Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
A vida e a morte
Na morte o corpo na terra adormece
E a alma flutua no céu celeste
Ascentada no trono junto de Deus
A alma também se aquece
No coração de quem a alma não esquece
A vida se continua no todo e sempre
Para aqueles que a saudade sentem
E também para aqueles que partem
Somente em diferente aspecto
Porque um o invólucro perde...
Daí a vida e a morte, diferença se apresenta
Porque enquanto um num corpo se assenta
Se diz que vive no corpo vivente
E sem um corpo se morre ausente.
Aí que, se a vida pode ser um sopro
E a morte ser a eternidade...
Então é na morte que se vive de verdade?
Saudades Imagináveis
Saudades, que habitam em nós, são gravadas a ferro, dentro da nossa essência, ferindo-nos...
Muito melhor seria, se as tivéssemos gravadas a ouro, dentro do nosso peito, a tê-las, que explicar, para quem não as vê. Não sentem o que sentimos...
As saudades, somente nos pertencem e só nós sabemos como se apresentam, dentro do nosso imo...
É como se a nossas mãos estivessem escrevendo, em um papel imaginário, tudo o que o nosso eu sente... São saudades sinceras, temos certeza..
Elas nos assustam, nos dão as mãos e nos levam a viajar por caminhos frios e tristes... E lá vamos nós a percorrê-los, sentindo uma apunhalada no peito...
As saudades são tão sinceras, que nos espantam,nos magoam e acabamos acostumando-nos com elas.Por não saber abandoná-las, dizemos a nossa verdade, o que estamos sentindo e aprendemos a conviver com elas...
Não a aceitamos, mas, convivemos com essa dor, que, a cada dia, tira-nos um pedaço da nossa vida, levando-nos por vales escuros...
Todos nós temos uma definição, que nos permite existir, e esse rótulo é a nossa tábua de salvação.
Graças a ele, navegamos pelos tumultos da saudade, do dia a dia... Conseguiremos chegar ao estuário,onde nos encontraremos com as marés calmas, sem enlouquecermos... Pois não as aceitávamos...
Nos longos invernos da solidão do nosso “Eu”,muitas vezes, perguntamo-nos, a nós mesmos, com a alma dorida: – Como seriam os dias à nossa volta, se fossem vistos pelos olhos alheios?...
A saudade é como um vento, que surge sem que estejamos esperando, levando a alegria e trazendo a nostalgia...
Quando a noite começa a devorar a tarde, as pessoas, de repente, descobrem que estão com saudade da luz. Então, as ruas, as casas, colinas e vales se transformam no sinal dessa falta de luz...
Luzes, cada vez mais espalhafatosas, transformando a comedida atmosfera da noite, no alegre cenário de uma festa, que é iluminada pela luz das estrelas...
Tudo é silêncio, quando a saudade habita em nós.A nossa natureza fica mergulhada numa espécie de estupor. Até o barulho, mais próximo, parece vir de bem longe. Mais que os ruídos, são as nossas dores...
Não queremos lembrar de muitas delas, mas,elas chegam, sem a gente querer... Elas saem num turbilhão de seus esconderijos, e se alojam em nosso eu, pois, são frias, como o inverno na montanha...
No entanto, machucam-nos, embora, às vezes,o façam sem que desejemos... Que nos mostrem a verdade, que traz, com ela, ferindo o nosso ser...
Os pesares, que sentimos, muitas vezes, nos assustam, não que estejamos sempre preparados para recebê-los. Não! Não estamos. Apenas, aprendemos a conviver...
Ninguém tem coragem de se lembrar da saudade, é melhor deixá-la esquecida, em um canto qualquer de nós mesmos...
Pois não gostamos de lembrar de certos acontecimentos, certas nostalgias...
Quando nos lembramos, o nosso coração fica dorido, com uma dor profunda... Talvez, a lei da saudade não seja tão diferente das leis da metereologia...
Assim, como o ar tende sempre a passar de uma área de alta pressão, para uma de baixa, da mesma forma, cria-se, em nós, de repente, esse vazio... E é um vazio, que atrai a melancolia...
Não gostamos de lembrar da saudade. Os longos meses de solidão, até aprendermos a nos acostumar com ela... Preencherem o nosso eu...
Então, preferimos fechar os olhos e viver em um mundo irretocável, sem lembrar dela, sem pensar...
Acontece, porém, que as saudades não se escondem, gostam da solidão... Procuram companheiras, para não ter que ser hipócritas, enfrentando pessoas, que não querem aprender a conviver com elas...
A sinceridade das saudades é absoluta. Igualmente, elas querem mostrar a verdade, para todos...
Por isso, às vezes, as pessoas se cansam de sentí-las, querem comandar seus quereres, deturpando-as, não querendo sentir a sinceridade, que há nelas. Preferem esquecê-las, a pressentí-las dentro de si...
É certo que cada um sente saudades diferentemente. Ou as camufla. Ou, simplesmente, as deixam
lá, quietas. Procuram não as sentir... E, a cada dia,
afastam-se um pouco mais desse mundo frio, que é
o das saudades... Sendo que elas são sinceras e nos
mostram tudo, com muita clareza...
Muitos preferem o ópio do silêncio, que corre
em suas veias, à sinceridade das saudades,
que nos remetem a lugares, por onde, antes,
caminhávamos com as alegrias, mas, agora,
temos a franqueza das saudades, a nos
acompanhar...
Marilina Baccarat, escritora brasileira, no livro "O Eu de Nós" página 29
Não aprendam tudo o que te ensinam
Eu vejo tanto do nosso potencial perdido, tanto conhecimento que deixamos de alcançar, tantas belezas que deixamos de ver, de presenciar, tudo pelo fato de que aprendemos muito, afinal a todo instante de nossas vidas aprendemos algo, quando nascemos começamos a aprender, aprendemos com nossos pais, aprendemos com pessoas mais velhas, com pessoas mais novas, aprendemos com tudo e todos, e por esse fato deixamos muitas coisas passar.
Estou indo contra o bom senso de que “aprender é bom”, “conhecimento é importante”, eu sei disso, porém já pararam para pensar no que se está realmente aprendendo? O que estamos de fato absorvendo desse mundo, serão coisas boas? Isso fará diferença em para nós ou para outros? Olho para uma sociedade ensinando que mulheres devem ser tratadas de qualquer jeito, olho uma sociedade ensinando que não importa o que seja necessário para que você esteja no topo, não importa em quantos você pise, o importante é estar no topo! Olho uma sociedade dizendo que você precisa de um carro melhor, de uma casa maior, um jogo de cortinas novo, e nossa veja o seu celular como está velho, você precisa trocar!
Não estou falando de propaganda, não é nada disso, estou falando de nós mesmos, estamos ensinando e aprendendo coisas uns para os outros, por mais que não percebamos, ensinamos com nossos gestos, com nossas palavras e atitudes, ensinamos de todas as maneiras possíveis. E isso nos afeta de maneiras imprescindíveis, pois nós humanos ao longo de todo esse tempo de existência nunca paramos e pensamos no que estamos aprendendo, nunca tivemos a atitude em pegar todo essa imensa carga de conteúdo e filtrar, filtrar o que é bom e o que é ruim, tirar tudo o que não nos agrega valor, para que assim possamos atribuir os verdadeiros ensinamentos dos pequenos aos grandes momentos, estamos aprendendo sem saber aprender.
Devemos ter o Yin Yang em nossos pensamentos, entendermos que tudo tem um equilíbrio, em coisas ruins podemos encontrar coisas boas e coisas boas podemos encontrar coisas ruins, então eu pergunto a você leitor ou leitora, já fez uma reflexão do que você tem aprendido com a sua vida?
Ei moço, por favor, me ouça, eu não sou mais a criança de oito anos de idade, não sou mais sua boneca, não tenho mais aquela "pureza", o que você deveria saber, afinal, foi você que fez questão de tirá-la, não serei mais sua amiga com alguns "benefícios" (apenas para você, é claro)
Ei moço , eu já tenho nove anos, olhe, já sei fazer contas de matemática, obrigada por se orgulhar de mim, mas moço, me leve para outros lugares que não seja seu quarto escuro, tenho medo dele moço, vamos brincar de outra coisa, algo que me cause menos dor, algo que você não precisa tirar minha roupa e falar que está quase lá, por favor.
Moço , mais um ano se passou, tenho 10 agora e agora já sei que isso que você fez comigo é errado, mas você insiste em me fazer brincar disso, moço, eu já até larguei as bonecas, não preciso mais brincar, minhas colegas perguntam o porquê de eu viver chorando.
Moço, olhe agora tenho 11 anos, me descobri, sei o que me dá prazer, e sei também que essa sua "brincadeira" era apenas uma desculpa pra você deixar cicatrizes onde nem eu mesma havia tocado antes.
Ei moço, porque você fugiu? Está com medo ou algo do tipo, moço, eu só quero brincar, só que agora eu tenho 13 anos, e conquistei muitas coisas desde seu primeiro toque, o que foi moço? Por que corre? Você tem medo do monstro que você mesmo criou? Ei moço, compreendo esse seu medo, então pode correr, corra antes que eu arranque cada parte que você usou para me sujar.
Ei moço, por favor, me ouça, eu não sou mais a criança de oito anos de idade, não sou mais sua boneca, não tenho mais aquela "pureza", o que você deveria saber, afinal, foi você que fez questão de tirá-la, não serei mais sua amiga com alguns "benefícios" (apenas para você, é claro)
Ei moço , eu já tenho nove anos, olhe, já sei fazer contas de matemática, obrigada por se orgulhar de mim, mas moço, me leve para outros lugares que não seja seu quarto escuro, tenho medo dele moço, vamos brincar de outra coisa, algo que me cause menos dor, algo que você não precisa tirar minha roupa e falar que está quase lá, por favor.
Moço , mais um ano se passou, tenho 10 agora e agora já sei que isso que você fez comigo é errado, mas você insiste em me fazer brincar disso, moço, eu já até larguei as bonecas, não preciso mais brincar, minhas colegas perguntam o porquê de eu viver chorando.
Moço, olhe agora tenho 11 anos, me descobri, sei o que me dá prazer, e sei também que essa sua "brincadeira" era apenas uma desculpa pra você deixar cicatrizes onde nem eu mesma havia tocado antes.
Ei moço, porque você fugiu? Está com medo ou algo do tipo, moço, eu só quero brincar, só que agora eu tenho 13 anos, e conquistei muitas coisas desde seu primeiro toque, o que foi moço? Por que corre? Você tem medo do monstro que você mesmo criou? Ei moço, compreendo esse seu medo, então pode correr, corra antes que eu arranque cada parte que você usou para me sujar.
(Texto autoral, inspirado no texto de @my_name_is_s_a_d)
Quando falamos do passar da época, sentimos
que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta,
uma longa-metragem, que não vai ter fim...
Mas, com certeza, fazem parte de nossas vidas,
é um somatório de recordações, do que fizemos e do
que aprendemos com a vida...
Marilina Baccarat de Almeida Leão, no livro "Vértices do Tempo" página 18
Escuto muito essa coisa de "o mal tem volta"!
Não! "O bem tem volta"!
Se eu levar fé na primeira possibilidade
estarei apenas me equiparando ao que não é bom.
Por isso desejo apenas que o bem volte sempre
e que depois da visita, viaje por aí de coração em coração.
Cika Parolin
A nossa razão
Cada um de nós é responsável por construir a própria felicidade. Nós edificamo a nossa alegria, não podemos colocar, nas mãos de outros, a responsabilidade de concretizar os nossos devaneios... Constantemente, ouvimos pessoas dizendo que não conseguem concretizar seus sonhos, porque muitos não os deixam realizar... Está aí a forte tendência do ser humano, de ir além do permitido, do usável, do sensato, do coerente...Lógico que nem todos são assim, mas, que muita gente age dessa maneira, ah..., isso é verdade..
Quando nos faltar algo, não podemos viver em função dessa falta. Temos que dar uma chance a nós mesmos de sermos felizes, assim, poderemos enxergar bem mais longe, com uma paisagem bem mais bonita, da nossa razão... Muitas vezes, nos oferecem uma mão amiga, mas, mais tarde cobram-nos uma atitude diferente... Tudo tem o seu limite, somos nós os responsáveis pela nossa prosperidade, pois somente nós mesmos saberemos onde encontrá-la... Devemos fazer, para o outro, exatamente, aquilo que desejamos que façam para nós.. Muitos chegam, para agregar coisas boas à nossa vida e não para suprir aquilo, que nos falta...Tudo de que carecemos, isso somos nós que precisamos conquistar...Temos que colocar o nosso olhar, na direção da prosperidade, assim, o que parecia vazio se completará...A nossa razão, para alcançar a fatuidade, está em nossa motivação para transformar limites em novos horizontes... Se assim não o fosse, ele se perderia, se evaporaria e iria se afogar em mágoas e frustrações, não em satisfações de pura alegria, como se manifesta... Poderá sim, levar um dia ou, talvez um ano, mas conseguiremos, com certeza... Não podemos ser como os pessimistas, que dizem que a chuva resultará em lama. Temos que agir como os otimistas, que acreditam que ela servirá para assentar a poeira...
Muitas vezes dizemos que a jovialidade é a razão da nossa vida. Mas, só depois de um longo inverno, percebemos que nada poderá fazer-nos felizes ou nos completar se nós mesmos não nos dermos a chance de sermos feliz, por nós mesmos, com razão, ou sem razão..
Marilina Baccarat no livro "Alamedas do Coração".
Amarelo Rua a Baixo
Não foi fácil saber quais.
Amarelos que nem usas mais!
Nem descer aquela rua.
Alegre como o campo que não lá havia.
Fôramos apedrejados nesse dia.
Naquele frio,
Que ninguém tinha como nós,
Nem a nossa voz dizia ter sentido.
Mas as gotas do teu cabelo...
Essas sim!
Eram o "mim",
O pouco de ti,
O tudo dos teus e o nada,
Dos empertigados.
(nada que eu quisesse, pelo menos)
No dia em que fomos vistos a passar naquela rua,
Já nos conheciam,
Já lá haviam jardineiros,
Varredores rua a baixo...
Rua a cima!
E os porteiros do Jardim Botânico que nos viam
E os motoqueiros da Telepizza que nos deram!
Mas nesse dia era dia de Janeiro.
Não! Espera!
Era o dia que nos dera, como se fosse o ano inteiro!
Mas chegámos lá.
Ah!... Se chegámos lá, menina dos oníricos amarelos.
Lá a uma estrada,
A um rego de água
E a um caminho âmbar.
E lá alguém passava caminhando menos belo.
Sabendo tudo,
Não querendo dizer nada,
Mas alguém que passava disse:
- Deus vou ajude!
- Deus vou ajude meus filhos!
E ajudou tia!
Ajudou tia!
Tanto que sempre serei a forma da ponta do seu cajado!
Quanto a ti...
Não sei de ti nem pra onde foste!
Apenas deixaste os ganchos do teu cabelo
E a minha gaveta desarrumada.
A saudade da seda molhada
E da gota.
Garota, garota, garota!
É o que vejo agora na refracção da gota!
Três pontinhos.
Não chegam, garota!
Não chegam para cozer a ferida de felicidade,
Exposta pelo teu bisturi... na verdade.
Quando foi o teu estaladiço odor escarlate para depois?
Quando foi?
Quando foi a ferida sangrada pelas danças nocturnas dos dois?
Quando foi?
Pela foz do cais.
Pela voz do Rui.
Pela pedras marginais.
Pelo Porto sem sentido.
Pela cascata de mãos dadas,
No eco das Arrábidas!
Gritos felizes...
Berros no bruto pra escutar no ouvido.
Agora o Cronos,
Olha para o dia da ferida,
Para o depois da felicidade,
Para a parede fria... prá nostalgia
E vê-te a ti, garota,
Vê o teu bisturi,
Vê o corte de felicidade,
O desnorte
E os teus tais três pontos de Saudade!
Saudade, saudade, saudade de ti, garota!
Saudade dos amarelos que não usas mais.
e nada mais é
se não arte
uma bica
e um fim de tarde
em Marte
O QUE CABE NUM ABRAÇO?!
O que cabe num abraço?!
Aquela vontade
O matar da saudade
A melhor pessoa
Tanta coisa boa!
O que cabe num abraço?!
Um sentimento
Mil lamentos
Toda esperança
Muita confiança.
O que cabe num abraço?!
Expressão de amor
Alívio da dor
Risos de felicidade
Paz da liberdade.
Tanta coisa cabe num abraço!
Porque abraço
Tem calor
Tem contato
Tem acolhida
Tem vida.
... porque abraço
Tem gente
Tem calma
Tem dois corpos
E uma só alma.
Nara Minervino
Descrição
Eu pus no quarteto a rima
Coloquei no terceto um não
No dueto não havia a razão
Apaguei tudo: debaixo, acima!
Recomecei em mim, outra vez
Quatorze verso é difícil acertar
Nem sempre decassílabos, talvez!
Deixo - os livres sem pestanejar!
Às vezes as tônicas nem soa
Outras vezes leio - as e arrumo,
Os parcos vocábulos que destoa!
Subjugada a desajeitada atenção
Por ventura, arrisco a perder o rumo,
Sem contudo, descrever meu coração!
Titereiro sai pra lá
A cada minuto que passa
Certeza eu tenho em mim
O destino é uma trapassa,
se ele é titereiro de mim!
O palco é a vida
As luzes são do sol
Em dito da verdade,
ninguém manda em mim!
Titereiro sai pra lá
O meu destino eu quem faço
Tchau! Um beijo e um abraço!
Os meus pés tenho no chão,
mas, não dispenso
uma nuvem de algodão!
Sonho com príncipe encantado
Com noite de lua prateada
e céu estrelado!
Titereiro, meu destino...
Sou eu quem traço!
Então, tchau!
Um beijo e um abraço!
O titereiro
Aqui e ali no movimento
manipula o titereiro ávido!
O boneco ora sem tormento
segue no comando calado...
Se o titereiro for ventríloquo
o fantoche pode até falar,
como nisso não há equívoco
a marionete faz o que lhe mandar!
Aí que, se de repente há enfado
e o titereiro quer mudar o cenário,
O boneco se torna um magistrado...
De repente pode ser um canário,
ou uma atriz de grande agrado,
e outras vezes coveiro de cemitério!
AH, O AMOR!
A resposta é "sim"
Para a pergunta que você não fez,
Para a dúvida que te deixa "talvez",
Para as especulações que eu montei.
Sim.
A resposta é "sim".
Nos amamos.
Nos entregamos.
Nos reencontramos.
Sim.
Foi diferente.
Foi caliente.
Foi envolvente.
Sim.
Senti desejo.
Senti remorso.
Senti medo.
Como é cigano o amor!
Como é forte o fervor!
Como indecorosa é a solidão!
Como doída é a paixão!
Nos perigos de desabrigos
Há infinitos esconderijos,
E, em cada canto (in)seguro,
Vi um passado tão maduro!
Seja amor ou solidão.
Seja isolamento ou paixão.
O que estava adormecido
Esteve hoje renascido.
E... agora... eu me culpo!
Sem ter nada a te dizer,
Contigo eu me desculpo,
Por não me ver entristecer.
Nara Minervino.
CRÔNICA PARA RECUPERAR O QUE NÃO FOI PERDIDO
Há momentos em que nossa vida passa por um furacão de acontecimentos negativos. Tudo parece dar errado. Acho que nesse momento estou tentando escapar de um vendaval. Um simples gesto, uma simples palavra – talvez não tão simples assim - mexeu com o coração de uma das pessoas que mais amo no mundo.
A única amiga, aquela a quem considero verdadeira, está passando por um delicado momento: seu pai sofre sério problema de saúde e eu, no alto de minha arrogância e ‘sabedoria’, achei que sabia da solução para seus problemas e acabei dizendo coisas que ela não merecia ouvir.
Seus olhos marejaram de água. Um engolir seco fez tremer meu coração, e a súplica de que eu compreendesse e respeitasse sua dor tornou minha aflição ainda mais dolorida. Contudo, eu não me deixei abater e insisti nas palavras que eu julgava estarem certas. Quem nunca errou?
Nunca vou esquecer quando ela, delicadamente, levantou-se de onde estava sentada e, em passos humilhados, dirigiu-se à porta de saída. Não olhou para trás, como se soubesse que à sua sombra tivesse aquela a quem a ‘razão’ não abandonou. A porta fechou-se, e o coração também.
Depois de uma semana, ainda ouço o soluço de suas lágrimas e o ranger da porta que se cerrou.
Mas, por que não consertar o que foi quebrado? Cristal quando quebra não tem conserto, eu sei. Mas a nossa amizade não é de cristal nem de porcelana. Solidificamos sua base num ponto onde vento ou tempestade nem sequer abalam. Não é o tamanho ou a largura de um pilar que sustenta um edifício, mas o material com o qual ele foi feito. Nossa amizade foi construída com o mais sólido de todos os sentimentos: o amor. E não posso deixar que um gesto cruel e impensado, que uma palavra rude apague todas as outras mais que já foram ditas.
Vou pedir desculpas. É isso. Vou correr atrás do prejuízo e recuperar o que ainda não foi perdido. Ela é especial demais para mim. É como um porto seguro que tenho para depositar minhas aflições, angústias e esperanças.
Vou pedir desculpas. Ela merece isso e eu devo isso a ela, porque eu errei. Porque eu a amo.
Desculpa esse meu jeito sem jeito, Evilásia.
Sem Você Não Existe Eu
Sem o Sol,
Não existe o dia
Sem um sorriso,
Não existe alegria
Sem ferida,
Não existe dor
Sem amar,
Não existe amor
Sem o frio,
Não existe inverno
Sem o pra sempre
Não existe o eterno
Sem você,
Não existe eu
Por isso que te digo
Você é a melhor coisa
Que me aconteceu.
Eu Te Amo!
Amor a Marinheiro
Ó marinheiro que vais pr’a marinha
Toma cautela não caias ao mar
Olha que a vida da guerra é só uma
E tu a mim tens que voltar
Há nove meses que me enganaste
E me deixaste nesta escuridão
Hei-de ir ao sol amor hei-de ir a lua
Mas nunca nunca te darei perdão
Mas se um dia te chegar a ver
A mendigares pedindo pão
Dar-te-ei esmola como a qualquer pobre
Mas nunca nunca te darei perdão
E se algum dia eu chegar-te a ver
Preso em alguma prisão
Irei te ver como a qualquer preso
Mas nunca nunca te darei perdão
Mas se algum dia chegar-te a ver
Morto estendido naquele caixão
Dar-te-ei um beijo de eterna saudade
E só aí eu te darei perdão ......
SABENDO CONSTRUIR
Quantas vezes, ao fazer uma retrospectiva (e nem precisamos olhar muito para trás), vemos que as coisas não saíram exatamente como planejado, do jeito que almejamos.
Isso é muito comum. Comum, porque geralmente não calculamos variáveis externas, e muitas vezes não tomamos as medidas corretas, dia após dia, para alcançarmos esse objetivo.
Esse é um grande mal enraizado na vida de muitos. Muitos sonham, vislumbram, acreditam e até enxergam lindas conquistas, sem se dar conta que a construção do futuro se dá com um bom alicerce no presente e com tijolo a tijolo, colocados a cada dia.
Somos colocados no mundo quais “pedreiros”.
Precisamos, portanto, realizar a manutenção de nossas ferramentas cuidando para que estejam em condições de nos atender nessa edificação:
- O esquadro da retidão, do caráter, da disciplina e do bom senso. O esquadro que liga o terrestre ao espiritual (horizontal com o vertical), cuidando para que todas as nossas ações se dêem como ELE faria;
- O prumo do equilíbrio, que não nos permite deixar levar pelas emoções ou pela excessiva razão. Um prumo que sirva de alerta para quando não estamos agindo de acordo, em retidão.
- O martelo ou marreta para tirar as camadas desnecessárias, para quebrar paradigmas, para derrubar muros que se coloquem à frente tentando obstruir o caminho. Um martelo que ajuda a dar forma à uma pedra bruta, amolecendo nosso coração e nos tornando flexíveis.
- A trolha, ou colher de pedreiro, que serve para pegar a “massa divina” composta por amor, sabedoria, força, justiça, etc. e revestir nossas paredes, tampar nossas brechas, fortalecer nossa estrutura. E que também alisa a massa colocada, tirando todas e quaisquer arestas ou ondulações. Que torna nossos relacionamentos ainda mais afetuosos, nossa modo de agir ainda mais cativante.
- O compasso que não só nos permite enxergar numa visão de 360°, como a ver o mundo nesse mesmo ângulo. Um compasso que nos faz envolver plenamente com o Espírito de DEUS. Que nos faz ser a forma perfeita de SUA criação.
E, quais pedreiros, conheçamos bem o terreno em que se erguerá a edificação. Façamos um sólido alicerce, fortalecendo com vigas e colunas. Atentemo-nos para as variáveis de clima e temperatura, antecipando-nos a possíveis surpresas. Calculemos cuidadosamente todo o material a ser empregado para que não falte e nem haja desperdício. Enfim, que possamos tornar nosso futuro uma bela representação do que almejamos em nosso presente!
Que o GRANDIOSO CRIADOR seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
F.I.M. – Fraternidade de Iluminadores do Mundo
Nascer do Sol
Quando acordamos nos deparamos com um lindo nascer do sol, às vezes felizes na maioria das vezes tristes, aprendemos que não podemos nos forçar muito, temos que aprender a controlar nossos sentimentos e emoções. Um dia quando um nascer do sol não brilhar como o esperado, cante se alegre por ser você, por não ter que se deparar com uma aparência áspera que a vida possa ter lhe dado, agradecer os dias de felicidades e familiares que foi lhe concedido. Amor ao nascer de um novo dia, amar ao amanhecer, viver intensamente. Em alguns instantes reclamamos, não nos encontramos, quando um nascer do sol pra uns pode ser tão tristes e dolorosos! Saber lidar com as emoções, não se importar com seu corpo e viver intensamente um momento, quão interessante seria a vida!
Você não tem noção do quanto eu gosto de você
Vai até o céu
a dimensão do nosso amor
Esperei e foi difícil encontrar
Um alguém assim,
que desse vida ao meu viver
Foi-se o desencanto
quando eu te conheci
A felicidade
que eu pensei não existir
Amanheço com vontade de cantar
Quando eu vejo o sol brilhar
O amor é um mistério, um aventureiro
É mestre em batalhas, um frágil guerreiro
Num simples descuido se torna poeira
Do nada ele pode se acabar
Amor,
Não o conheci por coincidência e sim por providência de Deus ...
Quando me encontrastes me via completamente perdido no Mundo de ilusões...
Mundo no qual fazia o amor parecer uma coisa ruim.
E, então você nos deu uma chance de sermos felizes.
Apenas me amou mesmo q todos fossem contra
E apenas o amor a nosso favor...
Hoje sei o que é amar. Hoje Amo Você.
Sei que amar é dar chances, é perdoa , é compreender...
A cada dia senti-lo com todo seu amor...
Amo você até que a nossa felicidade nos separe.
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