Desilusão
-Desilusão-
"Sem querer,descobri
sua mentira,contei-lhe
os meus segredos,
confiei,me entreguei...
Enquanto eu
te amava,sofria,chorava...
Você,somente ria.
Zombou do meu amor,
de quem mais lhe queria
e agora por outra me deixou...
Espero que,sejas feliz,
e que a sua nova conquista
não o faça sofrer
dessa dor...
Ergo a minha
cabeça,mas coração
sangra,chora,
de tristeza por
causa de você...
Tanto amor,
que eu lhe dei,e
você desprezou,e
zombou e jogou
fora...
Amei tanto,
e minh'alma
agora chora,
chora como
uma criança,
indefesa,que
sem querer,
sem lutar,
deixou o
seu pássaro
voar e em
outro ninho
pousar...
Não quero
mais amar,
essa
dor passará,
e sem ti
para bem
longe,irei voar,
feliz serei,
mas sozinha,
eu quero estar,
minha companhia
é preciosa,meu
amor é generoso
e para mais
ninguém irei
entregar,esse
meu coração,que só
à Ti.queria
desejar e cuidar...
E só à,Ti,esse
coração sabia
amar..."
Tatiane Oliveira-*
00:31 hrs
31.07.2014
Se as desilusões e tempestades da vida encharcaram suas asas deixando-as pesadas demais, deixe-as e voltes a andar.
Hoje eu gritei, e em cada palavra ardente de raiva e ódio, encontrei apenas silêncio e desilusão. No eco das lembranças e promessas quebradas, percebi que uma parte de mim morreu, consumida pela dor, sem jamais entender por que me deixaram gritar.
"O mundo é feito de desilusão e problemas, nos cabe a mansidão, tranquilidade e competência para as resolvermos ou suportá-las"
Na maior parte das vezes desiludes Deus, por ignorância! Tu não páras para pensar!
Se tu refletisses nas tuas atitudes, nas tuas palavras e principalmente nos teus pensamentos, estarias mais desperto(a), entenderias que a ignorância não te servirá de desculpa toda a tua vida! O que vais semeando dará os seus frutos e a colheita só a ti pertence.
Talvez já tenhas armazenado tantos frutos podres durante a tua vida, que não suportas mais o cheiro nauseabundo! Começa hoje a limpar, quem sabe, pedires perdão a ti e tantos que magoaste até aqui!
Presta atenção, e grão a grão muda a tua sementeira, que sejam sementes doces e sãs...reflete no que colhes diariamente e terás consciência da verdadeira razão para a qual está de passagem pela Terra!
Não há desilusão quando "amo" apenas uma criatura pelo seu aspeto, nada dela fantasio, a estupidez ou mediocridade nada tiro, porque eu não espero nada senão o aspeto e assim ele persiste inútil como a criatura se me apresenta, porque ela própria não se vê para além do seu décor(material).
Vivi o suficiente para aprender que nenhuma desilusão amorosa é suficiente para te privar um novo amor, nenhuma riqueza é suficiente para comprar uma vida feliz e nenhuma viaj(g)em é suficiente para nos encontrarmos a si mesmo!
Cancela-me esta inaptidão ao quase,
à desilusão de tudo o
que poderia ter sido e não foi!
Cesso-me nas coisas nenhumas
que do nada saíram e no nada morreram!
Sendas sem mim que apenas me continuam
em registo de um rasto somente vazio,
entre tantos outros “quases” vadios,
talvez moribundos um dia,
Mas, quem sabe se um dia!...
A NOITE
Fica de sobreaviso: a lua é uma referência, mas toda a nostalgia, as desilusões, todas as agruras, todas as tristezas então se acentuam; mas especificamente pode não ser essa coisa física, essa metáfora vai muito além de um céu estrelado, penumbra e todas as características que envolvem a noite.
Genilse carrega um saco nas costas; garrafas pet e latinhas, atravessa; a praça e diante da torre do relógio, para e constata meia noite; diante da igreja se benze como se ainda atendesse aqueles temores cristãos que um dia lhe foram ensinados; naquela selva, "amai-vos uns aos outros" parecia algo impossível de se praticar. Ali entre os galhos do velho oitizeiro guardava um colchonete e uns molambos com os quais se cobria; "morava" sob uma marquise onde durante o dia funciona um restaurante, onde sempre lhe sobrava um resto de comida que lhe era entregue por um velho cozinheiro; ali, de uma forma ou de outra ela funcionava como uma espécie de vigia, num momento em que o ser humano perde suas referencias de ser humano e o único laço que os uni é o medo. passará pela cabeça de alguns, ou de muitos, naquele momento crucial do último suspiro em que pensarão; "até que enfim, o
fim dessa eternidade, enfim a morte". temor, pânico e ansiedade é o preço para esse alívio, essa é a noite subjetiva de cada um; a droga é o elo, por paradoxal que possa parecer, a tornar naquele espaço, harmoniosa e suportável psicologicamente essa pressão.
Uma criança correndo em suas lembranças, muitos abraços, beijos, muitos momentos de paz; uma referencia que se perde quase imperceptivelmente e assim se vão o zelo, o cuidado, o carinho, a palavra doce; tudo isso é parte do lado iluminado da vida, o que não é iluminado é penumbra; e quem saberá lidar com suas armadilhas. Genilse tinha uma luz no fim do túnel, naquele momento raríssimo de privacidade, quando estendia seu colchonete, depois de uma breve oração, tirava de uma velha carteira, uma foto três por quatro de uma criança com a pureza dos seus primeiros anos; seu sorriso era um farol iluminando toda aquela noite densa que era sua vida. Era fato corriqueiro e naquela noite era o corpo de Genilse morto; ao seu lado, uma marmita com restos de comida, migalhas pelo chão e uma foto três por quatro de tudo o que era referência de luz. muitos olhavam enquanto o IML fazia o seu trabalho... Genilse vivia imaginando aquela cena de tanto vê-la acontecendo com os outros; imaginara aquela cena, aquilo jamais acontecera, não consigo. Vira muitos morrendo por uma marmita, um pedaço de pão, por qualquer discussão fútil e banal. Naquela noite discutira com outra garota por espaço, pela marmita, acabara dividindo-a mas então decidiu: pegaria o corujão que lhe levaria de volta à Vila Norma; e assim o fez. Três anos depois voltara à praça, agora a passeio com Maria Eugênia, a filha, criada pela avó, agora com sete anos; acenou para alguns entrou na Igreja, rezou e pediu forças aquele ser superior que certamente lhe salvou de muitas mazelas; foi até o restaurante comeu um sanduíche com a filha, agradeceu ao velho cozinheiro e saiu, olhou o velho oitizeiro que ainda guardava alguns colchonetes; anoitecia, mas não havia mais aquela sensação de medo; depois de todas as noites agora tinha uma única certeza; pra quem tem um sinal de luz e acena pra esse sinal, haverá sempre manhãs ensolaradas.
A ESSÊNCIA DO AMOR
Toda vez que tinha uma desilusão corria a praia, era muito mais fácil para André entender a imensidão do mar que a essência das pessoas, e imaginar que aquilo tudo era gratuito, imaginar que um Ser superior com sua generosidade infinita armazenara ali tantas oferendas... e assim era frequente suas idas à praia; no entanto nada era traumático, nada que deixasse marcas indeléveis, diante daquela imensidão qualquer problema tornava-se ínfimo, mesmo com aquela forma de pensar de que amor é arrimo da dor ou a dor arrimo do amor, era assim. Mara, sua primeira paixão de adolescente, a que recebera os primeiros bilhetes, com frases e desenhos de paixão, preferira o rival das gincanas e torneios colegiais; mas depois vieram namoros firmes e noivados desfeitos, todos superados depois de algum tempo, então um dia olhava as fotos, relembrava os momentos, rebuscava os detalhes e ria dos resquícios de felicidade; a vida era uma aventura que tinha que ser vivida. Uma agrura ou outra, alguns arranhões, mas era só; algumas doses de vinho, um livro, um pouco de solidão, alguns poemas. e tudo ficava no arquivo das lembranças, catalogado com muitos aprendizados. era um caminho ou muitos caminhos, um labirinto que nos levaria aonde, o universo que nos compõe compõe o universo propriamente dito. não cometeria os mesmos erros, e pensando assim parecia policiar-se de um prisma adjacente e estratégico, mas não era bem assim, ou pelo menos não era funcional diante de um universo de emoções; se pudéssemos definir André numa única palavra essa palavra seria sensibilidade, era uma pessoa suscetível então o que doía em alguém próximo doía nele, o que encantava, uma bela atitude lhe fascinava assim aconteceram
Outras paixões; ansiedade, medo, insegurança, mas não era um martírio, nem era um jogo, ou era? detalhava os traços, a forma de falar, sorrir, olhar, tudo lhe fascinava no alvo de suas emoções, mas nada tanto como um pouquinho de timidez; um rosto feminino espantado era irresistível. mas quem inventou a paixão? com certeza Marylin Monroe naquela famigerada foto, tentando abaixar a saia do vestido por causa de um vento inconveniente, tenha inventado a paixão para a metade da população masculina contemporânea e quiçá para a parte da modernidade lésbica, o que se insurgia como um pecado, mas quem não pecaria por paixão?
Alguma coisa no passado incomodava.. sempre haveria algo no passado a incomodar mas já aprendera a conviver com isso. era sempre algo mal resolvido, algo que deixara de dizer ou fazer, e isso às vezes lhe salvara, outras o condenara; principalmente a conviver com essa sensação, alguma coisa no passado...
A Central do Brasil estava como em todas as segundas- feiras, todos apressados; ninguém se via, ninguém se percebia, muitos se esbarravam; muitas mãos estendidas, olhos suplicantes e não eram só os olhos dos pedintes, no entanto descrevia o amanhecer como como uma aquarela divina; o romantismo é leviano a ponto de ignorar o inferno que queima a essência no interior humano; nossas canções de exílios morreriam de vergonha diante de olhos tão infelizes, mas diante da beleza quem não se torna leviano. A hora de entrar no trem era um suplício, era a sua supercarga de stress diária, mas ao juízo final, aquilo provavelmente contaria como atenuante para a remissão de seus pecados. O trem sacolejava num serpentear como se tentasse despertar muitos que voltavam exauridos de mais uma batalha do cotidiano; as casinhas subiam o morro desordenadamente, às vezes perigosamente como uma maquete mal elaborada; André num rompante de filosofia, comparou tudo aquilo com a alma humana e murmurou pra si mesmo: "diante da necessidade até a desordem se harmoniza." alguém colocou algo na sua mão explicando uma necessidade, era um dos muitos vendedores de coletivo, uma das muitas desarmonia social; afora isso tinha cantores, poetas, filósofos, pintores e todos juntos estavam ali como uma plateia passiva, assimilando ou não, participando ou não, indiferentes ou não; mas ali era o teatro real, a realidade crua na peça do cotidiano. André Jogou uma cédula ainda úmida, afinal vinha da praia, no chapéu que se encontrava na mão de um jovem que declamara um poema que falava na essência do amor, seu destino era a próxima estação: Olinda, e seu espetáculo pausava ali para recomeçar no dia seguinte, depois daquele resto de ocaso que lhe faria refletir sobre a essência do amor
Há quem colecione moedas, selos, e outras tantas coisas, eu coleciono desilusões, daquelas que matam aos poucos. Pelo menos não são dívidas.
DESILUSÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um dia ele percebeu que de ambos, era só ele quem propunha. Fora sempre assim. Nenhuma proposta era "de lá pra cá". Só de "cá pra lá". Nunca teve uma chance de responder. Dizer sim ou sim, como sempre seria, mas dizer. Ser solicitado por ela. Ficar envaidecido pela procura. Ter sua vez de ser cortejado.
Foi assim que outro dia resolveu trocar de margem. Remanejar os extremos. Ficar em silêncio e ver no que dava. Tinha esperança de que o silêncio faria "vir de lá" o que sempre "foi de cá". Jurava em seu íntimo que aquilo não era uma disputa, mas achava que ele mesmo nunca dera uma chance de ser o alvo; a caça. Era sempre o caçador.
O tempo se foi. Ele foi se deixando. Sua espera ganhou brio, quando percebeu que nunca "veio de lá" qualquer convite. Nenhuma proposta; solicitação. Ela não o amava; correspondia ao seu amor. Não o queria. Cedia generosamente ao seu querer. Até então, estava sempre ali. Provisoriamente ao seu alcance.
No fim das contas, ele não a tinha. Era tão somente contemplado pela preguiça do seu não... pela esmola do seu sim.
Nossa jornada pela vida se alterna entre o impulso voraz para adquirir e a desilusão de manter o adquirido.
Muitos desistiram
de encontrar o amor
seja por desilusão,
vulgaridade ou conveniência,
escolhi preservar o coração
para de ti ser inteira.
Quando você vier que
a rotina não confunda,
que o romance seja
tudo aquilo o quê pactua,
sustenta e escreva
olhos nos olhos: o poema.
Ciente de tudo isso,
não tenho nenhuma pressa,
optei não me enganar
por quem não está destinado
a ocupar o teu espaço,
decidi ter calma e esperar.
Rebeliões alheias tenho
abraçado como se fossem
as minhas porque tudo
encaro como preparo
para quando você chegar
nenhum funâmbulo dominar.
Portô um do outro sei
que no dandi acrobático
desta vida assim seremos,
de nós não nos perderemos
e a itinerância acordada
sem interferência traçaremos.
Nem sempre do Jiló e da vida
só se tem amargor e desilusão,
Quando se menos imagina
é possível do Jiló e da vida
fazer um bom doce e poesia.
Há centenas de milhares de infelizes sobre a Terra...Alguns atropelados pela desilusão,
outros fustigados pelo abandono e pelo descaso...
Que prazer há se ao nosso redor, a dor, a desavença, o ódio, a desilusão, ronda como se fossem moradores, devastando o mais produtivo terreno. Sê a luz do caminho e busca a sabedoria para entender a magnitude da vida.
