Crise Mudança Radical
Não são ações radicais – ou grandes desatinos – que promovem mudanças definitivas. Um mundo mais justo se constrói pela cidadania levada aos pequenos atos de cada dia.
É certo que mudanças fazem parte da vida, mas também não precisam ser tão radicais a ponto de chutar o balde para que sejam chamadas de mudança. Podemos realizar pequenas mudanças no dia-a-dia, em coisas simples, em pensamentos e ações que com o tempo vão modificando nosso viver de uma forma mais suave, onde podemos nos acomodar e pisar em terreno seguro, um pé de cada vez.
Mudar é um ato de coragem e toda mudança encontra resistência, pois quem pensa em mudar radicalmente encontrará desafeto onde jamais esperava encontrar. Mudar de direção é algo muito brusco, primeiro deve existir uma aceitação plena da própria pessoa que pretende mudar, mas sem interferência externa no que tange ao convencimento e depois agir com paciência para que os outros não venham se frustrar ou escandalizar. Na mudança deve existir a busca da informação sem aqueles tradicionais gritos tentando lançar goela abaixo a opinião deles, pois no final quem sofrerá todas as mazelas da falta de aceitação será a própria pessoa que escolheu mudar. É um desafio pessoal e consciente, uma árdua labuta que gerará os seus frutos com o tempo, até porque, tudo na vida precisa de um tempo para ser absorvido. Quem pretende mudar dando a famosa volta de cento e oitenta graus precisa fazer de maneira madura, pois à distância entre a mudança pessoal e a aceitação dos que estão à volta é muito grande. Quem não souber conduzir o seu caminhar com sabedoria vai ficar sem forças para enfrentar as afrontas e mostrará para os seus desafetos que nunca esteve pronto para qualquer mudança radical escolhida por ele. A pessoa que escolher mudar a direção de sua caminhada deve fazê-lo entendendo que muitos ficarão as margens, outros se retirarão bem mais cedo do que se possa imaginar dessa difícil caminhada. Portanto, sempre haverá necessidade do amadurecimento nas decisões tomadas no decorrer da vida, contudo jamais seja uma Maria vai com as outras.
Não há como mudar caráter e personalidade por muito tempo. Um disfarce sim, uma mudança radical, não.
E por mais que algo em uma pessoa nos incomode não há como dar jeito. O que está feito, está feito. A pessoa só muda se ela realmente quiser.
Mas quem realmente é digno de julgar alguém nesse mundo? Ninguém!
Sou uma pessoa de mudanças radicais, quando quero, quero muito! Quando não, passo despercebida de tudo.
A mudança radical muitas vezes se faz necessaria, para que assim percebamos o quao bom aquela pessoa era.
Mente para si mesmo quem diz que deseja uma mudança radical em sua vida se não está disposto e empenhado a abandonar sua maneira atual de ser.
Perante a possibilidade de mudança, o radicalismo (sentido filosófico), acredito eu, deve ser empregado como instrumento de transformação.
A sociedade humana é a extensão do indivíduo. Se realmente quisermos uma mudança radical, se quisermos um mundo melhor, um mundo sem fome, necessitamos mudar individualmente dentro de nós mesmos... alterar dentro de nossa própria individualidade os abomináveis fatores que produzem fome e miséria no mundo.
Eu observo cada mudança radical em muitos casos, nao sei como será o amanhã, nada está traçado, nós temos o livre arbítrio de decidir e tomar as decisões, de dizer sim ou não ou até mesmo SE...
A vida segue e quem sabe as decisões nos levem ao mesmo lugar, um altar onde você possa mudar o SE por um sim 😉
Talvez seja a rutura radical do eu, assoberbado pela rapidez das mudanças e pelo rompimento dos espaços tradicionais.
Talvez seja a transformação da própria história pessoal e inequivocamente social.
Talvez seja a alteração das crenças habituais pela assimilação auto aceite de uma nova forma de pensar e de agir.
Talvez seja a consciencialização de que em qualquer vivência existirão sempre dificuldades ao longo de novos percursos.
Talvez seja a determinação e a firmeza em gostar da alternativa oposta.
Talvez seja a conciliação da cabeça com o coração.
Talvez…
Desenganei-me.
E a viagem interestelar continua, num convite a mim própria para a prosseguir e nela reafirmar a fé, sem erradicar as dúvidas, as alegrias e as tristezas humanas.
Erradamente achei-me generosa, quando, no fundo, era egoisticamente generosa.
Depois das frustrações, dos enganos e dos desenganos, das tolerâncias e da culpa indevida, esclareci devidamente, e perante mim mesma, que não sou vítima de ninguém e que o deixei de ser de mim, pois, se me atribuo direitos, deverei atribuí-los aos outros também, da mesma forma que os outros o deverão fazer relativamente a mim.
Depois do vácuo autista, a aventura peculiar de uma nova rota marítima.
Continuemos, então.