Desculpas aos Pais
Na terceira idade dos pais, alguns filhos se afastam.
Começa, então, a ‘solidão dos velhos (ainda) vivos’.
Um adulto mostrará no presente o que foi lhe ensinado no passado, verdadeiros pais resolverão ensinar o melhor para seus filhos hoje para que no futuro sejam melhores.
O país dos caloteiros.
Eu sou moçambicano e tenho muito orgulho de o ser.
Não sou caloteiro, apenas pertenço ao país dos caloteiros.
O problema não é e nunca foi Moçambique. O problema são as pessoas que o governam.
Moçambique não fala e nem se dirige por si só, há pessoas que o representam e o dirigem.
Esses sim é que são os verdadeiros caloteiros. Não por serem dirigentes, mas por serem eles os causadores do calote.
Eles é que venderam e sujaram o país.
Eles é que são burocratas e que criam essas burocracias.
Uma das piores sensações que já senti na vida, foi trabalhando como garçom e fora do meu país, eu não sabia se os clientes estavam rindo pra mim, ou rindo de mim.
Porque os pais irritam tanto seus filhos
Será os filhos inconsequentes que não compreende seus pais
ou seus pais que já estão ultrapassados e lentos demais para os filhos.
Não encontrei a justiça andando pelas ruas desse país.
Se alguém a encontrou ela com certeza não tem sido preta para preto ver...
Ela segue branca, perpetuada por famílias que de geração em geração, lêem os casos e peças de acordo a cor e localidade e agora, em tempos atuais, de acordo a religião, que quando se lê pela pele, localidade de longe julgam ser de matiz africana, pesa se o dissabor da leitura branca como: inapto, incapaz e de pouca honra e honestidade, leitura de baixo nivek e baixo calão, onde preto, pobre e favelado sempre são pessoas vulgares, sem escrúpulos e sem direito a ter direito."
O pensar diferente.
Num país como Estados Unidos da América, o pensar diferente é encarado como uma mais valia.
Várias visões em torno do mesmo assunto. Fortalecem, enriquecem e desenvolvem ainda mais o país.
Seria muito estranho se todos pensassem exactamente a mesma coisa em torno de um assunto.
Num país como Moçambique, quem pensa diferente é encarado como um inimigo a ser combatido. Ou seja, se não pensa como nós, está contra nós ou não pertence ao nosso grupo.
Por esse motivo que muitos, para resolver problemas do bolso ou de estômago, deixam-se acobardar.
Se eu tivesse que escolher um país para morar, com certeza eu escolheria um país que não houvesse violência, guerra, morte e corrupção.
Se eu tivesse que escolher um país para viver, eu escolheria um país onde pudesse viver com a porta de minha casa aberta. Um país seguro, é o país do sonho.
Para um País dar certo é preciso muito menos partidarismo e muito mais patriotismo, só se deve criticar, quem tiver solução melhor que a do criticado, se estiveram no poder por tantos anos sem sucesso, porque que agora que têm solução na ponta da língua?
Se eu colocasse em prática ao menos 40% das coisas que vi e ouvir dos meus pais, certamente seria alguém melhor e maior que sou hoje.
Meu país é um ensopado, um refogado visguento e malcheiroso que sempre terá o mesmo gosto, com qualquer carne.
*VAMOS FALAR DO ATENTADO NA SOMÁLIA?*
CORPOS PRETOS NÃO COMOVEM!
Somália é um país africano.
(Não. A África não é um país! É um continente com uma diversidade de países.)
Porque eu estou falando da Somália? Bom se você depende apenas da grande mídia para se informar, talvez você não saiba que no último sábado (14), houve um ataque duplo a bomba no país, que já contabiliza mais de 300 mortos.
O MAIOR ATAQUE TERRORISTA DESDE O 11 DE SETEMBRO.
- Que? Acha! Você tá exagerando! Se fosse tudo isso mesmo, estaria passando toda hora nos jornais, estaria havendo plantões, estaria..
Estaria! Se fossem brancos, se fosse na Europa ou na América.
- Ai vai começar o vitimismo, o radicalismo! Nem vou mais ler! Não tem essa! Todas as vidas importam! Que coisa feia ficar criando disputa entre tragédias!
Ok. Não vou te obrigar a ficar. Mas antes de ir só me responda algumas coisas:
Todas as vidas importam, mas cadê as hashtags de apoio pra esses pretos?
Todas as vidas importam, mas cadê a notícia em destaque estampando as capas dos grandes veículos de comunicação?
Cadê o plantão na globo?
Cadê a comoção entre as celebridades?
Quem está fazendo show beneficente para ajudar?
Quem são as pessoas que morreram? Cadê a humanização? Mostrando o rosto, nome, história e sonhos que se perderam?
Não tem.
Foi até difícil para eu achar uma imagem do ocorrido no GOOGLE! Pois ninguém se importa em registrar..
Corpos pretos não comovem, sangue preto não comove.
Enquanto isso seguimos lambendo nossas feridas, e vendo nossas tragédias se tornarem notas de rodapé...
Infelizmente, porque culturalmente naturalizamos o sofrimento de pobre, preto, muçulmano e africano. Mas ainda que houvesse forte resposta emocional a tamanha violência politicamente motivada, começaríamos a trilhar o caminho de evitar que ela se repetisse? Certamente, seria melhor do que a indiferença. Mas bastaria? Tendo a achar que precisamos de mais do que nossos corações; precisamos analisar, com a cabeça, como a violência sistêmica, objetiva e perene, se converte em banhos de sangue. Qual o efeito que cada modalidade de violência tem sobre nós e por quê.
A pouca manifestação solidária que houve seguiu um padrão de tentar formar uma corrente solidária pela via da exclusão. Como se, incapazes de sentir empatia genuína pelo sofrimento daquelas pessoas histórica e ideologicamente construídas como sub-humanas, tentássemos estabelecer, na repulsa pelo assassino, a ligação com a vítima. Nas declarações de condenação da comunidade internacional – que, via de regra, chegaram com dois dias atraso, como se a empatia também tirasse folga no fim de semana – abunda a palavra “bárbaro”.
Embora hoje, associemos o termo a violento, desumano e cruel, “bárbaro” tem uma etimologia reveladora: vem do grego bárbaros, que quer dizer “estrangeiro”. Ou seja, bárbaro é sempre o “outro”, nunca nós mesmos. Ao atribuir este adjetivo a um atentado ou seu perpetrador, inconscientemente (ou não), o colocamos fora da comunidade humana; ele incorpora a figura do “outro” que, como tal, não é digno de identificação e, logo, empatia. Ou seja, esta comoção opera em chave negativa: a solidariedade com a vítima brota da negação da humanidade do algoz.
Será que o algoz é “outro” de fato? Ou criar o outro é o recurso psicológico que temos para lidar com a violência absoluta e, assim, nos abstermos de procurá-la dentro de nós mesmos? Não estou evocando uma solidariedade cristã do tipo “ame seu inimigo” a quem perpetrou tão covarde ato de violência contra civis inocentes. Estou dizendo que precisamos buscar meios de solidariedade positiva com as vítimas. E talvez, por culpa de anos de desconstrução da humanidade dessas pessoas, ela não venha pela via emocional. Talvez precisemos construir caminhos intelectuais de desenvolvimento da empatia.
Este exercício depende de uma análise um pouco mais profunda das condições somalis – sabendo que não vamos conseguir, sequer minimamente, apreender a complexidade da colcha de retalhos de descaso, imperialismo, colonialismo, racismo, diplomacia falha, crueldade institucional, ganância e hipocrisia que compõe a história recente da Somália (e da África, de forma geral). Trata-se de tentar fazer a solidariedade ultrapassar a comoção inicial para buscar ressignificar intelectual e objetivamente o jogo geopolítico que nos trouxe ao ponto em que estamos agora. Até porque, são grandes as chances de percebermos que o “bárbaro” e sua violência são menos estrangeiros do que parecem.
Esse texto pode parecer, mas não é insensível. É um apelo pelo compromisso com o potencial revolucionário da sensibilidade. Não basta que encontremos a melhor hashtag para expressar nossa solidariedade às vítimas do horror que assola a Somália. Precisamos buscar as raízes da nossa falta de compromisso com o estancamento do sangue. É só a partir daí, que conseguiremos enfrentar objetiva e intelectualmente a barbárie que nos é inerente.
Todos os pais mentem para seus filhos, e comigo não foi diferente, minha mãe passou muitos, mas muitos anos mentindo pra mim: durante minha infância, mamãe dizia meu olhinho de tandera vai tomar banho pra ficar mais lindinho, acorda meu zoin de jeep pra ir pra escola, não esqueça de colocar sua mascara, eu acordava feliz, mas algo me deixava triste toda vez que minha mãe iria passear ela me deixava trancado dentro de ksa, um dia criei coragem e consegui fujir de ksa, os vizinhos começaram a gritar socorro liga pro ibama que tem um bicho feio solto, foi quando eu cai na real, minha mãe mentia pra mim.
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