Cronica de Graciliano Ramos
Eu quero que diante do meu corpo morto, estejam apenas as pessoas que foram felizes, comigo! Depois, sozinhas! Aquelas que não poderão dedicar ao meu corpo inerte o seu escárnio no dia do meu velório, se quiserem no silêncio que sempre as motivou a meu respeito, me dedicarem uma prece diante da minha cova, eu lá do céu ou do inferno, neste momento não posso determinar o que Caronte irá fazer, as ouvirei pois será o que me restará fazer, o tempo do perdão terá passado, existindo apenas o do arrependimento.
ACD Nº 2768
84-09/10/2016
Toda criança é como um muro, no seu nascimento precisa de um alicerce onde se sustentará. Para os recém-nascidos as mãos paternas e maternas são esses alicerces, no muro tal papel é representado pela base das colunas de sustentação.
A administrar este crescimento, o tempo.
O tempo passa, a criança cresce, o muro cresce, e em algum momento desse crescimento os cuidados que se deve ter para ambos não ruírem, é deixado de lado.
O limo, o vício, o mau tempo, as más escolhas, o descaso faz com que suas janelas sejam fechadas, e que vidros sejam colocados ao longo do seu caminho e extensão.
Até que um dia o coração do homem que deixou de ser criança, oprimido pela falta de vida, sufocado pela sujeira que ofusca a sua verdadeira cor, faz ele perceber que precisa retomar o tempo no qual os olhares das pessoas eram de respeito e admiração, pela sua altura, pela sua extensão, pela sua pintura, pela sua capacidade de guardar aqueles que do seu lado, se valiam da sua proteção.
Nesse momento ele chega a conclusão que não deve mais ficar em cima do muro, e que precisa dar vida a sua vida e a do muro, pois a melhor vida do mundo para ele, sempre será a que ele vive!
E o melhor desse muro, será aquilo que lhe permitirá descobrir que nele existe algo a lhe servir de lição, pois se de um lado dele pode estar escrito “Desistir”, do outro estará escrito “Tentar”, e é neste ponto que ele irá encontrar a sua verdadeira vitória e devolver beleza ao muro da sua casa.
"Quando todos levantarem a sua voz, o grito de todos será ouvido até no infinito. Enquanto for um grito de poucos, esse não passará da primeira esquina."
Obs: Inspirado nas reclamações de alguns moradores do bairro onde moro, em razão dos alagamentos causados pela chuva, e subida da maré que causou violentas ressacas no litoral sul paulista e outras praias brasileiras.
CCF
ACD Nº 2803
120-30/10/2016
Num determinado momento no contexto da 2ª guerra mundial, fato bem retratado no filme "Invencível(2015)" , o "Pássaro" comandante japonês de um severo campo de prisioneiros, para humilhar ainda mais os soldados americanos, tratados com tirania por ele, diz: " Seu grande Presidente Roosevelt está morto" Mal sabia ele que aquele acontecimento, selava a sorte do Japão naquela conflito mundial, e ele foi considerado ao seu final um criminoso de guerra.
No Brasil de hoje vivemos assim, cheios de noticias ruins, que nos humilham e nos fazem querer perder as esperanças de vencer a batalha contra a corrupção, colocando o Brasil no caminho da ordem e do progresso.
Mas será exatamente assim que acontecerá, quando tudo parecer ter chegado ao seu fim, e a pior noticia nos bater na cara, esse será o momento da nossa vitória.
ILUSÃO E CAPIM
Celso Corrêa de Freitas
Ele era sim uma grande esperança
De um País bem assim
Onde todos iguais
Viveriam felizes em fim!
Agora está muito claro para nós
O papel dele na matilha
Que se tornou maior com aqueles
Que se juntaram a quadrilha
Virou então um fato
Que o tempo consagrou
Todos roubaram como roubaram Um bando de picaretas
Vestindo a máscara da mutreta
Que do País se apropriou.
Roubaram, como roubaram
E esta roubalheira
O fim de cada um determinou.
Fim da era da mortadela
Dentro do pão e cinquentim
Encabestrando parte do povo
Com ilusão e capim
Mas acabou a rapina
Agora nós vamos ver
Todos entrando em cana
Vamos lá Brasil
Vamos ver o fim
Desses sacanas.
Abençoados sejam os cachorros! Ganharão carinho, proteção e abrigo, a qualquer tempo.
Desafortunados sejam os humanos! Receberão em troca desprezo, e asilo ao final da vida.
A imagem e semelhança de Deus, só se for a do cão.
Pensamentos anoitecidos
Divagações opornoturnas
CCF 11/08/2017
23:34
O índio, vindo lá de Itanhaém, desce o rio até chegar ao que hoje conhecemos como Portinho, e área da ponte do mar pequeno....De volta a sua aldeia o cacique lhe pergunta: Dauá por onde você andou?
E ele ainda extasiado responde ao Cacique:
- Eu desci o PEAÇABUÇU e encontrei Paranaguá(Tradução...Eu desci pelo Caminho das Palmeiras Grande e fui parar na enseada do mar grande").
Este índio, falava de algo que se transformou na cidade de Praia Grande-Litoral Sul de São Paulo.
E quem achar que deve, que conte outra...
Casas
Em cada uma delas, uma história.
Ruas
Muitas ainda como antes
Na minha memória.
Por elas andei, corri, me estatelei.
Novos prédios
Muitos prédios novos
Para os que nasceram nela
Ou para quem chega de outro chão
Para viver novos momentos
Na terra da promissão
Itaperuna
Lugar para onde a minha razão
Quer ir
Onde meus últimos passos quero dar
Meus últimos dias
Quero viver.
Itaperuna
É a minha sina
De ti não esquecer
Fostes o começo da República
O começo do meu tempo vivido (Ref: JSS)
Minha vida nunca foi fácil
Mas também não seria melhor
Longe de você ter nascido.
...
Poema em homenagem aos 129 anos de Itaperuna - 10/05/2018
"Persistência! Nenhum gol vem fácil. O jogo não acaba ao se colocar o voto na urna. Para a Democracia ser campeã é preciso foco!"
CCF, ao final do jogo Brasil 2 X 0 Costa Rica em 22/06/2018, quando a persistência foi o fator fundamental para a vitória nos minutos finais e de acréscimos do jogo.
o mais importante para o pescador não é o peixe que já está quieto no seu balde, mas sim aquele que nada irrequieto nas proximidades do seu barco.
Mesmo um lambari, ele não o despreza.
Se for um dos grandes, ele insistirá com a melhor das suas iscas, até captura-lo.
Portanto...
O voto mais importante não é o do eleitor que já está no balde, mas sim o do eleitor que resiste a melhor das iscas e fortalece os ideais do seu cardume.
Mas pense nisso!
"Peixe nenhum! Dos grandes ou dos pequenos, nada para trás."
Na história do Aladim, tem um dialogo entre o vilão e ele assim,
- roube o povo, e será um ladrão...
Lula e sua turma sempre fizeram isso muito bem, por isso são chamados de ladrões.
- Roube um Rei, e terá o poder...
Está claro que tem alguém querendo tirar o poder de Lula, embora se poste como amigo dele, e o trate como Rei, o Rei dos ladrões.
O tempo no qual os jovens amavam os Beatles e os Rolling Stones, passou! Como também passou o tempo daqueles que queriam nos seus futuros serem um Pelé, um Zico...
Os jovens hoje navegam em águas perigosas, que impõem a eles a execução de atos que os levam por fluxos correntes onde à prática criminosa é uma regra.
No Brasil, a categoria "ESCRITOR" pode ser explicada assim:
Os Clássicos: Criaram obras impactantes, contando eternas histórias;
Os Antigos: Inspirados pelos exemplos que tinham, nos encantaram com suas histórias;
Os Modernos: A essência libertária de suas obras proporciona uma constante renovação literária, e vibrantes novas histórias;
Os Desconhecidos: Lutam, escrevem, lutam, escrevem, nunca desistindo de seus sonhos de também poderem contar suas histórias;
Os Descondenados: Livre dos epítetos a frente de seus nomes, esses agora tentam usando uma literatura própria, transformar os maus em bons, e o bem no mal, reescrevendo suas nefastas e corruptas histórias.
Não faça por você, faça pelo seu próximo!
Não faça por alguém, faça por todos!
Não faça por fazer, faça por envolvimento!
Não faça por uma causa de alguns, faça por um objetivo comunitário!
Não faça para obter recompensas, faça para obter resultados!
Mas ainda que não faça nada, pense no que você poderia ter feito de melhor.
Era necessário que a coroa de espinhos fosse colocada sobre sua cabeça?
Nenhum dos ladrões que com ele foram crucificados recebeu esse ornamento.
Mas a Ele — JESUS — era preciso humilhar, expor, desfigurar.
Colocaram-no diante dos seus, não como mártir, mas como artífice de uma conspiração.
Queriam que o vissem como autor e executor de um levante contra os poderosos.
E assim, sob o peso da dor e do escárnio, coroaram o inocente com o símbolo da culpa alheia.
Do meu oito ao vinte e dois, flama-se a justiça sob a perfeição do sete. Quando se unem aos noves, renasce o amor altruísta — puro, elevado, sem medida.
E então me perguntaram: Como pode o ser, que trilha os caminhos Rosacruzes, alimentar-se da morte e se perder nos delírios de um partido separatista e armamentista? Como manter-se escravo do status quo enquanto a miséria ao lado clama, silenciosa, por socorro? Como falar de confiança, se os atos contradizem a essência com incoerência gritante?
São reflexões de quem não foi guiada por mestres carnívoros, mas pelos sutis, que mesmo diante da minha materialidade terráquea, fizeram-me entender seus assuntos e comandos, soprados suavemente pelo éter.
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
(...) Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
...
- Papai, por que que o dinheiro que você ganha não chega?
- É pouco.
- Por que que é pouco?
- Porque o patrão paga pouco.
- Então por que que vocês não pedem mais ao patrão?
- O patrão despede a gente e gente fica sem pão.
- Por que que o patrão despede?
- Porque ele é o dono das fábricas, porque ele é o dono das máquinas.
- Papai, por que que vocês não fazem também com ele o mesmo que nós fizemos com o Juca?
- Quem é o Juca?
- Juca era o dono da bola.
- Que foi que vocês fizeram?
- Tomamos a bola dele.
...
Tão Longe...
Esta vez, este lugar
Maltratado, erros
Tempo demais, tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas uma chance
Apenas uma respiração
Caso reste apenas um
Porque você sabe,
Você sabe, você sabe
Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive longe por muito tempo
Eu fico sonhando que você estará comigo
E você nunca irá
Pararei de respirar se
Eu não a vir mais
De joelhos, eu pedirei
Última chance para uma última dança
Porque com você, eu confrontaria
Todo o inferno para segurar sua mão
Eu daria tudo
Eu daria por nós
Dou qualquer coisa, mas eu não desistirei
Porque você sabe
você sabe, você sabe
Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive longe por muito tempo
Eu fico sonhando que você estará comigo
E você nunca irá
Parar de respirar se
Eu não a vir mais
Tão longe
Estive longe por muito tempo
Tão longe
Estive longe por muito tempo
Mas você sabe, você sabe, você sabe
Eu queria
Eu queria que você ficasse
Porque eu precisava
Eu preciso ouvir você dizer
Que "eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu te perdôo
Por estar longe por tanto tempo
Então continue respirando
Porque eu não irei embora
Segure-se em mim e
Nunca me solte"
Legenda dos Dias
(Raul de Leoni - Rio de Janeiro - 1895-1926)
O Homem desperta e sai cada alvorada
Para o acaso das cousas... e à saída,
Leva uma crença vaga, indefinida,
De achar o ideal nalguma encruzilhada...
As horas morrem sobre as horas... Nada!
E ao Poente, o Homem, com a sombra recolhida,
Volta pensando: "Se o Ideal da Vida
Não veio hoje, virá na outra jornada “...
Ontem, hoje, amanhã, depois, e, assim,
Mais ele avança, mais distante é o fim,
Mais se afasta o horizonte pela esfera...
E a Vida passa... efêmera e vazia;
Um adiamento eterno que se espera,
Numa eterna esperança que se adia...
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