Dor Fracasso
Eu sofro com a dor emocional. Mas sofro porque quero, pois ela está na minha mente, e quem a domina são os meus pensamentos.
Não, a dor não é você que cria e imagina. Ela já nasce dentro de você. E quando junta tudo ao mesmo tempo, você não consegue ser forte o suficiente e então, ”explode.”
Não há portas para os territórios familiares da dor, não há como conter a violência dentro do ninho de uma pertença.Há apenas a dor, cintilando como um clarão no chumbo do céu, chuva de estrelas cadentes sem história nem mártires reconhecíveis.Porque há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo.Mesmo para aqueles que nunca souberam escavar até ao fundo dessa gruta negra, transiberiana, húmida, universal, a que chamamos coração....
Sensato o meu coração chorava de dor, enquanto desabafava o sentimento escondido que sufocara a minha alma e se expôs por vontade própria
Sabe aquela dor de perder? Sim, dor de perder. É sentir aquele aperto no coração, sentir as borboletas morrendo no seu estômago. É abraçar pensando que pode ser o último, pensando que dali um tempo, posso vê-lo na rua e não poder chamar de meu. Não tem motivos, é só o medo de perder por me fazer tão bem agora e pensar que posso chorar depois. Mas não, não posso deixar isso acontecer. E não vai.
Se eu pudesse descrever o azul do céu,
Com a mesma intensidade da minha dor,
Talvez pudesse entender o segredo,
O verdadeiro significado da vida,
Pois hoje o que sinto é apenas um vazio,
Escondido por entre as linhas deste poema.
No anonimato da minha existência,
Sinto seus olhos fechados a me procurar,
Mas o que vejo são apenas trevas,
E eu nunca vou entender o que é o amor,
Se você continuar a fugir dele também.
Um dia todos vão entender comigo,
O que eu sempre tentei omitir,
Só que a grande verdade sobre você,
É que talvez você nem exista,
E é isso que venho tentando anular.
Prefiro continuar na estrada a sua procura.
É que na verdade em poesia se entristeceu
no dia em que chorei
meu coração ardendo em dor
se afogou no mar eterno
e sem volta buscou o fundo mais profundo
onde não há luz ou qualquer vida rastejante
Então decidiu se esconder
Por não poder se mostrar
Se fez em cicatrizes
Abertas ao sofrimento
E sangrou como se fosse vontade
E em vontade sangrou enquanto se foi
Enquanto se perdia em meio a escuridão
Rasgou-se pedaços
E logo, se deixou morrer
E logo, se foi, para sempre...
Naquele momento eu senti uma angustia, uma dor, senti que havia alguém precisando de mim, deixei a minha intuição agir. Ela me levou até você. Naquele lugar sombrio, obscuro, friento, chovendo e trovejando, te acolhi e te aqueci com o calor do meu corpo. Naquele momento passei para você tudo o que eu estava sem coragem de dizer, senti-me que estava fazendo a coisa certa, senti-me a melhor pessoa do mundo. Não veio palavras em minha mente, preferi ficar quieta, apenas com o meu corpo passei o que não estava conseguindo dizer com a boca.. Passei com o maior prazer do mundo todo amor, todo carinho…
As lágrimas ocuparam o espaço do meu amor. A dor ocupou o espaço do meu sorriso. O sofrimento ocupou o espaço do meu bom humor.
“Bom, e o que será a saudade? Saudade será no instante da despedida, a dor da perca vem e as lágrimas rolam pelo rosto? Saudade seria a foto que você coloca ao lado da cama, e abraça, e pede pra Deus que no sono, você sonhe com a pessoa? Saudade seria o olhar distante... Ou a distração no trânsito em que você apenas pelo subconsciente concentra-se no movimento dos carros... Saudade seria aquele grito silenciado por um travesseiro, ou seria ver um filme em que uma frase dita por algum personagem resume-se a toda a história de sua vida... Saudade seria ainda, um perfume, que ao ser expirado te trás a lembrança... Saudade seria uma praça, um lugar, uma cantina, um lanche.. Que você novamente retorna, só que dessa vez, sozinho... Você para, olha e ver... Nada mudou. Tudo está como antes... e o que falta, é o que partiu.. e é em cima disso, que a mesma praça, o mesmo lugar.... Agora é visto por um ângulo diferente. Saudade seria o instante em que algo bom te acontece, e você sente a necessidade de contar pra alguém e você até conta... Mas pra quem realmente você queria contar, não pode mais ouvir... Bom.. Será tudo isso saudade? Qual o conceito da saudade? Segundo Aurélio: “Situação ou coisa ausente de pessoas. Situação ou coisa ausente ou extinta.” Será somente isso a saudade? Saudade não seria o vazio, não seria o frio?... O frio da ausência de quem partiu. Saudade é a mãe que entra no quarto do filho que se foi... Saudade seria o amigo que você compartilhou alegrias, conversas, segredos e que simplesmente, você dormiu e no dia seguinte, se viu sem esta pessoa. Saudade seriam os amigos da universidade, ou escola, que você dividiu conhecimentos, e coisas sobre sua vida e que agora, não os vê com tanta frequência. Saudade seria o bolo da sua avó que se foi, e não há quem faça igual... Saudade seria um sabor, um filme... , Será saudade? É saudade. Saudade é aquilo que te é mais, ou extremamente essencial a sua felicidade, que foi tirado de você, ou aquele que simplesmente se foi, e você, ficou sozinho... E você fica sozinho, não por que fica sem algo ou alguém, mais por que ficar sem quem ama, por isso é que você está só. Você está só, por que aquilo que mais você amava, foi retirado de você, ou esvaiu, e suas mãos agora se veem frias. Saudade é mais que tudo, ausência. Saudade não é um conceito isolado. Saudade é ausência, é carência, é o vazio impreenchível. As pessoas te dizem,: “ Calma, ainda é cedo, vai passar..” De fato! Passa sim! Nenhuma dor é eterna e as lágrimas constantes, secam, e os gritos abafados no silêncio, silenciam-se. Passa assim como o brilho dos olhos se vai... Assim como o sorriso sincero se vai, e a pose de felicidade entra em cena no seu teatro. Saudade é lembrança, saudade é um adeus. É o adeus inesperado, ou o que acontece, e sempre, uma das partes não está preparada pra receber... É o choque, é a dor, é o frio, e o fim. “
Não foi um sonho, foi realidade, não foi um sentimento, foi toda emoção e não foi apenas dor e sim o meu maior sofrimento.
Tem o céu, noite de brisa livre; tem o chão as árvores. E na trilha, uma dor.
Ele chora a dor de uma mordida em seu coração.
Sangra. Um rio bento correndo.
Salga a visão. O corpo não corrige.
Partem vãs as verdes esperanças.
Melodias saindo curvas, oscilantes entre passos que levam avante indo em outra direção.
