Depoimento para meu Filho de 18 anos

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GLADIADOR

Pelo poder se construía sua glória. Há centenas de anos antes de cristo, a soberania da monarquia decidia pelo arbítrio de homens, que já não possuíam mais suas vidas. Tirados dos braços em que havia esperança e cativos por correntes onde sua autonomia não decidia mais por sua dor.
Liderados pelo ápice de um governo em que sua única razão era mantida pelo propósito que sua glória triunfe, até que a perpetuação de seu nome proclame seus próximos opressores. Título que consistia na renúncia a compaixão, pelos favores prestados a uma supremacia cruel.
Obrigados a lutarem por suas vidas ou sobreviver do fôlego, enquanto a dor dilacera sua carne a plateia grita em seu desatino, seu sangue derrama e a morte se aproxima. O seu valor, sua honra confessam o tempo em que a determinação e força mantinham seus membros ainda em movimento. Com o cessar do seu vigor, seu anonimato, apenas é lembrado como símbolo de entretenimento.

Inserida por EmilyBertoli

Só depois de viver muitas coisas foi que resolvi me tatuar, aos trinta anos.

Três tatuagens: o amor a Deus e ao próximo, o amor eros, e o amor ao conhecimento. Me definem. Tatuagem é mesmo vício: estou sempre pensando na próxima. Fazer tatuagem dói... mas o desenho fica tão lindo, a gente fica admirando... e é para sempre.

Tu podes "namorar" um desenho por anos, e quando o tatuador passar para a tua pele, pode dar errado... Bem errado. Tu também podes te arrepender de uma tatuagem e querer cobrir. Tatuagens meu amor, em geral, são desenhos lindos, com significado, e para fazê-las, a dor é inevitável...

Lembre-se disto. São lindas, mas doem. Tu já sabe onde eu quero chegar... O amor é lindo, fica marcado pra sempre, mas vale a pena. Se o desenho não ficar legal, a gente desenha outra por cima, mas é só disfarce, porque a gente sempre vai acabar lembrando do desenho feito por baixo. Mas lembra cada vez menos...

As tatuagens sempre vão doer... Mas ainda assim, vai valer a pena. E se não der certo fazemos um desenho novo por cima. Há cor, há beleza, há doçura, mas sempre haverá dor. Não deixa de fazer uma tatuagem só porque dói. Apenas, esteja preparado.

E não se desespere jamais: algumas tatuagens até sangram, mas vão cicatrizar e a dor vai passar.

Inserida por naoautorizada

O cosmo tem 13.8 bilhões de anos, o acesso a essa sabedoria está dentro de cada um.

Acordar
Acordar depois de muitos anos
Sem pista no horizonte para pousar
Sem alicerce para formular planos
Sem trazer da noite um sonho para sonhar.

É espinho causando dor intensa
Correndo pela mente inteira
É lacuna que sublinha a ausência
É vida escapando da peneira.

É querer voltar a ser criança
Pedir doces e guloseimas na calçada
É não ter par na hora da dança
É desejar tudo e não ter nada.

Inserida por Moapoesias

Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.

Inserida por Gazineu

Pitágoras afirmou que "quem fala semeia. Quem escuta, colhe". Seiscentos anos depois, Jesus, através de uma parábola, comparou a disseminação de sua mensagem a um semeador que saiu para semear. Muitos dos que o escutaram ficaram de início felizes com a mensagem, mas não tinham um bom terreno para permitir a germinação da semente. E neste caso não colheram nada. Em outros casos, a semente germinou, mas a terra era ruim e a planta secou. Apenas em alguns, a semente da mensagem germinou, criou raízes e permitiu que a planta crescesse e desse frutos. E em alguns casos, muitos frutos. De qualquer maneira, o falar tanto pode semear o bem como o mal e neste caso sempre haverá terreno propício para germinação da semente dando frutos do bem ou do mal, conforme o ouvido.

Inserida por DavidFrancisco

INVENTÁRIO (soneto)

Dos detalhes os anos tomaram conta
Já se foram muitos, algumas cicatrizes
Pois, lembranças, são meras meretrizes
Dum ontem, no agora não se faz afronta

O meu olhar no horizonte é sem raizes
Pouco lembro onde está a sua ponta
Tampouco se existe algo que remonta
O remoto perdido, pois sou sem crises

Gastei cada suspiro pelo vário caminho
Brindei coisas, na taça deleitoso vinho
Na emoção, chorei e ri, a tudo assistia

Em cada tropeção, espinho e carinho
Ali aconcheguei o meu lado sozinho
Não amontoei nada, nas mãos, poesia

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Tantos anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Nas nossas vidas!
Pessoas chegaram e ficaram
Outras se foram partindo pra sempre
Levando consigo pedaço da gente
Deixando saudade que não quis partir
Fazendo morada em nossa mente

Os anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Só não mudou o que sinto por ti
O destino irônico parece rir
Deste sentimento que insiste em prosseguir
E como criança!
Não falta esperança
Que em algum momento, coração e alma se encontrem.
E se encantem prontos para se unir

Inserida por ejane

Tecnologia; há dez anos aproximando quem está perto e afastando quem está longe.

Inserida por Opio

Dia do Índio
Quem dera o Brasil fosse somente terra dos Índios, como os de 500 anos atrás, seriam mais dignos que os nossos políticos, corruptos e inescrupulosos.
Já fomos tão explorados pelos colonizadores, que isso ficou natural, esta na nossa cultura aceitar passivo toda essa podridão.
Pela "democracia" o povo é massacrado, absorve e ainda é feliz.
Somos uma nação maravilhosa, acolhedora, alegre e trabalhadora, nosso país é belíssimo e poderoso. Mas precisamos reagir!! Exigir a moralidade política!
Creptocratas devolvam o país para o povo. Vocês são uma vergonha não nos representam.
Desculpa índios brasileiros pelo que se transformou nossa nação.

Inserida por Acropolle

Quando Deus criou o universo, houve por bem colocar os planetas habitáveis a anos-luz de distância uns dos outros, a fim de que os vizinhos não se incomodassem.
Nós mesmos aqui na Terra nos incumbimos de nos aporrinhar mutuamente.

Inserida por SAINTCLAIRMELLO

Loucura é “ficar” sete meses, namorar cinco anos, noivar mais dois e ainda não se sentir totalmente feliz. Perigo é não se render a alguém que tem urgência em te querer só porque o manual de instruções do seu coração recomenda prudência e canja de galinha. Você pode perder a razão, a cabeça, os princípios, a harmonia e a saúde mental. Desde que saiba exatamente onde está seu coração. Isso sim, é simplesmente fundamental.

Inserida por EraUmaVezNos

O Poeta velho

Passaram os anos e tudo mudou,
Os dias são diferentes dos seus tempos juvenis.
A natureza, sua fonte de inspiração se acabou.
Os animais foram perseguidos e presos... Destino infeliz.

O poeta quase perde o seu romantismo,
Mas ele tem um poderoso poder.
A sua memória traz momentos inesquecíveis...
Ainda existe uma paixão por um outro ser.

O poeta sabe que os seus poemas vão longe.
Seus versos estão em todo lugar.
Por mais bronco que seja o homem,
No seu coração há espaço para amar.

O poeta velho ao ver chegar a sua morte,
Saberá que influenciou as várias gerações.
A sua poesia transpassara esse poder tão forte,
Palavras nobres que continuarão a atingir os corações.

Inserida por 81024673

Depois de alguns anos...

Mudamos; o cabelo, a estatura física, a opinião, o trabalho, a namorada, as musicas, os lugares, a comida, mudamos de casa, de estado, de Pais , de Gênero, de ideia, de amigos, de faculdade, sempre estamos mudando... Mudamos o numero do jeans, a cor dos olhos, das unhas mas mudamos principalmente a mente, supostamente deveríamos mudar para melhor mas algumas não. A vida vai seguindo, dias de luta, outros dias de gloria, alguns dias parado e outros rápido demais mesmo assim vamos seguindo com a vida, sempre mudamos o que fomos ontem. Enjualados com o que somos ou libertos por novas atitudes.

Inserida por BubutyyBrunaR

Amigos são inesperados, talvez alguém que você não conheça faria o que um amigo de anos não seria capaz por você. Por isso defino amizade em bondade.

Inserida por GiTomczack

Depois dos quarenta anos de vida aprendi que não adianta procurar saber as respostas, visto que seguir uma causa consiste em primeiro compreender que no mundo nunca teremos uma explicação real....

Inserida por fiorehsotana

Aquela da perita em errar com você

Nossos olhares se cruzaram há muitos anos atrás
E foi automático aquela sensação
Que de mim, você não sairia mais
Tem horas na vida que somos reféns da sorte
Tem horas na vida que tentamos acertar
Você é meu erro
E posso afirmar
Que virei perita em errar
Que tempo bom, aquele dos nossos erros?!
Andar de mãos dadas
Então um dia o vento do tempo soprou
Cada um para um canto
Um oceano entre nós
Não havia mais presença
Mas você ainda estava aqui
Na marquise do velho mercado abandonado
Numa mesa vermelha de bar
No balanço do parque esquecido
E como eu não gostava disso!
Como lidar com a ausência de alguém aqui fora
Quando esse alguém é presente aqui dentro?
Quando você, não saia do meu pensamento?
O relógio da vida é rápido demais
Um ano, três, seis, dez... nem lembro mais
A chuva caia lá fora
Foi quando novamente te avistei
O que teria sido do nosso tempo?
Não, confesso que eu não sei
A carne que não fica junta
O toque que não se dá
Nada disso importa
Quando o sentimento está
Olhei seus olhos por um minuto
Ele ainda está lá
Ele ainda está lá
Ele está aqui

Inserida por LuaParana

o nome dele era Sheldon
morreu tem dois anos já
enterrei ele lá na pracinha dos bombeiros

Inserida por marcostbsilva

Em algum lugar, daqui alguns 10 anos, nós se encontraremos denovo e eu irei mentir que a vida estava andando, mas na real ela não andava desde que você foi embora.
Eu irei sorrir para você lembrando de um passado que, na verdade, eu não tive. E olhando para o céu a noite, te contarei as constelações que conheço e os sonhos bobos da vida.
Te direi as coisas boas que aconteceram comigo e você me olhará como se fosse incrível, mas sei que na verdade você não liga.
Você perguntará se estou bem, e eu farei uma piada boba, mudarei de assunto sorrindo, porque se eu falar o tamanho que estava minha saudade não teremos um clima bom para conversar.
E por fim, eu direi um "tchau, até mais!", com uma vontade enorme de um "por favor, fica! Insista que eu fica, não diga tchau". Mas você apenas dará um acenar e seguirá sua vida, como se nada realmente importasse.
Olharei para trás, confirmando que você foi realmente embora e lágrimas caíram de meus olhos, porque mais uma vez eu menti para mim mesma que te esqueci. Mas eu não te esqueci...

Inserida por mundoalternativo

No Brasil até o sucesso tem que ser bissexto,
ocorrer paulatinamente no máximo de 4 em 4 anos.Agora o fracasso este pode ter em excesso, sem culpa e sem medo, com muito prazer por que todo mundo erra o tempo todo nesta diuturna e frenética busca insana dos acertos.

Inserida por ricardovbarradas

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