ser, ela é lenta e dolorosa, lhe faz sangrar de dentro para fora, e como uma mão apertando seu pescoço impedindo que seu ar circule, até que chega o momento onde você enfim parte dessa vida abraçando a morte como uma igual. Bem-vindos ao fim do jogo, Game over para você.
...É uma dor inexplicável, seu coração parece está sendo atravessado por centenas de lâminas afiadas, você tenta retirá-las mas acaba se machucando mais, nada mais parece ter gosto, principalmente a vida, a vontade de lutar já não mais existe, sua alma parece manchada pelas sombras que tanto lhes deseja. O cheiro da morte está impregnado sobre sua alma e o esquecimento te chama com uma voz sedutora, morrer nunca pareceu tão bom, sem dor, sem problemas e preocupações, todo seu ser grita por paz e cada parte do seu corpo anseia pelo sono eterno.*
*Não tem para onde correr, não tem onde se esconder, a única opção que resta e sair dessa vida com um pouco de dignidade que ainda lhe resta, você até tentou gritar mas o medo segurou suas cordas vocais, todo pedido de ajuda que pensou em pedir foi abafado, seu orgulhoso e medo do que poderiam falar foi maior, não estou lhe julgando por isso, sei qual a sensação de tentar ser forte até o final, mas a cada "eu estou bem" parte de sua alma apodrecer, essa é a pior morte de todas, a morte da sua essência e do seu ser, ela é lenta e dolorosa, lhe faz sangrar de dentro para fora, e como uma mão apertando seu pescoço impedindo que seu ar circule, até que chega o momento onde você enfim parte dessa vida abraçando a morte como uma igual. Bem-vindos ao fim do jogo, Game over para você.
Ainda não consigo acreditar que você foi embora...
Nunca na minha vida vivenciei uma dor tão profunda!
Você deixou um rombo que Deus vem preenchendo a cada dia que eu acordo e me dou conta de que você não está mais aqui.
Uma mistura de sentimentos, às vezes de desespero, tristeza, agonia, às vezes de conformidade e esperança...
Quando as pessoas perguntam como é que estou, pela primeira vez na minha vida fico sem saber o que responder... Não sei como estou... Não sei... Acho que não estou... Não estou nada.
Só sei de uma coisa sobre mim: estou com medo. Medo de não conseguir suportar, de ser incapaz de superar, de morrer estando viva ou viver pela metade... Porque eu sempre soube que quando eu te perdesse, metade de mim seria perdido. Que quando você fosse embora, metade de mim iria junto.
Os últimos anos foram intrigantes e eu suspeitava... Sentia que algo muito sério estava acontecendo e me dava medo... Minhas crises de choro "do nada" não foram a toa... Hoje eu sei... Deus é maravilhoso! Jamais me revoltaria e hoje tudo faz sentido pra mim. Deus vinha me preparando, porque Ele sabia, Ele sabe de todas as coisas!
Você agora está bem! Seu sofrimento acabou. E eu prefiro sofrer de saudade pro resto da minha vida do que ficar vendo seu sofrimento e não poder fazer nada. Pois o que você mais precisava, eu não podia te dar... Se fosse possível, eu tirava de mim pra te dar, assim como eu sei que se precisasse você faria por nós.
Você sempre viveu para os outros, uma baita filha, irmã, tia, esposa, mãe, avó, amiga, ser humano! Por onde passava, marcava, amava e era amada.
Peço a Deus que Ele preencha esse rombo, que me transborde do seu Espírito Santo, para que eu possa seguir em frente. Para que um dia eu me recorde desse momento sem essa dor, e se me perguntarem como estou, eu consiga dizer: estou bem, GRAÇAS A DEUS... Pois sem Deus eu não consigo!
A dor nunca acaba, talvez a gente apenas se acostuma com ela...
Você, como sempre tão marcante e intensa, foi "escolher" o dia do aniversário do pai, o amor da sua vida, para nos deixar e fazer dessa data duplamente inesquecível...
Obrigada por tudo MÃE!
Te amo eternamente.
Até um dia...
(05/12/1946 - 24/05/2017)
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