Crônicas Esperança

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Na labuta diária naquilo que fazemos
O tempo sempre avisa
Que somos apenas um pequeno ponto de luz
Portanto sonhe, sorria e viva cada momento como se fosse único
Espalhe alegria por onde passar
Supere os momentos tristes e difíceis com fé e esperança
No final de tudo o seu brilho de felicidades vai se espalhar
Viajando no tempo e no espaço
Como uma fórmula mágica guardada em uma capsula do tempo
Para mostrar ao mundo um dia
Que existe sim uma saída
No labirinto da vida.

Inserida por isaiasribeiro

A tempestade que há dentro de você não é superior ao tamanho da sua fé. Quanto mais você tenta mostrar para as pessoas realmente quem você é, parece que suas estruturas são abaladas e por mais que você se esforce, simplesmente parece que em vez de melhorar, o tempo continua fechado e o sol que está oculto por trás das densas nuvens insiste em não aparecer; sabe porque isso acontece? Porque você em vez de buscar agradar somente a Deus, você continua sendo falho ao buscar nas pessoas verdadeiros motivos para ser feliz.
Cabe a você permanecer firme, e mesmo sem forças para seguir adiante, pedir ao Senhor para Ele assumir de fato o controle sobre tudo na sua vida.
Você pode ter sido falho dizendo ou fazendo algo de forma precipitada. Mas por mais que você tem errado, Jesus te ama e não te abandona.
Peça a Ele que conforte sua alma e com todo o seu poder acalme essa tempestade que já tem tempo que está tirando sua paz.
Siga em frente meu filho, por mais que você não perceba, no barco da sua vida o comandante é Jesus!

Inserida por DanielBalu

Incredulidade

Posso mesmo assim sonhar?

Se não posso mais caminhar com a certeza da chegada
Se não posso me encantar porque já se dissipou toda beleza
Se não posso sorrir porque já se perdeu a graça
Se não posso acreditar porque tudo isso é uma farsa

E que já não se pode ir adiante porque já
se massacrou todos os sonhos.

Inserida por Karlyanny

Não conte os teus maiores sonhos a ninguém
Não mostre a sua ferida para quem não tem
Remédio pra curá-la e forças para te erguer
Não...
Não se lamente para quem quer ver tua dor
Não mostre sua fraqueza aos inimigos seus
Mostre só pra Deus
Não chore para quem não sabe decifrar
A lágrima de sofrimento em teu olhar
Existe um lugar que é próprio para isso
É você e Deus, é no altar
Quando contei os meus sonhos para alguém
Me disseram são grandes demais pra você
Quando falei onde queria chegar
Me disseram pare por aqui não vá além
Mas com Deus foi bem diferente
Ele me disse vá em frente eu contigo estou
Quando eu senti medo de seguir
Disse prossiga eu te fiz pra ser um vencedor
Desde então eu nunca mais me limitei
Guardei no coração...

Inserida por rodrigo_marostica

ACREDITO NOS VOTOS

Acho que nasci no tempo errado.rs
Não acredito em relacionamentos vazios,
não quero sair pegando geral porque isso de verdade não preenche a falta de ter algo real e que dure a vida toda.

Eu realmente acho lindo ver duas pessoas velinhas de mãos dadas, ouvir histórias de amor que duraram mais de 60, 70, 90 anos.
Sério isso realmente são coisas que eu desejo pra um futuro relacionamento, com minha futura esposa!

Acredito que ainda vale apena cartas escritas a mão, dar flores e fazer serenatas.
Acredito no amor a moda antiga, talvez eu seja um bobo ou careta em idealizar algo que quase ninguém mas acredita.

Mas eu tenho total certeza que os votos matrimoniais são promessas que deve ser cumpridas!
Eu acredito no amor real, no amor que é cultivado todos os dias por duas pessoas, que passam a vida inteira em uma batalha para ver quem vai fazer o outro mais feliz.

Acredito no amor que não é egoísta nem ganancioso, que cumpri a promessa de ama e respeita todos os dias da vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que um dia morte finalmente encerre uma longa e linda história de amor entre dois corações.

E você, no que acredita?

Inserida por edugiorni

Na minha humilde poesia
As vezes falo de mim,
Também de outros e dele.
Como assim!?
Aquele...
Ah sim, o amor o sentimento
Que nos qualifica
E nós edifica...
E quando observo minha vida
Perder a cabeça e a esperança,
Desabafando frases duras...
Eu fico com o coração na mão
E sem palavras...
E pra poupar o meu amor,
Eu acabo por engolir o poema!

Inserida por ostra

Não seja carnal mas aproveite o bom
e semelhante que Deus viu na Sua Criação. Não seja frágil mas cuide das suas emoções e feridas. Não espiritualise tudo mas respeite e busque o espiritual. Lembre-se: Você é corpo, alma e espírito. Se cuidar de apenas um tripé da sua existência, verá que o caminho inevitável é o tombo.

Inserida por mcijm

É difícil explicar, até mesmo sentir
O que as vezes se passa em nossa cabeça e coração.
Tentamos, nos confundimos.
Imaginamos, nos iludimos.
Somos enganados por nós mesmos.
Pensar demais de si além do normal é loucura.
Mas pensar nada é o que?
Tenho medo da solidão, do obscuro e complexo mundo mental.
Neste mundo louco, quem decide entendê-lo cai em suas insanidades.
Podemos apenas negar ou mentir nossos distúrbios?
O quer que façamos, não se pode negar a amargura
Que é está presa ao mundo podre, arisco e desumano.
Vamos firmes persiste, pois, o prêmio está por vim.

Inserida por CarolinaSilva

Para alguns é misericordioso
há quem diga ser ardiloso,
mas não se desespere,
não o perca de vista, antes seja cauteloso.

Imperceptível aos olhos humanos,
testemunha das eras,
deixando rastros ao longo dos anos,
dos tempos atuais à pangeia.

Contempla-te da gestação e após o nascimento,
conhece seus traumas, também seus anseios,
continua a te observar isolado em teu lar
descrevendo a realidade através de seus efeitos.

Temo não reconhecer sua real faceta
por isso não te desafio a qualquer contenda,
confesso que por vezes tentei entender seus sinais,
mas de que me adianta, se já não me servem mais?

Seria ironia crerem que os têm em seus braços?
se por não te domarem as vezes pegos são em atrasos.
Sinceramente desisti de te entender,
somente um pouco, para melhor viver.

Quão magnífica és tua essência,
muito embora em ti não haja aquiescência.
Por direito aprendera com os sábios
vistes as quedas dos fortes e as ascensões dos fracos.

Reconhece o poder de um abraço,
mesmo que nunca o tenha experimentado.
Não cursou universidade, não tem diploma,
é simples se aceitá-lo, mas basta observá-lo
e entenderá de quem eu falo.

Sem jaleco branco, exame ou estetoscópio
sabe que a solução para muitos males não está no óbvio
com paciência, uma hora ou outra ele te cura,
mas, não confunda-o com o ócio.

Quem sabe seu nome?
De onde veio ou quem o criou?
A única coisa que realmente sei
é que é um exímio professor.

Com amor, meu grande amigo
Senhor Tempo.

Inserida por LucasOMonteiro

Seja as chamas que se propague no meio das cinzas.
Seja a voz que clama no deserto.
Seja um incentivador, seja um revolucionário.
Seja alguém que deposite fé e esperança aonde já não existe!
Vá há lugares aonde os outros não se importam,
vá á lugares esquecidos.
Por onde você passar deixe a sua essência.
Arraste uma multidão e faça os olhos delas brilharem!
Encha os corações de amor e esperança!
Fale a elas que existe um Deus todo poderoso que as amam e se importam com elas!
Vá com o que você tem!

Inserida por niviarodrigues

Dezembro chegou, veio fechar o ano com chave ouro. Eu suplico a Deus que haja: LUZ para iluminar a escuridão de muitos, PAZ para acalmar os que estão aflitos, ESPERANÇA para renovar perspectivas de tempos melhores, CONFIANÇA para fortalecer relacionamentos, AMOR para aconchegar corações e SAÚDE para realizar sonhos e brindar o milagre da vida!
Insta: @elidajeronimo

Inserida por ElidaJeronimo

Enquanto você viver

Sabe quando a pessoa fica encanta por alguém e não consegue alí ver defeitos? Aprenda com isto! Faça o mesmo com a vida. Embora pareça difícil, desanimador e cansativo para você viver aqui, se encante enquanto viver, nem que seja por mais 2 anos, após esse período, esqueça o encanto e dê lugar ao amor.

Inserida por LeandroVieirafranca

As Sete Aberrações

VI - O Tempo

Enquanto penso no que me foi dito na noite anterior, vou até o banheiro, encho minhas mãos de água e molho meu rosto, encarando o espelho logo em seguida.

De minha narina esquerda, uma linha vermelha se estendia até meus lábios. Esfreguei com meu pulso e encarei o sangue que manchava minha pele.

"Por quê?" - Falei, em voz alta. De trás de mim, inesperadamente, recebi uma resposta:

"Será que é tarde demais?"

Me virei rapidamente. Encostado na outra parede, enquanto sentado no cesto de roupas, ele estava, ou melhor, eu estava. Olhei para o espelho mais uma vez e ambos aparecíamos no reflexo. Olhando para baixo, percebi que não estava mais no banheiro de meu apartamento. Não existia chão, meus pés se sustentavam nas solas dos pés de outro reflexo meu, que me encarou da mesma forma que o encarei. Acima de mim, na imensidão branca onde deveria estar o teto, mais três reflexos perambulavam, sem parecer me notar ali, ou sequer, viam uns aos outros.

"Somos muitos, não?" Disse aquele que foi o primeiro a aparecer, e que ainda mantinha-se à minha frente.

"Mas você é diferente. Diga, você é outro? A sexta aberração?"

Aquele "eu" andou em minha direção com um olhar sereno, encarou-me e então, limpou meu sangue com um lenço que tirou de seu bolso, lenço esse, que eu mesmo ganhara de meu pai anos atrás. O mesmo lenço estava também em meu bolso.

"Todos somos, fomos, poderíamos ter sido ou seremos versões de você, em momentos do passado, presente ou futuro. Eu, sou a sua versão de um futuro bem próximo"

"Por isso é você quem me responde?" Perguntei. Ele me respondeu confirmando, com um aceno de cabeça e um sorriso de canto de boca.

Depois de pouco tempo, estávamos sentados, olhando para cada versão de nós mesmos. Ao redor deles, memórias do passado se formavam.

Apontava, animado, para cada uma delas, contando sobre os momentos felizes como se meu outro eu não os conhecesse. Nas memórias, vi pessoas que já se foram, como meus avós, alguns tios e primos. Isso me fez transbordar algumas lágrimas, secadas pelo meu outro eu, que tentando fazer me distrair, apontou na direção das memórias mais engraçadas de minha infância. Logo me reanimei, assisti tudo o que podia e não podia me lembrar.

Olhando um pouco à minha direita, vi algumas versões de mim que não reconhecia. Antes de eu sequer questionar, fui respondido:

"Ah, todos esses são versões de você que não chegaram a existir, graças às escolhas que fez".

Alguns momentos tristes, outros felizes, que gostaria de ter vivido, sonhos que não pude realizar em lugares que não pude ir, mas nenhuma parecia tão relevante quanto aqueles que há muito haviam partido, e agora, pareciam estar a um palmo de distância.

"Eu só queria poder dizê-los como sinto falta... De cada um deles". Estiquei minha mão em direção a eles, mas apesar de parecerem tão próximos, estavam longe demais.

"Impressionante" - Disse meu reflexo, enquanto me encarava surpreso "Mesmo com todas essas possibilidades lhe sendo mostradas, ainda insiste em olhar para os momentos do passado".

"Bom..." Respondi. "Cada uma dessas versões poderiam ter acontecido, mas não aconteceram. Sendo assim, elas não fazem parte de mim, não são eu, não me são tão valiosas."

"Você prefere suas memórias, mesmo as dores que passou, mesmo os momentos ruins, as perdas, todas elas fazem parte da sua vida"

Apenas concordei com um aceno de cabeça.

"Estou sem palavras, posso apenas parabenizá-lo" Nesse momento ouvi um barulho de estática, senti uma pontada no peito, depois todo aquele local pareceu tremer. As pessoas que vi simplesmente sumiram.

Coloquei minha mão no peito, me controlei e olhei para ele de novo.

"Para onde eles foram? Isso foi uma provação ou algo assim? Qual é a lição que deveria ter aprendido com isso tudo?"

Ele me olhou mais uma vez, com um olhar triste, ainda que sorridente.

"Acho que... Quem acabou recebendo uma lição fui eu. Esperava que visse todas aquelas possibilidades e se sentisse tentado em poder viver de forma diferente. Ainda assim, você preferiu a vida que teve" - Mais uma vez, a dor no meu peito e o barulho de estática se fizeram presentes.

"Eu não entendo" respondi

"Não percebe? Você conseguiu aprender conosco! Com cada uma das aberrações! Entende cada erro que cometeu, mas ainda assim, sabe que seus erros são parte de quem você é, ou melhor, de quem somos! A perfeição vem daquilo que é, não do que poderia ser. Você,

pequeno iluminado, pôde me dar uma provação e eu sequer passei, eu devo ser sua versão que fracassou nesse teste." Sua última frase saiu em um tom de ironia.

Meu coração apertou mais forte dessa vez, junto com outro barulho de estática, fazendo com que eu quase desmaiasse. O clarão ao redor começou a se raxar e mostrar o negro atrás daquela lona de luz. Pensei em perguntá-lo se ele de fato, era a sexta aberração, mas, rapidamente, a resposta a essa pergunta se tornou clara: já havia admitido, eu mesmo, ser uma aberração.

"Eu não me arrependo de nada, e também, não é como se fosse uma desistência banal, mas, queria ficar com eles! Deixe-me ir de uma vez, eu sei que estou pronto!" Disse finalmente.

"Não se preocupe, logo você estará com todos" - respondeu. A face começou a se raxar, revelando raios brancos e negros através da carcaça feita à minha imagem e semelhança - "Mas ao menos mais uma vez, você deve acordar" - um último som de estática me atingiu, fazendo-me fechar os olhos - "Ainda há aqueles que precisam de você do outro lado". Comecei a ouvir vozes desesperadas e gritantes ao meu redor, eles pareciam pedir espaço, ordens para que outras pessoas se afastassem, em um desespero que não me parecia fazer sentido.

Abri meus olhos a ofegar, quando vislumbrei tudo que estava ao meu redor. Estava deitado e amarrado a uma maca. Uma mulher e dois homens de jalecos brancos e máscaras que cobriam suas bocas e narinas, me encaravam, secavam minha testa com esparadrapos e me pediam para me acalmar, que já havia passado. Diziam eles, que apenas quatro choques do desfibrilador foram o suficiente, para que eu recobrasse a consciência.

Inserida por viniciusmarciotto

As Sete Aberrações

VII - A Mãe

Estou sentado na cama de um hospital. Minha cabeça está enfaixada e em meu pulso direito, há uma agulha, anexa à mangueira que traz um soro às minhas veias. À minha esquerda, minha mãe está sentada, sem falar uma palavra sequer, apenas me encara. Presa à parede em minha frente, uma televisão exibe a programação tediosa de domingo. Ao mesmo tempo em que encaro a tela, não assisto, meus olhos estão completamente sem foco, sem brilho.

O sufocante branco fechado ao meu redor parece manter-me preso à ilusão que a aberração da noite passada causara.

Em uma mudança de imagens da tv, pude ver meu reflexo na tela. Sorri ao estranhar minha própria aparência e, enquanto as vozes de uma plateia de talk show gargalhavam histericamente, decidi quebrar o silêncio daquele quarto quase vazio, subitamente:

"Mãe" - Eu chamei. Ela me encarou surpresa - "Eu estou parecendo uma aberração, não estou?" Comecei a rir, enquanto algumas lágrimas percorriam o rosto mais magro e pálido do que outrora.

"Como você pode fazer piadas desta situação? Será que você não entende que é culpa sua que tenha chegado a esse ponto? Nós queríamos cuidar de você! Nós queríamos fazer isso tudo passar!"

"Quem não entende é você" - Respondi, calmamente - "Não faz ideia da dor que passei, todas as sete vezes, e nada adiantou"

"E por isso você vai desistir? Como você pode fazer isso conosco?" Ela começou a chorar, pendendo seu rosto para frente e cobrindo-o com as palmas das mãos.

Envolvi em meus braços a figura daquela mãe que, outrora tão firme, inabalável, agora mostrava sua sensibilidade e tristeza.

"Eu também te amo" - Respondo.

A noite chega e com ela, meu pai. Ele entra no quarto e abraça minha mãe, que logo após, aperta minhas duas mãos, beija minha testa e dá as costas. O homem de barbas curtas e acinzentadas senta-se ao meu lado um pouco mais tímido que minha mãe e segura minha mão esquerda.

"Como está essa força, garoto?" Pergunta. Obviamente sabe minhas condições, mas seu perfil, calmo e descontraído sempre fala mais alto.

"Estão igual ao meu cabelo" - Brinquei.

"Mas..." - Ele ergue um pouco as faixas em minha cabeça. Seus olhos castanhos se estreitam para encarar o outro lado das bandagens - "É, acho que não precisamos fingir que está tudo bem" - Termina, demonstrando frustração ao falhar em sua piada.

Dou risada enquanto o encaro e ele me acompanha. Não demorou muito, aqueles risos foram banhados em nossas lágrimas.

"Eu tenho que confessar... Estou com medo" - Pela primeira vez, ouvi aquelas palavras. Pela primeira vez, soube o que meu pai estava sentindo e, pela primeira vez, vi meu grande protetor, amedrontado.

"Eu também estou, pai" - Apertei a mão dele um pouco mais firme, enquanto seu sorriso sumia completamente, dando lugar aos soluços de choro - "Imagino que seja difícil, que doa me ver assim, mas, você precisa ser forte. Quando isso acabar, você será o único com quem a mãe poderá contar. Por favor, prometa que será forte, por ela"

Ele acenou afirmativamente com a cabeça e me abraçou, como nunca havia abraçado antes.

Minha família perdeu muito pela esperança de me curar. Tudo em vão. Agora, estava sendo difícil de aceitar a derrota, apesar de toda a gratidão que sentia por eles e toda a vontade de continuar lutando, o fim era iminente.

Pouco depois, minha vista começou a se turvar. Senti frio. Assisti o vulto embaralhado de meu pai se levantar, perguntando às enfermeiras que entraram o que estava acontecendo, de forma desesperada, quando tudo finalmente tornou-se escuridão.

Tudo o que pude ouvir, ou sequer sentir, foram três toques contínuos de sinos, como os das catedrais. Logo em seguida, vi algo em minha frente, o que deduzi ser a última das aberrações.

Seu corpo era simplesmente uma capa negra e flutuante, ressaltando dois olhos brancos e profundos dentro da touca. Nas extremidades das mangas daquela capa, mãos negras e esqueléticas se faziam visíveis. Em sua mão esquerda, trazia uma grande foice.

"Olá" - Tentei dialogar. Esperei algum tempo, em vão, não recebi qualquer resposta - "Acho que sei o motivo de estar aqui"

"Ela anuncia minha vinda com as fragrâncias de crisântemo, para que um dia possa ver as cores do jardim. Não permitiria que partiste só, então abri caminho até ti, mas, eu... Sinto muito..." - Respondeu finalmente a criatura

"O que? Sério? Você não é a Morte? É seu trabalho!"

"Sabes quem sou?" - Ele pareceu confuso. Apesar de sua aparência nada convidativa, sua voz e sua forma de falar eram suaves, quase doces. - "Não me agrada que as coisas aconteçam dessa forma. Queria ser capaz de evitar-me a vir àqueles como você, que mesmo tão jovens, tornam-se sábios e aclamáveis. Bem-aventurado seria o mundo, se os viventes presenciassem tudo aquilo que já vistes"

"Tu sabes de toda a dor que já senti. Conheces cada momento, dos triviais aos fundamentais, os quais presenciei. Por isso, hoje estás aqui. Morte, tu não vens como uma aberração ou uma inimiga, eu bem a conheço, pois tu és o descanso eterno, que agora sei, dentro de mim, que sou merecedor. Assim como a acolho alegremente, espero que me aceite, sob seus mantos, de bom grado" - Agora, tudo estava feito.

A Morte surpreendeu-se ao ouvir meus dizeres. Já sentia-me muito menos carnal do que sempre fora. Apesar de não poder ver a face daquele que estava à minha frente, senti certa emoção calorosa vinda de seus olhos, então sorri.

Ele estendeu sua mão direita em minha direção. Instintivamente, fiz o mesmo, ou tentei. Algo estava me segurando. Quando olhei para trás, várias pessoas estavam ali. Amigos de longa data e alguns que há muito não via, familiares que não eram tão próximos e alguns que nunca me abandonavam, até mesmos conhecidos, aos quais apenas dizia "Oi" ou "tchau". Todos eles seguravam meus braços.

Encarei aquela que estava mais próxima. Aquela pessoa, segurando com força em meu pulso esquerdo.

"Não vá, não ainda. Por favor! Eu sequer consegui me despedir!"

Vê-la chorar foi o mais doloroso dos sentimentos que tive até hoje. Logo após suas palavras, todos começaram a fazer o mesmo.

"Volte!" - Diziam - "Não desista!"; "Nós estamos aqui" - Os gritos eram incessantes

"Eram eles que ainda precisavam de mim, não é?"

"Esta é tua última e mais difícil provação" - Respondeu-me a Morte.

Olhei para todos aqueles que estavam ali, aquelas gotas de luz em uma imensidão feita de trevas. E, com um sorriso e um último aceno de cabeça, disse: "Obrigado" e "Adeus". Quase todas aquelas luzes acenaram de volta, enquanto reconhecia meu pai no meio da multidão, abraçando minha mãe com força, transformaram-se todos em flores variadas, cheias de cor, vívidas, a não ser por uma pessoa. Sua mão ainda segurava meu pulso, enquanto seu rosto inclinado ainda lamentava nosso adeus.

Coloquei minha mão sob seu queixo e o ergui, encarando profundamente seus olhos.

"Todos temos nossas próprias vidas para seguir, com ou sem outras pessoas, mas, sei que minha vida foi tão bela quanto poderia ser, porque você estava lá. Não quero que lembre de mim com arrependimentos ou mágoas, quero que saiba que, mesmo no último momento de minha vida, você foi a mais forte luz, que teimou em brilhar no meu coração sem pulso. Agradeço por sempre ter estado comigo. Obrigado. Eu te amo"

Aquela luz, ao me abraçar, finalmente cedeu. Em minhas mãos, tudo que sobrou fora uma rosa vermelha. Os badalares dos sinos começaram mais uma vez, mas, não pararam em seu quarto toque. Ao fundo, pude ouvir uma melodia que conhecia de algum lugar. As flores que

haviam caído ao chão começaram a se multiplicar em um extenso jardim. A imensidão negra deu seu lugar a um céu azul repleto de nuvens brancas e estrelas.

Atrás de mim, a Morte removeu de sua cabeça o manto, que, outrora negro, tornara-se azul. A imagem de uma bela mulher se fez presente sob as luzes dos céus e daquele manto. Aos seus pés, todos aqueles que já haviam partido estavam presentes. Aos meus lados, todas as sete criaturas que conheci anteriormente ajoelharam-se perante a ela. Aproximei-me e fiz o mesmo gesto.

"Você conseguiu. Seja bem-vindo" - Disse ela.

"Assim como vós, ponho-me sob o manto da noite, onde hei de descansar, brilhando como estrela, com todas as outras luzes que me aceitam em seu meio. Obrigado por receber-nos." respondi, em uníssono, com A Anunciante, O Espelho, A Máscara, O Mundo, A Esperança e O Tempo, despedindo-me de tais aberrações.

Estendi minha mão direita, entregando a ela, oito rosas vermelhas.

Minha irmã acordou assustada com esse sonho, sentou-se em sua cama e enfim, entendeu: "Suas orações foram entregues a tempo".

Inserida por viniciusmarciotto

Eu não tenho dó de nenhum ser humano, todos somos vencedores por essência, somos filhos de um Deus todo poderoso, tem pessoas que ainda não se deram conta disso, da grandeza que elas mesmas possuem e nada nem ninguém pode tirar, estou nesta Terra só pra orientar e tentar ajudar as pessoas à enxergarem esse caminho.
Somos todos vencedores e as cicatrizes são só para nos deixar mais fortes.

Inserida por LeticiaDelRio1987

A gosto

É tão triste saber que você não vai mais voltar pra mim
Quando você se foi, levou todo o ardor que restava em meu peito
E hoje, o que me resta é o vento impetuoso que sua ausência me traz

Não omita a sua paixão
Tome o seu caminho e cruze meu destino
Não me oculte de seu coração
Como pássaro voe de ninho em ninho e pouse nessa canção

Não subestime a vontade que estou de te ver
Refaço meu destino e aniquilo meu pesar
Toda a sina se transforma em motivos pra te amar.

Inserida por BrendaOliveira52

Já pensou se não fosse a fé? Como a minha mãe se levantaria todos os dias para cuidar da minha irmã Aline que vive há 30 anos em cima de uma cama após um erro médico? Se não fosse a fé, como a minha vizinha teria fôlego para se recuperar diante da perda de um jovem filho em um fatídico acidente de moto? Só a fé abraça as mães que esperam o tempo passar em suas dores internas e invisíveis. Se não fosse a fé, como uma colega sobreviveria a um tratamento agressivo contra o câncer? E da fé tirava o riso e a certeza de que tudo ficaria bem um dia. Se não fosse a fé, como seria a vida da minha prima que, após anos de casada, precisou recomeçar a vida por dentro para sobreviver com o que restou na sua casa vazia. Se não fosse a fé, como a minha irmã Lucinha suportaria o luto pela perda do Geraldo após cinquenta anos de casada? Se não fosse a fé, como eu escreveria todos os dias? Como eu abraçaria os distantes corações doloridos de quem me alcança através das palavras? Como você chegaria até essa parte do texto, se não fosse a fé? Não digo a fé que lotam as igrejas, que lotam os bolsos dos que lucram com a fé alheia. Estou falando da fé destemida. A fé que enxergo ao olhar nos olhos da minha mãe. A fé que sinto na vida da minha irmã Aline sob a cama. Estou falando da fé. Simplesmente, fé.
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Inserida por mairacastro2013

Eu conto a ti meus medos


São casos, feitos e ocasiões

Eu sei muito dos teus sinais

O quanto tem manifestado perdões

Mas uma misteriosa força me prende aos currais


Eu conto a ti meus medos

Sou livro aberto e não tenho segredos

Eu vejo o rompante do tempo

O medo do destino se for como vento


Se planto ou colho nada vejo

Mais do que medo é esta cegueira

Ainda que realizar é que almejo

Sabendo da plenitude celestial verdadeira


O caráter humano fraco e falho se instalou

Junto uma bagagem de um sonhador

Talvez não sendo capaz de criar a oportunidade

Estou nas mãos do senhor essa é a verdade


Ainda vejo guiar meus passos

Na queda ou redenção seu forte abraço

A bênção e a promessa no vigor a refletir

O espírito do senhor que vem em mim emergir


Eu conto a ti meus medos

Sou livro aberto e não tenho segredos

Eu vejo o rompante do tempo

O medo do destino se for como vento



Perante a ignorância fica a intenção

Nos moldes da possibilidade sua mão

Ao meu alcance a oração

Perdoe me não ter a serena aptidão.



Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

ORAÇÃO DA FÉ


SANTO E ETERNO DEUS, neste momento de fé e de oração, de joelhos aos vossos pés, clamo ao Deus Vivo, pela vida do teu povo. Senhor, assim como o orvalho da madrugada desce das nuvens do céu e rega terra seca, fazendo reviver a relva do campo, derrama sobre nós as tuas bençãos celestiais, fazendo reflorescer em nossos corações, a fé, o amor, a paz e a esperança. Amém.

Inserida por WandoGomesOficial

O poema de Deus I




Deus, ao escrever um poema
Preocupou-se com cada verso
Depois de desenhar o universo
Aproveitou! Coloriu o ecossistema

Tantos detalhes... Poemas completos
Histórias incríveis! Milagre da vida
Há um e outro, triste, que ainda duvida
Mas na hora amarga, ora em secreto

Quanta perfeição em cada poesia...
Indescritível! Soberano! Senhor do tempo
Presente em nossa vida à todo tempo

E na criação, com extrema sabedoria
Deu título e disse: "São todos meus"
Assim seja! Somos todos poemas de Deus...

Cláudio da Cruz Francisco

Inserida por claudiocfranciscomg

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