De Repente Nao mais que Derepente

O cão é a virtude que, não podendo fazer-se homem, se fez animal.

Um negócio que não produz nada além de dinheiro é um negócio pobre.

O autor na sua obra, deve ser como Deus no universo, presente em toda a parte, mas não visível em nenhuma.

Se tomardes a vida com excessiva severidade, que atração tem? Se a manhã não vos convidar a novas alegrias e se à noite não esperardes nenhum prazer, valerá a pena vestir-se e despir-se?

O dinheiro tem que servir, não governar.

Não faças aos outros o que gostarias que te fizessem a ti. O gosto deles pode não ser o mesmo.

Não sou especialista em Brasil, mas uma coisa estou habilitado a dizer: Não creiam que mão-de-obra barata ainda seja uma vantagem.

Talvez o tempo te ponha na sua escola pois não terás melhor professor que ele.

A boa educação não está tanto no fato de não derramar molho sobre a toalha de mesa, mas em não perceber se outra pessoa o faz.

Não desconfie. O medo, a dúvida e a suspeita convidam à traição. Cuidado com quem te aconselha a tomar cuidado.

A ação pode nem sempre ser felicidade, mas não há felicidade sem ação.

O importante é a lembrança dos erros, que nos permite não cometer sempre os mesmos. O verdadeiro tesouro do homem é o tesouro dos seus erros, a larga experiência vital decantada por milênios, gota a gota.

Não deixe dominar-se pelo passado, você vive no presente, caminhando para o futuro.

Não se pode planejar o futuro pelo passado.

A liberdade não consiste só em seguir a sua própria vontade, mas às vezes também em fugir dela.

Meu Quintana

Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.

Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares.

São cantigas sem esgares.
Onde as lágrimas são mares
De amor, os teus quintanares.

São feitos esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzem estrelas luares.

São para dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.

Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem que repares
Que são casais exemplares.

E quer no pudor dos lares.
Quer no horror dos lupanares.
Cheiram sempre os teus cantares

Ao ar dos melhores ares,
Pois são simples, invulgares.
Quintana, os teus quintanares.

Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares...
Perdão! digo quintanares.

Enfrente seus obstáculos e faça alguma coisa em relação a eles. Você descobrirá que eles não têm metade da força que você pensava que eles tinham.

Na condução das questões humanas não existe lei melhor do que o autocontrole.

O ensino da filosofia não precisa ser complexo, intricado. Tem a ver com curiosidade, a mania de fazer perguntas, algo que perdemos na cultura ocidental quando envelhecemos.

A verdadeira serenidade não é ausência de paixão, mas a paixão contida, ímpeto domado.