Dança
Doce noite que morre num copo de veneno,
escorpiões se deliciam dançando sobre seu corpo,
a noite chega ganhando formas na tua paixão.
Primavera de Fevereiro
No ápice do desalento
Uma luz de esperança
Me convida para a dança
Traz à tona um novo sol
Fronteiras quebradas
Pelo piscar de uma tela
Aproveitando-se dela
Seduzindo meu olhar
Em milhões de desavenças
Nem em sonhos aguardava
Que um dia haveria de ser
A água que me faltava
A qual refresca minha alma
E me queima por dentro
Com o fogo do apreço
Com o fogo do desejo
O ar gélido da manhã
O ar quente de teu hálito
A sonoridade da tua voz
Tão suave como o aroma do hibisco
Puxando-me para seus beijos
Salvando-me do abismo
Acolha-me em seus braços
Faça-me tua, faça-me viva
Reprisando como um velho filme
Inquebráveis palavras de conquista
"Amo-te como tu me amas"
O eterno sopro de paixão
A LINGUAGEM DO AMOR
Que o amor seja doloso e não venal
Que a musica embale a dançaria cabal
Aumente paulatinamente o ritmo da valsa
E vagarosamente vire tango frenético na graça
Do olhar-flecha o qual atravessa o singelo som
A gritaria dos motores lá fora não muda o tom
Cortesia quando segura, aperta afofando e dura
O tempo inteiro de um coma, segura, perdura...
Volta quando a maior nota aguda recomeça.
O ritmo esvoaçante, na melodia, ingressa
O corpo manobra nas esquinas da música
Cambaleia em pluma, na maior altura
E cai em tesoura aberta, nos braços
De quem já fez multifárias, esses passos
Marcham no trote cavalo Marchador
Firmam os passos sem mostrar qualquer dor
O lastro do vestido sustenta o mármore de pernas
O amor na música é, em suma, essa doce conversa
Íntegros corpos e almas, hermeticamente, unidos
Em uma uníssona nota, são de fora, confundidos
Até quando desligarem, em incógnita, o som,
Os acordes mentais repetirão o Pisom
E multiplicará em afluentes herdeiros
No vasto cristal de amor, o espelho
De rios surgirá o Crescente Fértil
As nuances do primeiro projétil.
Num desequilíbrio de pernas
Imprevisto na vontade eterna
Corações voam às alturas
Amor é tango, não luta.
A dança do poeta
O poeta é uma incógnita
É um copo vazio, que espera ser preenchido
É também cheio de suas palavras mórbidas
Embasbacado por qualquer paixão pequena
À espera de uma nuvem
Para rechear seu rio carente, quase no fim
E, talvez, algum dia
Se tornar abundante enfim
Chego a acreditar que sou poeta
O diploma eu tenho
Um coração partido e arrasado
Mas afinal, quem não tem o sentimento machucado, definhado...
Mas do poeta para o ordinário
Fica a divergência no decifrar
O metafísico é o limite de suas frases
O universo do subjetivo usufruído para interpretar
O poeta se despede
Mas, com um grande pesar
Continua sendo poeta
Até sua nuvem encontrar
Uma musica lenta seduz teu coração...
te chamo para dançar
a noite terminou num desejo.
abraço e um beijo parece ser irreal...
estou sonhando mais pouco.
mais encontro em nossos corações
simples como ar que respiro.
Não é só a existência
De graffites, líricas, danças ou as influências... Pensa
Como o Hip Hop afecta a consciência
O comportamento, o pensamento, a competência
Dependem muito da aptidão e da experiência
Aprendi tanto sobre
A dança da liberdade
Que nunca mas pus
Pássaros em gaiolas,
Peixes nos aquários
Ou cabretsos em cavalos.
Jingle bells, jingles bells... época! O Natal é realmente lindo, temos músicas, danças, e comidas. O Natal é ótimo, isto não há com negar, mas mesmo nesse esplendido dia, pobre ainda é pobre e fome sempre será fome.
Eu era só mais um dos garotos de rua, porem tinha a vantagem de não ter um dos olhos, o que atraia certos olhares de pena. Pode ser irônico, mas o Natal era o período onde eu menos ganhava, talvez porque as pessoas gastam tudo que têm com presentes caros, e acaba não sobrando nada para dividir, é, provavelmente é isso.
Era realmente triste ter que olhar todas aquelas famílias passando por mim como se eu não existisse, enquanto elas iam para restaurantes chiques e luxuosos. A pior parte de todas eram as decorações natalinas, sabe, ter que presenciar pessoas dando mais atenção a uma arvore do que a um ser humano.
Já eram quase doze da noite e o frio gélido já estava enfraquecendo o meu corpo, até que um cobertor me cobriu e recuperou minhas forças.
- Está realmente frio, né? - Ele era um garoto que aparentava ter a minha idade, por suas roupas supus que era filho de algum burguês. - Como ganhou este machucado?
- Acidente. - O garoto sorriu enquanto colocava comida em um prato.
- Seu olho não aparenta sinais de infecção, como se tivesse sido tratado imediatamente. Eu tenho um vida perfeita, tenho amigos, uma família bem rica. Tenho certeza que nunca vou conseguir imaginar toda a dor que você já sentiu, mas... - Ele não terminou a frase, simplesmente deu um beijo em minha testa, um beijo caloroso e gentil. Eu nunca tive um lar, uma mãe, no entanto, tenho certeza que era isso que sentiria se o tivesse.
Havia sido tudo um sonho, provavelmente eu alucinei por conta do frio, porem aquele beijo fez o frio passar um pouco.
Não é só a existência/ De graffites, líricas, danças ou as influências... Pensa/ Como o Hip Hop afecta a consciência/ O comportamento, o pensamento, a competência/ O que trago tem a ver com cultura/ desculpem!/ A cultura abre caminhos a novos comportamentos/ Ressalta paixão por novos conhecimentos/ A verdade está exposta/ A experiência instrui e a observação mostra/ Que uma experiência sólida é mestra duma vida segura/ Porque a vivência é o reflexo duma cultura/ Não neguem os vossos ouvidos de ouvir a razão/ O Hip Hop é a verdade e a verdade é a conclusão.
Enquanto Herodes se divertia com as suas dançarinas que apresentavam danças sensuais, bebia seu vinha e se aquecia ao calor da fogueira, a igreja chorava pela a morte do irmão João Batista. De que lado você está?
Tenho dançado em cima de carros
E tropeçado fora dos bares
Te sigo pela escuridão, não me canso
Você é o remédio e a dor
A tatuagem dentro do meu cérebro
E, amor, você sabe que é óbvio
Eu sou um tolo por você
Você manda e eu vou a qualquer lugar cegamente
Eu sou um tolo por você, sim
Qualquer estrada que pegar, você sabe que vai me encontrar
Eu sou um tolo por todas as coisas subliminares
Que ninguém sabe sobre você
Dançar: é a arte que deixa o corpo falar ao ritmo dos sons, sentido cada melodia e expressando cada batida, enquanto a alma transborda e se comunica por meio de nosso corpo físico
Nesse jogo de tanto faz
Foi que a gente se desfez e agora a gente dança
Nessa guerra pela paz
Nessa insana lucidez
A vida nunca cansa
Por que será?
A dança
Essa onde o corpo
A alma nos encanta
Traz-me lembranças
De outras vidas
Milênios vividos
Em outros mundos
Naqueles em que a mulher
Foi apenas um objeto
Seus contornos
A silhueta
Encantavam aos olhos
Aos olhares dos guerreiros
Dançavam com o ventre
Com a beleza dos lenços
Quase nuas
Os seus corpos
Serpenteando as almas
Desejosas por sedução
Por voracidade
Num espetáculo grotesco
Onde tudo enfeitiçava
Seduzia com beleza
Almas e corpos
Hipnotizados com suas silhuetas
Sensações a flor da pele
Com surpreendente leveza
(07/05/2019)
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