Cronica de Graciliano Ramos

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Ninguém me Habita

Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.

Amanhã sera melhor que hoje ..
e assim sera , cada ano que se passa tiramos algo de especial para guardar,
neste, eu descobri que distancia nenhuma separa verdadeiras amizades, que podemos
esperar a verdade das pessoas que menos gostamos ,
Aprendi que crescemos, nunca paramos de descobrir coisas, vi que o melhor amor está
do nosso lado, que as melhores pessoas não são as que nos fazem rir, mais sim as que
nos recebem bem todos os dias, independente do humor, que nos ajudam nas pequenas coisas,
pois nas grandes todo mundo se oferece para dar um apoio ..
Percebi que é impossivel não mentir, mais que é válido uma mentira para o nosso bem,
sem machucar ninguem !
Não percebi, mais senti, que as pessoas mais importantes para mim são aquelas que eu
faço sorrir , que marcam minha vida, que eu considero os MELHORES, e agora sim,percebi
que amar é muito mais sentir do que DIZER !

A sabedoria popular nos ensina que há sempre um aprendizado a ser recolhido depois da dor. É verdade. As alegrias costumam ser preparadas no silêncio das duras esperas. Não é justo que o ser humano passe pelas experiências de calvários sem que delas nasçam experiências de ressurreições.

Por isso, depois do cativeiro, o aprendizado. Ao ser resgatado, o sequestrado reencontra-se com seu mundo particular de modo diferente. A experiência da distância nos ajuda a mensurar o valor; e o sequestrado, depois de livre, mergulha nesta verdade.

Antes da necessidade do pagamento do resgate, da vida livre, sem cativeiro, corria-se o risco da sensibilidade velada. A vida propicia a experiência do costume. O ser humano acostuma-se com o que tem, com o que ama, e somente a ruptura com o que se tem e com o que se ama abre-lhe os olhos para o real valor de tudo o que estava ao seu redor. As prisões podem nos fazer descobrir o valor da liberdade.

As restrições são prenhes de ensinamentos. Basta saber parturiar, fazer vir à luz o que nelas está escondido.

A ausência ainda é uma forma interessante de mensurar o que amamos e o que queremos bem. Passar pela experiência do cativeiro, local da negação absoluta de tudo o que para nós tem significado, conduz-nos ao cerne dos valores que nos constituem.

O resgate, o pagamento que nos dá o direito de voltar ao que é nosso, condensa um significado interessante. Ele é devolução. É como se fôssemos afastados de nossa propriedade, e de longe alguém nos mostrasse a beleza do nosso lugar, dizendo: “Já foi seu; mas não é mais. Se quiser voltar, terá que comprar de novo!” Compramos de novo o que sempre foi nosso. Estranho, mas esse é o significado do resgate.

Distantes do que antes era tão próximo, recobramos de um jeito novo. Redescobrimos os detalhes, as belezas silenciosas que, com o tempo, desaprendemos a perceber. A visão ao longe é reveladora. Vemos mais perto, mesmo estando tão longe. Olhamos e não conseguimos entender como não éramos capazes de reconhecer a beleza que sempre esteve ali, e que nem sempre fomos capazes de perceber.

No momento da ameaça de perder tudo isso, o que mais desejamos é a nova oportunidade de refazer a nossa vida, nosso desejo é voltar, reencontrar o que havíamos esquecido reintegrar o que antes perdido ignorado, abandonado. O que desejamos é a possibilidade de um retorno que nos possibilite ver as mesmas coisas de antes, mas de um jeito novo, aperfeiçoado pela ausência e pela e pela restrição.

Depois do resgate, o desejo de deitar a toalha branca sobre a mesa, colocar os talheres de ocasião sobre mesa farta. Fartura de sabores e pessoas que nos fazem ser o que somos!

Refeição é devolução! Da mesma forma como o alimento devolve ao corpo os nutrientes perdidos, a presença dos que amamos nos devolve a nós mesmos. Sentar à mesa é isso. Nós nos servimos de alimentos e de olhares. Comungamos uns aos outros, assim como o corpo se incorpora da vida que o alimento lhe devolve. A mesa é o lugar onde as fomes se manifestam e são curadas. Fome de pão, fome de amor!

Depois do cativeiro, a festa de retorno, assim como na parábola bíblica que conta a história do filho que retornou depois de longo tempo de exílio. Distante dos nossos significados, não há possibilidade de felicidade. Quem já foi sequestrado sabe disso. Por isso, depois do sequestro, a vida nunca mais poderá ser a mesma.

Às vezes a vida quer que caíamos na real, que paremos de supor, de sonhar, de imaginar que nós, nossos planos, sonhos e pessoas que amamos são melhores do que, de fato, são.
A vida só quer que sejamos realistas, mas, quanto mais arrogantes somos, quanto mais nos achamos superiores e “especiais”, maior é a queda e, acredite, o tal do “cair na real” pode ser extremamente dolorido. Uma queda e tanto!

Complicada?

Sim, eu sou complicada em alguns aspectos, tenho minhas manias, meus puderes, meu recato, mas, se você não esta disposto a suportar minha complexidade, jamais vai conhecer meu lado magnificamente simples.
Quem não suporta os meus óbices, os meus pontos fracos, quem, enfim, não desvenda os meus mistérios não chega a conhecer o meu melhor, as minhas maiores virtudes, os meus maiores encantos.
Qualquer tipo de relacionamento é constituído de trocas, você só desvenda o melhor do outro quando cede, quando consegue ignorar o que ele não tem de “tão” bom ou, enfim, aquilo que não lhe parece “simples”.
Quando você supera aquilo que não é “fácil” você entra na vida do outro, todavia, quanto mais complicado um homem é, mais raro e belo é aquilo que sua “complicação” esconde, mas nem todos desvendam.

Uma carta sem segredos

Tenho diante de mim o pulsar sereno de convicções adquiridas. Pudera eu comunicá-las com a mesma serenidade com que pulsam.
Sinto-me no direito de poder dizer. Tens o direito de não considerá-las.
Acredito que viver o conflito consiste em ter nas mãos metade da mudança. Eu sei que mudança de comportamento não se quantifica, mas percebe-se pelo instaurar sereno da paz em nós. É isso que queremos, é isso o que buscamos.
O que importa não fugir, e assumir o autoconhecimento como investimento necessário, afinal tu serás o companheiro que terás de aturar a vida toda. O que és, o que podes, o que não podes e o que deves serão a pauta na qual a vida se inscreverá. Os sonhos e as realidades deverão ser desvendados e, aos poucos, terás de possuir a síntese das duas instâncias. Sonhar sempre, mas o sonho possível, aquele que se percebe brotar da realidade, existencial pousada sobre as mãos.
O que tens hoje nas mãos? O que te é possível? Certamente é o que precisas para a luta que hoje tens de travar. Penso que a ansiedade que existe em ti tem sua raiz no discurso da falta. Buscas o preenchimento de um mundo de ausências que se estabeleceu ao longo de tua vida. Por vezes são ausências rasas, facilmente preenchidas. Uma canção, um encontro com os amigos, mas por vezes elasse configuram e assumem forma de abismo e, nesse momento, não há metáfora alguma que as possa preencher. Aí nasce a saturação. Nada basta, nada explica, nada fala e nada o satisfaz.
Acredito muito no que podes, mas também acredito no que não podes. Uma realidade não anula a outra; apenas traça o perfil de tua verdade, mostra o que és.
Sei o quanto te custa conviver com isso, afinal viveste muito tempo sob o peso da exigência e da cruel comparação aos outros. E por mais verdadeiro que seja o amor que te dedicaram, no fundo, lá onde pulsa a tua solidão ônica, esse amor nunca bastou. Daí nasce a falta, a ausência e a necessidade do discurso metafórico que tanto utilizas.
Metáfora é o requinte com que vestimos a realidade. Ela é o disfarce do real, mostrado, expulso, mas sem revelar. É a luta para que o simples seja maquiado e não seja revelado em seu despojamento. Com a metáfora, nós tentamos nos livrar do desconserto da nudez.
Não há nenhum problema em revestir a vida de metáforas. São elas que nos salvam da mesmice, que dão cor aos nossos dias. Sem elas, a realidade nos esmagaria com seus fardos. Mas há que se cuidar de um detalhe. Não é justo tornar a vida uma metáfora.
Por isso, não temas o momento do despojamento. Compreenderás, com ele, que a vida é só o que temos. Só ela realmente importa. Mesmo porque sem ela nada será possível. Todos os outros desdobramentos se darão se a vida ainda estiver em nós. Crava os olhos na tua pequenez e descubra o quanto ela é grandiosa. És muito mesmo no pouco. O espírito de onipotência não nos faz melhores, apenas mais pesados. Ele nos conduz a um capo de possibilidades e depois nos abandona!
Identificas-te com o “menino abandonado” e por isso pedes o amor de domínio. Inconscientemente te entregas ao domínio dos afetos. Tens necessidade do aconchego e da segurança de outra vontade. Não precisa ser assim. Resguardar a liberdade, ainda que amarrado pelo amor, é um direito a que nunca podemos renunciar.
Aqui mora o conflito do amor possessivo. As pessoas nos tratam de acordo com o que autorizamos. Se inconscientemente pedes o domínio, ele se dará. Mas sei que estás incomodado com as amarras afetivas em que te encontras. Vives o fastio da dependência. Que bom. A saturação pode ser a porta por onde nos chegam grandes mudanças. A crise sempre resguarda a possibilidade de uma grande conquista. O caminho da mudança está diante de ti. Terás primeiramente de proclamar tua liberdade, para que alguém te ame sem te aprisionar.
Essa proclamação não é grito que se aprende da noite para o dia, mas cedo ou tarde terá de começar. Não poderás fugira vida toda. É uma questão de sobrevivência. Aquilo de que foges hoje, amanhã terás de temer ainda mais. Quanto mais adiares a luta, tanto mais frágil te sentirás!

A comunhão que o coração de Deus nos inspira torna-nos participantes de outras histórias. Não estamos sós. Em algum lugar, um coração sofre semelhante angústia. E busca e deseja o aprimoramento do modo de ser e estar no mundo.
Sei que queres o aprimoramento do teu ser. Primeiros passos já foram dados. Hoje és mais livre do que foste ontem, afinal o querer é a primeira configuração do realizar. Ele é essência do ato de ser livre, e por meio dele nos inserimos na dinâmica da vida. Quem não alimenta o seu querer, mesmo que ainda respire, pode se considerar morto.
Mais vivo do que nunca vou ficando por aqui. Desculpe-me ter invadido a tua casa. Não sei se cheguei em boa hora!
Desconsidera tudo o que julgar desnecessário. Falar sozinho é sempre um risco, afinal as intervenções alteram e purificam os pontos de vista e as compreensões.
Tens agora em tuas mãos um discurso ou uma pregação – como diria um outro amigo meu –, mas eu te asseguro que é um prosear bem-intencionado, fruto de um coração irmão que no silêncio da prece luta contigo!

Dança não é ballet, não é tango nem valsa. Dança não nasceu para ser dividida. Sempre veio da universalidade. Sempre quis juntar o que os outros separavam.
A dança é de todos e deve ser ADMIRADA e RESPEITADA independente do ritmo, do nome que é levada ou dos ''passos'' que a compõe.
''DANÇA É A EXPRESSÃO DA ALMA. NÃO DE UMA TÉCNICA!''

1 As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;

2 E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

(Os Lusíadas canto primeiro - 1 e 2)

Luís de Camões
Os Lusíadas

Saudade de Amar

Deixa eu te dizer, amor
Que não deves partir
Partir nunca mais
Pois o tempo sem amor
É uma dura ilusão
E não volta mais

Se tu pudesses compreender
A solidão que é
Te buscar por aí
Andando devagar
A vagar por aí
Chorando a tua ausência

Vence a tua solidão
Abre os braços e vem
Meus dias são teus
É tão triste se perder
Tanto tempo de amor
Sem hora de adeus

Oh, volta
Que nos braços meus
Não haverá adeus
Nem saudade de amar
E os dois, sorrindo a soluçar
Partiremos depois

Pois meus olhos não cansam de chorar
Tristezas não cansadas de cansar-me;
Pois não se abranda o fogo em que abrasar-me
Pôde quem eu jamais pude abrandar;

Não canse o cego Amor de me guiar
Donde nunca de lá possa tornar-me;
Nem deixe o mundo todo de escutar-me,
Enquanto a fraca voz me não deixar.

E se em montes, se em prados, e se em vales
Piedade mora alguma, algum amor
Em feras, plantas, aves, pedras, águas;

Ouçam a longa história de meus males,
E curem sua dor com minha dor;
Que grandes mágoas podem curar mágoas.

- Busco um homem honesto.
- Elogiar a si mesmo desagrada a todos.
- O amor é uma ocupação de quem não tem o que fazer.
- O insulto ofende a quem o faz e não a quem o recebe.
- A sabedoria serve para reprimir os jovens, para consolar os velhos, para enriquecer os pobres e para enfeitar os ricos.
- A liberdade para falar é a coisa mais bela para um homem.
- Um filósofo só serve para machucar os sentimentos de alguém.
- O tempo é o espelho da eternidade.
- Sou uma criatura do mundo.

Abelhas na Barriga

Meu estômago não tem borboletas,
são apenas flores.
Cheias cheias de abelhas.
Agulhas que me causam dores.

Ansiedade?
Talvez medo dessa ferocidade!
Essa idade suficiente para perder beleza
crescer e competir com a velha natureza.

Quando o sol raia, prefiro por dia morrer;
os casulos crescem.
Mas a noite, ah a noite! na lua quero renascer
As borboletas florescem.

O Amor – Poesia futurista

A Dona Branca Clara

Tome-se duas dúzias de beijocas
Acrescente-se uma dose de manteiga do Desejo
Adicione-se três gramas de polvilho de Ciúme
Deite-se quatro colheres de açucar da Melancolia
Coloque-se dois ovos
Agite-se com o braço da Fatalidade
E dê de duas em duas horas marcadas
No relógio de um ponteiro só!

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

A Filosofia é uma atividade permanente de esclarecimento. Não se pode reduzi-la a um esclarecimento da linguagem, como pretendeu a escola analítica. Porque, por trás da linguagem, existem questões reais substantivas, pessoas de carne e osso, e assim por diante. Tratar tudo isto apenas como análise da linguagem é o mesmo que confundir a comida de um restaurante com o cardápio. Quando o dono do restaurante fala para o seu cozinheiro "Nós temos que modificar o nosso cardápio", o cozinheiro faz novas comidas reais. Não simplesmente pega o cardápio e decide escrever tudo diferente.
Quando o dono fala em modificar o cardápio, está raciocinando metonimicamente. Não é modificar o cardápio em si, mas as comidas que estão referidas no cardápio. O que os filósofos fazem é isto. Não estão reformulando somente o cardápio, mas estão colocando dentro da lista novos elementos que não existiam ou não tinham sido percebidos antes.
Esta é a finalidade da Filosofia, o esclarecimento permanente das questões tal como se apresentam concretamente na cultura e na vida humana, e não somente na linguagem. Obviamente, a análise da linguagem faz parte disto, mas como um instrumento auxiliar cuja importância não deve ser muito enfatizada ou exagerada. Porque a maior parte dos elementos que você lida são elementos que ainda não têm uma formulação linguística, são elementos de experiência interior e exterior que às vezes escapam da expressão linguística. Por exemplo, quando apareceram os fenômenos das duas guerras mundiais e das tiranias totalitárias, impondo aos seres humanos uma quantidade de sofrimento e de situações absurdas que elas não conseguiam expressar verbalmente. Se você ler hoje a obra de Alexander Zinoviev, professor de Lógica Matemática, perceberá que ele usa o seu instrumental lógico para criar uma nova linguagem capaz de descrever o que a situação real vivida pelos cidadãos do Império Soviético. Experiência que, portanto, transcendia os meios linguísticos de expressão dos próprios personagens que estavam vivendo. Como poderia ser isto uma mera análise da linguagem se a linguagem para expressar aquilo não existia no momento? Tratava-se, sobretudo de sentimentos e vivências mudas do coração humano que Zinoviev puxará de dentro da alma humana para uma expressão linguística finalmente. E é evidente que a análise da linguagem de Zinoviev não é a mesma que o próprio Zinoviev está fazendo dos acontecimentos e das experiências reais.
A filosofia analítica é uma filosofia de brinquedo, que transforma as questões mais temíveis da existência humana em meros jogos de linguagem. Isto é bom para quem quer ficar se divertindo em casa, mas não para quem quer meter a mão na massa. É um divertimento acadêmico apenas. Às vezes, produz algo de real utilidade, não se pode negar. Quando eu digo que a função da filosofia é lançar luz sobre estas questões reais, então não estou me referindo a meras questões de linguagem ou de lógica. A própria lógica como disciplina científica é um dos dados da situação social e existencial que estamos vivendo. Ela tem uma função dentro, entre outros, do universo da ciência e da tecnologia, e é, por assim dizer, uma força social. Então tem que ser analisada também como força social e não somente dentro dos detalhes formais da própria lógica.

Tentação

Eu fechei os meus lábios para a vida
E a ninguém beijo mais, meus lábios são,
Cmo astros frios que, com a luz perdida,
Rolam de caos em caos na escuridão.

Não que a alma tenha já desiludida
Ou me faleçam os desejos, não!
O que outrem prejulgava uma descida,
É subir para mim, elevação!

Vejo o calvário por que anseio, vejo
O Madeiro sublime, "Glórias" ouço,
E subo! A terra geme... eu paro. (É um beijo.)

A moita bole... Eu tremo. (É um corpo.) Oh Cruz,
Como estás longe ainda! E eu sou tão moço!
E em derredor de mim tudo seduz!...

Mário de Andrade
ANDRADE, M. Poesias completas: Volume 2, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

Sexta-feira 13 é dia de sorte para alguns, dia de azar para outros, gatos pretos e bruxas fazem parte da superstição. Mas, o que é real mesmo, é que sexta-feira é o dia da semana que antecede o sábado.
Assim, relaxa, que logo virá um lindo e abençoado fim de semana para você aproveitar na companhia de sua família.

Não importa o que tenha passado neste ano que está terminando, bom ou ruim, alegre ou triste, feliz ou infeliz, com saúde ou com doença, com ou sem trabalho, amando ou não, sendo amado ou odiado, com ou sem dinheiro, etc.
O que importa mesmo é que você está passando vivo(a) do ano velho para o ano novo.
Assim, antes de tudo, agradeça a Deus por mais um ano terminado com vida, sua maior dádiva, e, com muita fé, peça-Lhe que o(a) abençoe e lhe conceda as graças e virtudes pretendidas, para prosseguir no belo ciclo da vida.

Ostentação é o ato ou efeito de ostentar, quer dizer “apresentar” ou “mostrar” num sentido exibicionista, estando ligado ao orgulho, à presunção ou simplesmente à vaidade. É o ato de alguém que exibe as suas "riquezas" ou as suas próprias "qualidades", sublinhando a importância de algo que tem, que fez ou que é. Em boa parte dos casos acontece para retirar o foco de atrativos inexistentes.

Ostentação é uma palavra que tem origem no termo em latim ostentatio, que significa exibição vã ou inútil. Uma pessoa que recorre à ostentação é muitas vezes conhecida como afetada ou fútil.

Quem tenta ostentar com bens e atitudes que financeiramente não pode manter, acaba se tornando escravo da sua própria futilidade.

Tempo
[Egocentrismo Social]

Durante nossa vida passamos por certos momentos inevitáveis...Alguns bons, outros ruins, mas todos com o mesmo propósito: aprender algo. Durante nossa vida conhecemos vários tipos de pessoas: as boas, as más, as que nos fazem sofrer, as que nos trazem alegria, as que você não pode confiar, as que você ama, infinitos tipos de pessoas.

Às vezes a vida nos faz passar por momentos tão estranhos! Às vezes temos que ouvir palavras que não merecemos...às vezes as pessoas de quem a gente gosta nos fazem sofrer...e isso é tão incompreensível!
Se todos medissem as palavras ditas, viveríamos em um mundo mais cheio de paz e respeito, um mundo em que não existiria dor, raiva, injustiça, traição e preconceito. E não adianta sonhar com um mundo melhor, pois a realidade está estampada em nosso rosto.
Nem sempre a prioridade que damos as pessoas é a mesma que nos é dada, não se pode pedir isso...tem que ser concedido com o tempo, tem que vir do coração, e caso não venha, significa que não é o momento exato...momento esse de perfeição.

[Mais do mesmo]

Todavia, sentar e chorar não resolverá os problemas. É preciso tempo. Muito tempo! E paciência. Quem está com raiva tem o direito de estar com raiva. No entanto, não tem o direito de ser cruel. Infelizmente "os homens ofendem mais ao que amam do que ao que temem". A verdade é: quando precisamos de defesa, sempre vem alguém e nos ataca.

Devemos nos colocar em primeiro lugar, não por sermos egoístas, mas por amor-próprio. Às vezes mudanças são necessárias. Conforme vivemos, crescemos e nossas idéias mudam, nossa vida deve mudar. Enfim, pode-se mudar ou continuar o mesmo. Pode-se fazer o melhor ou o pior. Tente sempre fazer o melhor. Cada escolha, uma conseqüência. E a nossa força cresce da nossa fraqueza.

As únicas pessoas normais são aquelas que não conhecemos muito bem. Tente entendê-las antes de julgá-las. Prioridade é prioridade. Opção é opção! É inevitável ser magoado mais de uma vez, mas lembre-se que “A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”. Quem ama não faz chorar, e se for será de alegria. Quem se importa estará sempre lá. Quem não se importa sempre encontrará alguma desculpa.

Depois de errar muito aprendemos a dar valor naqueles que valem a pena, naqueles que devem permanecer na nossa vida pra sempre e naqueles que nunca deveriam ter entrado nela. Com o passar do tempo entendemos o significado de “amor verdadeiro é incondicional”. Aprendemos que os opostos não se atraem. Começamos a defender os poucos. A ignorar os tolos. Ficar do lado de quem precisa. E gostar de quem sente o mesmo por nós. Só é preciso dar tempo ao tempo. Ser paciente. Saber esperar.

[Egocentrismo Social]

Mais do que nunca é preciso acreditar! Acreditar que a vida pode melhorar. Acreditar que os sonhos podem se tornar realidade. Acreditar que um dia o sofrimento será substituído pelo amor. Acreditar que o silêncio será o suficiente. Acreditar que nada é para sempre. Acreditar que quem lhe ofende um dia pedirá desculpas. Acreditar que aprenderemos com todos os erros. Acreditar que o tempo cura tudo.



“O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa”. (Bella - Lua Nova)

UM RECANTO SEGURO

Há em cada criatura um recanto seguro
para falar ou escutar a Deus.
Uma paisagem desértica,
um jardim florido,
um córrego em festa...
Um amanhecer risonho,
uma tarde chuvosa...
Uma canção ao longe,
um rosto de criança,
um campo bucólico,
alguém em sofrimento...
A magia de um poema,
a glória de um amanhecer,
a policromia de uma pintura...
Uma frase da Bíblia,
uma conversação edificante,
um relato comovedor,
um gesto de sacrifício,
uma oração...
Há, em toda criatura,
um recanto seguro,
que se alcança através de algum
desses convites naturais,
onde se sente, se fala, se ouve a Deus,
e o Seu amor está
mais próximo, é mais envolvente.

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