Corpo e Mente Nietzsche
Ninguém tem mente sã neste mundo,
tal modo que a função de um analista
resume-se a te ajudar a manter
um nível de desequilíbrio aceitável,
semelhante ao dele.
Que você olhe no espelho da sua mente. E, se olhar, não tenha medo de se enxergar. E, se enxergar, seja autônoma, reconheça seus defeitos. E, se reconhecer, seja analítica, não se puna nem se diminua. Esteja sempre pronta pra recomeçar. E, se recomeçar, seja contemplativa, faça muito do pouco. Desse modo, você se tornará autora da sua própria história.
Definir a eternidade como uma quantidade maior que o tempo e maior mesmo do que o tempo que a mente humana pode suportar em ideia também não permitiria, ainda assim, alcançar sua duração. Sua qualidade era exatamente não ter quantidade, não ser mensurável e divisível porque tudo o que se podia medir e dividir tinha um princípio e um fim.
Não sei dizer se são pessoas de mente pequena ou se seriam pessoas de mente aberta. É... mente aberta, mas tão aberta, que algum momento deixaram cair o cérebro no chão e até hoje não se deram conta.
Quem conta uma mentira raramente nota o fardo que assume; pois para sustentar uma mentira ele tem que inventar outras vinte.
O mundo do sofrimento é necessário para que o indivíduo seja obrigado a criar a visão libertadora, porque só assim, abismado na contemplação da beleza, permanecerá calmo e cheio de serenidade
Com ajuda da moralidade do costume e da camisa-de-força social, o homem foi realmente se tornou confiável.
O melhor amigo terá provavelmente também a melhor mulher, porque o bom casamento residente no talento da amizade.
As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido – conheço-as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo...
E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: ‘Esta vida, assim como tu a vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há de retornar, e tudo na mesma ordem e sequência’ – [...] Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal em que lhe responderias: ‘Tu és um deus, e nunca ouvi nada mais divino!’.
Todos os que desfrutam acreditam que da árvore o que importa é o fruto, quando na verdade o que importa é a semente: eis a diferença entre os que desfrutam e os que crêem.
Nossa vocação toma conta de nós, mesmo quando não a conhecemos; é o futuro que dita a regra do nosso hoje.
Pregadores da igualdade, assim a tirânica loucura de vossa impotência reclama em brados a 'igualdade'. Assim, por detrás das palavras de virtude se escondem vossos mais secretos desejos de tiranos!
"É muito mais difícil dar o bem do que aceitar o bem, porque dar o bem é uma arte. É a última e mais astuta arte, a bondade".
(Em "Assim falava Zaratustra" - página 236)