Demência
Se um dia eu morrer, eu quero morrer de demência. Não saber o porquê eu vim e saí desse mundo... seria o triunfo maior da minha razão estabelecida!
Nesse período de demência, não confundir ausência de crença com total perda de inteligência. Quando ouvi o que pensa, minha sapiência e tudo mais ao que se dá valor nesta existência perderam a paciência. Hoje à noite te sequestro.
O maior sintoma de demência de um ser humano se evidencia quando de sua capacidade de continuar acreditando em suas convicções falidas, independente dos fatos contrários vivenciados.
A riqueza e a pobreza são duas amigas que não se falam, com tanta demência na sociedade o rico fica pobre e o pobre continua pobre.
Aposentadoria por invalidez à quem inventa demência para a Previdência não é doença, mas sim, falta de caráter.
Quem tem demência mal pode escolher e o cérebro lhe deixa sempre inerte das ações e reações, mas quem sabe o que está fazendo é manipulador, inteligente, teatral e a única coisa que lhe faz feliz é a falta de caráter para tirar vantagens.
Meus aplausos são para aquilo que me diverte, para o resto eu finjo demência porque tudo que não me agrega nem constrói não vale a pena se doar!
Meus pensamentos mais obscuros
parecem ser reais ate o irreal se permitir.
na demência do clero da presidência,
seja unidas as nações
que deferem a floresta destruída,
para índios seja proferidos títulos
marqueses sem terras,
assim se declara a dependência
no forro paulista são todos livres
apenas alguns corruptos
são deleite de um louco,
para o amor de todos
estamos felizes
embora não tenha mais ajuda humanitária,
a floresta é pedaço de mato que morreu tempos.
vamos celebrar a incapacidade de pensar.
"A sensação de dormência,
Ciclo da própria demência...
Mentiras ditas pela consciência,
Aquelas que nos fazem perder nossa essência...
Rimei, cantei, mostrei, falei...
Senti, menti, ouvi, cai...
Porém, eu amei.
Mas de tu, nunca dependi.
O que eu fiz, farei...
Ou faço...
Não é para te fazer rir, ou para aliviar o teu fracasso."
Estar com alguém que te respeite e te valorize é o mesmo que estar com demência e amnésia em dias de problemas, brigas e perturbações, você finge que não entendeu e logo depois deixa para lá, pois isso não seria mais importante, mas sim quem você ama é.
Não insiste por quem nem liga e nem arruma tempo para você, pois é melhor esquecer. Fingir demência!
Mendigar é ficar implorando por atenção o tempo todo e pedir pra que te dê explicação do que nem existe.
É humilhação e não adianta tentar, pois só vai piorar mais ainda o que nunca existiu e se foi a muito tempo.
Melhor manter a saúde mental do que ficar igual uma louca(o) tentando entender e se ferindo pelos cantos por falta de entendimento.
Deixa ir tudo aquilo que um dia deu atenção e se doou, pois se a reciprocidade nunca existiu não insista mais nenhum segundo.
Não lamente e experimente ver que passou, leve apenas o que fez de bom e aproveite para aprender que nem tudo vale a pena.
Veja bem que até os pombos que comiam farelos estão rejeitando e buscando algo melhor para se alimentar.
Se alimente com algo melhor e não fique correndo atrás de farelos ou restos que só vai se render ao que não presta e vai virar uma caveira de tanto mendigar por migalhas!
MISTÉRIO MUSICAL
Tenho alguns vizinhos com demência.
Sempre encontro com um deles no térreo do edifício, aqui em Brasília, chamado de pilotis do bloco.
Ele caminha acompanhado por sua cuidadora, cantando músicas de seu tempo. Cantoria recomendada pelo seu médico provavelmente.
Na última vez que passei por eles, estavam quietos.
Parei na frente da dupla, abri os braços em cobrança e, como não reagiram, soltei a voz potente, para curtos trechos musicais apenas.
Boa noite, amor!
Meu grande amor,
Contigo sonharei.
Eles riram de jogar a cabeça para trás!
Também sorri e segui meu rumo, escutando a complementação do velho:
E a minha dor, esquecerei,
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu.
Pouco adiante, pensei se ele teria alguma lembrança, quando chegasse ao último verso:
Na carícia de um beijo,
Que ficou no desejo,
Boa noite, meu grande amor.
A dança e a música, para mim, são mistérios!
Não consigo descobrir direito em quais instintos animais estão suas raízes.
Elas alegram, seduzem, aproximam. E curam!
Vivo deslumbrado com elas nesses meus tempos de “voternidade”. Sim, sempre achei que, se existe a palavra maternidade, derivada de materno, existe também a palavra “voternidade”, derivada de vô terno.
Dominamos a música e, também, somos dominados por ela.
No banho, quando fui lavar os membros inferiores, vendo meu pé, cheio de dedos, involuntariamente cantei:
O sapo não lava o pé,
Não lava, porque não quer.
Ele mora lá na lagoa
E não lava o pé, porque não quer.
Mas que chulé!
Nunca compreenderei a essência extraordinária da música, acredito!
Mas tenho uma quase certeza: ela é sobrenatural!
Cante para as crianças e você as transformará em cantigas de amor!
Sérgio Antunes de Freitas
Março de 2023
DEMÊNCIA
Ela, vem de mansinho
Como gato matreiro,
Ronceiro,
À caça dum passarinho.
Anda, vem, não tenhas medo
Ladra dos seres pensantes,
Fazedora de cenas chocantes.
Anda, que eu fico quedo
Como uma estátua a rir de ti,
Aqui,
Sem medo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-09-2022)
Demência essa que nos cega e que não tem cura.
A cada paixão vivida e sentida, menos intensa e desiludida.
Demência essa que dói o estomago e tira o sono.
A cada paixão vivida, menos uma vida.
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