Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Você não tem que disfarçar sentimentos legítimos em nome de uma suposta racionalidade, e muito menos deixar de demonstrá-lo em função de uma alegada “postura profissional” sempre que se sentir atropelado em seus princípios. O uso da inteligência emocional nos mostra que é necessário manter a natureza holística onde racional e emocional são partes integrantes e indissociáveis do que somos, de forma a que não precisemos anular sentimentos ou fingir que os deixamos do outro lado da porta. Argumentos que se prestam a atropelar qualquer um dos que integrem nosso esquema de crenças e valores se mostram indefensáveis, já que são direitos inalienáveis da pessoa humana e jamais poderão se constituir em objeto de negociação.
A fragmentação do planeta - onde sobra covardia e falta autoconsciência - se deve a uma maioria medrosa que nunca irá confrontar o que lhe foi ensinado com a verdade que pode descobrir dentro de si. Assim sempre será mais fácil colocar a culpa no outro que apontou o caminho errado do que assumir as próprias escolhas, principalmente quando falta coragem para enfrentar quem se oponha a elas.
As relações humanas são como edificações que dependem de alicerces confiáveis que lhes garantam a sustentação: por mais atraente a aparência externa, impossível mantê-las de pé sobre estruturas já condenadas, sendo o desabamento uma questão de tempo. Até palácios levantados sobre pilares mal construídos se transformam em pó quantas vezes se tente reerguê-los. Consolidem-se as fundações, e a construção se mostrará perene.
Ideologicamente não duvido de que passaríamos muito melhor sem as religiões. Nenhum de seus maiores líderes fundou igrejas. Mas também reconheço que, para muitos que não conseguem andar com as próprias pernas, as muletas ainda são importantes, ainda precisam que alguém lhes dite o que fazer, já que não conseguem pensar por si mesmos. E é no meio desse medo todo de enfrentar suas verdades que os "fazedores de cabeças" encontram espaço para se multiplicar e encher os bolsos em cima da miséria e da boa fé humanas.
Assusta-me mais o aético do que o antiético. Este último pelo menos conhece a linha divisória entre o certo e o errado, e isso se mostrará como o divisor de águas entre o agir e o não agir, já que está ciente das consequências. Já o aético seguirá cometendo atrocidades por não possuir o mecanismo que lhe permite entender a diferença entre um e outro,
Profissionais comprometidos com o que fazem até conseguem manter competência e motivação mesmo sob remuneração desproporcional aos resultados que produzem. Mas quando a questão financeira se estende mais do que o necessário, o mínimo que se espera é que a compensação venha através de sinais regulares do líder revelando estar atento às demais necessidades como valorização do empenho, crédito à competência atestada e demonstração de confiança ao conferir autonomia. É certo que os conscientes e responsáveis não irão “pisar na bola” por não terem tudo o que precisam mas, ainda que não o desejem, ao final de um tempo esticado em demasia estarão desgastados demais para explorar o potencial que possuem. Nada mais natural portanto que se direcionem, mais dia menos dia, para o que já há muito faziam por merecer.
Tenho o necessário, básico para viver, não tenho pouco e nem muito. Tenho uma família que me ama, tenho uma família que amo, tenho bons amigos, velhas e novas amizades, em mútuo movimento, enquanto alguns saem de minha vida, outros entram. Não tenho muito dinheiro, não tenho pouco, tenho o ideal, a quantidade que me faça satisfeito, mas a quantidade que me faça batalhar. Nunca fui de muitos amores, mas também não tive poucos, não sou do que faz sucesso unânime, nem o que é fracassado. Sou normal, fico triste as vezes, mas me considero feliz. Creio que a felicidade não está na totalidade de dias felizes, não preciso estar sorrindo todos os dias para ser feliz, nem preciso estar chorando todos para estar em depressão profunda. Sou feliz porque me contento com que tenho, busco mais, não por ganância, ou algo a mais como dinheiro e mulheres, mas por amor, por amor próprio, por amor alheio, por um amor que seja cíclico como o de família, ou linear como o de uma mulher. Acho que o que buscamos cada vez mais, que lutamos dias após dias, seja nosso objetivo claro e determinado, ou seja sem ele mesmo, não é o sucesso, não é a fama, mas é o amor, podemos ser fartos ou famintos, felizes ou infelizes, mas se temos o amor, em suas mil faces, temos tudo, somos tudo, nos completamos e alcançamos com êxito, qualquer objetivo, seja claro e explícito, ou confuso e implícito.
Fausto, personagem de Goethe, disse: “Isso [chegar aos corações alheios] você não vai conseguir, apesar do seu ardente desejo, se você não sente o que declama [ou proclama]; se isso não vem do fundo da sua alma e com encanto muito poderoso e fundado você não convence os corações do auditório (...) você pode até conquistar a admiração das crianças e dos macacos, se esse é o seu gosto, mas nunca fará seu coração chegar aos corações dos outros se isso não sai do fundo do seu coração”. Saramago falava e escrevia coisas com convicção e coração. Podemos não concordar com várias das suas teses, com sua narrativa muitas vezes exageradamente detalhista, mas não se pode negar o seu valor, o seu estilo, porque tudo foi escrito com muita humanidade (e muito coração). Enfrentou polêmicas homéricas em razão das suas convicções, mas levou-as até o final. “O homem é o que ele acredita” (Anton Tchecov, russo, dramaturgo).
Os grandes e famosos artistas, os esportistas notáveis, os empreendedores de sucesso ou mesmo os aprovados em provas difíceis possuem muita coisa em comum: uma delas, sem sombra de dúvida, reside no esforço diferenciado. “Falhar em se preparar é se preparar para falhar” (Benjamim Franklin, americano, cientista, político e filósofo). Gente de sucesso exuberante não é inimiga da disciplina nem tampouco amiga do talento caótico. Mozart morreu muito jovem e aos dezenove anos já era um sucesso. Mas nessa altura ele já tinha cerca de quinze anos de trabalho duro e persistente (visto que começou a tocar e compor, por influência do pai, aos cinco anos de idade). Uma constatação importante: não basta só se esforçar. É preciso fazer benfeito o que deve ser feito. De outro lado, tudo deve ser feito do “jeito direito” (Nizan Guanaes). Nada de indisciplina, nada de desorganização, nada de improvisação. Para você alcançar o mundo do sucesso a fórmula mais garantida é a perseverança nos seus ideais, mas com ordem, com método, com planejamento. Recordemos: “Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões presentes” (Peter Drucker, austríaco, escritor e consultor de negócios).
O filósofo espanhol Jaime Balmes (citado por Faya Viesca) não atribuía o sucesso das pessoas à sorte, à inteligência, à formação escolar ou à sua posição social, sim, à “cabeça de hielo (fria), ao coração de fogo (quente) e à mão de ferro”, que significa luta, perseverança, aspiração ardente de vencer, esforço fora do comum, vontade firme de triunfar, anseio inabalável e resoluto de se superar, em síntese, vivo e forte desejo de superação. Isso é o que realmente faz a diferença na nossa vida. Cabeça fria, por seu turno, significa cabeça que calcula, que planeja, que projeta o empreendimento ou a ação, que decide na hora certa, que fixa objetivos atingíveis, metas realistas etc. Coração quente (coração “de fuego”), por último, significa emoção, motivação, empolgação, entusiasmo, ter ganas de êxito, esperança, ter desejo profundo de fazer, de criar, de desenvolver, em síntese, de empreender. Triunfa, em suma, como dizia Critilo (El criticón, de B. Gracián), o que deseja ardentemente e o que se esforça de maneira perseverante com vontade resoluta e firme.
Não se deveria dar tanta importância ao fato de não se ter unanimidade no conceito alheio. Muitos se mostram rasos não porque o desejam, mas porque não conseguem alcançar nada mais profundo do que elas mesmas. Só nos deveria incomodar e gerar revisão as críticas partidas dos que sabemos profundos o bastante para chegar ao mais profundo que nós próprios conseguimos ir.
No Universo das palavras, muitas vagam sozinhas até encontrarem suas semelhantes. Depois amorosamente se unem, formam famílias e passam suas existências buscando servir a um ser superior, a quem chamam de Escritor. Para as palavras, este é o ser que lhes dá vida, luz e propósito, e por isso leva a fama por tê-las materializado.
O caminho mais eficiente para o sucesso não passa pelo desejo de ser sempre o maior vencedor em tudo, mas sim pela consciência de continuar sendo sempre o melhor perdedor. O melhor perdedor é aquele que mesmo diante de mil derrotas continuará tentando indefinidamente, sondando todas as possibilidades. A este nunca faltará o sucesso.
Queria ter alguém para deitar no colo e ficar em silêncio, quietinho, sem que me perguntassem absolutamente nada! Sabe aquela pessoa que te ama incondicionalmente? Que te ama apesar do ser humano cheio de defeitos que você é? Que está do seu lado mesmo quando você fez uma grande besteira? Que não te julga, não te critica, não te confronta?! Não tripudia do seu sofrimento, apesar de não entende-lo. Não te fala aquela verdade que você mesmo já sabe. Mas está ali, presente, segurando sua mão e te dando aquilo que você precisa naquele momento, sem questionar nada."
A pior dor é a da alma, seus sintomas são mórbidos, sua cura é lenta e silenciosa. Suas marcas geram maturidade, suas profundas cicatrizes forjam experiências. O seu principio é intenso, a trajetória é dolorosa, e somente o tempo é capaz de transformar a silenciosa dor da perda, da saudade, das lágrimas e das incertezas do que será, em força para continuar, mesmo quê, ou quê... porque a vida continua, com dor ou sem dor. A vida continua.
A vida é semelhante a uma viagem de trem. Pessoas sobem e descem em algumas estações, nos conhecemos, nos relacionamos, nos apegamos e até amamos, e quando menos se espera elas desembarcam, deixando uma lacuna enorme. E nesta breve viagem chamada 'vida', entre idas e vindas, aprendemos que ainda que tenham ido embora em algum momento desta viagem, sempre deixam algo importante em nossa vida. Porque na verdade nunca desembarcam totalmente de dentro de nós, mesmo quê, ou quê...
Uns apenas sonham, outros fazem acontecer, uns esperam por oportunidades, outros criam oportunidades, uns se fazem de vitimas, outros são grandes sobreviventes, uns são manipulados, outros livres de qualquer sistema, uns acorrentam os pés na terra, outros escolhem voar alto, uns tornam-se estáticos diante das perdas, dores e incertezas, outros superam o que for preciso, acreditam em si mesmo e, sempre dão um voto de confiança a Deus. Esses tais, merecem vencer! E Deus sabe disso.
Eu acho que conheço quase todos os meus defeitos, e olhe que são muitos! Às vezes penso que eles podem até superar minhas qualidades. Sei que sou ciumento, possessivo, ranzinza, perfeccionista, centralizador, rabugento, intransigente, sarcástico, maldoso, tenho mania de limpeza e até tique nervoso eu tenho. É; eu sei!!! Mas também sei que sou romântico, amoroso, dedicado, carinhoso, preocupado, atencioso, solícito, companheiro, honesto, sincero, sou um bom ouvinte e o melhor dos amigos. Quem convive comigo terá que conviver com toda essa ambigüidade. Tenho plena consciência do ser humano difícil e complicado que sou – haja paciência pra se relacionar comigo!!! Mas, pode ter certeza, tenho me dedicado de corpo e alma, a cada novo dia ser um homem melhor do que fui no anterior; de ser merecedor do seu carinho... Que nós valemos à pena. Que juntos, somos muito melhores do que sozinhos... Que juntos nós somamos a leveza das alegrias e podemos dividir o peso das angústias; por que nem tudo na vida são flores, não é mesmo?! Também estou reaprendendo a amar... e é difícil... mas, como você mesmo costuma dizer “não disse que seria fácil, mas que valeria a pena”.
Sonhar, construir o sucesso, granjear uma consolidada estrutura no que tange a família, profissão e todos os âmbitos da vida, custa o valor exato dos investimentos da fé, esperança, disciplina, superação, empreendedorismo, ousadia e coragem para fazer o que for preciso ser feito. Superá a si mesmo e ir além de uma sociedade capitalista, individualista e altamente competitiva, submetida aos conflit...os e crises existenciais, ao estresse emocional, a pressão psicológica, lacunas, medos, perdas, fracassos, abandono, solidão, cansaço, cobranças, responsabilidades, estresse profissional e as incertezas do amanhar, custa muito alto. Contudo, acordar pela manhã 'tendo Deus ao lado da sua cama', sorrindo e dizendo - “ Bom dia meu campeão e campeã, prontos para hoje superá o que for preciso, para vencer... vamos lá... estou com vocês!” Sinceramente, não tem preço que pague essa Presença Fiel que nos arremeter a vida, motiva a viver e nos conduz em amor a vitória.
Nestes tempos de emoções instantâneas mantidas artificialmente por tantas tecnologias – feitas para transformar nossos momentos em mero passatempo desprovido de significado – esse caráter efêmero e descartável de tudo faz com que nos distanciemos de nossas essências, do todo sistêmico que integramos. Tornamo-nos, assim, meros fragmentos de um agora casual, sem passado e sem futuro. É, pois, a visão sistêmica da trajetória percorrida que efetivamente nos integra a tudo o que veio antes e continuará depois de nós, de forma a que entendamos o real sentido de nossa passagem pelo planeta e da diferença que fizemos na sua construção. Contribuir com nosso legado para os que nos sucederem assume caráter de dever para os que estão aqui hoje, e de direito não sonegado aos que virão depois de nós. Há que se preservar a visão do todo para entender o nosso papel de agentes neste agora.
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