Distante de Mim

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Eu não minto para mim mesmo e não me apego a um perdedor.

O que sabem de mim são apenas reflexos, esboços, rabiscos sem fim... O que sabem é o que meus lábios proferem ou o que minhas mãos concordam em mostrar, pois ao meu corpo e minha alma é extremamente difícil de se chegar, somente aos dignos e merecedores é concedida a honra de minha real intimidade vislumbrar.

Quando o meu silêncio falar mas que minhas palavras é que deixou de ser importante pra mim.

Não luto contra você nem sua religião ela que luta contra mim e a minha razão.

Ainda não sei o meu destino, nem cabe a mim saber...
Talvez,
é melhor deixar oculto,
só assim dói menos.

Eu pego tudo o que estou sentindo, tudo o que importa para mim.

Guardo tudo isso no meu punho e eu luto.

Mesmo que as vezes você faça brincadeiras que me deixem brava, mesmo que você ria de mim quando estou nervosa… eu não troco a sensação de estar com você por nada.

Todo o invisível por mim é visto!Tudo que é escuro eu enxergo, quanto mais pesado eu carrego, mas com tudo isso mim falta força para viver sem você.

Por favor confie em mim. Decididamente eu ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo. Isso preocupa você? Insisto – não tenha medo. Sou tudo menos injusta.
(In A menina que roubava livros)

E resisto. Gosto de mim assim, e mesmo que não houvesse mais, só por isso. Por resistir.

Queria que as vírgulas que engoli tivessem compaixão de mim e voltassem imperceptíveis aos seus lugares.
A vida de quem engole vírgulas é mal lida, mal interpretada... Permite versões. Permite alterações.
Sem nexo na compreensão deixa que os outros dêem a forma de qualquer vida!

⁠Ausência profunda, sinto falta de mim mesmo.

Os lados, de Paulo Mendes Campos
Há um lado bom em mim.
O morto não é responsável
Nem o rumor de um jasmim.
Há um lado mau em mim,
Cordial como um costureiro,
Tocado de afetações delicadíssimas.

Há um lado triste em mim.
Em campo de palavra, folha branca.

Bois insolúveis, metafóricos, tartamudos,
Sois em mim o lado irreal.

Há um lado em mim que é mudo.
Costumo chegar sobraçando florilégios,
Visitando os frades, com saudades do colégio.

Um lado vulgar em mim,
Dispensando-me incessante de um cortejo.
Um lado lírico também:

Abelhas desordenadas de meu beijo;
Sei usar com delicadez um telefone,
Nâo me esqueço de mandar rosas a ninguém.

Um animal em mim,
Na solidão, cão,
No circo, urso estúpido, leão,
Em casa, homem, cavalo...

Há um lado lógico, certo, irreprimível, vazio
Como um discurso,
Um lado frágil, verde-úmido.
Há um lado comercial em mim,
Moeda falsa do que sou perante o mundo.

Há um lado em mim que está sempre no bar,
Bebendo sem parar.

Há um lado em mim que já morreu.
Às vezes penso se esse lado não sou eu.



Paulo Mendes Campos (Belo Horizonte 28 de Fevereiro 1922 - Rio de Janeiro 1 de julho de 1991) - Foi poeta, escritor, cronista e jornalista brasileiro. Foi um dos mais talentosos escritores da geração mineira, junto com seus grandes amigos Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e outros. Como ele mesmo disse, "fui para o Rio de Janeiro para conhecer o poeta chileno Pablo Neruda, e aqui estou até hoje". Paulo foi um dos que revolucionou o estilo da crônica na imprensa e, com certeza, foi um grande poeta brasileiro.

Quando eu consegui sair de mim, passear por ai...fugir sem saber para onde ir...então assim, serei eu sem mim...

Limite Branco

Tem sido tudo muito fácil para mim, fácil demais. Às vezes desejo ardentemente que aconteça urna desgraça, uma catástrofe que me jogue ao nível do chão, para me obrigar a despir as máscaras, o falsos gestos, as falsas palavras. Uma coisa que me torne ínfimo, ainda mais confuso e só do que sou, que me deixe a sós comigo mesmo, nu, na frente de um espelho, a investigar a minha verdadeira condição. Então eu saberia, pela primeira vez eu poderia saber. Então viria a solução final, definitiva. Levantar-me aos poucos, como um pó-de-vento, lentamente crescendo, incorporando outros seres a mim, e girando, girando sempre, tornar-me tormenta, furacão, vendaval, terremoto, cataclismo. Ou me dissolveria em poeira à primeira brisa que soprasse — quem sabe?

A TUA

Você nunca teve ou terá algo tão seu, tão unicamente seu como você tem a mim...

A ausente

Amiga, infinitamente amiga
Em algum lugar teu coração bate por mim
Em algum lugar teus olhos se fecham à idéia dos meus.
Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios
Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas
Como que cega ao meu encontro...
Amiga, última doçura
A tranqüilidade suavizou a minha pele
E os meus cabelos. Só meu ventre
Te espera, cheio de raízes e de sombras.
Vem, amiga
Minha nudez é absoluta
Meus olhos são espelhos para o teu desejo
E meu peito é tábua de suplícios
Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes
E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim
Como no mar, vem nadar em mim como no mar
Vem te afogar em mim, amiga minha
Em mim como no mar...

Metade de mim apetece-lhe o abraço.
A outra metade levanta a cabeça e segue o caminho.
Metade de mim quer sofá e aquela música. (O Vento)
A outra metade decide antes ir passear.
Metade de mim quer ouvir a tua voz.
A outra metade desliga o telefone.
Metade de mim apetece-lhe o beijo.
A outra metade decide ignorar.
Metade de mim apetece-lhe parar.
A outra metade obriga-me a continuar.
Metade de mim quer esquecer-te.
A outra metade obriga-me a lembrar.

⁠Eu quero você, bem perto de mim, vem logo, vem! Quero te abraçar, quero te beijar, quero te amar, de novo!

Olha pra mim, Morena.
Olha pra mim e desenha na minha pele com teus olhos amendoados uma tatuagem cabalística, hindu, macumbeira e feiticeira.
Desenha uma lua cheia, ou melhor, Morena, desenha uma lua nova. O novo sempre cai bem.

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