Desfazer das Pessoas
Desfazer um trato quando já havia fechado, roubar clientes dos outros, desfazer da pessoa como profissional para obter ganhos, não honrar a própria palavra... há quem diga que são ossos do ofício, estratégias de negócio. Que faz parte, é assim mesmo. Eu já chamo isso de imoralidade social e mau caratismo.
Realinhando a órbita da vida prática, mas não tenra, equilibrando o meu Ser
Desfaço o caso e elaboro novo
Não sou sujeito, não sou indivíduo, não sou cidadão
Sou pessoa
E pessoa que sou mereço a totalidade: olhar fixo-brilhante, toque-amor, mansidão, vida!
Pelo simples fato de não entenderem ou desconhecerem o que dizemos ou fazemos algumas pessoas têm o hábito cruel de nos desvalorizar na tentativa delas próprias não se sentirem desvalorizadas.
As pessoas mais traiçoeiras são aquelas que normalmente aparentam altruísmo e benevolência ao extremo, sempre estando prontas a ajudar em tudo, mas que na primeira oportunidade, cobra cada mínima atitude tomada. Jogam em nossa cara os atos, que em tese, deveriam ter sido praticados com amor e sem qualquer tipo de troca. Essas “boas” pessoas acreditam que, assim, conseguem exercer controle sobre as outras. Mas conseguem, na verdade, desprezo.
Desfarelo aqui dicções,
neste texto em contrapé,
pra plantar em dois talhões
os da boa e os da má-fé.
I
Ao abrir a minha mão,
saltam letras trepidantes,
as mesmas letras que antes
amanhei com o coração…
pula o Z, todo gingão,
com as suas zorações;
rima fome com cifrões,
mete alhos por bugalhos,
e aqui nestes trabalhos
desfarelo aqui dições…
II
Entretanto, o calmo H
junta dez letras, ou mais;
faz caretas às vogais,
cultivando o seu maná…
diz ser fã do que não há,
é um fã do que não é,
como um vento de maré
duvidosa e bailarina,
apregoa o que imagina,
neste texto em contrapé…
III
Encruzado, bem selecto,
diz-me o X, bem divertido,
quase junto ao meu ouvido,
novidades do alfabeto…
E, então, num tom secreto,
denuncia as inflexões
aplicadas nos chavões
inventados a preceito,
que me dão imenso jeito
pra plantar em dois talhões…
IV
Meto algumas consoantes
no alfobre da direita,
mas a esquerda não aceita
gatafunhos circundantes;
planto versos abundantes
com estâncias de banzé;
curto a letras, e até
meto água nas carreiras,
onde cabem nessas leiras
os da boa e os da má-fé.
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