Desejo Morte
Vida e morte, dois paralelos tentando se encontrar, como se fosse o sol e a lua. Corpos celestes encontram-se nos eclipses, a vida e a morte só se encontram na despedida... mas reticências significa que ainda não é o fim...
... "fale-me sobre morrer no momento certo.
- Viva enquanto viver! A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso nao se viva no tempo certo, entao nunca se conseguirá morrer no momento certo."
(Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom, pg 329)
A comparação é a morte da alegria, e a única pessoa em relação a qual você precisa ser melhor é a pessoa que você era ontem.
Você pode ter a fé que quiser em espíritos, em vida após a morte, no paraíso e no inferno, mas se tratando desse mundo, não seja idiota.
O arranco da morte
Pesa-me a vida já. Força de bronze
Os desmaiados braços me pendura.
Ah! já não pode o espírito cansado
Sustentar a matéria.
Eu morro, eu morro. A matutina brisa
Já não me arranca um riso. A rósea tarde
Já não me doura as descoradas faces
Que gélidas se encovam.
O noturno crepúsculo caindo
Só não me lembra o escurecido bosque,
Onde me espera, a meditar prazeres,
A bela que eu amava.
A meia-noite já não traz-me em sonhos
As formas dela - desejosa e lânguida -
Ao pé do leito, recostada em cheio
Sobre meus braços ávidos.
A cada instante o coração vencido
Diminui um palpite; o sangue, o sangue,
Que nas artérias férvido corria,
Arroxa-se e congela.
Ah! é chegada a minha hora extrema!
Vai meu corpo dissolver-se em cinza;
Já não podia sustentar mais tempo
O espírito tão puro.
É uma cena inteiramente nova.
Como será? - Como um prazer tão belo,
Estranho e peregrino, e raro e doce,
Vem assaltar-me todo!
E pelos imos ossos me refoge
Não sei que fio elétrico. Eis! sou livre!
O corpo que foi meu! que lodo impuro!
Caiu, uniu-se à terra.
As rosas brancas, agora manchadas de sangue, completando a bela imagem da morte em sua melhor face. O amor. Uma forma de morte. Uma forma de morrer. Uma forma de matar. Mata-se por tão pouco. Morre-se por tão pouco. Por que não por amor? As rosas apodreceram, o sangue secou. Talvez nada tenha restado ali, talvez não para olhos superficiais. Talvez aquele amor nem tivesse existido, talvez não tivesse tido tempo para isso. Mas eles tentaram. Tarde demais, mas tentaram. Como dizem? Nunca é tarde demais.
Conformismo é uma das piores formas de morte em vida que você pode ter. Acomodar-se é muito mais fácil do que tentar. Por isso, quando menos esperar, você pode se deparar com a triste certeza de que o seu tempo já passou. Vale o mesmo para o desânimo. Portanto, tente. Uma, duas, dez, cem, mil, um milhão de vezes se for preciso. Mas tente. Até dar certo.
Não tema a morte. A morte está sempre ao nosso lado. Quando mostramos medo, ela pula sobre nós mais rápido do que a luz. Mas, se não demonstramos medo, ela lança seu olhar suavemente sobre nós e, em seguida, nos orienta para o infinito.
Eu vivo a vida não vivo a morte e por sorte eu estou de pé, A lei da vida não é dos mais fortes e sim dos que tem mais Fé.
Pensei uma vez que os deuses são o oposto da morte, mas agora eu entendo que eles estão mais mortos do que qualquer coisa, pois são imutáveis e não podem segurar nada em suas mãos.
Nem sempre fui contra aniversários. Cada um me lembra que estou mais perto do abraço da morte. Como não gostar disso?
Eu discordo completamente do que você diz, e defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.
Nota: Adaptação da frase de Evelyn Beatrice Hall, muitas vezes atribuída erroneamente a Voltaire.
Morte Confortante
Há felicidade no morrer.
Pois acaba toda tristeza.
E junto vai o sofrer.
Eu vejo na morte a beleza.
A morte chega a ser uma recompensa,
Para uma vida de solidão.
Quem sofre, na morte sempre pensa,
Principalmente quem sofre de paixão.
Morte eu te agradeço.
Faz tempo que eu espero por este encontro.
A minha vida eu te ofereço.
Abraça-me! Eu estou pronto.
