Desperta
Seu silêncio cala a sua voz, mas jamais calou o seu amor... ele grita, me desperta em fervorosas lembranças todo tempo.
O Teatro da Existência: Reflexões de uma Alma Desperta
Na imensidão deste mundo, trilhei um caminho singular e solitário. Desde que comecei a explorar a profundidade da minha consciência por meio de projeções astrais e encontros com espíritos, minha confiança na humanidade se dissolveu como neblina ao sol. Em resposta, abracei uma vida alternativa, guiada por princípios de celibato, naturismo, meditação diária e serviços voluntários. Minha empatia transcende julgamentos; compreendendo a totalidade da vida, abandonei a necessidade de julgar os outros.
Vivo na contramão de mim mesma, caminhando solitária em direção oposta à da multidão, buscando significado e conexão em um plano além do tangível. Meu percurso é solitário, mas enriquecido por uma compreensão profunda da existência e um compromisso inabalável com a essência verdadeira do ser. Quando estou fora do corpo, minha sensibilidade é extraordinária, ultrapassando os limites do imaginário.
Acredito que nós, seres humanos, envoltos na matéria densa do corpo, buscamos inconscientemente o prazer natural da alma. O mais mágico é que não preciso de nada, nem de ninguém, para alcançar essa sensação maravilhosa que envolve meu ser. Hoje, olho o mundo com compreensão e vejo as pessoas como crianças em corpos adultos, cegas e ingênuas. Por mais difíceis que sejam suas jornadas, são apenas desafios que vieram enfrentar neste mundo.
Agora, entendo a atitude de Jesus, que, apesar de ser maltratado e humilhado, ainda disse: "Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem." Antes, sentia raiva ao assistir ao filme da Paixão de Cristo, mas agora, com esse refinamento, consigo compreender e agir de maneira semelhante.
É extraordinário viver neste mundo com a mente conectada à quinta dimensão. Não me envolvo em problemas porque sei que tudo não passa de um teatro da existência, onde todos desempenham seus papéis de atores principais, coadjuvantes e antagonistas. E eu fico na plateia, bem acordada, observando os atores em seus personagens. Crianças adoráveis em corpos adultos, que não são maus, mesmo em suas piores atuações.
Assim, minha jornada solitária não é de solidão, mas de busca por compreensão e conexão mais profunda com a verdadeira essência do ser. Vivo em paz com a percepção de que todos estão em seu próprio caminho de aprendizado, e minha missão agora é continuar a busca pela transcendência e sabedoria, sem envolver, apenas fluir com a vida. Cada passo que dou, cada experiência que vivo, me aproxima mais do oceano da existência.
Embora sinta que não pertenço a este mundo, estou concluindo meu curso na escola da vida, preparando-me para retornar ao meu verdadeiro lar na imensidão do cosmo.
ÂNFORAS DOS SONHOS
Desperta anáfora na mente em pertinaz fremir.
Consonante descerram-se as ânforas dos sonhos.
Alva a consciência em penumbra busca de remir.
Diáfano desejo na renitência que sangra os olhos.
Na congruente incoerência, guardo em mim um eu que não é meu, dos versos sem rima e das rimas sem nexo, dizendo o que não sei, em pensamentos que não vivo, são sentimentos que desejaria tê-los vivido, ao menos por um dia.
Expressão irreal de caminhos que não se trilha, na remota capacidade de elevar-se a alturas além do alcance das sublimes fantasias, onde poderia encontrar talvez escondido no que escrevo o que de fato é meu, distante destas linhas perdidas e fora de sintonia, que nada mais são do que versos que soam com dor e sem poesia.
E novamente poder dizer aquilo que eu sinto, em frases simples que surgem naturalmente como o respirar, mesmo em sibilo sussurrar, e assim conquistar seu mais puro sorriso, pois é nele que reside toda a felicidade de que preciso.
E enfim, as ânforas que a muito foram lacradas finalmente serão abertas, onde nelas como vasos haverá a beleza da flor e quem sabe um pouco de amor, além do perfume doce da poesia, e somente então se revelarão também os sonhos, que sobreviveram regados pelas lágrimas dos meus olhos.
Claudio Broliani
É a paixão que deflora as mulheres, é ela que desperta os sentidos, o olfato, o tato, o paladar, a visão, o arrepiar dos ouvidos.
Não lido bem com ameaças, isso desperta sentimentos diversos que resulta em combatividade e enfrentamento, me fazendo endurecer a tal ponto que as pessoas não tem ideia de onde posso chegar. Isso faz elas perderem o melhor de mim.
Teu corpo é a poesia que desperta meus desejos mais profundos, uma sinfonia de curvas que me envolve e me faz perder o rumo."
Só ver a luz quem abre os olhos, só progride quem quer. Consciência desperta é força acionada.Amo essa força e agradeço a Deus por ela✨📿
Sussurrei teu nome no véu da bruma
E o fogo se curvou em reverência.
Quem te lembra, te desperta.
Quem te invoca, te renasce.
Teu nome não é som, é retorno.
Quando o Ser Desperta, o Ego Silencia
“O ego grita para ser visto, mas é no silêncio que o espírito se revela. A consciência não precisa provar nada — ela apenas é. A luz mais pura não brilha para chamar atenção, mas para iluminar o caminho. A verdadeira grandeza não se impõe, ela inspira. Quando o ser desperta, o ego se cala."
"Primavera em Verso"
Desperta a terra em doce alarde,
com flores dançando em tom suave,
o vento canta, a vida arde
num verso leve que não se acabe.
Borboletas traçam no ar
desenhos livres de esperança,
o sol sorri só de espiar
o renascer da temperança.
Os campos vestem-se de cor,
os ramos brotam sonhos novos,
o tempo abranda sua dor
e pinta o céu com traços roxos.
Primavera, estação do peito,
onde tudo encontra jeito
de florescer sem ter receio —
até o amor, num simples beijo.
Manhã do Menestrel
No bairro onde a luz se derrama,
Fonte Grande desperta em flor,
O domingo acende a chama
Do silêncio vestido de amor.
Pelos muros, a brisa passeia,
Beija as folhas com doce fervor,
O menino do Mucuri anseia
Por versos que nascem da cor.
Os sinos do tempo repousam
Nos telhados dourados de paz,
E as aves nos céus entoam
Sonhos que o sol desfaz.
Oh manhã de candura infinita,
Teu perfume de vida seduz,
Tua alma tão pura palpita
Na rima sagrada da luz.
É o menestrel que contempla,
Com olhar que resgata o azul,
A manhã que em si já exempla
A poesia do céu sobre o sul.
É no silêncio do segundo plano que a alma desperta para o valor de quem sempre nos colocou
em destaque.
O Último Homem Desperta
Despertei tarde — não do sono, mas do mundo.
Acordei no exato instante em que já não havia o que fazer.
Tão lúcido quanto a lâmina da faca que corta o pão seco dos esquecidos.
Não há mais guerra: apenas consumo e propaganda.
Não há mais fé: apenas autoajuda e tutorial.
E eu, cansado de não ter lutas justas para lutar,
me arrasto como quem guarda o último fósforo aceso numa cidade sem luz.
Sou o último homem.
Não porque sou o último a morrer,
mas o último a perceber que estamos mortos há muito tempo.
O contato com meu eu interno desperta angústias difíceis de suportar. Por isso, busco refúgio no barulho é no ruído do mundo que tento silenciar os julgamentos que vêm de dentro, alimentados por uma autocrítica feroz que insiste em expor minhas fragilidades. Mas já não posso mais calar quem eu sou. É tempo de escutar minha própria verdade, mesmo que ela doa. O momento de me encarar, enfim, chegou.
Quando o alimento é feito com amor, ele não sacia apenas a fome — ele desperta o que ainda há de humano em nós.
Não precisa ser minha pra me despertar ciúmes, e quando desperta, ainda vem acompanhado de uma raiva danada.
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