Cuidando do meu Jardim
Acolhedor de sentimento.
Abraça-me forte, permita-me esconder
meu pequeno mundo em seu aperto.
Sinta-me como sentes a brisa dos ventos
avoaçar teus cabelos.
Exiba-me aos olhos dos encantos, reconstrua meus defeitos
Ama-me baixinho como Quitanda amou.
Prova-me devagarinho!
Traga-se ao meu ninho
gerai frutos que valia a confiança
em deixar-me que tenha-me feito feliz.
Antes de entrar no meu caminho, ligue a seta. Preciso saber qual direção pretende seguir.
(Nossa Estrada)
Estou angustiado
Meu corpo cansado
Minha mente não para
e estou sentado
No escuro
o frio me aperta
Abraço minhas pernas
e faço meu espaço
Carente, Solitário
Não tenho você
mas finjo abraço
Isso é algo que eu já queria ter feito há muito tempo
Um erro não justifica o outro, o meu ressentimento era uma pontada de irritação constante, eu tinha entrado no relacionamento por questões superficiais, eu tinha mudado meu comportamento, não estava mais tão perto da natureza, e havia abandonado a comida saudável.
Quem é você? Eu me perguntava o tempo todo, eu me magoava pelo desinteresse dele, eu queria um amor pegajoso, nojento feito dois sapos grudados. Ele sumiu por 22 dias, foram dias de solidão.
O amor vos coroa e vos sacrifica eu tinha lido em algum lugar, eu achava que tudo isso era certo, quantas vezes já me queixei do mundo injusto e estava sendo injusta comigo mesma.
Querer salvar o outro tem a ver com você, com quem você é, com as melhorias que você quer para o mundo, porém ele não presta e eu não sabia lidar com isso. Ele não era organizado, tratava a mãe como capacho e eu o aturava de maneira péssima, fazendo com que as coisas só piorassem.
Meu marido me maltratava e eu achava que um pedaço de papel definia a nossa relação para sempre. Eu não arriscava pensar nem por um segundo me desfazer do elo, talvez eu desperdiçasse a minha vida inteira tentando salvá-lo, mas jamais o abandonaria.
Toda minha frustração afetava minha escolha alimentar, era uma vida maluca, uma vida de arrependimentos e crises, um sentimento raro de autopiedade uma parcimônia fora do normal e um cuidado excessivo.
Ultrapassei os limites da previsibilidade denunciando-o na Lei Maria da Penha, o que me levou a tomar essa decisão foram algumas mensagens de redes sociais. Ele me implorou para retirar a queixa, passou 4 meses me pedindo perdão, ele disse que ia se prejudicar no emprego, disse outras coisas que me comoveriam em outra época.
Tinha uma queda por ele, mas a recíproca não era verdadeira, continuei em silêncio e ele começou a me ameaçar de morte, começou a dizer muitas histórias reais e fictícias a meu respeito, começou a me dar medo, e foi com pavor de morrer que terminei um casamento tóxico.
Sou eu, o meu livro.
Sou como um livro
De capa dura.
Capa essa não tão rica,
Mas bela na escritura.
Sou como um livro,
Do qual algumas páginas foram
comidas por traças.
Algumas amassadas,
Outras sem sequer marcas.
Sou um livro do qual
Ainda tenho muito á escrever.
Sou como um livro,
Não basta ler, deve entender.
Sou como um livro que não tem gênero.
Minhas histórias variam
com o luar.
Varia com minha caminhada,
com minha sina, com meu amar.
Sou como um livro
que tem muito a oferecer.
Se focar apenas na capa...
Desculpe, mas não irá se surpreender.
a transparência
toma conta do meu ser
a leveza
toma conta da minh'alma
a sutileza
toma conta do meu coracao
a delicadeza
toma conta do meu gesto
a grandeza
toma conta do meu espírito
a riqueza
toma conta da minha simplicidade
a certeza
toma conta dos meus atos
a beleza
toma conta do meu interior
a clareza
toma conta das minhas palavras
a gentileza
toma conta do meu amor
a firmeza
toma conta do meu temperamento
a fortaleza
toma conta do meu corpo
a limpeza
toma conta das minhas mãos
a natureza
toma conta da minha vida
a singeleza
toma conta do meu sorriso
a pureza
toma conta do meu anjo
e eu
tomo conta dos meus
e do meu lar
e Deus toma conta de mim!!!
existem dias no meu caos
estou à deriva
de mim mesma
um dia de cada vez
uma calma no fim do dia
uma noite de paz!!!
tem dias, horas e momentos
em que não me reconheço
hoje meu lado bruxa
falou mais alto
e cai em mim
ou será que falou a mais
AUTO-transformação
do meu novo ser
e o meu lado negro
um tanto obscuro clareou
e fiquei cheia de luz, brilho e cor
e comecei a reparar em mim
meus cabelos já estavam esbranquiçados
quiça também pudera, já passei do meio-dia
ou da meia-noite, tanto faz
e também é porque sempre andei preocupada
em ser mais feliz a cada dia
cuidar da minha própria vida
dos meus achados e perdidos
olhar para o meu umbigo
e pensar que não sou única no mundo
por mera questão de humildade
e sento em cima do meu próprio rabo
ou saio com ele entre as pernas
não sou mais bruxa do que ninguém
este é o fato, somente (não) me reconheço
às vezes, e me olho de travessado
e analiso profundamente as minhas rugas
as linhas de expressão que eu deveria ter tomado
como um norte, um rumo, uma direção
e assim tomei as rédeas da minha vida
e elas me apareceram, porque eu sorri
sorri muito, gargalhei até a barriga doer
e essas linhas se ramificaram e tomaram
grandes proporções em meu corpo
se enraizaram em meu coracao
que começou a sorrir junto e a dar batedeira
de felicidade, aquela que eu procurei um dia
e fui minuciosamente me despindo com o olhar
e cheguei até as estrias, que se aprofundaram em minha pele
formando sulcos
que mais parecem os rios
que buscam o mar
e na verdade elas se formaram
quando tive a oportunidade de gestacionar
três lindas criaturas divinas
então as tenho como um trofeu
a serem exibidas com maestria e alegria
olhando para baixo, pude perceber
as varizes, muitas delas
chegaram de fininho e deram cor às minhas veias
então lembrei que foi de tanto pular corda, elástico
amarelinha, de correr e andar de bicicleta
na minha doce infância e também o "corguinho de comprido"
e ando pulando até hoje, os obstáculos a serem vencidos
e me conformo, deixo as varizes percorrerem meu corpo
assim como o mapa da mina a ser desvendado
um precioso tesouro que estava escondido
e não me escondo mais, nem os meus sentimentos
tudo transparece no meu semblante
na minha forma de agir, pensar e falar
e sou transparente igual a fumaça que sai
do meu caldeirão de bruxa, que ali vou colocando tudo
e uma hora transborda, amor ou ódio
eis a questão, tudo dependerá...
e eu me olho mais uma vez no espelho
um olhar profundo de análise crítica
penetrante em minh'alma
vendo toda e qualquer imperfeição do meu ser
e eu digo a mim mesma, existem bruxas lindas
fique tranquila, e voce é uma delas
então finalmente encontrei a felicidade
quando me amei de verdade
e fechei meus olhos
e sai voando em meus sonhos
voltei à realidade!!!
faz muito bem
pra minha vida
para os meus cabelos
para minha pele
para o meu coracao
para minh'alma
para o meu amor-próprio
para minha auto-estima
é melhor do que qualquer creme de beleza
não é a toa que me considero
tão linda e maravilhosa
neste caso sou ignorante
faço questão absoluta de ignORAR
e ainda por cima oro muito
para manter a distância
é uma dica especial
do meu kit de beleza!!!
coitada de mim
de quando eu era
densa
tensa
intensa
propensa
suspensa
em meu orgulho
em meu egoísmo
encalacrada
em sentimentos impuros
eu tinha um coracao duro
feito porta e com largo muro
mal sabia eu
que era um espírito
da grandiosa criação divina
e pela minha sina
imperfeita e inacabada
esperando dar a hora
de partir sem demora
de subir como a aurora
até o céu infinito
onde tudo é mais bonito
junto ao Pai misericordioso!!!
to aqui
bem quieta
no meu canto
bordando minha vida
costurando minhas lembranças
remendando minhas memórias
fazendo e desfazendo
minha história
com ou sem glória
o importante é a vitória
sobre mim
dentro de mim
sob mim
sim
a força e a fé
vem Dele
vem lá do céu
vem do interior do meu coracao
por isso minha gratidão
de ser quem sou
do que posso vir a ser
e do que já fui
tudo flui
tudo é uma questão de alma
de espírito
de evolução
de crescimento
de desenvolvimento
de envolvimento
com Ele
com o Pai
com o autor da minha pessoa
com o observador da vida
com a verdadeira supremacia
com o soberano do Alto!!!
Um dia na solidão,
em casa sozinha, de cabeça vazia,
não sabia o que fazia, para preencher meu coração, DEUS veio na minha direção, estendeu a sua mão, e me levantou do chão...
Até hoje estou de pé, com agraça de Deus;
Com o amor de Deus, pai... Pra sempre, grata.
Deus meu pai, te amo...
Deus é amor, te amo...
Deus é fiel, acredito...
Deus é bom, demais...
Deus é amor, amor eterno de pai.
CONTO DO MEIO
Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho
e pus meu dedo no bolo.
Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.
Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.
O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.
Todas as mamães me deram um sorriso falso.
Os papais estavam bêbados no quintal.
O único homem ali perto era o tio Carlos.
Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.
Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.
A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.
Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.
Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.
Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.
Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:
- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.
Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.
Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.
Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.
Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.
Esperei um não.
Esperei um pare.
Ninguém era páreo
para um rei.
Tirei.
"Meu coração acelerado com você do lado.
Meu coração abalroado por ter lhe olhado.
Seus olhos nos meus olhos, repletos de malícia e desejo.
Seus olhos em que vi um misto de paixão e medo.
Teus beijos, ah o mais doce beijo, me perco quando lembro, devaneio.
E teu cheiro, cheiro doce em que me deleito.
Meu mundo sobre o meu peito.
Despertou-me um sentimento profundo e como em um rio, me afundo no leito..."
"Ah o seu amor, meu doce pecado.
Pecado do qual não quero ser perdoado.
Um doce amor com o gosto amargo.
O seu amor, o nosso amor que nunca foi seu.
Amor leviano, que desde sempre, só a mim pertenceu.
Amor jogado, amor largado, com gosto de fel.
Amor estranho, doce pecado, que me leva do inferno ao céu.
Amor salgado, que transforma o amargo no mais doce mel..."
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