De Repente Nao mais que Derepente

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Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

Não há escravidão pior que a dos vícios e das paixões.

Sabei escusar o supérfluo, e não vos faltará o necessário.

A ignorância que se conhece, se julga e se condena não é uma ignorância completa: para que o seja, é preciso que se ignore a si mesma.

O poder é uma ação, e o princípio eletivo é o da discussão. Não há política possível com uma discussão permanente.

Não pode haver glória onde não existe virtude.

O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.

Os avarentos não crêem numa vida por vir, para eles o presente é tudo.

O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.

Os homens são poucas vezes o que parecem; eles trabalham incessantemente por parecer o que não são.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

Não devemos julgar os homens por aquilo que eles ignoram, mas por aquilo que sabem, e pela maneira como o sabem.

Nós dois? - Não me lembro.
Quando era que a primavera
caía em setembro?

Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.

Antes eu nunca tivesse dito absolutamente nada do que eu disse. De repente, não estaria doendo como dói agora.

E eis que de repente agora mesmo vi que não sou pura.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica O vestido branco.

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...não se interrogava em saber se o amava. O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestade dos céus que cai sôbre a vida e a revolve, arranca as vontades como fôlhas e arrebata para o abismo o coração inteiro. Ela não sabia que nos terraços das casas a chuva forma poças quando as calhas estão entupidas, de maneira que se pôs de sobreaviso, até que subitamente descobriu uma fenda na parede.

Quando sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim. Só sou para mim como pura devolução ao outro.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Ser e o Nada, 1943

Posso de repente entender e não sentir.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Facilidade repentina.

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… tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa.