Cronicas de Miguel Falabela

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Estou cada dia mais convencido que arte se encontra em ruptura, os idéias e conceitos nada mais são do que meras palavras, traços ou sons que nos desbastam por dentro. Porque nós humanos chegamos pela primeira vez ao limite: que damos por nome, decadência, não só cultural como a nível global.

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Eu creio que reflexão sobre arte é de que estamos sempre em um processo de mutação. Para acompanharmos as mudanças temos que nos desprender das formas de preconceitos e buscar o conhecimento necessário para melhor exprimirmos todas essas transformações. Este é finalidade de todos os artistas desde que nascem ate ao dia que morrem. Não adianta bloquear um artista, existe algo dentro dele que o leva a uma única direção: a da arte, que esta no seu sangue.

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Prescindir a historia é o mesmo que cometer erros que já foram corrigidos e voltar à estaca zero. Acreditem a historia não perdoa! Os que anseiam por dominar sobre nós se põem a espreita e basta um único deslize para que caiamos em suas armadilhas e o mundo mergulhe novamente em um caos profundo.

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Aqueles que nos observam os artistas, nunca poderão entender a nossa natureza e nós por outro lado também não podemos entender as deles. Somos dois pólos, um a norte outro a sul. Que distancia! Niestzsche disse: “A arte levanta a cabeça quando as religiões perdem terreno”. Deste modo o artista tem em si o dever de erguer ou dar a conhecer aos demais homens as respostas que eles não encontram em nenhum lugar. Há quem chame isso de fé, mas a palavra fé para os artistas tem outro nome: inspiração.

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Deitei-me sobre a relva e enquanto olhava o céu, um raio forte de luz veio na minha direção, provocando em mim uma sonolência incontrolável, não sei por quanto tempo. Só sei que quando os abri, contemplei a casa dos meus sonhos na colina com vista para o mar. Do livro: PAGINAS QUE O TEMPO RASGA.

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Já faz algum tempo que me questiono sobre como mudar o meu pensamento, de forma que essa mesma mudança se reflita no comportamento de todo o mundo que me cerca, pois não somos seres individualmente isolados. Nós vivemos em um contexto histórico social globalizado, que grita constantemente por uma transição de pensamentos e transformações urgentes.

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Compete aos humanistas uma reflexão das palavras que se estão a fermentar dentro deles mesmos para salvação da própria humanidade. Por vezes tudo parece tão vago, mas temos que considerar que é no sentido exato do vocábulo “vago”, que reside a própria ignorância. Desta forma, então vamos combate-la com a criação de bases estáveis de sustentação que erguem os blocos globalizados.

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Uma só palavra tem o poder de um simples fósforo: incendiar um grande bosque! Vendo assim, as tuas palavras são como um pequeno fogo que se apoderam de bosques, desertos, cidades, estados e nações. Desacreditar as palavras que lavramos dentro de nós é o mesmo que cruzar os braços para nada se fazer.

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Dizer que vivo numa era que antes deram o nome de Contemporânea, quando na verdade estou consciente que o tempo presente em que eu hoje vivo, não é se não, o surgir desta nova era a Global. Temos que nos afirmar no tempo e descrever o mesmo, recomeçando do ponto de partida das nossas vidas a iluminar os que estão em volta de nós.

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Em Portugal tal como no resto do mundo as pessoas têm o grande defeito de imortalizar seus artistas somente após sua morte, ou então se o artista sai do país e faz carreira lá fora, em uma terra longínqua. Isso tudo é uma grande ironia. É necessário povoar terras estranhas para poder torna se, aos olhos de todo mundo, um herói nacional. Surgem então as festas, homenagens, condecorações e com um pouco de sorte o artista torna se embaixador das nações unidas, recebendo, da noite para o dia, seu primeiro título.

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Tememos a reação do mundo inteiro, escondemos atrás de leis e ordens que nos sufocam. Queremos liberdade, mas tememos anarquia, de forma que acabamos por aceitar os padrões impostos por aqueles que estão acima de nós. Todas as leis existentes têm um só fim: dominar. Quem se afasta da lei, imediatamente é excluído da sociedade.

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"...um dos países que se diz ser o mais democrático de todos é na verdade uma farsa. A finalidade da democracia consiste em liberdade de opção, respeitando a opinião de cada um e vivendo em harmonia, entretanto, se alguém preferir uma outra ideologia contraria a deles, imediatamente é perseguido. Tudo isso acaba por se tornar um paradoxo de contradições, mas quem sou eu para por em causa essa mesma democracia? Entre os milhões, que conseguem visualizar essa dissonância, eu serei a que menus se destaca, pois o que eu penso pouca ou nenhuma importância tem. Não sou político, nem clérigo, sou apenas um cidadão a deriva, que povoa essa nossa aldeia global..."

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Ao longo da minha vida deparei-me com pessoas que afirmaram categoricamente que o dinheiro não trazia felicidade, algumas delas viviam em decadência, fazendo me recordar uma musica Brasileira, cuja letra diz o seguinte: “Tu queres sair do gueto, mas o gueto esta dentro de ti”. Tudo isto não é mais do que o produto, do meio e do espaço que se vive, a cultura e falta dela leva qualquer individuo a acomodar-se com a sua miséria interior.

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Cada um de nós tornou se escravo do próprio sistema de modo que à imagem que julgamos ser nossa, pertence aos nossos opressores. Ignoramos e não temos coragem de debater tais assuntos, talvez dentro de vinte ou trinta anos o ocidente desabe da noite para o dia, mas numa sociedade materialista ou consumista, o que importa é o conforto. Os dias passam assim a correr e quando paramos para pensar um pouco sobre a vida, acabamos por dizer as mesmo às coisas. Que legado deixo para meus filhos e netos? Essa é uma questão que sempre embala o meu sono turbulento.

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Do Rio vem uma leve brisa trazendo consigo o vento do norte. Embora estejamos no meio do inverno, as chuvas não caíram com abundancia este ano. Já o ano que passou foi um ano de seca, tudo leva a crer que tem a ver com o efeito estufa ou talvez seja devido aos vários incêndios que ocorreram em todo país durante o verão. Não consigo entender como um país tão pequeno como o nosso, tenha tantos incêndios. Será que as pessoas estão a ficar loucas ao ponto de se auto-destruírem desta maneira tão cruel e ao mesmo tempo tão lenta? Sinto tristeza quando ligo o radio ou a televisão e vejo o meu país a perder o que de melhor tem, a sua fauna.

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Nas praças haverá crianças e velhos que juntos falarão as gerações seguintes sobre a palavra que sempre se renova. A palavra esperança. Pouco ou nada vai mudar: as rosas com o seu perfume e as andorinhas que todos os anos virão fazer os seus ninhos nos beirais sempre que chegar a primavera. Também haverá homens que terão coragem de lutar contra as desigualdades ou contra ditadores que insistirem em se levantar.

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Acredito que sempre haverá guerras. A ciência se multiplicará tão rapidamente que a grande maioria dos homens não vai conseguir acompanhar tamanho progresso. Quanto à arte, provavelmente, ela será completamente virtual e pouco ou nada se fará dentro do universo cultural que se possa dizer que é algo novo.

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eu quero também invocar os espíritos dos grandes homens, para poder ter a força e habilidade de todos eles, a fim de compreender o porquê da minha singela existência. Tal como todos eles um dia entenderam o verdadeiro significado da condição humana: Gandi, Buda, Maomé, Luter king, Che, Jesus e tantos outros que contribuíram para o desenvolvimento e progresso das nações.

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Os meus poucos amigos me chamam de filosofo do povo. Às vezes quando nos encontramos e vamos ate o Café A Brasileira, para compartilharmos idéias ou simplesmente relatar fatos corriqueiros. Sentados à mesa nós rimos como crianças inocentes e nos embriagamos com café e mais de uma dúzia de cigarros, enquanto palavras soltas misturam-se com o azafama da velha cidade ate que o dia desvanecesse vagarosamente e ultimo cigarro se apaga.

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Das muitas memórias que carrego comigo, guardo a lembrança das crianças que se fizeram homens e a dos homens que envelheceram e se foram para nunca mais voltar. A voz em cada um de nós torna-se arrastada e o gemido de uma enfermidade aos poucos nos corroei por dentro. Esta é nossa sina e a condição que esta reservada a cada ser humano, seja rico ou pobre. Tudo passa por nós, tudo se repete, por que é preciso que tudo mude para que tudo volte ao mesmo.

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