Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Nunca fui de ambições e nem muito materialista, evito marasmos e cultivo a tranquilidade, a paciência sempre foi uma arma e a ansiedade uma coisa irreal. Gosto dos meus amigos, não me arrependo de meus amores. O passado é algo que lembro quando necessário, o presente é meu foco e o futuro é o meu caminho. Viver é uma tarefa, e deixar de exercê-la é perda de tempo, então eu simplesmente vivo, um dia após o outro, um passo de cada vez.
Quero cantar a vida como Bob Marley, sentir a música como Ray Charles, denunciar o sistema como Mano Brown, tatear corações como a musicalidade de Al Green, ser apoteótico como Pavarotti. Quero escrever com a genialidade de Augusto Cury, atingir mentes acadêmica como Rubem Alves, ser poetico como William Shakespeare. Quero sorri com as crianças e assentar com os anciãos. Ter causas pela qual morrer como Martin Luter King Jr. Quero pisar na terra e alcançar o Céu. Quero existir e não morrer em vão.
Nem tudo o que se lê na Veja é forjado, nem tudo que se vê na Globo é manipulação. Nem tudo o que é oficial é confiável, nem tudo o que é alternativo é duvidoso. Nem tudo o que o governo oferece é benefício, nem tudo o que a oposição denuncia tem fundamento! Confiança em excesso é ingenuidade. Desconfiança em excesso é extremismo. Use o seu bom-senso!
Todas as vezes em que me sinto no meio de um tiroteio de versões que partem de todos os lados vêm-me à consciência que não estive lá para conferir, e nem no coração dos envolvidos para julgá-los. A porta de saída é me lembrar que, para quem acredita, nenhum argumento é necessário, e para quem não acredita nenhuma evidência é suficiente. Esse entendimento me tira do sofrimento da batalha e me devolve a paz da solidariedade à parte injustiçada, mas sem armas na mão.
O pedido de perdão dissociado de uma proposta real de mudança não passa de manipulação, recurso comum de pessoas que se aproveitam da boa fé alheia para transformar seus benfeitores em vítimas de seus interesses mais egoístas. O ato de perdoar erros que se repetem indefinidamente deixa de ser virtude, não passando de tola ingenuidade, já que seus manipuladores os veem como idiotas para apostar na alternância entre erro e perdão e ter os outros provendo tudo o que eles não se dão ao trabalho de conquistar por seu próprio empenho.
Não se escolhe a quem nem o momento de amar. Quando isso acontece existe uma razão maior que se antepõe ao que se imagina ser amor: solidão, carência, o parceiro idealizado... Mas isto se traduz por um desejo de suprimento, por uma vontade advinda do racional. O amor real não pede licença, nem escolhe seu objeto. Simplesmente brota do interior impenetrável sobre o qual não se exerce domínio. Quando amamos de verdade nos descobrimos tomados pelo amor, somos surpreendidos por ele, que nos pega sempre desprevenidos.
E a filosofia, como dizia o mestre Platão, nasce do espanto. Quem perde o espanto pelas coisas, perde a vida em grande parte. Se mantenho o gosto pela vida, apesar de não ser uma pessoa de temperamento alegre, é porque nunca perdi o espanto pela vida. E o espanto é o irmão gêmeo do encantamento.
Como seria maravilhoso viver num mundo de pessoas bem resolvidas, sem medo, sem dúvidas, onde o amor fosse como uma carta marcada. Com a certeza de que você nasceu pra mim e eu nasci pra você. Um mundo onde já viéssemos prontos para encontrar nossa alma gêmea e reconhecê-la instantaneamente. sem prejuízos ou desvios do caminho. Que não precisássemos passar a dor da solidão, do amor não correspondido, a desilusão, o sofrimento. Mas se assim fosse... talvez não teríamos condições de reconhecer quando isso acontecesse. Quem sabe? E que tenhamos ao menos olhos e um pouco de intuição para perceber quando isso ocorrer. Afinal, estamos aqui nessa terra para aprender e principalmente aprender a amar. E o segredo disso se chama entrega! Bem-me-quer, Mal-me-quer, és tu meu bem querer?
O que é que Hitler, Stalin, Mussolini, Mao Tse Tung, Kim Jong-Il e Kaddafi possuíam como traço em comum? Um mix de três características: neurose obsessiva, ganância exacerbada e ausência de moral. Esses são os componentes essenciais para construir-se um ditador no momento em que obtém acesso ao poder. O dirigente máximo de uma nação pode nada realizar tanto por conta de apoios interesseiros quanto de resistências poderosas e irremovíveis. Contudo não é o poder que consegue amealhar, mas o caráter de quem o exerce, que irá definir o futuro da nação sob seu comando. Diante de obstáculos para realizar o que tem em mente o líder íntegro buscará aprofundar a discussão ou, sabendo-a impossível, renunciar ao poder para não ter que renunciar aos seus princípios. Já o calhorda não se imporá tal limite, saindo para cobrar apoio dos interessados e conceder benesses como moeda de troca, e manipular ardilosamente os indiferentes para moldá-los à sua imagem e semelhança, até perceber a nação inteira replicando a sua lógica pessoal sem, contudo, conceder a ela a prerrogativa do acesso às mudanças pelas quais trocou sua cidadania.
Concluí que o mundo se divide em apenas duas classes de pessoas: as confiáveis e as não confiáveis. Estas últimas irão passar a maior parte de suas vidas convencendo um monte de gente de que são ótimas, e as primeiras até cometendo erros em incontáveis momentos. Contudo, a única certeza é a de que a rasteira levada de uma é questão de tempo, e as confiáveis, por mais que errem, estarão permanentemente atentas para que seus erros não atinjam ninguém à sua volta.
Poucas coisas fazem que eu me irrite mais comigo mesmo do que quando compartilho informações minhas com pessoas que em seguida as usam contra mim, seja desvinculando-as do contexto em que aconteceram ou por uma cabeça pequena demais para entendê-las. É quando me descubro medíocre por não ter percebido antes sua mediocridade, de forma a não cometer tal estupidez.
Não aceito ser chamado a ocupar trincheiras onde cada uma das partes quer me fazer acreditar que só existam mocinhos de um lado e vilões do outro. Tal percepção tendenciosa turva a visão sistêmica necessária a uma análise justa e nos arrasta para o radicalismo dos dois extremos, independente de qual se acredita o lado certo.
O erro de qualquer extremo é acreditar que os fins justificam os meios, quando os entricheirados negam a própria contribuição no resultado que atacam, imaginando só existirem mocinhos de um lado e vilões do outro. O distanciamento da visão sistêmica remete ao radicalismo, que não consegue ver benefício além do que o seu lado se acredita capaz de gerar, posição utópica respaldada por arrogância e incapacidade de autoanálise.
A cegueira do radicalismo para a complexidade sistêmica, norteada pelo foco único colocado na própria trincheira, torna o convívio um permanente risco para os que o rodeiam, pelo fato do pensamento radical partir da premissa de que todos que não se unem a ele estão contra ele! Como pensa de forma linear, tendo um dos extremos como a única alternativa possível, o equilíbrio representado pela neutralidade se apresenta como uma posição mais próxima da do “inimigo” e que, por isso, também precisa ser destruída antes que se traduza em fortalecimento da “ameaça”.
Não é raro ouvir-se alguém dizer: “Fulano tinha dificuldade para expressar seu sentimento mas, do jeito dele, ele te amava!”. É o caso de se perguntar: e daí? Qual a utilidade prática de guardar só pra si um sentimento que o outro não percebe, quando a essência do amor é a doação? Diante da fome de alguém, que valor pode ter o alimento guardado no armário? Tal como qualquer coisa preciosa, o amor só faz sentido quando alimenta o receptor, e nunca contido no coração de quem supostamente o traz dentro de si, mas não se empenha em fazer com que alguém o saiba. Antes ser objeto de ódio – já que este último reconhece a nossa força – do que a indiferença, que só nos afirma que não somos coisa alguma.
Longos períodos de empenho não valorizado fazem brotar sentimentos involuntariamente assomados que nos doem abrigar por impelir-nos para decisões que machucam, e suscitam dúvidas sobre seu acerto. Mas o primeiro sucesso que as segue, no entanto, revela-nos que este só se fez possível pela decisão assumida na hora certa, sem a qual estaríamos cada vez mais distantes do resultado que há muito merecíamos.
Em um mundo transitório, cujas atitudes nobres e os comportamentos significativos são efêmeros, se faz necessário estar focado. Aprendi que em algumas circunstâncias o sucesso é a melhor resposta diante dos balanceados. O sucesso é a melhor resposta para quem te abandonou, desprezou, ignorou, desacreditou, invejou, humilhou e feriu seu coração. Lute pelo sucesso na sua vida. E estes tais terão que ver a dupla honra de Deus na sua história. O sucesso é a melhor resposta!
As redes sociais teoricamente foram criadas para aproximar as pessoas. Mas acabaram transformadas em batalhas campais de egos que buscam impor-se sobre os demais, ou num canal de disseminação de intolerância, escudados no anonimato e no preconceito para atacar tudo o que não têm alcance para entender.
Narcisismo é quando se fabrica uma auto-imagem bem acima do que o resultado oferecido permite comprovar. Autoconhecimento, ao contrário, é tão somente a consciência do quanto se investiu no conteúdo construído de modo a que o resultado, por si só, não precise de outro argumento para dar testemunho do que se é.
As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito, não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota. Sem medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é preciso agradecer
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