Dentes
Não basta ao homem ter o rosto barbeado, os dentes escovados e o terno engomado; é preciso ter as mãos limpas!
Não me permita arranhar-lhe
seja com garras,dentes ou palavras
Arranca-me as asas se preciso!
Envie-me a escuridão de onde somente
enxergarei luz atravez dos olhos Teus.
“Teu riso”
Teu riso, de dentes pequenos,
De calmaria, de dia amena,
De dia tranqüila, e de noite serena,
Tire-me a vida, mas não me tire teu riso,
Que é reluzente de alegria,
Que é resplandecente, e me arredia,
Teu riso me dar prazer
Teu riso me alivia...
18/12/2010
Sem cores decadentes,
sem nenhum arranhão,
um brilho nos dentes
e um vazio no ar.
Nada o que acontecer vai me fazer como antes.
Nada vai trazer o meu declínio racional.
Deletando tudo o que pensei.
Serei apenas eu!
Dos dentes, sem mordaças, firmes, fortes, retilíneos, não deixando sair nada, fazendo da boca prisão.
Quem nunca;
Dormiu sem tomar banho sem escovar os dentes ou até mesmo com o pé podre. Quem nunca se sentiu o dono do mundo, ou a pessoa mais horrorosa do universo? Quem nunca acordou com a sensação que o dia será puro tédio, que alguma coisa vai dar errado, e no final de tudo, o dia foi uma maravilha, ou até mesmo quem acordou na esperanças de ver SURPRESAS, e viu que não passava de uma simples sensação boa
que deu à você apenas mais uma falsa ilusão.Quem nunca se arrependeu de não ter feito algo que mudaria sua vida? Quem nunca dormiu com o cair dos pingos da chuva no chão? Quem nunca chorou por... Amor? Realmente eu penso que só tem a capacidade de derramar lágrimas de amor quem já sentiu o amor, quem já viveu o amor, quem já retribuiu o amor... Quem também já sofreu por amor, quem ó perdeu, e quem já se iludiu. Pois quem nunca chorou por amor, seja de alegria ou de tristeza... Eu lamento muito, pois você nunca amou!
Sem ter que me transpassar, quero achar a saída.Como flecha na carne fresca, Como dentes no pescoço nú, mandíbula.
Feminina ou Serpente
Ofereceste um belo fruto,
Pedindo marcas de seus dentes,
Abristes a porta do pecado,
Com fantasias envolventes,
Tu não és do bem,por que mente?
És víbora, tão serpente,
Aproveita a feminina!
Inocente...??
Agora quem paga, é a gente,
O que fizeste a este ser,
Até hoje, a gente sente,
Rastejastes para sempre,
Sofrestes, com a saída do teu ventre,
Culpadas, como mente...
Pecadoras insolentes.
A BOCA DA LOBA (09)
O que a boca fala
Com a cumplicidade dos dentes
Porteiras de saídas e de entradas,
O coração se atemoriza.
E rebate na palavra, esgrima.
A boca não tem a contensão
Do coração.
De ficar calada,
Quando sente o gosto bom
E ácido que leva o fermento dentro.
Bocas que eu beijei,
E as que só sonhei beijando,
Pintaram-me dentro e fora,
Na alma e na gola.
Com marcas de ferros,
Quando dobraram a minha vida.
Sonho com cada uma
E sofro por todas elas,
Sinto os sabores dessas bocas
Em minha língua provadora.
Ah, tua boca, a minha boca agora.
Puxo pela memória,
Mas eu nunca senti nenhuma
Doce como a tua,
Dos formatos da lua,
Quando está cheia,
Quando declina minguando,
E quando vai se levantando
Pros meus olhos escurecerem.
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NAENO*comreservas
A VIDA RI
Ontem eu vi a vida sorrir,
Vi seus dentes da cor do dia,
E vi seus lábios na cor do entardecer,
Boca molhada como um grito novo.
Ontem vi que a vida existe,
Que a morte não pode com um sorriso,
Por isso é séria e sem graça,
Eu nunca vi a morte sorri.
Hoje a vida continua a rir,
Como se estivesse de bem com ela,
Como se a contivesse um cadim
Refletida num espelho se vendo nítida.
Ainda hoje a vida rir,
Como se a felicidade não acabasse,
Como se uma conquista tivesse galgado,
A de ser vida, em tudo metida.
Ainda agora escutei gargalhadas da vida,
E não se cansa em mostrar-se feliz,
E agora eu sei, está esclarecido,
A vida não tem planos para partida.
naeno
BOCA
A boca presume mentiras
Dos dentes que falam verdades.
Há um céu de bom descanso
Estrelas que ardem de brilho.
A boca se espanta com o beijo,
E beija as bordas do mundo
É ela que se faz distante e fecha-se
Numa soberba contração, dormindo.
Fico com a boca por uns dias, calada,
E fecho-me em meu coração
Clausura aberta,
Esperando que tua boca incerta,
Finque no fundo da minha.
O que regurgitas.
Amor, amor, amor,
Não queiras quem já andou perto,
De uma boca, do seu ventre quente,
Dizer não, porque coça o desejo
De um mergulho lá das estrelas,
E dividir bem no meio a terra,
Matar suas feras,
Pelos seus dentes.
Queda, boca ao meu destino
Aprofundo-te no silêncio,
Apenas, passando perto.
De armado até os dentes,me desfiz,e completamente ,nu fiquei,quando a vi pela primeira vez,da grande sorte de minha vida,você tão simples,fraca e forte,em meio a grande multidão dos nada.Como uma gota se forma,um sentimento pequeno ,nasceu em mim,e virou uma imensa,sensação de estado perpétuo.Sim é verdade,acredite,ao correres o olhar nisto,verás que é para você,única beleza cósmica .Queria ser um tipo de "Prometeu',e lhe dar algo em tal grandeza que és.Mais todos os heróis e deuses ,morreram de loucuras crônicas,te entrego ,nada mais que meu olhar,introspectivo,referente a minha devoção da verdade sentimental a você,você sabe ,exclusivamente.
Minhas unhas arranham minha pele em busca de respostas. Meus dentes rangem enquanto todas as questões circulam em minha mente. Olho para caneta em cima da mesa e não encontro palavras para descrever. As vezes sinto que estou ficando mais clara, quase translúcida. Parece que estou desaparecendo aos poucos.
Seu andar inclinado para a frente, o modo como ficava numa perna só enquanto escovava os dentes, o modo como ele batia o pé ao escutar 'Brown Sugar', o modo como segurava meu rosto com as duas mãos e me beijava. Eu queria construí-lo dentro de mim para jamais esquece-lo.
Ainda que me arranque a língua e os dentes,
ruminarei o poente e tudo que há nele.
Atravessarei o avesso do meu avesso,
Mesmo com a melancolia esparsa.
Quando tudo me facina,
Acelera,
Dilacera,
Desistência torna-se inexistente.
Como é extraordinário o sabor da resistência
Quando se vê uma faísca na esquina onde contorna liberdade.
Não falo de sentimentos ambíguos,
Onde sempre a penumbra sobrevém,
É mais além.
Não é a solidão em outra solidão,
É mais além.
É tarde cheia do destino,
É perder-me de mim e me achar ante o espaço do não ser, e ainda sim, ser.
É um eu atemporal,
A essência que persiste como essência.
