Cultura
A evolução sempre impressionou os olhos mais sagazes, assunto que tem em sua essência a mudança: é a capacidade do ser vivo de ser modificado pelo meio ambiente sofrendo alterações em sua estrutura. Por outro lado, em análise sociocultural, e abstendo de observações minuciosas físicas e psíquicas que envolve o evolucionismo, é difícil ver o funk contemporâneo brasileiro como um avanço, tais letras são capazes de fazer um cérebro sadio ser um cérebro homicida.
Desde a primeira Constituição do Brasil, de 1824, ignorou se completamente a existência das sociedades indígenas e ano a ano lentamente as politicas indigenistas não atendem as questões primárias, tais como o de reconhecimento legal e definitivo de propriedade das terras originais, a preservação de sua arte, língua e cultura e como também a criação e o recolhimento obrigatório de um tributo único federal para a justa e devida manutenção de todo eco sistema e plural diversidade nativa brasileira.
As vestes dos falsos ativistas políticos culturais pelos comícios populares forjados pela cidade deveriam ser mortalhas esfarrapadas mamulengas com tecidos baratos e miçangas de pimentas de cheiro secas e curtidas ao sol.Pimentas ardentes das boas nunca serviria para tal adorno barato e sem graça.
Afinal quando estes personagens do baixo clero, na maioria das vezes seres baixinhos que vivem dando saltinhos assanhados como se fossem macaquinhos poucos adestrados....mas quando estes homenzinhos roubam a cena dos verdadeiros palhaços da boa artística e culta atualidade, aparentam ser endemoniados menestréis do mau gosto e mau agouro, que por meio de blasfêmias próprias dos infelizes incitam palavras de guerra, de dor, miséria e revolução. Mas a arte, a educação e a cultura não se engana, não permitem ser lombo, sela ou caminho para desigualdades do povo que já nasceu diferente e de todo jeito. O que a arte uniu um dia nenhum pobre diabo coitado falso politico de araque pode por macaquices desunir com tanta facilidade.A arte, a educação e a cultura são muito bem protegidas por mandingas, rezas e orações fortes de benzedeiras e pelos sacis, pastoreios e curupiras tanto do norte e como do sul.Ainda bem que o Tamandaré com sua folha de palmeira nos protege e nos guia.
Ser culto não é conhecer idiomas diversos. Não é o conhecimento do inglês nem do francês que vem comprovar cultura no indivíduo. Tanto marinheiro, tanto mascate, tanto cigano há a quem meia dúzia de idiomas são familiares sem que, no entanto, possuam cultura.
Aluno brigando por maior nota em sua redação, quem não sabe fazer um bom texto, vai saber avaliar os critérios de correção? Aí, um da letra garrancheira, ilegível encheu as trinta linhas, eu dei 10, vai que é um ser evoluído demais com cultura interestelar e a culpa está em mim por não saber entendê-lo.
Sempre penso muito antes de externar minhas opiniões, a medida que vou envelhecendo fico mais criterioso quanto a dosimetria das palavras para não ofender as pessoas bem intencionadas, principalmente as ligadas ao samba.
Mas não posso deixar de salientar a minha preocupação quanto aos rumos que as escolas de samba estão tomando, haja visto que na minha humilde opinião, tudo que se pregava em relação a hierarquia e respeito no passado, esta sendo esquecido.
A semente quando bem tratada, gera fortes e raízes e conseguintemente bons frutos. O fruto de inseminação nunca vai ter o mesmo sabor, o que ate fere a regra da qualidade daquele original feito e criado por Deus.
Se pegarmos as escolas de samba pioneiras, veremos que seus mandatários tinha história dentro do samba, ou ate como me auto denomino sou "SAMBISTA DE CARREIRA".
Hoje não sei por quais motivos pessoas que desafinam ate batendo palmas se tornam mandatários do samba subjugando aqueles que ralaram para que a nossa cultura alcançasse o patamar que alcançou.
É lamentável que pessoas imponham suas egocentricidades, sejam aceitas sem contestação por nos verdadeiros sambistas, é por essa errônea atitude, que acabamos vendo o nosso Samba se atolando num brejo fétido, nos deixando sem chance da manutenção da nossa cultura.
E digo mais, conte a sua história no samba, que lhe darei a oportunidade de ouvir a minha.
OS VERDADEIROS SAMBISTAS SABEM O PORQUE DESTE RELATO, PRONTO ESCREVI.
TENHO DITO!
Queremos o tempo por inteiro, utilizado ao limite, e nos tornamos ansiosos. Passamos a incentivar a cultura do “fast”. O fast food das refeições, o fast track das decisões, o fast love dos relacionamentos.
O Brasil só terá um bom governo soberano para os próximos anos e com representantes mais comprometidos com a realidade nacional nas próximas eleições com um maior investimento na educação, na cultura e na cidadania. Sem isto os nomes mudarão sim, mas a ciranda da corrupção entre os poderes e o flagelo social de uma nação miserável e ignorante, permanecerá.
Nossa sobrevivência depende da transmissão do saber indígena de uma geração para a outra além de se munir da cultura do colonizador para fazê-lo entender que temos o direito de sermos diferentes. Não é o fato de nossas culturas serem antigas que nos impede de ser contemporâneos, na verdade enfrentamos o desafio de para poder sobreviver, dever fazê-lo em dois mundos: ser bilíngues em países que não reconhecem as línguas da própria terra, precisamos entender a burocracia e as leis que os colonizadores “globalizaram” no mundo, e lutar ara que a democracia nos contemple.
O ciclo de cada existência é como a vida de uma árvore, desde o inicio de suas raízes. Quando se perde parte das raízes, a árvore jamais volta a ser o que era antes, assim como o ser humano que esquece sua essência, mascarando sua verdadeira face, esquecendo que na vida ele não é dono de nada e sim parte do todo. A terra que pisamos não é nossa e sim parte do que somos, cuidamos dela e ela cuida de nós.
A diversidade artística e cultural brasileira é rica, moderna e contemporânea mas o ambiente e a atmosfera educacional, artística e cultura no Brasil de hoje, ainda é escravagista, coronelizada, imperialista, antiquada e colonial. Os grandes nomes da cultura acontecem e parecem ser por mero favoritismos, oportunidades e apadrinhamentos.
A arte é a liberdade mas o retorno profissional do artista vivo perante sua obra na maioria das vezes só se dá com a concordância cega, calada e alienada a todo um sistema injusto e os imorais interesses de fartos ganhos financeiros.
Em todo lugar que possua uma rica diversidade artística e cultural sem por equilíbrio uma educação madura, ativa e apropriada, possuirá de forma crescente um perverso fundamentalismo ignorante e grupos antagônicos sectários covardes intolerantes as minimas diferenças.
