Declaração de Amor a uma Amiga

Toda a alegria vem do amor, e todo o amor inclui o sofrimento.

Amor repelido é amor multiplicado.

O amor eterno é de muito breve duração; podemos odiar eternamente, porém, amar eternamente, não.

A beleza do espírito causa admiração; a da alma, estima; e a do corpo, amor.

Só o amor e a arte tornam a existência tolerável.

O orgulho não quer dever e o amor-próprio não quer pagar.

Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.

As alegrias do amor são sempre proporcionais ao medo de as perdermos.

Nós nunca somos tão desamparadamente infelizes como quando perdemos um amor.

Quando descanso? Descanso no amor.

Onde não intervém o amor ou o ódio, a mulher sai-se mediocremente.

O amor é filho da compreensão; o amor é tanto mais veemente, quanto mais a compreensão é exata.

O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados.

O amor não conhece sua própria intensidade até a hora da separação.

Nascemos para amar. O amor é o princípio da existência e o seu único fim.

Nada é tão bom como o amor, nem tão verdadeiro como o sofrimento.

É pelo nosso amor-próprio que o amor nos seduz. Como resistir a um sentimento que embeleza o que temos, que nos restitui o que perdemos e nos dá o que não temos!

O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio. Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo.

O amor e a literatura coincidem na procura apaixonada, quase sempre desesperada, da comunicação.

Tudo é incerto neste mundo hediondo, mas não o amor de uma mãe.