Crônicas sobre a Morte
Porque se destruo a razão pra viver, é a morte a saída que resta, mais se a morte então é viver, então viver é uma eterna orquestra, acaba o inicio, quando começa o final, mais se a vida continua , é certo dizer que sou imortal? Se o fim da no inicio, o inicio é o final, se a morte é a vida, o que eu sou afinal? Onde é que termina? Onde que começa? Não sei se sou rei do xadrez, ou se dos reis sou a peça.
2 segundos. Tudo se explica em 2 segundos, pode não ser a morte, mas será sempre uma sensação de morte, porém não sem dor, o coração pára, a mão gela, o corpo treme, você atônito, toda uma história passando em sua cabeça, um filme, uma verdade ou uma bela mentira, um choque, e quando se dá conta foi um olhar trocado. Daí então você termina de fechar o olho e percebe que tudo acabou, se foi, não volta, não quer voltar.
Então descobri como é o silêncio da morte. Assisti ao desencanto dos sobreviventes que não sabiam ao certo o motivo da celebração. Arrastam-se com um orgulho mentiroso por não terem conhecido o lado onde me encontro agora. Conto os dias para a minha ressurreição, mas temo por nascer de novo. Pretendo permanecer onde a mudez é regra. Tento traduzir o que minha alma canta. Não entendo mais seu idioma. Muito menos o que escrevo. E a solidão é faca sem gume. Cega, sádica, violenta. Corto meus cabelos, corto meus pulsos, corto relações com a luz do dia. Releio meus textos de trás pra frente. Até que um dos três morra...
´´Eu me nego a acreditar que seja a vida uma lição de morte. Onde todos os momentos bonitos sejam lembrados com saudae e que minha alegria seja substituida por lagrimas dos que em vida só me arrancou sorrisos. Eu me nego a acreditar que seja a morte um ponto final onde luzes se apagam... Eu me nego e renuncio toda forma de saudade que me traga vc de novo pra mim, pra vida! Você foi e continuo sendo meu PAI e meu eterno amigo! Uma pessoa maravilhosa que nunca virou as costas pra vida. Com muita garra foi a luta e em cada coisa que conquistou deixou um pouco de si. E é isso que me dar forças pra prosseguir nessa pequena vida: Saber que você viveu o mais plenamente possível e que um dia vamos nos encontrar. Mas agora preciso continuar a vida e deixar com exemplo a meus filhos o grande homem batalhador que vc foi...e sempre será... AMO VOCÊ E SEMPRE VOU AMAR!!!! Pai eu te amo muito!
A gente já testa um pouco de morte quando vive. Viver tem suas dores, suas lágrimas, suas mortes. Morre um sorriso aqui, um amor ali... um sonho. E vamos aprendendo que as vontades passam. E que adiar é preciso. Problema é quando vai se adiando demais. Quando se morre mais do que se vive. Quando se esquece de sorrir para chorar... quando se esquece de novamente amar, agarrando-se a alguma desilusão do passado. Quando a gente se esquece de abraçar porque o e-mail se tornou mais prático. Quando o 'eu te amo' é substituído pelo 'tanto faz'. É preciso cuidado com a morte que carcome os sentimentos.
É a morte que nos vivifica, dá-nos desprendimento, é dádiva divina, não digo a morte como demarcação fronteiriça, está que tanto se teme, velha e enrugada aproximando-se vagarosa. Digo a morte como a vida em si, sombra da vida, ambas da mesma substância que dá-nos latitude e profundeza. A morte como consciência daquilo que realmente sou.
"É ruim falar da morte quando se trata de você,ou pior quando se trata de uma pessoa que você tanto gosta, bem um fato sobre nossa vida, NÓS VAMOS MORRER,é todos nós sabemos disso e até aceitamos, só não aceitamos perder alguém que a gente ama, é já consolei muita gente, já disse várias vezes VAI FICAR TUDO BEM, mais na verdade a gente sabe que não vai, e a gente só sabe a dor quando é com a gente, sim é terrível perder alguém que a gente ama, mais fazer o que é a LEI DA VIDA , agora só me resta pedir a Deus que cuide bem de você como eu queria ter cuidado, E que os frutos que você deixou prossiga o trabalho maravilhoso que você deixou aqui na terra, vai com Deus eu te amo"
Algumas pessoas temem mais ao amor do que a própria morte por que o amor é de possibilidades infinitas. Pode durar, pode doer, pode acabar dolorosamente, marcar a vida tanto com lembranças boas quanto ruins. Já a morte não. Pois a morte é um simples fechar de olhos e um calar de coração... Assim como é um vento que sopra. “O que elas esquecem é que, inevitavelmente, terão que passar por ambos”
Não espero compreensão, aliás, não espero nada de ninguém... apesar de que espero a morte, enquanto vivo, apenas isto eu espero... da vida, o resto é consequência de atos conscientes, ou não, que aciona uma reação em cadeia, que, dia apos dia aproxima-se de seu clímax, não apenas o fim do primeiro ato, mas o fim de uma trama inteira, e assim a vida encontra a morte para, finalmente, descansar em paz... porem, a quem acredite em continuações e até mesmo em remakes, pode ser, mas prefiro acreditar que estou aqui e que um dia não estarei em nenhum outro lugar... para uns isto é triste mas, para mim, isto é a mais pura e logica realidade.
Existe um mundo sem morte, sem tristeza, sem violência, sem guerras, sem vingança e sem desigualdades onde todos são iguais e o seu governante é justo e bom: embora pareça mais um sonho ele está presente na realidade do pensar humano, e é de sua forma de pensar que procede todas as atitudes e as suas obras.
Todos gostariam de uma vida perpétua onde a palavra morte não existisse. Vendo como o mundo está hoje, como as mentalidades funcionam e que alguns minutos de fama na internet valem mais que a moral e dignidade humana, penso que ir embora daqui poderia ser uma benção. Somente não penso em forçar isso, tudo a seu tempo, mas que é triste ter que ver isso o tempo todo, é muito triste. Acho que o ser humano sempre foi assim. Apenas hoje fica mais fácil pelo imediatismo das notícias, mas isso não muda em nada para quem sofre pelo que assiste.
Hoje estou mais forte. O que era para morte se tornou para a vida. O que era para ser o meu fim se tornou o começo de uma grande história. Os percalços e as dificuldades da vida me fizeram crescer, acima de tudo me fizeram adquirir sabedoria. Hoje sou a prova viva de que nenhuma dor é tão grande a ponto de te parar, nenhuma desilusão é tão intensa a ponto de não te deixar sonhar mais. Somos aquilo que queremos ser. E ninguem pode mudar isso!
Depois de cumprir tudo que a existência obriga, morreremos. Não a morte simples de pupilas dilatadas e ausência mórbida, quem dera fosse. Eu temo a morte que se apaga em pupilas inexpressivas e distantes. Temo o silêncio que habita indigno em respostas evasivas, mera conivência da angústia. Não choro pelos que partiram, choro pelos que ficaram e ficando, então partiram. Não choro pelos que partilharam do sangue, e sim pelos que cerraram os punhos em mãos pálidas, caladas e frias
Ninguém é único diante da morte, todos sofrem na mãos dela, a morte é um fato, uma realidade inexorável. E que vem para todos nós. O maior desejo do homem é a imortalidade. O primeiro passo para conviver melhor com a idéia da morte e viver a vida serenamente, sem traumas, e dar lugar a quem está chegando à festa cheio de gás.
Não existe nada que você não possa superar. Até a morte pode ser superada já que tem muita vida além dela. O que você precisa é parar de se fazer de vitima do destino, dos outros, das suas escolhas. Superar é preciso. Não crie raízes em coisas passadas. Acredite na sua força, vença seus próprios medos. Quem não arrisca não alcança. E quem alcança sabe valorizar cada pedra do caminho!
"A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente á sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!"
As obras de André Luís são um bom exemplo que os sofrimentos e as alegrias continuam no pós-morte mediante o tipo de vida que elegemos na roupagem física; o autor espiritual que citamos deixa esse conceito claro no livro Libertação, quando relata a os pensamentos dos seus instrutores espirituais, abordando que "é escasso o número de pessoas que se preocuparam com a ética e a busca pelas verdades do espírito, e grande o número de seres que cultivaram paixões e emoções destrambelhadas; o resultado é que milhões dessas pessoas, no pós-morte, permanecem como "fantasmas", jungidos à crosta terrestre, dividindo espaço vibŕatil com os encarnados
As pessoas devem ser valorizadas e bem tratadas enquanto vivas. Após a morte, não adianta choro e nem vela, por que o que podia ser feito já passou. O desprezo com o que foi tratado, as picuinhas que foram inventadas e a desvalor que você criou, pode ate agora nesta hora passar despercebido, mas quem olhou e ouviu, mesmo que já tenha sido abraçado pela morte, se lembrará.
A morte é uma música de fundo, lenta, tocada no piano e com notas minuciosamente escolhidas. Ninguém quer saber tocar. Ninguém está preparado para ouvir. Mas todo o mundo sabe, que em algum lugar, esse piano está parado, esperando um descuido, um momento inoportuno, ou alguém com perpétua coragem para dedilhar-lhe, deixando fluir sua música calma, e em câmera lenta, o momento se concretiza.
Eu vou morrer. Tenho certeza disso. A morte é o último estágio da vida e certamente passarei por ele. Mas, antes de morrer, quero ter aproveitado muito essa vida. Quero ter aproveitado,quero ter arriscado, quero ter errado, aceitado... vivido! Quero olhar para o passado e falar para mim. 'Cara, como vivi!'. Posso morrer em paz comigo mesmo.