Criancas como o Futuro do Amanha
- Como você está se sentindo hoje?
- Neste exato momento?
- Neste exato momento.
- Neste exato momento, me sinto perdida, eu acho. Meio vazia.
- Vazia como?
- Simplesmente vazia. Simplesmente nada. Não me importo mais.
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem que eu mesmo provocava e temia. Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem sou. Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor.
Quando dizemos coisas como "pessoas não mudam", bem... Isso leva os cientistas à loucura... Porque mudança é literalmente a única constante em toda a ciência... Energia, matéria, está sempre mudando, fundindo-se, crescendo, morrendo...
É a forma que as pessoas tentam não mudar que não é natural, a forma que nos prendemos ao jeito que as coisas eram ao invés de deixá-las serem o que são.
A forma que nos apegamos a velhas memórias ao invés de formar novas, a forma que insistimos em acreditar, apesar de toda a indicação científica que nada nessa vida é permanente, mudança é constante.
Como sentimos a mudança, isso depende de nós... Pode ser como a morte, ou pode ser como uma segunda chance de viver. Enquanto abrimos nossos dedos perdemos nossas convicções. Agarre essa chance... Pode ser como pura adrenalina. Como a qualquer momento pudéssemos ter outra chance de viver, como se a qualquer momento, nós pudéssemos nascer de novo.
As vezes eu me sinto como Vincent van Gogh, mas um dia, como os quadros dele, os meus pensamentos vão fazer muito sentido.
Devemos nos tornar como uma nova raça, ultrapassando pequenos preconceitos, prestando nossa lealdade não às nações mas, sobretudo, aos nossos irmãos e à comunidade humana.
Quando a liberdade de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados, como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate.
Algo está muito, muito errado comigo. Como se houvesse algo obscuro em mim que, às vezes, é insuportável e eu não sei de onde vem.
Nada como acordar cedo num dia de domingo, tomar um café e apenas observar da janela o dia nascendo, ganhando vida aos poucos.
O seu sorriso, é belo.
O seu olhar é como o sol que incendeia, a lua que ilumina, as estrelas que brilham.
Você tem um sorriso que todos queriam, porém nenhum deles têm a beleza que, eu só encontrei em você
Você não precisa resolver as coisas sozinho. Você age como se estivesse completamente sozinho no mundo, mas você não está. Você não está sozinho.
Descaminhos (II)
Procurei antigos livros para tentar saber
como se pode virar as páginas da vida,
mas, nessa longa e intensa busca percorrida
nenhuma linha que foi lida, me deixou perceber
se é possível, enfim, mudarmos nosso acontecer,
para poder recriar novos caminhos e destino.
Sem qualquer chance de escolha e mesmo sem querer,
aprendi finalmente então, que não somos somente nós
a conduzir nossas vidas em todos os atos e passos
e, para não cometermos nenhum engano ou desatino,
vamos vivendo segundo a sinfonia de velhos compassos
que é regida sem nuances, bem de longe de nosso ser
para ficarmos, como autômatos, presos ao que foi escrito,
na ilusão efêmera que estaremos então a conduzir
nossas vidas, por tudo aquilo que já temos dito
que fizemos, que construímos, somos ou faremos.
Mas, sem condições reais de poder modificar
tudo que já somos, imediatamente ao nascer,
seguimos obedientes no caminho que recebemos.
Eu sou quem sou,
sou como sou,
sou um ser humano
como muitos são,
com uma personalidade diferente e quase nem sempre com razão.
Sou igual, sou diferente
Sou aquilo que o coração sente.
Percorro caminhos longínquos,
aqueles que o destino me reserva.
Predestinado, obstinado,
Procuro viver, não só existir.
Adoraria que fosse tudo mais fácil,
mas não teria o prazer de ver você vir.
Confesso-me também forte por fora, na minha aparência,
fraco por dentro, mas com paciência.
Adoraria poder escolher
os caminhos por onde ir,
mas quando se quer alguém,
juntos é melhor decidir.
Eu sou quem sou.
Sou como sou,
já não me sinto sozinho
E o meu Eu conjuga com Você,
verbos que a vida, assim tão querida,
tecerá os caminhos.
– Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me
– Que é preciso fazer?
– É preciso ser paciente. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, e sentarás mais perto
(...)
– É preciso ter ritos.
– O que é um rito?
– É uma coisa muito esquecida também. É o que faz com que um dia seja diferente de outros dias; uma hora, das outras
Como esquecer você?
Se a cada tristeza lembro-me do teu sorriso?
Se a cada solidão sinto a tua presença?
Se a cada lágrima lembro-me do seu silêncio?
Se a cada palavra lembro-me de você?
Você está a cada ausência.
Você está a cada gesto.
Em cada amanhecer da vida.
No silêncio do meu pensamento.
Lembro-me que foi bom te conhecer.
E sentir que sou o bastante...
Para te encontrar em cada alvorecer.
Te gosto com qualidades e defeitos.
Quero somente que você me aceite apenas como sou.
Pense em alguém no silêncio da noite.
Alguém que não precisa nem do silêncio da noite para pensar em você.
Algum dia serei algo que passou na sua vida.
Mas, para mim você sempre será alguém que lembrarei com muito amor...
Te amo e sempre hei de amar...
Dizer aos outros que o tempo é o remédio para os amores impossíveis parece fácil. Assim como dizer que broto de goiaba fervido ajuda na dor de barriga. Esses dois são conselhos de minha avó, e que com certeza já sabia o que dizia em tempos remotos... O triste é fazer criança tomar o chá amargo do broto de goiaba e um ser apaixonado entender que o tempo lhe trará a resposta para o amor. Parece fácil, mas só eu sei e posso dar testemunho de que as duas coisas são verdadeiras... O chá amargo de minha avó realmente funciona com a dor de barriga e o tempo traz a calma para o amor impossível. Já experimentei os dois... O chá foi mais fácil de tomar, pois passei a velhinha pra traz, e assim que ela virou as costas adicionei açúcar... Já o tempo não... Tive de engolir dia a dia, como gotas amargas de fel... Sofrer cada dia, descer cada degrau da escada da ilusão sozinha... Provar do amargo, sem direito a acrescentar açúcar quando as pessoas viravam as costas. Os amigos tentaram ajudar, mas infelizmente em se tratando de amor, temos de caminhar sozinhos. Seguirmos á sós o caminho do regresso que outrora pisamos acompanhados. Mas hoje, eu posso afirmar com a maior certeza do mundo: O tempo pode não curar um grande amor, mas com certeza pode amenizar a dor de termos visto-o partir; ou então nos dará a chance de vivermos este amor novamente, porém mais maduros, um amor sólido, sem as euforias da adolescência e as dúvidas da juventude. Embora o amor seja constituído de dúvidas, pois amar é se entregar sem nenhuma garantia. Ou então o tempo nos dá a chance de consertar um coração quebrado, e ajeitá-lo para viver um novo amor...
Sei que é difícil se acreditar nestas possibilidades quando o coração está estraçalhado, em frangalhos, por um grande amor... Mas acredite... Somente o tempo dirá o valor que esse amor tinha e se realmente ele era o grande amor da sua vida. Por enquanto o melhor a se fazer é tomar o chá amargo do tempo e esperar que ele faça efeito sobre as dores da alma... Infelizmente ainda não tem remédio em farmácia melhor pra dor de barriga que broto de goiaba e para os amores impossíveis que o tempo...
Eu sei do que estou falando... Pode acreditar!
É que agora – aqui dentro – a casa foi ficando meio empoeirada, como se toda essa mobília sentimental não tivesse sendo mais usada, a janela foi deixada aberta e tanto vento foi passando, levando as cores dos retratos e deixando o pó como ressarcimento.Aqui em casa não tem mais conforto, tudo virou incômodo, e às vezes nem em casa eu me sinto. Não tem mais abraço, não tem mais teto para pintar de sonhos toda a noite, nem tapete colorido para deitar no domingo. Tudo daqui foi sumindo, não tem mais ninguém nessa casa, só um eco se espalha quando eu volto e os passos ficam rangendo o assoalho, e fica uma sensação estranha de ver cinza onde tudo foi festa e euforia. Na porta de entrada eu sempre pedia um beijo, até que um dia o beijo foi de despedida.
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