Cronica de Graciliano Ramos
Porque acreditar na reencarnação? Bom primeiro, Jesus nos ensinou a reencarnação, Deus é justo, sendo justo nele não há injustiça, não posso achar que algumas pessoas pagam por culpa de Adão e Eva, pois se assim fosse, Deus não seria justo, afinal de contas o erro foi deles e não meu, outra ponto que levo em consideração é, porque somente algumas pessoas pagam pelo pecado de Adão e Eva e outros não? Uns nascem na miséria, em corpos deficientes já outros nascem lindos e maravilhosos, mas Deus não é justo? E as crianças porque sofrem? Se o amor de Deus é eterno, então não existe sofrimento eterno num inferno, pois se assim fosse, esse amor não seria eterno.
De todos os animais, o homem é o que mais me surpreende. Só ele tem o dom da fala, só ele consegue com a voz, destruir tudo a sua volta. São Monstros sociais! Diferente dos outros animais, ele não sabe ser justo, não sabe amar, não sabe dividir ou compartilhar algo, são os maiores miseráveis que habitaram a terra.
Da minha própria definição da filosofia como 'unidade do conhecimento na unidade da consciência e vice-versa', decorre que a primeira obrigação do filósofo é abrir-se a todas as correntes de pensamento, a todos os valores que estejam em luta no seu tempo, deixar-se impregnar por eles sem nenhum julgamento prévio e, aos poucos, ir buscando alcançar uma atitude intelectual de conjunto que faça justiça aos vários pontos de vista, baseando nisso a construção da sua personalidade e o seu senso de orientação na vida e no conhecimento. Isso implica que ele só deve começar a expor publicamente os seus pontos de vista quando alcançar um certo nível de maturidade intelectual (foi por isso mesmo que só publiquei meu primeiro livro aos 48 anos de idade, uma das estréias mais tardias da literatura nacional). E é óbvio que qualquer investigação dos capítulos da sua vida anteriores a esse momento revelarão aspectos da sua formação que depois se integraram num quadro maior com novo significado, e que isoladamente NÃO SÃO provas de 'adesão' a esta ou àquela idéia. Só à luz da sua filosofia atual se pode compreender esses capítulos, mas o observador ignorante ou malicioso pode fazer aí uma confusão dos diabos, tomando etapas de um aprendizado como se fossem dogmas de uma crença. No Brasil, onde tantos, em compensação da insignificância das suas vidas, gostariam de posar de detentores de 'inside informations' escandalosas e demolidores de reputações, a tentação de fazer isso é quase irresistível.
Um olhar lançado sobre a vastidão do Cosmos nos traz, entre muitas outras, duas grandes reflexões: A uma, a nossa demasiada pequenez mediante o que é vislumbrado. A duas, a nossa importante conexão com o Cosmos, posto que os nossos principais elementos químicos em ordem percentual constituem com o mesmo peso o próprio Universo.
O Brasil, musicalmente falando, possui uma vasta riqueza musical. Trata-se apenas de uma pequena e poderosa parcela de pessoas que, por interesses próprios, visa manter o país podre em termos musicais. Porém, os cidadãos não podem manter-se acorrentados a eles, o povo tem de se libertar. A cultura musical só vem se o cidadão buscar conhecimento através de leitura e pesquisa, pois há uma miríade de gente boa no underground da música brasileira.
"A fé sem as obras é morta" não quer dizer apenas que a fé sem obras é uma fé diminuída, incapaz de salvar. Quer dizer que ela NÃO OPERA como verdadeira fé, que é mera crença ou idéia e não fé, isto é, que ela não existe de maneira alguma. Se a fé mesma já não é em si um agir, um trabalho, uma OBRA no interior da alma, ela não existe exceto como hipótese.
Da lama nos saímos, mais para voltar e só uma escorregada, que nos mergulhamos no fundo de cabeça. Mais tem que sair da lama e não gostar de estar lá. Pode parecer confortável, no começo mais cada vez piora, ate achar saída tentar começar a escalada da saída da lama sem escorregar e achar horizonte na saída.
O princípio de TODA compreensão histórica e sociológica é o amor ao próximo, incluindo a preocupação pessoal com o seu destino eterno. Ignorando isso, o estudioso não se coloca na posição real de indivíduo humano concreto, mas na de um observador divino hipotético, na qual toda a sua visão da realidade histórico-social se reduz a uma dança de estereótipos.
É no mínimo curioso, para não dizer cômico, que alguém se considere filósofo por ter cursado uma faculdade de filosofia. Pela lógica, o que o sujeito é se define pelo que ele faz e não pelo que recebeu pronto dos outros. A qualificação numa atividade profissional prova-se no seu exercício e não na mera autorização recebida para exercê-la. Um diploma de letras não faz de você um escritor, um diploma de Direito não faz de você um advogado. Tudo depende do que você faz depois de recebê-lo. Isso é tão óbvio que ter de explicá-lo já prova que o nosso interlocutor é um jumento. Escreva pelo menos três livros de filosofia que os outros filósofos considerem importantes, ou dê cursos onde as pessoas sintam encontrar algum ensinamento filosófico valioso, e aí sim diga que é filósofo. Um diploma prova apenas que seus professores o consideraram apto a tornar-se filósofo, e não que você já o seja efetivamente.
Ser popular é diferente de ser famoso, assim como ser famoso é diferente de ser seguido e ser seguido diferente de ser quisto. Muitos "populares" não conseguem alcançar um grande volume na venda de seus produtos ou interesses, pois não basta ser popular nem famoso, tem que ter argumentos de que seu produto realmente é tão interessante para que naquele momento as pessoas possam dedicar seu tempo e dinheiro para adquiri-lo.
O problema central da "ética libertária" é que ela confunde propriedade em sentido lógico com propriedade em sentido jurídico. Por exemplo, em lógica, uma substância pode ser definida independentemente de existir ou não, e nesse sentido a existência se acrescenta à substância como uma propriedade. Juridicamente, aquilo que não existe não pode ser titular de direitos, a existência passando a ser portanto não uma propriedade, mas um PRESSUPOSTO da possibilidade mesma de haver direitos, inclusive o de propriedade. Matar um cidadão, suprimi-lo da existência, não é violar um direito de propriedade, mas sim extinguir a possibilidade mesma de que ele desfrute de quaisquer direitos, inclusive o de propriedade. Inverter isso é um erro lógico tão elementar que não deveria ser preciso discuti-lo.
O argumento de Hans-Hermann Hoppe em "Democracy, The God that Failed" é irrefutável, mas suscita o seguinte problema: ou a "ordem natural" terá de ser implantada mediante uma revolução mundial que concentrará mais poder do que todas as revoluções anteriores, produzindo portanto ordem natural nenhuma, ou permanecerá apenas como uma unidade de comparação teórica para orientar combates pontuais que, como acontece com freqüência com as iniciativas "libertarians" (veja-se a eleição para governador na Virginia), podem dar resultados opostos aos desejados porque não há medida comum entre a sociedade ideal e a política prática.
"Vamos falar o português claro: Aquele que não dá o melhor de si para adquirir conhecimento e aprimorar-se intelectualmente não tem nenhum direito de opinar em público sobre o que quer que seja. Nem sua fé religiosa, nem suas virtudes morais, se existem, nem os cargos que porventura ocupe, nem o prestígio de que talvez desfrute em tais ou quais ambientes lhe conferem esse direito."
Não reclame do teu sofrimento na vida, antes das conquistas irás sofrer muito ainda, acalme-se, isso é só o começo. Terás vontade de morrer diante de tanto sofrimento, no entanto quando vier as conquistas desejarás viver um pouco mais, porém não terá mais tanto tempo assim. Por isso aproveite o melhor dos dias mesmo diante das tempestades
O relativismo cultural vale como uma precaução metodológica inicial, para frear o ímpeto de julgar tudo "a priori" segundo a opinião vigente, mas, erigido em dogma que molda antecipadamente as conclusões, achatando e neutralizando tudo, torna-se um dos princípios fundamentais da estupidez acadêmica. Principalmente porque ele É a opinião vigente, o que o torna instantaneamente auto-contraditório.
O ser humano é muito complexo e essa complexidade não pode ser observada com um simples olhar que não se demora, mas que está inebriado ao tentar enxergar de longe o que só se conhece de perto… As pessoas são dignas de serem olhadas devagar, com profundidade e de perto, porque só assim poderão ser conhecidas como o que realmente são.
Aproveite cada momento e desfrute de cada detalhe… Um segundo perdido sempre significará um a menos na nossa trajetória de vida e um passo a mais para o fim dela… Viva com calma, mas não estagne… Não mate dentro de si a pressa de sonhar e de dar mais brilho a sua vida… Tenha calma para viver, tenha paciência para escolher com quem partilha sua vida, tome decisões vagarosamente… A calma é uma boa aliada quando queremos fazer boas escolhas.O excesso de ansiedades nos consome e acaba por matar dentro de nós a vontade de aproveitar o hoje porque nossas preocupações estão centradas no amanhã, no que virá a acontecer e no como acontecerá. Mas as nossas vidas não cabem dentro das nossas ansiedades e as nossas pressas são inimigas da nossa possibilidade de viver o hoje com plenitude.
Às vezes, a maneira mais sábia de viver é com calma, demorando-se em cada segundo que temos! Quando aprendemos a viver com calma, sabemos que um momento poderá ser eternizado em nós porque tivemos o cuidado de vivê-lo na plenitude, soubemos aproveitá-lo com calma e, por isso mesmo, poderemos guardá-lo em nós, como um tempo que, pelo menos dentro de nós, nunca morrerá.
Ter palavras de consolo todos podem ter, mas estender a mão nem todos estão dispostos; falar mal do outro é muito fácil quando não estamos em sua pele; é muito cômodo rir do outro, mas arrancar um sorriso de seus lábios poucos conseguem! Reclamar é o lema das pessoas, mas não querem e nem estão dispostos a fazer algo para mudar a situação da qual reclamam…
Enquanto procurarmos a perfeição com os olhos, nunca conseguiremos encontrar a verdadeira perfeição que as pessoas carregam dentro de si… Os nossos olhos podem ser falhos por selecionarem belezas que não duram, mas que se acabam e se corroem com o tempo. Mas o tempo não pode apagar a verdadeira beleza que é a essência que carregamos dentro de nós…
