Cronicas de Marta Medeiros Felicidade

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Eu queria ser um peixinho. Viver no mar. Sem precisar estudar nem amar. Queria surfar a toda hora. Um peixinho que sempre está nadando. Sem preocupações extras. Viver entre as ondas, um sonho. Mais eu pensei um pouco melhor e lembrei que existem tubarões no mar, e eles caçam peixinhos felizes. Não quero mais ser um peixe. Agora quero ser um pássaro. Um belo pássaro pra poder sobrevoar a cidade e ver quem eu quiser. Surfar nos ventos que circulam o paraíso. Então eu vi um caçador que prendeu um belo pássaro em uma gaiola. Eu não entendi o motivo. Será simplismente pelo fato dele não poder voar e portanto não quer que o pássaro voe? O animal já não está tão lindo quanto eu achava, preso entre grades de ferro. Eu e o pássaro queremos voar, eu estou livre. Ele não. Eu sem asas, ele preso. Então voltei ao peixinho, ele estava livre dos tubarões agora. Dentro de um aquário. Mais agora ele não tem mais as ondas. Ai eu percebi. Pra sermos felizes temos que conviver com dificuldades, desafios. Afinal, qual a graça de ganhar um prêmio sem lutar por ele?

A vida pode não está tão boa para muitas pessoas, mais a felicidade está dentro de você, basta você acreditar e viver. Quando nuvens encobrirem seu céu, lembre-se que existem raios de luz lutando para chegar até você. E sempre, sempre vai existir um mundo em particular que quer te ver sorrindo.
Agora já que não posso voar, vou tentar ir pro mar. Lá em meu lugar.

Câmbio, desligo.

Dedicatória

Cruz
Que este livro galante,
ante
Teus olhos, lembre um dia,
Quem to oferece nesta
Festa
De anos e de alegria.

Pequeno ele é e modesto.
Mesto
Quase sempre e tristonho;
Não roubará, no entanto,
Quanto
Tens de ilusão e sonho.

Aquela, que hás de agora,
Hora
Tirar (sem percebê-lo),
Das que em teus anos verdes
Perdes;
Não perderás ao lê-lo.

Lê com vagar. Repara
Para
A beleza do verso;
Vê como o vate ardente
Sente
O mundo tão diverso!...

Mas, que não te entristeças;
Nessas
Linhas, não há verdade.
Vive sempre a florida
Vida
Entre a felicidade.

Mário de Andrade
ANDRADE, M. Poesias completas: Volume 2, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

A insônia causa solidão na madrugada.
Os pensamentos fluem naturalmente.
Fatos são lembrados, felizes ou infelizes.
Ao invés de forçar o sono que não aparece,
Leia um livro, assista um bom filme,
Veja as mensagens e imagens virtuais,
Curta, compartilhe, comente, publique.
Aproveite todos os momentos da sua vida.
Aliás, você merece ser feliz.

Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo
o eterno ruído do mar batendo
No entanto, como está longe o mar
como é dura a terra sob mim...
Felizes são os pássaros que chegam mais cedo
que eu à suprema fraqueza
E que, voando, caem, pequenos e abençoados,
nos parques onde a primavera é eterna.

Vinicius de Moraes
Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Nota: Trecho do poema O incriado.

...Mais

Danielle Duarte de Medeiros, aluna da Escola Estadual Berilo Wanderley, nascida em 08 de outubro de 1996 na cidade de Natal - RN, filha de Luiz Duarte Da Silva e Maria Lúcia de Medeiros tendo cinco irmãos. Foi campeã brasileira de arremesso de peso em 2010.
Nascida em Natal - RN aos seis meses após seu nascimento mudou-se para uma cidade de interior chamada Cerro Corá, onde lá viveu até os 14 anos de idade.
Aos 13 anos seus pais se divorciaram e ela passou por momentos dificeis em questões familiares, foi ai que no atletismo encontrou forças para não desistir e percistir.
Com sua primeira medalha de bronze no campeõnato estadual do Rio Grande do Norte em 2007, a campeã brasileira não parou, e foi por cinco anos a campeã estadual do RN, também foi quatro anos campeã do JERN'S sendo dois anos de atleta ouro destaque, vice-campeã Norte e Nordeste no arremesso de peso e no lançamento de dardo, além de ter ganhado vários festivais.
Ainda em 2010 a atleta foi convocada ao campeõnato Sul-Américano que foi realizado em Lima - Perú, onde conquistou medalha de bronze no arremesso de peso, conquistando mais um importante titulo, dessa vez não só para o RN, mas para todo o Brasil.
Aos 15 anos mudou-se de volta à Natal finalizando seu ultimo ano no atletismo e consagrando-se a primeira atleta feminina de arremesso de peso a conquistar medalha de ouro em um campeõnato brasileiro pelo Rio Grande do Norte e também por ganhar uma medalha de bronze em um Sul-Américano.
O termino de sua carreira como atleta foi trágico, logo que hávia falta de investimento e patrocínio. Com o fim, hoje Danielle vive com sua mãe e três irmãos, mãe e filha trabalham juntas em uma loja de cabelos humanos e cursa o 1° ano do ensino médio.
Contudo a mesma se diz feliz e realizada pelas conquistas e também confiante e entusiasmada para novas conquistas, buscando sempre o melhor.

22/08/2013 Natal - Rio Grande do Norte.

Inserida por DanielleDuarte08

Meus amigos, e amigas.

... Dou Inicio ao meu trabalho hoje após ler Martha Medeiros, e Marilyn Monroe quando diz que podemos comparar nossa vida a uma partida de tênis onde a bolinha se inicia no centro da quadra e dali em diante vai para um lado ou outro, às vezes sobe de um jeito para o alto sem atentar aonde ela possa chegar. Faz uma jornada nas estrelas.

Assim, se mostra o jogo onde atento ficam seus jogadores, e ademais espectadores, a torcida que quer ver você ganhar o jogo, e outra que torce por você perder. Mas o jogo continua até o momento em que você se ver como a bola da vez. E tudo dependa unicamente de você, onde nisto você encontra uma amiga mais que especial alguém que de repente muda toda sua vida por simplesmente fazer parte dela.

Alguém que por suposto faz você sorrir, chorar, e até lamentar diante do fato ocorrido, mas, que também levanta sua cabeça, e faz com que você perceba e assim acredite que ainda existe algo de muito bom mais adiante, e que o jogo não termina de uma partida para outra, e que o show jamais termina da mesma forma que começou, e por isto você vê esse alguém ser muito especial, aquela que convence você que a porta que se ver semiaberta, precisa que você escancare-a, e deixe que tudo que existe passe, sem alguém a impedir, sobretudo o que existe dentro e que você queira tirar de onde poderá estar.

Todavia, ao decorrer deste jogo que depende unicamente de você, em que você se ver para baixo, e o mundo parece ruir, e tudo a volta se ver escuro e vazio, esta te põe para o alto e neste momento tudo se transforma , e percebes a partir daí que tudo fica mais claro.

Bastando, dar a volta por cima, e sacudir por mais uma vez a poeira que levanta no centro do palco. Esta te guiara como se ela fosse tua estrela guia, onde a qualquer momento segurara tua mão, e dirá que apesar do vexame, fora encontrado o caminho certo.

E que ela será para sempre tua amiga e que diante os fatos não existe fim. Mesmo que alguém de repente arrie a cortina ao final de tal cena, e você ao cumprimentar seu publico , estenda-me a sua mão.

Alexandre d’ Oliveira – Natal; RN- 24/ 11/ 2014

Inserida por oliveiralexandre

FEIRA DE ITABAIANA
(Guibson Medeiros)

É aquela gritaria
é barraca de verdura
é doce de rapadura
tem melão e melância
uma gata dando cria
debaixo de uma xopana
um tabuleiro de banana
que as vezes amadurece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Chapéu de couro e gibão
fumo de caipora
sete légua e espora
cangalha e matulão
chicote pra peão
pão doce e caldo de cana
conga e chinela havaiana
e beata fazendo prece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Frete num carro de mão
bicicleta que só a gota
veio olhando garota
carroceiro de prontidão
jogador do conceiçãoe
e promessa de cigana
rico gastando grana
e tem rifa pra quermesse
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Mendigo pedindo esmola
menino vendendo manga
vendedor de buginganga
e passarinho na gaiola
cantador de viola
e umas pimentas baiana
as irmãs prebisteriana
pedindo pra quem carece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

querosene pra candinheiro
garrafa de aguardente
disco de antigamente
e espingarda pra cangaceiro
matuto lá de Mogeiro
de braços com a puritana
pratos de porcelana
e político que não agradece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Rolo de miaiá
uma mesa de sinuca
uns parente de Sivuca
e castanha do pará
jumento com caçuá
cheio de rolete de cana
mel de abelha africana
chega o açucar endurece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Cofrinho feito de gesso
amolador pra tesoura
espanador e vassoura
véia vendendo terço
pirrai chorando no berço
e bebo tomando cana
crente numa caravana
orando pra quem padece
isso tudo acontece
na feira de itabaiana

Côco ralado e farinha
estatueta de carranca
roupa lá da sulanca
e enfeite pra lapinha
caritó que vai sozinha
se achando Ly Daiana
piniqueira de bacana
que nem do carro desce
isso tudo acontece
na feira de itabaiana.

Inserida por GVM

Não sou um Mário Quintana, um Machado de Assis ou uma Martha Medeiros, não tenho a mesma magia que esses e outros escritores tem, mas sim saímos todos do escuro onde estávamos escondidos, não é de cima para baixo é de baixo para cima, começo do nada sonhando chegar em algum lugar, não tento ser quem não sou, sou simplesmente eu.
Sou uma sonhadora que sonha ser uma escritora.
Sou uma pessoa que simplesmente sonha ter suas obras tocando as pessoas.
Simplesmente surgi de uma dor que senti e me descobri.
Sou simplesmente eu!

Inserida por JuhRibeiro

⁠... Carlos Medeiros da Silva, Miguel Seabra Fagundes e Hermes Lima, três luminares do Direito Brasileiro, cada um com o seu traço peculiar, a sua personalidade, mas todos mestres do seu ofício... mestres que fundaram o Direito aqui, os primeiros que souberam fundir o universal com o particular, aquilo que nos proveio da herança romana, através dos séculos, com as alterações por eles introduzidas, e aquilo que resultou de experiência ou de necessidade específicamente brasileiras
A OFENSIVA REACIONÁRIA

Inserida por Acirdacruzcamargo

Bem, assim como a Martha Medeiros, vou tentar me descrever aqui também...

Bem... Eu? ahhh Eu sou...
Sou calma, muito calma... mas por favor não me queiram ver nervosa...
Sou música, poesia, leitura.
Sou um bom prato de feijão, arroz, bife e salada,
Sou mar, mas não sou praia, nem areia...
Sou água de coco,
Não sou cor de rosa...
Sou Corinthians,
Sou trabalho,
Sou sonhos,
Sou mudanças,
Sou mulher,
Sou cidade, sou urbana, poluição, prédios.
Sou paulista,
Sou Avenida Paulista,
São Paulo.
Sou básica.
Sou feliz.
Sou de Deus.
Sou... assim!
Simples,
Chata,
Alegre,
Impacientemente paciente,
Metrô.
Sou outono e primavera.
Sou margaridas e lirios da paz.
Sou misteriosa, sou curiosa, sou calada...as vezes
Sou falante sempre!
Sou sorriso.
Sou nude,
Mas sempre colorida.
Sou salto alto, mas não abro mão de uma sapatilha vermelha...
Sou girassol.. carrancudo, alegre e lindo!
Sou futebol!
Sou um bom filme...
Sou humor e sorrisos!
Não sou brigas, não sou barraqueira...
Sou ciumenta...
Eu...
Um bom perfume,
Paz...
Se pudesse sair do país agora?
Iria para França, andar pelos corredores do Louvre...
Iria para Irlanda... quem sabe...
Ouvir uma música agora?
Isso eu posso,
Ouviria Seu Jorge...

Até mais...

Inserida por Marieci

Crônica: Lembranças de um velho amigo.

Um dia a maioria de nós irá nos separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido...

Quase todos os dias era assim, ele chegava na casa dos meus pais sempre pela manhã, trazia sempre o suor no rosto o corpo cansado e nada no bolso. (Edson Gomes) mas trazia também sua cartucheira no umbro, (era uma simples espingarda de socar, mas ele a chamava de cartucheira, kkk) de longe já dava para ouvir seus passos arrastando seu chinelo de couro, que ele mesmo dizia confeccionar, era passadas inconfundíveis, estava sempre cansado devido a longa caminhada de sua casa ate a nossa, mas o sorriso e as brincadeiras que era sua marca registrada, sempre chegava primeiro, e nem de longe se percebia o peso do sofrimento que o acompanhava, a fome e o pulmão piando por causa da asma não tirava a sua alegria, que contagiava todos que o conhecia.

Seu nome era: Dingo, mas também poderia ser chamado de trinco lumbrigo, cangaceiro, três por dia, e mais alguns outros que o tempo me fez esquecer. Talvez por ignorância ou mardade das pior, (como dizia o poeta) em todas as casa tinha o seu copo para beber água separado. A asma não é contagiosa, mas fosse falar isso para aquelas pessoas e até mesmo para ele, que nunca tomou um banho frio por medo de morrer. Certa vez meu pai mandou eu e ele prender o gado, (apartar os bezerros) e nesse dia formava-se pequenas neves nos céus, combinamos, e nos separamos a procura do gado, após procurar e não achar na parte que ficou para mim, fui ao encontro dele certo de que o encontraria junto com o gado, do outro lado do pasto, e lá estava o gado, e nem sinal dele, após prender o gado e procurar ele por todas as partes foi dar a noticia do seu desaparecimento ao meu pai, que preocupado exclamou: será que não foi tomar banho e morreu afogado? Mas logo lembramos que ele não colocaria nem as pontas dos pés em uma água fria. E já estava escuro quando meu pai disse: monta ai nesse jegue e vá na casa dele saber se ele chegou por lá. Gelei... Morria de medo de andar a noite, mas não me atreveria dizer isso ao meu pai, e lá fui eu. Oi de casa! Quem é? Respondeu o próprio. E lhe perguntei por que sumiu? E rindo ele responde você não viu a chuva que se formava? Fiquei puto de raiva, mas ele veio me trazer até próximo a minha casa.

Certa vez ele chegou la em casa, quando o dia ainda clareava, percebi em seus olhos que algo não estava bem, o que infelizmente era comum em sua jornada, mas ele nunca deixava que isso interferisse em seu jeito alegre de ser, mas nesse dia, a tristeza era visível em sua face - O que foi? Perguntei. Nada! Respondeu ele. E o silencio tomou conta de nós, até ele resmungou alguma coisa – O que você falou? Perguntei! Meu filho não dormiu esta noite, chorou a noite inteira. Ele ta doente? Perguntei, e antes que eu falasse qualquer outra coisa, ele disse não, é fome. E o silencio voltou a reina entre nós – até que eu falei: espera meu pai sair, ele vai para Santa Barbara – Ele já sabia do que eu estava falando, e quando meu pai saiu, peguei alguns pedaços daquela carne que ficava no fumeiro do fogão a lenha um pouco de fubá, farinha, feijão, e por mais incrível que pareça, ele já saiu dali cantando. Por causa dessa sua alegria contagiante todos diziam: Dingo é um homem de coração bom. Mal sabia ele que apesar do excesso de cuidados com a asma era justamente o coração que iria lhe deixar na mão.

“Vai meu amigo para o céu para você eu tiro o chapéu e faço uma oração para que os anjos na sua chegada cante canções apaixonadas cante coisas do sertão nessa minha despedida falo com a alma dolorida meu amigo vá em paz fico com o coração ferido porque te gosto demais. (Marcos Brasil, em Homenagem a Zé Rico)”

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembranças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece! Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim!

Crônica: Lembranças de minha avó Mulatinha.

São poucas, mas são boas as lembranças de minha infância. Essas lembranças me transportam para uma deliciosa viagem ao um tempo que não volta.

Lembro e muito da minha avó, ela tinha um cheiro peculiar um cheiro próprio, único e marcante que não se confunde com outro cheiro, um cheiro bom. E volta e meia eu sinto esse cheirinho gostoso, mas sem ter ela por perto. Tenho saudades do seu meigo olhar, e que apesar da avançada idade ainda sentia prazer em brincar.

Chamava-se Mulatinha: vó Mulatinha! Até esqueci que seu nome era Maria. Acostumei... Minha última lembrança são de seus cabelos branquinhos como flocos de algodão e que brilhavam como raios de luar. Não sei a magia das avós, mas sempre são queridas. Deve ser porque não querem ser mais mães, não querem educar e nem repreender; querem apenas ser amiga dos netos.

Não esqueço de minha avó: era carinhosa e sempre com um sorriso maroto como se tivesse compartilhando travessuras. As avós podem se dar a esse luxo. Dizem que elas deseducam os netos; tudo bobagem! Elas nos abraçam de amor. Um amor que hoje, já adulto, sinto saudades. Muitas vezes precisamos desse aconchego sem fronteiras e sem limites.

Lembro-me quando perdi minha mãe aos quatros anos, lá foi eu e meu irmão Nem, de mala e cuia para casa de minha vó, apesar de quase cega foi ela quem cuidou de mim e de meu irmão, por um bom tempo, depois meu irmão foi morar com meu tio Martin e eu ainda fiquei morando com ela. Que maravilha! Porém, tinha um defeito, vivia dormindo pelos cantos kkkkk. Numa destas 'dormidas', meu irmão e eu pegamos as tripas de uma galinha enrolamos no pescoço de nossa avó. Ficou um lindo colar. Mas aquilo quase a matou de susto, ficamos arrependidos, afinal não é moleza acordar com um colar de tripas no pescoço. Foi a primeira vez que ela ficou brava e falou serio.

Porém, no dia seguinte ao chegar da escola, minha patinete estava toda vestida com minha camisa e meu short, em cima da única cama da casa onde dormia nós três! E ela sorrindo, como se quisesse se desculpar pelo desentendimento do dia anterior.

Beijos, minha vó mulatinha, quem sabe um dia a gente se encontra num lugar bem mais bonito, onde você deve estar brilhando. Então poderemos brincar sem medo e sem contar mais o tempo; pedirei ajuda aos anjos para que me guiem por essa imensidão, e perguntarei, em cada canto, se eles não viram uma 'Estrela chamada MULATINHA' sapeca, com uma cabecinha branca e brilhando como raios de luar.

Saudades, vó.
Théo.

Inserida por adeniltoncerqueira

Crônica: O que você tem pedido a Deus?

Certa feita um menino em meio a muitas dificuldades começou a se queixar com Deus, cada dia as coisas se tornavam piores, quando ele achava que não dava para piorar mais, acontecia sempre algo muito ruim para piorar as coisas.
Quanto mais pioravam as coisas, mas este menino aumentava em fé, suas orações era cada vez mais veementes, mas suas queixas também ficavam mais fortes, parecia um ciclo sem fim.
O menino passava o dia pelas ruas da cidade pedindo dinheiro e comendo restos de comida, durante tempos foram estes os dias deste menino.
Em meio a este desespero, passou um carro importado ao seu lado, havia uma criança dentro do carro, feliz e radiante, bem vestida, corada, enfim, tudo o que ele não tinha, era a sua realidade.
Alguns anos depois o menino se transformou em um homem forte, cheio de cicatrizes da vida, muita coisa havia mudado em seu corpo, em sua volta, a única coisa que não mudara, foram as dificuldades!
Como fazia todos os dias, orava a Deus insessantemente, pedindo ajuda, mas parecia que não era respondido, porém sua fé continuava forte, ele tinha certeza que as coisas iriam mudar.
Assistindo um programa de tv, viu um grande empresário, extremamente rico, ficou impressionado com a reportagem, a casa, os carros, a fazenda, a família, tudo mais que perfeito, ao comparar com sua vida, achou que Deus era injusto, e numa oração feita com toda sua alma e seu espírito, pediu a Deus que lhe desse a sabedoria que aquele grande homem rico tinha.
Deus naquele dia concedera seu pedido!
O menino no dia seguinte havia percebido que tinha sido abençoado, havia algo diferente nele, as pessoas perceberam a diferença.
Num sonho, Deus se revelara a ele dizendo que tinha sido abençoado com a sabedoria daquele rico, o rapaz encantado, achou que seus problemas estavam resolvidos.
Alguns anos após o fato, o rapaz contestou Deus e começou a negar sua fé, pois continuava muito pobre e cheio de dificuldades, blasfemando, dizia que Deus havia lhe prometido sabedoria e não lhe tinha concedido, que tinha sido enganado.
Seus dias eram apenas para reclamar, se queixava dia e noite, até que numa noite, com muita chuva, o barranco ao lado do barraco onde morava, desmoronou, soterrado, agonizando, ele teve a certeza que Deus havia lhe iludido.
Chegando ao julgamento de Deus, Deus perguntou se ele tinha algo a falar a seu favor: O rapaz indignado, relatou sua história terrena, e ainda se justificando pela fé que havia acabado, cheio de razão e com sua lógica humana, dizia ser inocente, que merecia outra chance!
Deus em sua infinita sabedoria, lembrou os fatos como se fosse um filme, um flash back, o rapaz dizendo com toda sua razão:
- Está vendo SENHOR?
- Eu pedi sabedoria igual daquele homem rico, O SENHOR me aparece num sonho dizendo que havia me concedido e nada aconteceu!
Deus lhe respondeu:
- DE FATO LHE CONCEDI A SABEDORIA MAIOR DO QUE DAQUELE HOMEM RICO, PORÉM O QUE FALTOU PARA TI FOI ATITUDE!
O rapaz constrangido, pediu perdão a Deus!
Quando buscamos realizar sonhos, temos que além do objetivo e da sabedoria, é necessário muita atitude!
95% de tranpiração e 5% de inspiraçaõ!
O que adianta tanta sabedoria se não houver ação?
A fé sem obras é morta!
O que você tem pedido a Deus?
Batalhe, não fique esperando as coisas cairem do céu!

Inserida por adeniltoncerqueira

Crônica: Ailton sapateiro e a rua do socorro.

ALGUÉM AQUI LEMBRA DE SEU AÍLTON SAPATEIRO DO SOCORRO EM TIQUARUÇU?

– Oi, de casa! – gritávamos pela janela que dava para a rua.
– Instante só – vinha uma voz de quem parecia tirar um cochilo em outro canto da casa.
Estávamos de frente para a casa e ao mesmo tempo oficina de seu Aílton, sapateiro que há décadas se instalou na rua principal do povoado do SOCORRO, em Tiquaruçu, sua casa, continuava com o mesmo aspecto tosco de antigamente. A única que não recebia nenhum tipo de pintura ou reforma no meio das casas do lugar. Mas também um local onde funcionava o atelier de um grande artista.
Sapato todo esfolado, sem sola, com costura arrebentada? Seu Aílton tinha a solução. Bolsa de couro rasgada, sem presilha? Lá estava ele dizendo que dava um jeito. Quantas vezes vi seu Aílton resolvendo o que parecia ser impossível. Os sapatos chegavam em frangalhos e, dois dias depois, pareciam novos. Era trabalho feito com detalhe e precisão. E também alívio para clientes que resistiam a abrir mão de velhos e confortáveis calçados.
– Pois não, em que posso ajudar?
Era assim que sempre nos recebia seu Aílton!

Inserida por adeniltoncerqueira

Crônica de um domingo de praia.

Era certo, todos os domingos eu acordava as sete da manhã e chamava o meu amigo João de Dadinho para… Acordar!!! “Já vou”, dizia ele, “Já vou” e repetia isso quantas vezes fosse necessário até as 8 horas. Morávamos juntos, dividíamos uma kitnet em campinas de Pirajá. Neste intervalo - enquanto João se espreguiçava na cama – eu preparava a água oxigenada e o amoníaco. Todos - na nossa idade – diga-se de passagem, levavam esse “elixir” para a praia. Queríamos ficar com os pêlos loiros; só não me perguntem para quê? Acho que era moda. (os loiros pegavam mais mulheres e as loiras faziam mais sucesso) Quem tinha grana, não precisava se preocupar com isso, comprava pronto nas farmácias. Não era o nosso caso. Meu e de João é claro: dois duros. (Não importava) nosso desejo era chegar logo a praia de Piatã, onde encontrávamos os nossos conterrâneos de Feira de Santana, e alí, naquela bela farofa de frango e arroz, nos empanturrávamos até ficarmos “boiados”, como dizia a galera “das antigas”: boiados de prazer. E arrisco dizer, que a farofa, era de fato, o nosso prato principal. O nosso motivo maior. A força que nos impelia a estar alí todos os domingos. FAROFA! Ao sair, coloquei a água oxigenada e o amoníaco em um vasilhame de xampu, e partir com João para tomar o transporte no Largo de Campinas. Pegamos um Pirajá x Itapoã da ITT. Fui o primeiro a entrar. Sentei em um elevado, ao lado da cadeira do cobrador, e de lá fiquei observando João, que não conseguiu assento. João, ao contrário, foi pendurado na porta do buzu até a região de Jaqueira do Carneiro. O ônibus estava socado. E naquele dia parecia estar pior do que estávamos acostumados…De repente João olhou de maneira estranha para mim, fez sinal com os olhos de assustado e disparou: — Théo a água oxigenada! — Está ai na sua mochila, avisei sussurrando. — Eu sei mais está muito quente, ponderou. - É normal, concluir. E tomei a mochila no colo. Foi então, que percebi, a gravidade da situação. Tínhamos que tomar uma decisão rápida! e como dois criminosos estabanados, tiramos o saco com o vasilhame, e colocamos embaixo da cadeira do cobrador. Levantei do pequeno elevado e “me piquei” para o meio do buzu. “Tinha uma bomba loira comigo! e eu não queria, de maneira alguma, ficar com aquilo na mão!”. Uma senhora senta justamente no lugar onde estava. Pensei: “coitada, sabe de nada inocente”... e gentilmente pega as mochilas de duas garotas colocando-as despretensiosamente sobre o colo… A esta altura já estávamos na San Martins…De repente, ao passarmos em frente a garagem da São Luís - uma pequena explosão aconteceu embaixo da cadeira do cobrador. Uma explosão suficientemente forte para causar um transtorno dos diabos no coletivo. “A bomba loira!” pensei. Disfarçadamente olhei para o fundo do buzu e vi várias pessoas com espumas espalhadas por todo corpo. Não contei conversa! Pisquei para João, dei sinal com os olhos e partimos a mil entre solavancos e empurrões: “PeraíMotô! Esse ponto é meu!!!Gritávamos. E lá do fundo, para nosso azar o “terrorismo loiro”, era denunciado aos borbotões pelos passageiros: “Foi da bolsa dessa senhora”, gritou uma. “NÃO...as bolsas são dessas duas aqui!” disse outra, apontando o dedo para as jovens a sua frente. ”Como eu vou chegar ao trabalho agora desse jeito, parecendo uma maluca”, consternava-se outra. E enquanto isso, enquanto a espuma se espalhava sobre todos nós, eu e João, entoávamos um cem número de “Com licença! É aqui motô! E Pára essa zorra que eu quero descer!”. Moral da história: as vezes é melhor não sair loiro do quê queimado E finalmente chegamos a praia de piatã.
Domingo 23 de Novembro de 1986

Inserida por adeniltoncerqueira

"Quando se é super-suficiente, acredita-se que tem tudo. Porquê na verdade se é 'tudo'. No entanto, quando se vê cercado do outro e ali nele, deposita-se parte do que você tentou não ser e vê-lo partir, descobre-se que é no outro que o meu pouco pode está. Sabe-se então que não é o 'todo' do tudo que nunca esteve aqui. Reconhecer o 'todo' que estava ao nosso lado, mas o 'nosso' que controlava o outro que cada um tinha na relação, simplesmente desapareceu. Os dois 'tinha' tudo para dar certo."

Texto de: Douglas Melo - As Crônicas Da Guerra - As Crônicas dos Amores.

Inserida por douglasmeloideias

O primeiro beijo

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
– Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:

– Sim, já beijei antes uma mulher.

– Quem era ela? perguntou com dor.

Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.

E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.

Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.

Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.

Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...

Ele se tornara homem.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1971.

Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto, o cheiro da terra molhada. É extrair das pequenas coisas grandes emoções. É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo se não existirem grandes fatos. É rir de suas próprias tolices.
É não desistir de quem se ama, mesmo se houver decepções. É ter amigos para repartir as lágrimas e dividir as alegrias.
É ser um amigo do dia e um amante do sono. É agradecer a Deus pelo espetáculo da vida.

Augusto Cury
"Dez Leis Para Ser Feliz", Sextante

Só por hoje direi que estou de mal com a depressão e se ela der as caras aplicar-lhe-ei vinte bofetões de alegria.

Só por hoje darei alta aos analistas, psicólogos, psiquiatras, conselheiros, filósofos e proclamarei que se antes eu era porque era o que eu era, agora sou o que sou porque sou tão feliz quanto penso que sou.

Como pensou que sou feliz, logo sou.

Só por hoje direi que a vida é uma festa, acreditarei que a vida é uma festa e farei da festa a minha vida.

Só por hoje tomarei um porre.

Só por hoje admitirei que todo homem nasce feliz, passa a infância feliz, depois cresce e esconde a felicidade para que não a roubem, só que daí esquece onde a colocou.

Mas só por hoje lembrarei que estás na minha mente.

Só por hoje rirei à toa e contar-me-ei uma piada tão velha quanto a história daquele sujeito que olhava por cima do óculos para não gastar as lentes.

Só por hoje, revelarei ao mundo que sou feliz e chamarei de absurda toda opinião contrária.

Só por hoje acreditarei que ri melhor quem ri por si mesmo.

Já estou rindo.

Só por hoje informarei a todos que sou tão feliz quanto resolvi ser.

Só por hoje guardarei a serenidade no baú e deixarei que a criança interior brinque comigo o tempo todo.

Só por hoje estarei tão bem-humorado que rirei até daquele anúncio que diz:

"Vende-se uma mala por motivo de viagem."

Só por hoje admitirei que ser feliz é tão simples quanto dizer que sou feliz.

Só por hoje estarei tão feliz que não sentirei falta de sentir falta da felicidade.

Só por hoje expulsarei da minha casa a tristeza e hospedarei a alegria, o sorriso e o bom-humor.

Só por hoje abrigarei a felicidade sob o meu teto, vesti-la-ei com roupas de bem-estar, dar-lhe-ei a comida do sorriso, a bebida da alegria e a divertirei com conversas agradáveis e positivas.

Só por hoje me divorciarei do passado, romperei o namoro indecoroso com os males do presente e casarei indissoluvelmente com a felicidade.

Só por hoje hastearei a bandeira do bom-humor sobre meu próprio território.

Só por hoje decidirei que sou definitivamente FELIZ.

Não sou mais aquela menina que você acha que sou!
Troquei a boneca pela maquiagem!
Meu mundo de sonhos pela realidade!
Vivo a realidade por que não me resta outra opção!
Por que o mundo é feito disso feito de fases!
Que vão e vem...
Me desculpe se não sou o que esperas talvez tenha mudado de fase, junto mudei meu jeito de pensar, jeito ser, jeito de amar!
Mas quero que saiba que mudei meu jeito mais mesma menina que você conhece. Com os mesmos princípios e os mesmo ideais.
So quero viver a vida por que nesse mundo de hoje isso é o que me resta! SER FELIZ!!

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