Dedicatoria para Amigos da Escola

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'PERCURSO...'

Ele sempre caminhava pelas ruas observando a crueldade.
Numa de suas andanças,
percebeu uma pobre criança,
a pedir comida a um senhor que o rejeitou.
Mas à frente,
um vetusto de idade,
já sem conhecer a cidade,
tentando atravessar a rua sem que ninguém o ajudasse.
Mas à frente,
observou um nasocômio,
Ali presenciou pessoas enfermas!
Outras truculentas.
Pessoas sofrendo nas filas ali formadas.
Olhares abatidos,
desesperadas...

Voando pelos lados,
viu pessoas jogadas ao chão.
Cheiro de fome e frio,
sem brio perdidas no vício.
Amotinação de carne humana,
sem ação.
Céleres andando de um lugar para o outro,
andar sem direção.
Caminhando em volta da pequena praça,
ninhos de celeiros à céu aberto...

Cidade metropolitana com seus metropolitanos fantasmas.
Passou na igreja e presenciou uma porção de tristezas espalhadas.
Refúgio de ludibriados,
pensando ser desanuviados.
E a nuvem de truculências e idolatrias estavam seguidas juntas.
A partir de então,
o homem resolveu ser triste por excelência.
Um mundo triste,
cheio de pessoas tristes.
Tristeza refletindo adolescentes contemporâneos.
As tantas guerras entre si,
sementes cultivadas pelo esboço humano...

O homem triste sempre chora ao perceber que os milagres não mais existem.
E que as enfermidades escurecem o amanhecer.
Toda sua tristeza percorre-lhe novamente à alma como um menino nascendo.
E lembra do pequeno parto que é a vida,
dos pequenos verbetes que lhe atingem a alma olhando fotografias antigas.
Pequenas descobertas parecem tão reais,
triviais,
fortalecendo o percurso.
Ele toma seu café da manhã como se fosse o primeiro,
talvez o último.
Cheiro de 'novo'.
Mas novamente faz o mesmo decurso,
cheio de atalhos,
sem pássaros para mostrar-lhe as melodias.
Percursos que ainda podem reviram um coração cheio de dor...

Inserida por risomarsilva

E quando eu ficar mais velho, que minhas dores sejam acalmadas pelo verde e o ar puro que ainda restam...

Inserida por risomarsilva

'VETUSTO'

Aprendi tanto.
Borboleta voando em lugares.
Ubiquidade avistando publicações do paraíso,
juntando amontoados de aprendizados.
Plantei dores,
sem jamais esquecer das pitadas de esperanças no olhar.
A fé cultivada virou bonança em plena tempestade...

Sonhei tanto.
Sonhos imperceptíveis que ainda alegram a alma e o coração.
Há um tempo em que os sonhos chegam ao fim,
perpetuando a linha azul do horizonte,
e as estrelas perdem o brilho.
Tudo fica sem sabor...

Sorri tanto.
[Sorrisos verdadeiros,
outros faz de conta.]
Se o amanhã não mais abrir as cortinas,
e as lágrimas caírem,
lembre do sorriso que lavava o coração,
e deixava o dia mais colorido...

Vivi tanto.
Mas as estações são passageiras aos oitenta.
Outras vezes demora na dor.
Vi netos,
bisnetos.
Filhos agarrados na compaixão,
mágoas em tantos corações...

Já esqueci quase tudo.
Agora só abstrações,
os flashes veem para apaziguar a dor.
Quarto escuro e seus muros.
Perdido não apenas no cansaço,
esperando a hora de um abraço ou do sono infernal,
sem tantas crenças no por do sol...

Inserida por risomarsilva

GRAMÁTICA

Fi-lo obliqua,
substantivada.
Substitui-lhe pronomes.
Ei-la agora objeto indireto,
intransitiva.
Complemento nominal.
Verbo sem ligação.
Voz passiva...

Inserida por risomarsilva

NAS NUVENS [PRAÇAS]

Um dia ficara adulto e percebeu não ser criança.
Semelhante aos demais,
a vida lúgubre.
Passou a andar rude nas praças.
A olhar para o céu,
'bestiado' porque as nuvens nunca caem...

Talvez elas declinem nas suas formas várias - pensara!
Exuberantes e tão tempestuosas.
Nuvens de poeira e algodão doce ficadas para trás.
Como a vida metaforizada,
nuvens levadas ao ermo...

A praça estar vazia.
Nos céus,
nuvens de orações e tecnologias.
Sem perceber,
as praças caíra no esquecimento,
surrupiadas e expostas nos ventos,
sem ar...

Tudo perde a graça ao olhar para o céu sem granizos.
E todo o tempo as nuvens sempre caem em chuviscos.
Das praças mirando ao alto,
as nuvens já são tão repetitivas.
Menos as células abaixo,
enferrujadas envelhecendo sorrisos...

As pessoas só veem aqui [praça] por algum tempo,
quando tem a liberdade de fitar os olhos nas suas tempestades.
Após,
se aprisionam em outros espaços caóticos,
nuvens de areia impactando-se...

Na praça há multidões,
chuvas ácidas.
Nas nuvens,
simplórios corações dualistas.
Seres matando expectativas sem antes abraçá-las...
Sempre se olha para as nuvens asfixiando conquistas.
E as praças em preto e branco,
já não tão mais otimista,
lembra saudade e solidão...

Inserida por risomarsilva

A vida dá voltas,
e o tempo nos ensina maravilhas....

Inserida por risomarsilva

'O ÚLTIMO SUSPIRO'

Serei perfume
Ardentes fragrâncias
O tudo bagunçando esperanças
O último suspiro...

A vida no leito
Tantas dores cíclicas
E eu só quisera abraçar desconhecidos
Remisso nos sonhos...

Olhares ao redor
Substantivando o vil futuro
Tudo prematuro!
deleite acabado...

Inserida por risomarsilva

'CONVICÇÃO'

Ele tem fé em dias melhores
Mosteiro e solidão
Virou elo falando de amor
Forte tal qual as correntes entrelaçadas
Não se precisa de templo para cultivar o que de melhor temos
Tampouco de falácias erguidos pelos homens
O amor está na alma serena
E ninguém tira-lhe essa imensidão para o mar...

Anda descalços e de mãos dadas
Sem importar-se com castelos de areia
Finca trilhas a cada amanhecer
E não se deixar levar tão fácil como as folhas soltas de verão
Areia molhada nos pés [é essa a sensação]
Desvenda caminhos com uma única razão:
A vida e os seus sinos!
Badaladas nas horas vãs [outras certas]...

Já não basta as convicções sem o frio cervical
A criança ainda chora adulta
E as estradas
jangadas para um novo mundo
Trás crenças
Mitos
Sorrisos
Procuras...

Inserida por risomarsilva

'FALTA...'

"José era infeliz porque não tinha um amor. Depois que conheceu Ana, seu único amor, José continuava infeliz."

Tempo frio. Lembrei da frase acima e estive me questionando: - para onde as pessoas caminham desenfreadas, e o que elas tanto procuram? Lembrei de um amigo professor que chegara ao topo da profissão, desabafando que 'estava meio perdido sem saber mais o que fazer!' E que 'faltava-lhe alguma coisa para preencher o vazio.'...

As pessoas, ou quase todas sentem algum tipo de falta. E nesse contexto, lembrei de uma frase de Marcel Proust que fala 'só se ama [aquilo] que não se possui completamente.' Em meias palavras, depois que se chega ao topo, os 'sentidos se perdem', seria isso? Aqueles cinco anos suado e o carro não faz mais sentido: a tinta esbranqueceu, arranhaduras tornaram-se perceptíveis..

José sentia falta de um amor. E quando falamos de falta, isso nos remete a certos sentimentos/sofrimentos. Ana não foi o suficiente? Sim! Talvez sim. Talvez não. A verdade é que ela preencheu um dos vazios, existem outras centenas a serem preenchidas. O lóbulo é temporal...

José continua a andar desesperado nas suas buscas. Depois de tanto tempo, percebera que outras brechas fora aparecendo. Ele não desiste! 'Sentir falta' faz dele 'José.' A infelicidade é só um ponto de vista e as faltas que tanto lhe corrói, faz parte do paradigma humano....

'A infelicidade caminha ao lado do homem. Isso faz dele brilhante, gigante, diamante, fértil e generoso..."

Inserida por risomarsilva

'REESCREVER'

Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...

Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...

Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...

Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...

Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...

Inserida por risomarsilva

'BEIJOS ESPERANÇOSOS'

Já estamos cansados
E olhando um para o outro
Ainda tento segurar suas mãos como antes...

Sentindo sua respiração
Lembro dos tempos tenros de outrora
A juventude ainda vive aqui dentro...

Vencemos tantas barreiras
Sempre tentando ver a vida e os dias com bons olhos
Decerto - tudo ficou mais violento...

Ruas sem ponteiros
Relógio e tormento
Tudo passa: coisas boas e ruins...

Mas seus olhos ainda são os mesmos
A mesma luminosidade
Cabelos e sorriso esbanjador...

Quando nos vimos
Não havia dor
Quando ninguém mais acreditava...

Molhávamos os olhos em ascensão
E dávamos a cada dia mais risadas
Risos no tempo ficados para trás...

A história nunca morre
Quando mantemos viva a esperança
Quando voltamos a ser criança...

Precisamos apagar as luzes
E dormir para enfrentar mais um dia
Um ao lado do outro...

Beijos esperançosos
Como antes
Vividos no hoje...

Inserida por risomarsilva

'SÍNTESE'

És síntese
Amor maior
Resumo e explicação...

Sorriso coerente
Parte que faltava ao coração
Brilho nos olhos...

Etimologia e paixão
Lógica e efeitos
Defeitos compreensíveis...

És perceptível
Imortalidade arraigada ao sol
Sonho de almas...

Latitude e esperança
Bonança nas tempestades
Apego e decisão...

Com suas alegrias e tristezas
É proeza suspirando mundos
Sibilante na alma...

Inclinação perfurante e calmaria
Doravante pequenino
Filho pródigo...

És esbelto
Franzino e afeto
Filho meu...

Inserida por risomarsilva

'OS ACENOS DO AMOR...'

A amor novamente acena cintilando os escombros
Lençóis embrulhados com nódoas
Tempos de assombros levando os amores de outrora.
O amor sucumbiu,
Despencando os olhares...

Decerto,
O Júbilo momentâneo perfurou corações
Navegando no antes [no agora e no depois]
Ele vai acenando
Nas suas ruas de granizos...

O Amor derrama seus novos espinhos nocivos
Coadjuvante subalterno manda flores
Tornou-se criança,
Cheio de esperança na escadaria de sabão
A visão o fantasma perfura-lhe...

A liberdade carcerária é imanente
O Amor corrói em todas as direções contrárias
E as almas se apaixonam novamente
Fervilhando prerrogativas no almoço,
No café da manhã...

O Amor sequioso agora ganha forças
Partilha alegrias extraordinárias
Mas novamente as maresias cristalizam mágoas,
E vem a solidão no almoço,
Outras fomes no café da manhã...

Inserida por risomarsilva

'NÃO DESISTA... '

Sonho esparramado no amanhecer.
Na alma,
caminhos sem rumos.
Rotatividade devorando o pôr-do-sol.
E uma insônia impregnada no peito...

Olhos fechados,
sonolentos à procura de grãos de areias.
Estrelas são diariamente ofuscadas.
Salobro o café da manhã não vê sentimentos.
Tudo vai se distanciando...

Não desista dos distantes corpos celestes.
Tampouco dos sonhos que há de se conquistar.
Trilhe os caminhos de ausências,
e sinta-se forte o bastante para transformar vidas.
Cultive o amor próprio já esquecido...

Seja sedento por transformar sua jornada cervical em pulsos eletrizantes.
Junte os sonhos jogado nas calçadas.
Não desista de transformá-los um a um.
Deixando o coração aberto às descobertas
E um peito suspirando vida...

Inserida por risomarsilva

POR-DO-SOL

SÃO SERES HUMANOS
Apenas isso!
Contemplando o pôr-do-sol
Quebrando infinitos planos
Maresias turbulentas...

PARA ONDE VAI PUJANTE CREPÚSCULO?
Contratempos minúsculos
Discursos de ausências
Outrora fabuloso
Vagarosa dolência
Antigas canções de ninar...

MÃOS EM SEDENTÁRIO PIANO
Verbos naufragando
Faz guerras irascíveis no tempo
Inventando contratempos
Entardecer aparente
Lentamente
Ambos se esvaem ...

Inserida por risomarsilva

‘VALE DO TAPAJÓS: UM BREVE RELATO...’

Meu bairro tem apenas doze anos. Passou a minha idade! Tenho dez, mas sou muito pequeno para o meu tamanho. Tem um lago aqui próximo onde juntos quase moramos. Quase todos dias me levam lá! Aqui não tem água encanada ou esgoto para jogar resíduos. Ninguém está imbuído em ajudar o bairro que eu amo…

Não tem praças para meus amigos me levarem ou brincarem. Quando chove é o melhor dia, na brenha da mata, fazendo alegrias, adoramos brincar na lama! A rua é querido abrigo, tão largo, tão vasto, tão plano. Serviço público aqui só promessas, já há todos esses anos. Sei não! Mas acho que o atual está se recandidatando. Muita gente gosta dele na cidade que eu canto. Pode ser bom lá nos outros, mas aqui é ledo engano…

É um bairro periférico suburbano. Posto de saúde não tem! É uma tremenda agonia. Sempre me levam em outros, quando vou lá todo dia. A principal é cheia de buracos e quando chove? Ah meu Deus quando chove! Ir à escola mais próxima é engano. E quando lá chegamos, não tem merenda! O professor está revolto, é tanto baixo o salário que nós quase não reclamamos. A vida aqui é bonita, mas turbulenta e esquecida. Vejo a rua sempre larga, imagino cada casa, às vezes fico voando…

Mamãe foi para casa da patroa. Ela é meio à toa, fica igual a eu sonhando: com uma escola bem pertinho, um pouco de água tratada, famílias com boas moradas e uma creche para o meu maninho. Amanhã faço onze anos! Nunca tive aniversário e nem cultivo. Mas isso não me deixa bobo. Sou contente com o pouco, ´só queria ter mais anos. Alguém para escutar os gritos, ver meu Vale bem bonito, e voltar para casa andando…

Inserida por risomarsilva

Eu queria um sentido. Sentido ridículo....

Inserida por risomarsilva

A humildade é um dom, e o silêncio sempre será a melhor resposta.

Inserida por risomarsilva

'QUANDO EU PARAR DE SONHAR...'

Quando eu parar de sonhar,
serei um hipócrita simulando poesias.
Praguejando dias irreais.
Sem cordilheiras,
fingirei a presença de verbos...

A caminhada será insensata,
abstrata com sua burca espalhando negrume.
O novo Oriente implorará complacência.
Pretenso,
não mais falará de religião...

Quando eu parar de sonhar,
Não terei os abraços convencionais,
desleais/egoístas.
A casa não terá crianças para avivar os dias fúteis.
O ar exalará despedidas misturada à escassez de utopias...

O coração arrítmico confessará segredos não mais sonhados.
Medos terão descansos promíscuos.
Ao lado a realidade verídica,
tão implícita,
agonizando os dias reais...

Inserida por risomarsilva

'VELHO ANO...'

Mais um Velho Ano que se aproxima. Menos saúde para comemorarmos. Milhares de células morrendo. Nunca entendi, por exemplo, algumas das comemorações. Para quê tal, se um Velho Ano não faz tanto sentido, faz tão mal para um velho bocado de pessoas...

Quem conquistou, quem não conquistou não interessa! Interessa nos reconhecemos. Sermos mais irmãos! Se bem que essas frases de Ano Velho não surtem mais efeito na vida das pessoas. Elas continuam as mesmas. Do modo como vieram ao mundo. Talvez não!

Dia dos Namorados, Natal, Ano Velho e Outros tem cara de Segunda-Feira. As pessoas vêm e vão. Outras com fé, outras com sentimentalismo. É aquele famoso rodízio melancolizando os dias que virão...

Que venha o proximo ano parecido com o que se foi. Talvez a grande diferença seja o fato de termos menos tempo. Sabe Deus o quanto! Apesar dos pesares, quero agradecer por ainda estar preso nele, comemorando a minha forma velha de vê-lo...

Inserida por risomarsilva

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