Corpo
O fardo pesado é um incômodo, o fardo leve deixa o corpo manhoso, nem sempre a medida é compatível.
Trago no corpo a marca de você, feiticeira linda, amante debochada. Amo ser amado por ti, deusa do amor, que me envolve em ternura e paz.
Quer o meu abrigo nas horas frias, quer o meu corpo contra a tua solidão;
mas pedes o meu amor como quem pede calor — sem saber acolher o coração do outro.
Ontem você não veio, e eu fiquei te esperando, imaginando suas mãos acariciando meu corpo carente dos teus beijos.
Mulher, tua beleza extravagante acalenta meus desejos e me instiga a desbravar teus segredos e mistérios.
Escandalosa, te quero em minha vida — feita de desejos e da vontade intensa de você.
A expressão "a carne é fraca" é uma frase comum que sugere que o corpo humano tem limitações e é suscetível a fraquezas, especialmente em termos de desejos e tentações. No entanto, o texto questiona essa ideia, dizendo: como a carne pode ser fraca se o corpo é o templo do Criador.
Espírito, alma e corpo lutam, forjados na mesma carne, e dizem que a carne é fraca. Mas como pode ser fraca, o espirito alma corpo é o templo do Criador deste o começo de tudo.
Fui cinzas antes de ti,
corpo exausto, alma em ruínas,
tu, tempestade de desejo,
queimaste-me com ternura feroz.Teus lábios, abismos de prazer,
afogaram minha antiga carência,
e em teus braços — cárcere e abrigo —
renasci em nova pele, novo ser.És feitiço e salvação,
bruxa de luz, amante sem freios,
selaste em mim tua marca viva:
felicidade, vertigem, emoção.No limiar do meu fim,
quando a esperança já era pó,
teu amor me ressuscitou
sou agora teu, eterno amor.
Devastaste meu corpo — despojado e frágil em tua presença.
Chicoteaste minha pele em brasas vivas,
e depois, com ternura, a acalentaste.
Teu fogo é bálsamo feroz e redentor,
resgatou-me da solidão,
abraçou-me em teus braços firmes e sinceros.
A carência que me consumia
rendeu-se aos teus beijos molhados de prazer.
Renascido em novo ser,
guardo em mim tua marca:
felicidade, alegria, emoção.
Ressuscitaste-me no instante exato
em que o desejo quase se apagava.
Antes de ti, eu vivia morto,
soterrado na desventura do fracasso.
És feiticeira bela, de toque angelical;
amante do amor, vivente do amar.
Bruxa selvagem, indomada,
rendo-me à tua nobreza
que só me faz bem.
Tu és o crisol da minha ternura,
a chama que dá sentido à minha vida,
o amor que quero viver
por toda a eternidade na vida vivida.
O seu perdão foi um gesto belo — parabéns pela nobreza da sua atitude.
Mesmo que o corpo ainda carregue a alma em aflição, você escolheu perdoar, enxergando o melhor em mim, ainda que minha essência não se igualasse à sua.
A alma segue sem corpo, distante do espírito,
para que a morte não alcance o corpo cansado,
em lenta decomposição.Um corpo sem vida perambula
nas fronteiras do vazio,
ouvindo apenas a voz muda do silêncio.Por misericórdia — ou compaixão —
a alma abraça o corpo inerte,
fugindo dos olhos da morte.O espírito observa, impassível,
a luta da alma pelo corpo sem vida.No fim, a alma não deseja a morte do corpo,
pois compreende:
sem a alma, o corpo não morre —
apenas permanece esquecido,
à margem da eternidade...
O apego é uma tortura que corrói espírito, alma e corpo.
O espírito luta para refletir a imagem do Criador e ser exemplo de luz.
A alma se agita, temendo a exposição diante dos olhares do mundo.
E o corpo, por sua vez, permanece preso às engrenagens do pecado, inclinado a tudo que é imoral..
Apesar da dor se espalhar pelo corpo fraco e cansado,
apesar do peso que insiste em esmagar a alma,
há sempre um fôlego guardado no fundo do peito,
uma chama pequena que não aceita morrer.
Amanhã pode nascer diferente.
Amanhã é terra fértil onde a cura pode brotar,
onde o sofrimento encontra limite
e a força renasce das próprias cinzas.
Dias melhores virão — não por acaso,
mas porque você continua, mesmo ferido,
porque sua coragem não pediu licença,
porque seu espírito é maior que qualquer queda.
A dor passa.
A esperança não.
E quem resiste hoje, renasce amanhã...
A dor que hoje consome o corpo fraco e cansado não é o fim, é a prova da luta que habita em você. Mesmo quando tudo parece desmoronar, a esperança insiste em florescer. Amanhã pode ser uma promessa de cura, um recomeço onde o peso do sofrimento se transforma em força. O tempo não apaga as cicatrizes, mas as torna testemunhas da sua determinação. Dias melhores virão, porque superar não é evitar a dor, é encontrar na queda a coragem para se levantar mais forte...
Eu sei a dor que insiste em se espalhar pelo corpo cansado, há uma chama que não se apaga: a esperança. Cada lágrima que cai carrega consigo a força de quem resiste, de quem não se entrega ao peso da derrota. O sofrimento pode tentar nos dobrar, mas não consegue arrancar a coragem que pulsa dentro de nós.
Amanhã pode trazer a cura, pode trazer o alívio, pode trazer o renascimento. E mesmo que o hoje seja árduo, é nele que se constrói a vitória do amanhã. Dias melhores virão, não como promessa vazia, mas como certeza de quem luta, de quem acredita, de quem se recusa a desistir.
O corpo pode fraquejar, mas o espírito é indestrutível. A dor é passageira, mas a superação é eterna.
Vem…
me cobre com teu corpo quente,
essa pele macia — manjar que acalma e incendia.
Teus beijos molhados, labaredas suaves,
acendem desejos vorazes, carícias que me consomem.
Vou rasgar tua roupa,
não por violência, mas por intensidade,
porque nada em nós quer ser impedido
nem aprisionado —
é a liberdade do êxtase que nos governa.
Posso te amar sem freios,
degustar esse prazer selvagem e proibido;
deixa que meu fogo transborde
em fúria doce, desejo que devora e se entrega.
Intencionalmente, tocarei tua alma e tua pele,
como um selvagem guiado apenas pela vontade,
porque depois que eu provar tua doçura, mulher,
até meu corpo se rende —
treme, dispara, se faz frágil em teu domínio.
Não precisamos provar nada.
Sabemos bem o que somos um para o outro:
a chama que nunca se apaga,
o desejo absoluto vestido de amor.
Sua presença serenou minha mente,
acariciou meu corpo sedento de amor voraz
e transformou minha alma em felicidade umtemplo de ternura de amor.
Então eu lhe disse, mulher respira um pouco: vá devagar,
não é só hoje que vou te amar te desejo noite e dia,
é em todos os dias que ainda virão.
Quero você na minha vida inteira,
na alegria que desperta a cada amanhecer,
no silêncio que se converte em poesia,
no abraço que eterniza o tempo por te amar.
Temos a eternidade para nos amar,
e cada instante contigo é um verso,
um sopro de felicidade,
um juramento gravado no infinito por nosso amor.
Sem perdão
A minha alma pede socorro,
o meu corpo grita,
no meu cérebro o vácuo é sólido,
o meu destino está de férias.
A travessia
Um corpo foi forjado nas cicatrizes do vazio e no silêncio das emoções,
Ao tentar caminhar sentiu sua respiração fraca e seu corpo desfalecer com a perda do vermelho que da cor a alma,
O duro golpe de não reconhecer mais os próprios sentimentos nas linhas do passado deixou a sua história perdida no tempo,
A distância de um oceano a cura para aquele com o coração transformado em gelo o vigiava através da lua,
Decidida a resgatar um sonho que não se apagou, ela lutou com seus demônios, desbravando territórios jamais pisados antes enfrentou os seus medos e vibrante invadiu uma colmeia nas montanhas altas em busca do mel mais puro para que pudesse despejá-lo no coração de gelo do seu amado,
Após atravessar o mar congelado, e sofrer duros golpes na sua corrida desesperada , ela então conseguiu derramar o antídoto a tempo naquele coração que um dia jurou ama-lo para sempre.
Um dia morri antes de morrer.
Não foi no corpo, foi no silêncio que me engoliu, foi quando o mundo pesou demais e eu deixei de caber dentro de mim.
Morri quando calaram minha voz, quando a vida me pediu mais força do que eu tinha, e eu me vi pequena, espremida entre o que senti e o que ninguém quis enxergar.
Morri quando esperaram que eu sorrisse enquanto meu peito gritava, quando o cansaço virou casa, e a espera virou esquina onde meus sonhos sentavam para descansar.
Um dia morri antes de morrer, e ninguém percebeu.
Porque a morte mais cruel é aquela que acontece em silêncio, por dentro, bem antes de qualquer adeus.
Mas também renasci. No instante em que recolhi meus pedaços, no momento em que decidi me mover mesmo ferida, mesmo frágil, mesmo sem aplausos.
Renasci quando entendi que sobreviver já é coragem, que respirar depois de uma dor profunda é milagre diário, e que viver, às vezes, é voltar do fundo trazendo luz.
Um dia morri antes de morrer, e foi justamente ali que descobri quem eu era: não a queda,mas a força que me levantou.
