Corpo
“A dor que fere o corpo nem sempre é a que dilacera a alma. O sofrimento, este, nasce do que não se entende, do que não se aceita, do que não se liberta.”
— Os`Cálmi
Já fui tempestade em corpo humano.
Corria, entregava, me doava tudo em excesso, tudo por quem não merecia.
O descanso era luxo, o sono um privilégio raro.
E mesmo assim, eu seguia, quebrado por dentro, inteiro por fora.
Fui chão para muitos que nunca se abaixaram para me levantar.
Hoje, minha vida mudou.
Não porque ficou mais fácil, mas porque aprendi a escolher.
O que antes era urgência virou direção.
O que era excesso virou equilíbrio.
O que era entrega virou cautela.
E agora, quando me permito parar, respirar, dormir… incomoda.
Incomoda quem nunca viu o quanto já fui além dos meus limites.
Mas não me julgue por descansar.
Não me chame de preguiçoso.
Veja em mim alguém que aprendeu a se respeitar.
Porque meu descanso não é fuga.
É cura.
É reencontro.
É o silêncio que me devolve a paz que o mundo tentou roubar.
O Último Caminho
Um dia, cansada de tanto sofrer,
De dores no corpo, da alma a doer,
Uma velha senhora falou, serena:
— Já não há sentido, só a dor me acena.
A luz que um dia brilhava em seu olhar
Se apagou no silêncio do seu esperar,
O riso de outrora tornou-se pranto,
E o desencanto soprou, leve e manso.
No espelho, viu rugas, histórias gravadas,
Misturando alegrias e mágoas passadas.
O tempo, implacável, a fez compreender
Que muito se tem… para no fim nada ter.
Na solidão, encontrou um abrigo:
Seu único e eterno amigo.
A Jesus contava segredos e dores,
Guardava lembranças de velhos amores.
Não desejava a morte, mas ela rondava,
E ao ouvido, baixinho, sussurrava:
"O fim é certo, não podes fugir",
Mas no outro lado haveria de sorrir.
Chegou, enfim, o grande dia,
A alma partiu, ganhou alegria,
Deixou o corpo, levou a esperança,
No abraço de Cristo, sua confiança.
O que houve depois, não posso contar,
Mas creio que Ele a foi encontrar,
Mostrando caminhos que ainda não vemos,
E que um dia, juntos, conheceremos.
Pois todos nós, no nosso tempo marcado,
Provaremos o riso, o choro, o fado,
Até que a vida, cansada, se renda,
E o grande mistério, enfim, se desvenda.
A Foto
Ah… todos os dias, no teu corpo me perco,
Corpo nu, erguido, como num altar.
Te olho, me afogo, e já me condeno,
As mãos tremem… mas não podem te tocar.
Teu rosto, o destino quis esconder,
Mistério vivo, impossível de desvendar.
E o teu perfume, que iria me enlouquecer,
Na tua ausência, não posso respirar.
Ah… pele morena, tão natural,
Cor de mel, pedindo pra provar,
Que minha boca insiste em imaginar.
Mas volto a mim… e lembro, com pesar,
Que é só uma foto que ficou no meu olhar,
E a saudade… só sabe aumentar.
Paradoxo da Vida
Quando insisto em flutuar,
o corpo teima em afundar.
E quanto mais busco a razão,
mais me afoga a solidão.
Mas se entrego o meu pesar,
sem forçar, sem me agarrar,
o mar me toma com ternura,
e me devolve à superfície pura.
A calma vem quando me rendo,
sem controlar, apenas sendo.
O medo nasce ao tentar segurar
o que só vive se eu deixar soltar.
Segurança é ilusão bonita,
que nos engana, que nos limita.
É no soltar que a alma voa,
é no confiar que a dor escoa.
Afundar por querer flutuar,
flutuar por saber se soltar.
O paradoxo é sutil, profundo:
é se perder pra caber no mundo.
CONCEIÇÃO PEARCE
A verdadeira mudança quântica acontece quando o seu corpo começa a confiar na sua linha temporal: na sua nova frequência de vida onde você quer estar.
... Quando as células começam a acreditar
Que a abundância é segura
Que o amor é seguro
Que o descanso é seguro
Que o sucesso não custará a sua paz.
Assim, tudo se manifesta na sua vida.
Gratidão
Paz no 💓
“Cuidar da mente e do corpo é alinhar o invisível e o visível para que a vida encontre equilíbrio em cada gesto.”
A alma se curva, mas guarda o que foi bonito e verdadeiro.
A morte é o silêncio do corpo, mas nunca da memória.
O amor que sentimos é maior que a distância entre nós e quem partiu.
Mesmo que tudo pareça escuro, a lembrança aquece a alma.
Quem se vai deixa corpo, mas deixa amor que nunca se apaga.
A dor é prova de que houve encontro, riso e afeto.
A ausência dói, mas o coração guarda o que a vida deu de mais precioso.
O corpo despenca,
Exaurido de forças,
No silêncio do tempo,
Que arrasta os dias
Sem promessa de alívio.
O amanhã já não importa,
Apenas o fim do hoje,
Enquanto a frustração
Se enrosca na alma
Como sombra que não parte.
“A ansiedade que se traduz em ação gera alívio. A que se transforma em paralisia, dói, no corpo e na alma.”
Deus não está separado do homem e nem a mente está separada do corpo humano, ambos estão fundidos um ao outro, um depende do outro para viver.
Sua euforia contagiou o meu corpo. Me fez descobrir um lado meu que nunca tinha explorado. Nossos pensamentos juntos eram como um rio que passava por nós, levando toda a ansiedade que nos habitava. Sentimentos surgiram em meu olhar, ao encontrar o seu, que se assemelhava a uma nuvem de poeira cósmica no espaço, a mais bela que eu já vi. Você, é minha melhor companhia, feita de reflexões e poesias que eu recitava nos nossos melhores momentos. A minha pele tem memórias, e as melhores sempre serão tuas.
Com o corpo e a alma
Entre Palavras e Ventos -Gêmeos
Gêmeos nasce com dois rostos,
duas almas num só corpo leve,
feito vento que muda de rumo
mas nunca esquece o que escreve.
É verbo, é riso, é pensamento,
é curiosidade em movimento,
mente ágil, sempre alerta,
porta aberta a todo momento.
Virtudes pulsam sem descanso:
inteligente, comunicador,
versátil como poucos sabem,
leva conversa onde for.
É criativo, entusiasmado,
tem sede por aprender,
com olhos que brilham fácil
ao ver o mundo acontecer.
Mas também traz seus espinhos
instável, disperso, inquieto,
seu afeto pode ser brisa
ou sumir no próximo teto.
Inconstante no sentir,
impreciso no prometer,
às vezes fala demais
sem pensar no que dizer.
Foge do tédio como da dor,
pode parecer sem direção,
vive em mil mundos ao mesmo tempo,
mas nem sempre cabe em um coração.
Gêmeos: alma em dualidade,
magia feita de contradição.
Encanta, confunde, provoca
é poema em construção.
Toma cuidado!
O teu corpo é imune ao açúcar,
mas o meu não é.
Com essa tua paixão por doces,
eu logo morrerei de diabetes.
O nosso corpo é movido por energia, nosso coração é movido por vibrações e o que ouvimos é movido por frequência
Até seu último suspiro é moeda de troca num jogo que você nunca autorizou e seu corpo, inconsciente lente de aumento do poder alheio, já está sendo devorado pela mesa em que acredita apenas observar. O jogo é hoje…
"Pinto e Vírgula"
Incógnito como ocorpo cavernoso
de um "pintinho" encabulado,
que revela o vigor da "vírgula"
quando o seu ponto é explorado,
entre olhares penumbrados,
no escurinho de um quarto;
a curiosidade perde os sentidos...
mas se acha em beijos excitados!
