Dor Fracasso
Que remédio - o amor?
Os poemas estão duros
o amor desapareceu dos versos
a tinta que antes coloria as linhas
agora, apenas mancha o papel
Falta sinceridade aos romances.
Aos poemas falta amor
aos versos, poesia
aos casais falta romance sincero, melodia
Falta o pulsar no coração dos poetas
Falta retomar o passado com nostalgia.
Falta morrer de amor, ao meio dia
com o peito apertado
após longa noite de desespero
e luzes acesas
e cama vazia.
O amor, aos versos sinceros
aguarda retornar um dia
Almeja transformá-los em poemas inteiros
e a partir do zero
enchê-los com o desespero contido em suas agonias.
Não há remédio para tal mal
há que se amar feito os poetas de antes
e apaixonar-se pela vida todos os dias
Há que se deixar levar pelas curvas do amor
mesmo delirando de febre, encolerizado, cheio de dor.
Atriz - Jhoon Alexo
Olhos que gritam
Na boca, silêncio
Seu corpo
Refúgio
O absoluto sentimento
Do não sentir
Do não querer
Do querer
Ter
De seus beijos
Escapar não tento
Não tê-los
Em minh'alma tormento
Atriz
Em meus braços
Diretriz
Nos fins de tarde, flor-de-lis
Saudades
Minha pele em contato com a sua
Será que me queres bem?
Ou apenas nessa cena atua?
Ele diz que seu gosto é amargo
Mas não consegue engolir sem mastigar.
E a cada mordida, arrebata o ácido,
O ardor faz seu peito chorar.
Nunca mais cortou cebolas sem provar.
E a mariposa voltou a voar.
Me perco em meus pensamentos e acabo desabando em lágrimas, me vejo perdido em um mundo onde estou só, ando sem direção a procura de uma solução, grito, corro e a loucura sobe para cabeça dominando minha carcaça fraca, tentando esconder em um rosto simpático a dor de um coração cheio de mágoas e tristezas.
"ESCARPAS"
Caminho entre as fragas da serra
Escarpas onde anda a minha alma
Rasteja nas giestas cheias de ilusão
Precipício de silvas feridas no corpo
Noite triste solitária de velhos vícios
Condenada à podridão está o crematório
Desnudo os sonhos perdidos e esquecidos
As águas que correm sem dor, sem pranto
Delírios de uma mente sã, louca talvez
Criatura torturada demente fascinante
Amor foi esquecido que tece e maldiz
Maltratado que morre em cada esquina
Discriminado odiado sem explicação.
Morte disfarçada palavras que cortam.
Noite inteira com tanta fúria de luxúria,
Intensa chama de solidão, triste quimera!
"ESCREVO"
Enquanto escrevo
Onde escrevo
Enquanto me lês
Onde me lês
Não sei o que escrevo
Ou tento escrever
Oiço o coração
Que me dita por dentro
Escrevo com amor
O que a minha alma diz
Gosto dos momentos em que me lês
Estamos ligados na mente
De corpo e alma
Enquanto eu escrevo
Penso em ti
Nos nossos momentos
E escrevo para ti
Amo quanto tu me lês
Sinto a tua voz dentro de mim.!
Os poemas surgem quando o coração maltratado pela vida é exprimido pela angústia,espancado pelo sofrimento e oprimido pelo cansaço. Poema Jefferson Almeida
"PRÓPRIO"
Queimamos os papeis
Deixamos nas paredes musgo
Em cinzas rezamos a Deus as nossas dores
Carregamos as horas que já deixaram de ser nossas
Palavras estreitas e fortes do mundo
A noite mordia no escuro
Enchia de pedras as sombras queimadas
Ouvia o silencio de olhos abertos
Sem um rastro de esperança
Mortalha umbilical, presença de mim próprio
Rezei, implorei, no final esqueci o porquê?
A carne que roí-se a si mesmo lentamente
Um canto, um pranto escondidas do vento
Onde mordeu os beiços da nossa própria dor
Soluços que perfazem anjos de carne
Filhos que vergam, sujos de sangue que não o nosso
Impenitente fogo queimado, como sujo dos lobos
Na miseras noites engavetadas de um túmulo de ventos apertados
Rotas cartográficas da serra descendo o rio, até aos eucaliptos
Queimamos e rasgamos os papeis que escrevemos
Onde só deixamos cinzas no corpo, tantas vezes na nossa própria alma!
"AMORES"
Os nossos filhos...
São como diamantes que precisam ser lapidados
São a nossa riqueza em forma de amor.
São a luz dos nossos olhos
Que nos iluminam nas horas tristes
Eles são o sentimento mais forte
Que uma mãe possa ter
O maior amor que existe no nosso coração!
"ALEGRIA"
Ser mãe
É ter meses de enjoo
De azia
Aumento de peso
Dores na coluna
Emoções a flor da pele
Desde o útero
Ao cordão umbilical
Ser gerado no seu ventre
Nascer e viver!
"QUARTO"
Num quarto escuro
Numa cama fria
Onde descansamos o corpo
A nossa mente
A nossa alma
Os nossos lençóis de cetim ou linho
Escondem segredos
Vividos, sofridos e talvez esquecidos.!
"DOLOROSA CASA"
Que dolorosa casa é esta a minha
Um leito que te recebe oh morte
Dos meus, com os teus sonhos intactos.
Resina no teto do orvalho na ponta do gume
No regresso de uma furiosa adolescência
Onde a morte se fundirá com os sonhos
Arado de estevas do espinho de uma rosa
Hei-te abrir os meus olhos às lágrimas
Que deixaram a morte sem o primeiro aviso
Embalar a brisa do outro lado do mundo
Como um caçador que na volta do caminho
Reconhece o seu rastro no trilho de pedras
Pertence à geografia, ao lume, ao fogo, sem destino
Que dolorosa casa é esta a minha que te recebe oh morte
Dos meus, dos teus sonhos intactos
De uma furiosa adolescência!
"A TUA MÃO"
Dá-me tua mão
Vem simplesmente amar-me
Deixa-me levar-te para o meu sonho
Onde escrevo todos os meus sentimentos
Procuro nas palavras o que não descrevo.
Desvendando todos os teus segredos
Velas as minhas dolorosas noites de insônias
Soltas as amarras que nos prendem
Entras no meu sonho onde eu te invento
Entrego-te o beijo mais doce que tenho
Numa taça perfumada de desejos acesos
Dentro de nós dois, o êxtase do amor.
Quero ser para ti o clarão das manhãs
Carregadas de alegria para iluminar o teu olhar
Sol nos teus braços luminosos
Abrigo dos meus, dos teus sonhos.!
"CAIXINHA DE COR"
Guardo o meu silêncio numa caixinha de cor
Que mistura-se entre o coração e a alma
Onde guardo as minhas melhores recordações
Escondidas num jardim de amor e rosas
Pintadas de desejo com vestígios do sol quente
Momentos feitos de dias, horas e minutos
Onde encontro e escrevo poemas desconcertados
Que eu escondi cheios de ternura e cumplicidade
Escritos de melodias num espaço
Onde eu escondo as alegrias, da tristeza
Tenho uma caixinha de cor...
Entre os meus lábios e os teus olhos
Onde mantenho o meu silêncio perto da minha alma
Dos poemas escritos com o coração em melodias!
"MÃE"
Os maiores tesouros de uma mãe
São os filhos que ama
Filhos gerados com amor
Onde devemos criar os nossos filhos
Para um mundo melhor...
Com honra, integridade e caráter.
"VÉU"
Levanto o véu da ironia.
Que cobre a minha cama vazia.
Silencio de loucuras e momentos.
Feitos de poemas, de versos e orações.
Já sofri por antecipação.
E sombrio está este meu coração.
Os meus sonhos são regados de absinto e mel.
Dos ventos leves que balançam o meu véu.
Ninguém é alegre ou triste...
Afinal são os dois opostos da vida.
Lanço e escrevo a minha dor aos quatro ventos.
Até que o meu amado grite de amor...
As nossas almas visitam-se...
Sem sequer nos darmos conta.
Campo fértil de amor....onde floresce poesia.
Levanto o véu da ironia, que cobre a nossa cama.
Onde as nossas almas sempre se encontram.!
"ADORMECIDA"
Como uma loba adormecida
Que procura o verdadeiro amor.
Procura o caminho da felicidade
Do compromisso - sem abandono -
O silêncio grita todos os segredos
Partilha as angústias
As minhas alegrias sem fim
O meu silêncio é um segredo.
Que voa alto à procura do teu coração.
Tu ouves o meu silêncio distraído como um trovão
O teu nome ecoa no fundo das montanhas…
Retratos falados, sem traços abstratos
Nas linhas paradoxais esboçadas.
Descritas por uma suposta aparência
Sobrevivi ao absinto que bebi do ressentimento
- Erva amarga - pura imaginária -
Adormeço em silenciosa melancolia.
Olhos famintos, de braços estendidos, mãos cheias
Os meus pensamentos negam o que os meus olhos veem.
Dar um tempo não é perder tempo
Mas é perder-se no tempo.!!
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