Descoberta de Si Mesmo

As pessoas deviam ser leais umas com as outras, mesmo que não fossem casadas. Em certa medida, a confiança devia ser mais profunda, porque não era santificada pela lei.

No mesmo vagão, eu e alguém
Conversa vai, conversa vem
Chega a estação

Lembrança vai, lembrança vem
Meu coração
Até hoje não desceu do trem

O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar.

Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria só tudo. Uma coisa, a coisa, esta coisa: eu somente queria era - ficar sendo!

Os sorrisos têm o mesmo efeito sobre a humanidade como o sol sobre as flores.

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Amores eternos existem sim, e superam qualquer coisa, mesmo quando ninguém mais acredita neles, eles continuam sempre à espreita, esperando apenas um olhar, um retorno, uma reconciliação.

Às vezes paro pra pensar tanta coisa, e quando vejo o meu pensamento está sempre no mesmo lugar ou melhor com a mesma pessoa.

Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais.

Eu celebro eu mesmo,
porque cada átomo pertencente a mim pertence a você.

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia

Faz parte da humanidade de um mestre advertir seus alunos contra ele mesmo.

Só não se esqueça, que eu lutei mesmo sem forças. Que eu sorri mesmo sem motivo e que eu te amei, mesmo que você não tenha me amado de volta.

E eu ainda escolheria você, mesmo com todas as opções do planeta.

Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários.

Disseste tudo ao dizer:
Quando a ausência de mim
Fizer presença em meu ser,
Visitarei a mim mesmo,
Para não me afastar de você.

Quando o peso do dever
Em mim soterrar a alma
Entre os escombros da vida,
Quero flutuar qual pluma
Na leve brisa da calma.

Quando o dizer tiver o poder
De revelar o que não quero,
Paro a pluma, guardo a voz,
Me rebelo no silêncio
Para me manter sincero.

Antes da noção do certo
Se revelar um engano,
Saio do cotidiano:
Adentro em outras rotinas,
Noutros mares vou pescar.

Não quero porto seguro,
Só âncora, vela e mar.
Âncora para ser meu porto,
Vela para me levar,
Mar para, no litoral,
As minhas ondas quebrar.

Aprendizado

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.

A entrega é a fé no poder de realizar qualquer coisa, até mesmo quando não se pode prever o resultado de uma ação.

E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.

Sei que a vida vale a pena
Mesmo que o pão seja caro
E a liberdade pequena.