Disputar uma Pessoa
Mais uma vez...
Mais uma vez tudo se perde,
Mais uma vez meu corpo padece,
Mais uma vez meus olhos estão sangrando,
Mais uma vez meu coração chora,
Mais uma vez minha alma grita,
Mais uma vez meu corpo treme,
Mais uma vez meu amor morre,
Mais uma vez uma linda flor no meio do campo cai,
Mais uma vez a taça vai ficando pela metade e eu não vou mais deste vinho provar.
Mais uma vez a escuridão do meu quarto vou retornar,
Mais uma vez por você vou chorar.
Mais uma vez estou morto.
Mais uma vez viverei as noites mais profundas de minha vida.
Mais uma vez um sentimento insano toma conta de mim,
Mais uma vez meu sangue brilha em minhas mãos,
Mas uma vez vejo no brilho dos teus olhos os estilhaços de corpo.
Mais uma vez o medo tomou conta,
Mais uma vez a desilusão...
Mais uma vez arranco estas palavras com um gosto amargo do meu coração.
Mais uma vez meu corpo se banhará ao som desta maldita canção.
Enfim mais uma vez um coração entristecido.
bom e real mesmo (legal mesmo) é saber que ' pra sempre ' é apenas uma expressão, afinal eu gosto mesmo é do estrago ! Cada um tem o que merece independente do que faça.
Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentiras e ilusões, não acredito em amores a primeira vista, e sim 'verdades sobre a primeira impressão '
Universidade que...
Ensina uma profissão
que ensina conhecimento,ensine-lhe educação!
Oh,pais ensinem seus filhos
a serem gente! Suplico!
Nação
O Brasil é uma nação
de sotaques diferentes
isso é miscigenação
da cultura irreverente
eu aceito o teu mermão
e tu respeita o meu oxente.
Pai, você não é a primeira e mais importante referência de uma vida. Mas sim, um espelho que deve ser constantemente refletido. E sempre, sempre mantido limpo, para que você possa dar o mais orgulhoso de seus sorrisos ao ver que foi muito além. Tornando-se o alicerce da continuação de sua vida.
Cair de uma Flor
O homem urbano, no concreto
pulou do prédio.
O homem se foi.
Quis adocicar a essência.
Ele se foi por isso.
Partiu para sempre.
Afundou no buraco que caiu.
Buraco ele deixou, há muitos
na rua, na vida nem se fala.
Levou almas, lágrimas,
elas preencheram a cova
que ele formou.
Seu peso na vida foi grande.
Penosa estrada curta.
Era jovem, 17 anos.
Homem de nascença,
menino de idade,
criança de ser.
Ah, como todos nós
somos crianças.
O edifício era comprido,
tocava o céu.
Por entre as escadas
ele chegou às nuvens.
Nuvens onde dança anjo,
escorrega na chuva,
que molha e revive.
Nasceu de novo, graças as gotas
que caem pouco a pouco ao chão.
Tocam pessoas restantes,
bebem dessa água e se nutrem.
Partiu o homem, todos irão.
Todos ficam aqui, ali, lá.
Bem ao longe, eu vejo o homem,
todos os outros homens que se guardam
e sofrem. Pelo mundo ser sofrido.
Não mais restam olhos.
Boca se foi, saliva secou.
Abraço foi só em uma caixa.
Descida na terra magra e seca.
Seca com verme, seca com dor
tanta dor.
Encharcada por saudade.
Deixada por medo
Foi para sempre.
Não mais volta.
Claro que volta!
Volta no sentir,
na falta que faz
Nas lembranças nas quais
nunca se vão.
Poema de Ressaca
Uma lindérrima rapariga
passou adiante,
com uma saia enegrecida
criatura bem laminada.
Criança celebérrima,
alfinetou cada retina.
Quantas vozes em uma só,
desnorteou qualquer sentimento
Atrevi em pegar sua mão
ouvidos macios de doces
palavras firmes não hesitei
ela exalava almas-flores.
Fluídos de desejo pelo todo
no meio a distância
um toque aproximado
calma filho, calma, há tempo.
pele-veludo
rosto, brilho repentino
cabelo espesso e taludo
vaga e remota lembrança
Sede por envolvê-la
em meus magros braços
feminina de sá
corpo bem buliço
remexia à sambá
aquele quadril postiço
Enlaçamos os dedos
carnes ferveram-se cruas
A disse:-Vamos para fora
vamos para a rua.
O mundo é grande,
cabe nossa dádiva
da noite deliberante
e total instigante
pois éramos amantes pós-festa
e proferi-a versos romanescos
(atitude esmiuçada)
copiados do tempo parado
bem ali, naquele lugar
os ponteiros congelaram
me revirava de ponta cabeça
vi o mundo do avesso
aliás, nem mundo eu vi,
ouvi muito menos, sentir quem sabe.
Levá-la-ei ao todo
nos murmúrios do amor
despedir-me bem chocho
embalsamado na terra
Compeliu a saudade acometida
refutei-a com poesia
afim de evitar um desconsolo
esquecer à minha pessoa
em pronome de tratamento
direcionado pelo palpitar lírico
Dulcíssimo foi seus contornos,
inundam minhas reminiscências
trago-te ao pé seu jeito idôneo
sem resignação
por despertar a pureza
onde paira maledicência.
Miudinho
Tinha uma mocinha,
bem loirinha,
da cidade pequenininha,
que andava com flores,
na cestinha
da bicicletinha.
Toda meiguinha,
bem depressinha,
quanta gracinha,
daquela mocinha
loirinha, da cidade
pequenininha.
Com a bochechinha
rosinha,
escondia do solzinho
debaixo da sombrinha,
e bebia aguinha,
pra voltar a passear
na biclicletinha.
Na esquininha,
ela caiu, e machucou
a perninha,
fez dodóizinho,
tadinha.
Um menininho
desesperadinho
ajudou ela
a se levantar
rapidinho,
pra ganhar
um beijinho
no rostinho
vermelhinho
e sentir amorzinho.
Bem na minha insônia
Debruço sobre meus livros
e a sala continua vazia, sem abajur
uma menina no ponto do ônibus
às onze e meia da noite
resolve ir embora a pé
colhendo flores no cemitério.
Eu continuo na sala, agora há vento,
muito vento, é a chuva.
O telefone toca e eu atendo,
nenhuma palavra.
Não me levanto da poltrona,
ali mesmo continuo.
O céu brilha
flashes formam sombras
na janela aberta.
A menina passou pela porta
senti o cheiro das flores
vagamente umedeceram meus poros
A cidade dorme, o ônibus passou no ponto a sós
ela não entrou, já havia ido.
O ônibus continua,
é meia-noite.
Um passarinho morreu de choque elétrico.
Houve o velório com os outros passarinhos,
no mesmo cemitério onde a moça colheu flores.
No terreno que sepultaram o passarinho
nasceu novas flores,
foi na parte que a moça havia tirado as outras flores
para poder agora nascer novas vidas
junto com o passarinho.
Tudo isso aconteceu em uma noite chuvosa.
Patrícia Mendes
Quantos segredos
há em uma fotografia?
quanta paz
há em desenhos?
quanta luz há um formato?
Eu só olhei e mais nada,
as expressões fortes e sérias
de uma moça
que eu vi sem querer
em uma foto-novela
Amei-a da terra do nada
por onde brotou
um cálice de flor
da gaveta empoeirada
na qual era guardada
uma imagem emoldurada,
no porta-retratos de cor.
Lembrei-me das moedas cunhadas
na qual vinham o retrato
de D. Pedro I
e a imperatriz desejou-o
o belo rosto rasteiro.
Vou pedi-lá em casamento
ainda hoje irei
graças a minha curiosidade
adiantar minhas cartas
acelerar as brigas
reconciliar os beijos
que nunca dei.
Dirigir-me-ei aos pais, pedir-lhes à mão,
disser-lhes sobre a foto do meu pecado
colorida, preta e branca
do diamante escasso
que encarava a fina lente
e penetrava o rigor olhar
no limbo aro
Estás a duzentos, não!
trezentos e oitenta mil quilômetros
de enfática distância
do meu apartamento de esquina
ombreando com minha estima
alerta e desespera a ganância
no rapaz esquálido,
que anos luz
a viu
estacada,
defronte
de perfil
sua silhueta reta
os cabelos soltos
mornos
nascidos de uma nova era
da carne no osso.
Como pode o sol permear
os arredores de casa
da rua, sem trazê-la?
e o meu castigo já estava imposto
a punição de não conhecê-la.
Em um quadro marcado
foram pintados
os olhos simétricos
a rebuscada boca
para o meu aval
literário, poético.
EU
Pensava nela sempre
Como uma menina capaz
de inventar histórias e magias
Uma menina de quem ele
devia cuidar
para que pudesse continuar
fabricando alegrias
e levá-lo para longe de tudo
Lailin
Meu nome é Lailin
Que absurdo
Que diabos é uma Lailin no mundo?
Os médicos do Sirio Libânes me atenderiam?
As enfermeiras mediriam minha pressão?
Seria tratada como humana?
Uma equipe operatória me proclamaria uma unidade?
Em suma: Aqueles que foram eleitos para cuidarem da nação, assumiriam a mais pequena responsabilidade por mim?
Vejo-me no espelho
e reconheço a minha fatuidade
Tenho tempo apenas de rir de mim mesma
e da minha dor.
Por mais que você traçe uma diretriz em tua vida, por mais que você faça mil planos, tenha mil sonhos, um simples amor pode mudar tudo.
Quando um homem e uma mulher se separam, não estão traindo seus votos, estão reencontrando seus caminhos.
Estar sozinho é apenas um espaço temporal, uma ponte, travessia para um tempo acertivo. Nenhuma solidão há de persistir indefinidamente."
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