Cronica sobre Regime-Jo Soares
**"Sou um paradoxo vivo.
Gosto de ser feliz, mas vivo invadido por pensamentos tristes.
Queria ser leve, mas me tornei denso — resultado de tudo que me quebrou ao longo do caminho.
Às vezes me faço de frio, de durão, de quem não liga.
Mas a verdade? Eu ligo. E ligo demais.
Me importo com coisas que ninguém vê. Sofro calado. Amo em silêncio.
Mesmo despedaçado, eu ajudo.
Mesmo sem respostas pra mim, tento dar força pros outros.
Mesmo sendo caos por dentro, ofereço abrigo por fora.
Sou feito de extremos:
Sol e tempestade.
Razão e emoção.
Silêncio e grito.
Sou um quebra-cabeça incompleto tentando se montar com peças que a vida levou.
Mas sigo aqui… buscando me entender, me aceitar, me reconstruir.
Não sei por onde começar, mas sei que ainda tô tentando.
E só isso… já diz muito sobre mim."**
CARTA INTERNA – “Sinto, mas não corro mais”
Eu não deixei de sentir.
Só deixei de correr atrás de quem não soube ficar.
Tem dias que dá vontade de mandar mensagem.
De perguntar como você está, se ainda pensa em mim.
Mas aí eu lembro…
que quem quer, procura.
Quem sente, mostra.
E você… escolheu o silêncio.
Não vou fingir que estou bem.
Tem horas que a saudade me engole.
Mas eu também aprendi a me olhar com mais carinho.
A entender que me perder tentando te alcançar… não é amor.
É abandono de mim.
Você pode até achar que estou indiferente.
Mas o que eu faço é guardar o que sinto com dignidade.
Porque se eu for falar…
não saem palavras.
Só lágrimas.
E se um dia você voltar…
vai ter que conquistar o que perdeu.
Porque quem vai estar aqui… não é mais o mesmo.
É alguém que se levantou do próprio silêncio…
e aprendeu a se priorizar.
"Tem coisa que a gente não perde… a gente solta.
Não porque deixou de sentir, mas porque entendeu que segurar só machuca.
Algumas pessoas vão embora, achando que estão livres.
Mas o tempo mostra que quem ficou em paz… foi quem aprendeu a se libertar por dentro.
Sim, ainda dói às vezes.
Mas hoje eu olho pra trás sem me culpar, sem me diminuir, sem implorar presença onde já não cabia minha entrega.
O amor que dei… continua sendo meu.
E um dia, quem recebeu vai sentir falta — não de mim, mas do jeito que só eu sabia amar.
Agora é o mundo quem gira.
E eu?
Giro junto.
Em silêncio, mas com alma."
"O que parece fim… às vezes é só o destino reorganizando tudo.
A roda gira — e com ela, giram os ciclos, as pessoas, as verdades e os disfarces.
Nem tudo o que parte é perda. Tem coisas que saem do caminho pra dar espaço ao que faz sentido.
Senti medo.
Senti dor.
Senti um vazio que só quem já chorou em silêncio consegue entender.
Mas também senti força. Uma força que eu nem sabia que morava em mim.
Eu não esqueci o que foi bom.
Mas aprendi a lembrar sem me ferir.
Tem gente que foi parte da minha história — mas não merece o final dela.
A minha paz vale mais do que a insistência em algo que não me escolhe.
Hoje eu ando mais calado, mais seletivo, mais firme.
E mesmo nos dias escuros…
Eu confio: a roda vai girar de novo.
E dessa vez, é pra me colocar exatamente onde minha alma merece estar."
A roda girou. E levou com ela tudo aquilo que eu achava que controlava.
E por mais que tenha doído, eu deixei ir.
Entre noites mal dormidas e silêncios que gritavam,
eu percebi que o que me machucava…
não era só a ausência de quem foi.
Era a ausência de mim mesmo, tentando segurar o que não queria mais ficar.
Hoje, sou força contida.
Sou o homem que sangrou calado, mas escolheu levantar firme.
Deixei de buscar abrigo onde só havia tempestade.
E construí meu próprio teto, mesmo que só com os cacos que sobraram.
Agora, eu sigo.
Menos romântico, talvez.
Mas mais inteiro.
Mais real.
Mais imperador de mim
Não foi o fim que doeu.
Foi a forma como você me tratou no final...
Como se nada tivesse significado.
Como se eu fosse só mais um capítulo fácil de virar.
Eu entendi seu silêncio, sua confusão, suas desculpas vazias.
O que eu nunca entendi… foi por que alguém que diz que ama, escolhe partir como se nunca tivesse amado.
Você não me perdeu quando foi embora.
Você me perdeu… quando me deixou ali, tentando entender o que nem você teve coragem de explicar.
Eu errei…
Duas palavras pequenas, mas tão pesadas que parecem não caber na boca.
Difícil de dizer… quase impossível de engolir.
Mas talvez, meu maior erro…
Não tenha sido tropeçar,
E sim achar que nunca cairia.
Acreditar — tolo que fui —
Que a razão sempre dormia do meu lado da cama.
Fui ajuntando certezas
Como quem coleciona medalhas de um campeonato que ninguém mais quis jogar.
E nesse desfile de convicções,
Esqueci que o orgulho é sempre o ensaio da queda.
Porque quem pensa estar de pé
Deveria, ao menos, aprender a vigiar.
Há um preço em querer estar sempre certo.
E, às vezes, esse preço é alto demais.
Chama-se solidão.
Na sede de vencer discussões,
Perdi algo que pesava muito mais que qualquer argumento:
As pessoas.
Quantos lares, quantos abraços, quantas amizades…
Despedaçadas, não por grandes pecados,
Mas por pequenas vaidades,
Por muralhas erguidas onde poderiam florescer pontes.
Ah, o orgulho de quem nunca erra!
Ele não grita, mas constrói cárceres,
Isola, afasta, esfria.
E a certeza cega —
Essa danada — sufoca a humildade,
Fecha os olhos para tudo que ainda poderíamos aprender,
Se ao menos ouvíssemos…
Se ao menos calássemos.
No desespero de provar que sei,
Desaprendi a escutar.
Na ânsia de estar sempre certo,
Perdi pedaços de mim —
E já não era inteiro.
Nem toda vitória é vitória.
Às vezes, vencer é saber perder…
Perder o orgulho, para salvar o essencial.
Afinal, a verdade não precisa berrar.
Ela é forte o suficiente para permanecer em pé,
Mesmo quando se cala.
Vencer…
Às vezes é ceder.
Amar…
É aceitar que nem tudo precisa ser provado.
E, no final da história —
Quando os debates forem apenas eco nas paredes vazias —
A pergunta vai soar, simples, brutal e libertadora:
Você quer ter razão? Ou quer ter paz?
Porque no fim…
Não serão as vitórias que contarão.
Mas os vínculos…
Aqueles que resistiram ao fogo,
Aos ventos,
À tempestade,
E continuaram ali — firmes, de mãos dadas,
Escolhendo o amor, sempre.
só eu sei
só eu sei
o inferno quieto que grita dentro da minha cabeça
a guerra muda que trava, minuto a minuto,
com os pensamentos que não pedem licença
só eu sei
das vontades cruas
que guardo no bolso,
por medo — ou por amor demais
só eu sei
como é dançar na beira da loucura
sem cair
sem voltar
só eu sei
de onde vem a força
quando nem eu mais me reconheço
mas sabe o que eu não sei?
até quando esse teatro dura
esse riso emprestado
essa alma em cacos escondida
atrás de um “tá tudo bem”
mas, até lá...
respiro
me visto de paz
e sigo.
Eu me pergunto porque?
Existem coisas que não consigo entender, há coisas que não posso entender, outras coisas não quero entender, tem muitas coisas que se eu for querer entender, posso perder.
Mas te digo: Não me pergunte porque?
Eu não sei, só sei que não quero saber, quero apenas viver, desfrutar, ser feliz e fazer alguém feliz, sem procurar entender o porquê!
Talvez algum dia os homens venham a ser julgados
pelas intenções de seus corações, mas enquanto este
tempo não chega vivem como se não houvesse amanhã
“A folha lá do alto da árvore não passa o dia a pensar em quanto tempo lhe resta, ou como ser maior ou melhor. Enfrenta as ervas daninhas. Se oferece como alimento. Como sombra e ar fresco. Realiza seu trabalho. Transmuta gás carbônico para nos oferecer o sopro da vida. Enquanto contempla a paisagem ela vive. [...] Ao fim de seu ciclo, se joga sem medo rumo ao desconhecido.
Retorna ao útero.
Transcende.”
Será um sonho?
Por que se for sonho
Prefiro não acordar,
Prefiro ir para outro plano
Sem ter como voltar...
Uma vida sem você hoje já não faz mais sentido
É como se eu quisesse me perder...
Me perder em seu paraíso...
Me perder em seus olhos,
Sorriso, a curva dos seus cachos, beijos,
Me perder em seus abraços.
É um caminho sem volta,
É como enfim fazer parte de uma história.
Arrisque e seja feliz,
Sentar na varanda
Olhar meus olhos
Do jeitinho que sempre quis.
Minha história, sua história, nossa história, o que falta para ela começar agora?
“ Eu vivi apreciando a vida e
aprendi respeitar os limites, mas
descobri também que os limites
podem ser desafiados, e são portas
que se abrem com a chave da prudência. ”
Um ser desolado.
Eu sei dos meus sentimentos,
mas depois de ontem
Tornaram-se irreais
Como pensei que seria,
tudo se estendeu por um tempo
e minhas relações definham
Pessoas importantes
deixaram de ser.
Enquanto tenho olhos,
enxergo uma péssima pessoa
Meu espelho reflete
todos meus erros e defeitos
não tenho muitos desejos.
Perguntava o motivo de alguns
me odiarem.
Agora direciono essa dúvida
aos que dizem me amar.
Eu me preocupo
unicamente em ser bom
pois sei o quão ruim sou.
Matei sonhos, corações, pensamentos...
Como qualquer outro tenho lágrimas,
mas são dedicadas ao meu sofrimento.
Mesmo com alguns pensamentos
autodestrutivos, temo a morte.
Minha falta de esperança na vida,
e acompanhada de covardia acabar com tudo.
Eu não posso dizer que tenho bons motivos,
mas meu passado justifica meu agora, meu futuro.
Culpar os culpados não me faz certo.
Neste dia não dizer quem sou,
alguém frio e indiferente em relação ao mundo
ou uma pessoa abalada por sucessivas crises
O fundo do poço não existe,
Não há fundo para o infinito.
Todos podem , eu posso ser o que eu me sentir bem em ser! cada um de nós acaba se descobrindo, às vezes , antes tarde do que nunca.
O problema é que o entendimento geral de muitos idiotas de plantão, é que devemos viver uma única vez em nossas vidas, viver com base nas condições que nos são incutidas por uma sociedade cheia de preconceitos.
Acordem cambada de ipócritas, descubram-se e vão entender que é melhor sair da caixa que viver sufocado e perecer na ignorância.
O SILÊNCIO RESPONDE
Alguém: filósofo, quem irá responder ao que se esquece de perguntar?
Filósofo: quem é quem?
Alguém: como eu, alguém, qualquer um…
Filósofo: nada sei. Você se refere a um sujeito indeterminado? Qualquer um pode ser um de qualquer lugar.
Alguém: filósofo, qual a reflexão, então, de onde vem a resposta ao que não é perguntado?
Filósofo: do Silêncio.
Alguém: como assim, filósofo, de que maneira o silêncio consegue responder?
Filósofo: com a reflexão.
Alguém: explique melhor.
Filósofo: não sei explicar. Você tem que perguntar ao “quem” da reflexão, “qualquer um” de “qualquer lugar” do silêncio.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 03/10/2021
23:30h
MY PHILOSOPHY
A existência precede a essência?
Resposta: Não.
A existência NÃO precede essência.
1) A essência (tò ti en eînai, o ente que é), se identifica o com o ser-determinado (existente), isto é, o ser dotado de forma.
2) O ente que é, a essência, se faz com o ser determinado.
3) Logo, a existência é determinada.
BY Alfredo Soares Moreira Filho.
TRIPARTITE: CRENÇA, VERDADE E JUSTIFICAÇÃO
Alguém: filósofo, realmente, é difícil conhecer as pessoas como elas são de verdade. O que devo fazer para realmente conhecer alguém? Que tem a dizer a respeito?
Filósofo: Nada sei. Você realmente se conhece a si mesmo?
Alguém: filósofo , creio que sim, que me conheço.
Filósofo: Crença, mesmo que seja verdadeira e justificada, pode não corresponder a realidade dos fatos.
Alguém: explique melhor.
Filósofo: Por sorte, você se conhece, ou seja, acontece. Mas, tem que ser por mérito.
Alguém: Como assim?
Filósofo: por constatação. Se você apenas crê que se conhece, como irá constatar que realmente conhece alguém?
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 19/09/2021
11:32h
APARÊNCIAS
Alguém: filósofo, sempre fui acusado pelos que me conhecem de ser e ter o que não era e não tinha.
Filósofo: e hoje?
Alguém: do mesmo jeito, ainda sou acusado de ser o que não sou e de ter o que não tenho.
Filósofo: quanto ao dia de amanhã?
Alguém: suponho, ainda irão me acusar de ser e ter o que hoje não sou e não tenho. O que acha?
Filósofo: nada sei, mas o que você mesmo diz, confirma que eles estão certos. Por que não muda?
Alguém: como assim, filósofo, não entendi, explique.
Filósofo: consciente ou inconscientemente, por passar uma imagem, mostrar alguma coisa, se fazer passar por algo, faz com que acabem acreditando.
Alguém: ostentar, é isso que está querendo dizer?
Filósofo: essa, a sua conclusão, viver de aparências. Então, assuma as consequências
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 16/09/2021
01:08h
O BOM PSICANALISTA
O QUE FAZER PARA CONQUISTAR ALGUÉM?
Alguém: bom psicanalista, qual a melhor maneira de conquistar uma pessoa?
O bom psicanalista: não existe uma maneira correta. Um dos caminhos, é o da sinceridade, onde a pessoa demonstra ser verdadeira com os seus sentimentos. O primeiro passo, nesse caminho, seria: "Conhece-te a ti mesmo…. …e conhecerás todo o universo... porque se o que procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum.” Esta mensagem foi encontrada no Oráculo de Delfos e adotada por Sócrates como um dos pilares da sua filosofia. Assim, para conquistar alguém, o primeiro passo é conquistar a si mesmo.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 14/09/2021
08:22h
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