Desilusão Amorosa
RASGO
Rasgo o sombrio de mim
Na saudade de um espasmo
Degredo esquecido em mim
Solto nos rastros perdidos
Procurei esquecer a dor
Que me atormenta no espaço
Escondido nos sonhos
Que no tormento flagela
Os meus dias, noites sem dormir
Feito de novelos que fia a dor
No crepúsculo do vento
Quimeras de sombras
Que cobrem apenas a tua ausência
Para rasgar a dor que sinto
Quando não estou contigo.
EU VOU
Vou amar sem me perder
Sem me cruxificar
Vou sobreviver
Espairecer até morrer
Para demonstrar
O que vive em mim
Deixar sair sem nada sentir
Deixar fluir sem me repetir
Fugir das prisões
Libertar-me dos grilhões
Vou tentar fugir mas de ti
Nunca sou assim, crescer amar
Vivi com intensidade
Todos os momentos
Aprendi amadurecer
Coloquei no meu coração
Tudo que senti
Deixar andar sem nada esperar
Aceitar o que está
Para vir sem nunca duvidar.
São nas vazias
Ruas da minha solidão
Entre prosas e sonetos
Dos molhados becos escuros
Que estão abandonados todos
Os poemas que te escrevi
Durante toda a minha vida
SABES
Amei-te
Sem saber quem eras
Onde estavas
Tocaste-me com a ternura
Num louco desejo
Envolveste-me com as tuas mãos
E no teu corpo descubro
O sorvo dos teus lábios
Quero mais de ti, quero tudo
Amei-te sem saber quem eras
E a quem pertencias
No fim descubro que eras meu
Só meu que me pertencias
Sim a mim.
QUERO
Quero ter-te
Quero amar-te
Como se não
Houvesse mais nada
Deste meu querer
Que me torna submissa
Amando-te
Mais do que cobiço
Quero ter-te
Quero amar-te
Mais de mil vezes
Que vivi matei e morri
Desejando-te.
SIM
Cobre-me
Com teu calor
Revela-te a mim
Pois tenho sede
Tenho fome
Fome de ti
Invade o meu corpo
Deseja-me
Dilacera-me
Domina-me
Aquece-me no Fogo
Que me queima
Loucamente
Na Vontade de sentir
A tua boca na minha.
SÃO LONGAS
São longas as noites
Que passo sem dormir
Insónias noturnas
Nestas trevas profundas
Não sei o que sentir
A dor persiste, insiste
Na escuridão é que reflicto
Sobre o que tenho sido
Sinto-me a morrer devagar
Lentamente, sem querer morrer
Nesta minha punição que me fere
Que sangra,rasga-me no peito
Que me dilacera e tortura
Com intensidade na pele
E se propaga no corpo
Destas malditas insónias dolorosas.
EU SOU
Sou um corpo caído no chão
Num coração seco de alma vazia
Que esconde as mágoas da vida
Sou um corpo deixado no chão
Entre as traições e desilusões
Sombras que a vida deixou no profundo
Desgosto marcado dos sonhos perdidos
Sou um corpo preso com cadeado
Com a alma magoada algemada de insónias
Das carícias perdidas nas noites esquecidas
Sou um corpo torturado pelas insónias
Dum pesadelo sem correntes na alma
Que grita bem alto liberdade
Sou um corpo morto de frio
Deixado numa qualquer calçada
Perto do mar pleno de emoções
Sou um corpo que arde em paixão
De tanto amor que deu em vida
E agora renasce para voltar a amar.
TALVEZ SOU
Sou o meu próprio carrasco
Despojada de palavras lidas
Num livro jamais escrito
De sonhos gigantes
Nos confins da alma
Fazendo dos nãos talvez sins
Limites de alguns instantes
Letras cativas de solidão
Busquei na procura das virgulas
Perdidas dos que se desejam
Nas carnais sensações que despertam
As palavras despidas de desejo
Carrasco de corpos sôfrego de letras
Pontos das páginas escritas
De despidos corpos amando-se
Entre as sedentas repetidas páginas
Nos profanos sentimentos
Que se tentam libertar nas letras
Entre o meu próprio carrasco
Carne, corpo, sentimento
Escrita num livro jamais lido.
A MINHA
A minha alma está seca
De lentes quadradas
De soltas alegrias
De risos perdidos
De vazios insondáveis
De sonhos violáveis
Doi-me o corpo que mendiga
Perdão, perdão que não consegue
Alcançar de tanto procurar
Nos sonhos perdidos
De uma alma seca, a minha claro.
O sangue quente que borbulha na correnteza das minhas veias é incapaz de descongelar as profundezas do seu coração petrificado.
Sabe qual é o problema das pessoas?
Elas querem quem não às quer,
Elas não dão valor ao que tem,
Os valores estão invertidos,
O amor cada vez mais líquido,
As pessoas se usam e se jogam fora,
Se fazem e fazem das outras descartáveis,
Tudo vem e vai numa velocidade voraz,
E as pessoas vivem o tempo do vazio das incertezas e inseguranças.
Simplesmente complexa.
Quer me conhecer?
Me leia,
Meus versos mostram meu passado,
Meu presente,
Minha visão de futuro,
Minha visão sobre o mundo,
Sou um eu criptografado em palavras,
Não se atreva a se achegar sem me ler,
Sou intensamente intensa,
Você conhece alguém pela sua arte,
Seus gostos culturais interferem altamente na sua essência.
Atente-se.
Há coerência.
Sou complexa demais à me entregar à metades,
Dou tudo de mim,
Mas, quando vou embora, não volto mais,
As cicatrizes ficam,
Mas, a dor logo passa,
Deus, decisão e tempo tudo curam,
Eu só quero a intereza,
Do Espírito Santo,
Só meu caráter,
Do Homem de Deus que será meu Marido,
Que se dará por inteiro,
Num relacionamento que não haja espaço para vazios ou tristezas,
Com todas as cartas na mesa,
Lealdade.
Pessoas que querem meu corpo existem,
Já existiram,
Mas,
À essas somente presenteio com a minha ausência,
Quero amor de alma,
Amor de Deus,
Complexidade,
Quero alianças trocadas,
Altar,
Quero o pra sempre,
Até que a morte nos separe.
A vida me passa,
Como lâmina de estilete,
Me rasga,
Na carótida,
Choro de sangue,
Pranto no peito vazio de quem te quer.
Seu sorriso me aquece,
Como a luz do sol enaltece,
Estremece,
Como se o relógio parasse,
Em êxtase,
Me desfaço,
Tua boca tem formato de céu,
Me eleva,
Me leva,
Em cada onda de Amor,
Meu prazer em você,
Desde o anoitecer,
Você é meu dia clarear.
Estar em paz consigo mesmo é o ato de conseguir deixar de se importar com quase tudo.
Ouça quem te ame, dedique-se àqueles que realmente precisam de ajuda e evolua com quem tem melhoras para oferecer.
Pessoas que não são assim merecem apenas baixa atenção e indiferença, pois nunca vão trazer o bem verdadeiro.
Empatia
A verdade é que ela se cansou de "sentir" por tanto ver violência e por só viver relações afetivas curtas e desinteressadas. Hoje, ela prefere ser fria internamente, está desacreditada. Porém, mesmo que as pessoas ao seu redor vejam a frieza como solução e digam para ela que tudo bem em ser assim, ainda há um vazio naquele coração. Vazio que não se cura com remédio ou com o se ir a terapia, mas com o se deixar a própria mente gritar: "e se fosse comigo??".Quando ela imagina se fosse com ela, sente ao invés do frio, a dor. "Dói, deve ser difícil para ele e poderia ser comigo!"-ela diz, então entende que não é porque o seu coração está machucado que precisa ser fria com os outros. Isso é empatia! Acredite, o “e se fosse comigo?” é algo forte! Teste e creia, porque um pequeno movimento ainda pode sim provocar um tsunami.
@keylak.holanda
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