Coragem eu Venci Omundo
Guardei toda revolta que eu tenho para um momento mais oportuno, agora, só quero provar a leve brisa que toca a pele de dentro pra fora.
Sim, era eu quem encontraste quando procurou abrigo dentro do peito, rezas e súplicas por águas mansas, nem toda a divindade se portaria tão autêntico quanto o todo. Tudo que é, é. E não haveria de ser de outro jeito. Para nós, seres efêmeros, resta a maldição da dúvida sobre Deus ser a alma eo demônio o corpo.
Me abdiquei de compromissos; nesse instante, só quero estar de bem comigo, eu, meu melhor amigo e pior inimigo. Tudo é desejo, esse é o mecanismo que gera o movimento; quero abrir meu crânio e externar o que tem dentro. Fazer minha própria cirurgia no coração, cortar a mágoa que domina minha emoção; pra Deus, nesse instante, é que faço minha confissão. Fiz de tudo por ti, lutei suas lutas; amor, gritei seu nome; solidão, meu sobrenome. O que sou hoje já não é o que fui ontem, Deus, sou apenas mais um, não sou um super-homem.
Peguei todas as minhas escolhas erradas e chamei de destino. Disseram que era fuga. Mas só eu sei o preço de armar minha própria arapuca.
Quanto mais eu digo o que sei, mas eu condeno minha própria vida. Disseram que transformei poesia em missão suicida.
Meu ego não sou eu, é minha ideia de eu. Se tudo está em constante processo de transformação, a não existência é minha constatação.
Se eu tivesse um minuto para falar com o mundo, dilucidaria tudo que nos impede de viver este sonho que chamamos de “vida”.