Contos William Shakespeare Amor
E era uma vez um menino, mas não foi um conto de fadas. De toda forma irei contar, certa vez, ninguém sabe o porque mas ele nasceu, não era tão bonito, mas tinha bons olhos, é um grande sorriso ( sim ele nascera sorrindo, isso era incrível), não teve um berço de Ouro, é também não tivera a melhor das vidas, mas aonde ia carregava um olhar cheio de esperanças, e sonhos, é um sorriso irradiante que parecia não ter explicação, como se ele visse o futuro lhe abraçando e dizendo:
- tudo vai melhorar, filho;
Mas o tempo fora passando, muito tempo se passou, e esse menino corria atrás do futuro o tempo todo. Um dia ele se cansou e parou, mas eu continuei andando, ainda olho para trás e penso, quando o verei de novo, então volto a olhar ao futuro que não parece ter a mesma beleza. A vida separou aquilo que nasceu em um, e agora se tornara nenhum.
Esse é o final da história, não é um fim, mas a partir daqui teremos um novo narrador, é o seu nome é Futuro. Espero que ele possa concertar essas tortas linhas que já foram traçadas
Vejo as pessoas se indagando se elas tivessem agido diferente no passado.
Vejo as pessoas preocupadas com o que vai acontecer no futuro.
É tanto pensamento preso, parado que não se dão nem a chance de viver plenamente o presente.
O passado, faço questão de esquecer
O futuro, não faço questão de planejar
E o presente, esse sim eu faço questão de viver intensamente.
Tudo flui porque tudo é efêmero. Nada dura para sempre.
Tudo muda. Se altera. Se distancia. Os laços perdem a força e a gravidade os derruba no chão. Até as certezas mudam e as coisas que me faziam tremer já nem me arrepiam mais.
Eu não sei o que vai ser daqui para frente, não sei se o trem continuará nos trilhos, na verdade, começo a questionar se existem mesmo trilhos e se é certo comparar a vida a um trem e se não seria melhor compará-la a uma queda livre.
Tudo é mutável. Nem mesmo o universo é estático. Paradoxo. Muitas estrelas e mesmo assim tudo é escuro. A quiromancia não me atrai e o futuro é uma incógnita que não ouso decifrar. Para que estragar as surpresas? Confusão e fluxo de consciência.
Quão consciente estou das escolhas que faço?
Quantas rachaduras nos lábios serão necessárias até que eu pare de fazê-los sangrar? Minhas mãos procuram coisas inalcançáveis e meus desejos são insaciáveis. O mundo, mon petit, o mundo é uma grande estação e sou eu que escolho se vou ou se fico.
Não durmo. Não sinto. Não sonho. Não ousarei sonhar. Jogo-me todos os dias de um precipício assim que levanto da cama. Não estou triste, não pense que choro enquanto escrevo ou qualquer coisa do tipo. Estou ouvindo Clash, ou seria Doors? Sabe que sou um tanto quanto péssima em saber nomes de bandas e músicas. A falta de bebida faz a sobriedade desse momento parece durar a vida inteira.
Não estou feliz, não ousaria dizer isso. Estou viva. Pulsando. Pulsando. Meu coração é um vale de desapegos e chove tanto lá fora. Eu me entrego tão fácil e eu encontro espinhos em tudo que é flor.
Eu estive aqui. Me derramei aqui. Me espalhei aqui. Eu amei. Amei tanto em tão pouco tempo e eu não sou de amar. Da minha dor, eu é quem sei. São quase cinco da manhã. Está ventando, o vento sul que bate na janela. Estou com um monte de perguntas na cabeça.
Só que não vou me desculpar, nem comigo e nem com ninguém, não ter porquê.
Na Corda Bamba e de Sombrinha:
Dizem que é na corda-bamba que se enxerga melhor o abismo!
Pois bem, cuidado com a corda bamba: quando alguém só falou mentira da pessoa que descartou, todos ao seu redor acreditarão.
Mas, quando esta pessoa, contou ao descartado, podres (ou não, vai saber né), de todos os seus ouvintes, só precisa que um deles saia da posição de fiel.
E olha que este mundo é pequeno demais e hoje eu confidenciei a um deles tudo o que você contava dos outros.
A pessoa riu de mim: ela também já sabia do teu abismo. E contou que muitos deles também já sabiam...
Segue o baile...
"Eu cansei, cansei de pessoas que vivem atrás da tela do celular o tempo todo, escravas do julgamento dos outros, todos com joguinhos de visualizar e não responder, de se fazer de difícil, de tentar impressionar alguém que você nem sabe quem é.
Eu quero é que o celular descarregue e que todos os carregadores do mundo tenham acabado. Quais relações sobreviveriam? Quais romances seriam capazes de ainda se manter? A resposta é simples, seriam os mesmos doidos que não se preocupam de demonstrar que sentem falta! De nada adianta anos de relacionamento sem intensidade? Mais amor se pode gritar em poucos meses do que em anos de silêncio.
Não te conforma com esse silêncio, vai atrás do amor que te é gritado no domingo de amanhã e na quinta de madrugada. Fica com quem é capaz de pegar um avião por ti, fica com quem te da aquele presente barato, mas que representa tanto. Aquela pessoa que fala de ti para todos os amigos, que te manda músicas, que não pensa duas vezes antes de te chama para a estreia de um filme bom no cinema. Tu não és segunda opção, para quem só tem tu no coração.
Mas agora, só fiques se for com honestidade, se for para ser doido junto. Uma pessoa que grita amor sozinha, uma hora perde a voz."
Você posta uma foto nova e espera likes, mas não é qualquer like que você quer, não é? Sua foto nova pode ser a mais perfeita do feed e ter recorde de likes. Mas a pessoa que você realmente queria impressionar não curtiu, você atualiza e atualiza desesperadamente procurando aquele coraçãozinho no meio de tantos outros banais.
Então te vem o desespero, você tenta fazer histórias para ver se ele visualiza. Coloca uma coroa de flores na cabeça, mostra o que está assistindo na netflix, posta foto no espelho e nada. Você confere seu whats para ver se ele está online e ele está, ele só não se importa mais com você e não acha mais suas fotos com filtro de gatinho fofas. Agora ele curte as fotos de outras pessoas e assiste as histórias de outras pessoas.
E você vai fazer o que? Vai continuar esperando likes e fazendo histórias para o passado ou vai apagar todo esse feed preto e branco, deixar o celular em casa e viver sua vida sem se importar com as visualizações?
Harmonia de Almas: A Dança dos Dois Universos
Entre a névoa dos dias, dois seres se encontram,
Em um universo de pensamentos que se entrelaçam.
Um verso e uma rima, dois corações em sintonia,
Comportamentos que se assemelham, numa dança de harmonia.
Um é como a brisa suave que acaricia a pele,
O outro, como o rio que flui, constante e fiel.
Juntos, formam um oceano de sonhos e desejos,
Em cada gesto, cada olhar, revelam seus ensejos.
Como o sol e a lua, em eterno ciclo a girar,
Complementam-se na escuridão, na luz a brilhar.
Um é a chama ardente, que queima com intensidade,
O outro, a serenidade que acalma em tempestade.
Na dança da vida, são como pássaros em voo,
Cada batida de asa, um elo entre os dois.
Em cada silêncio, um segredo a compartilhar,
Numa linguagem própria, que só eles podem decifrar.
Como duas estrelas, num vasto céu a brilhar,
Guiam-se pelos mesmos sonhos, sem se cansar.
E assim seguem juntos, num eterno compasso,
Duas almas afins, num universo em abraço.
Que se entrelaçam e se confundem, num só ser,
Onde o amor é a meta, o caminho a percorrer.
Em cada gesto, em cada pensamento, uma verdade,
Duas metades que se completam, na eterna dualidade.
Uma criança que mal consegue soletrar o alfabeto
não conseguirá fazer bom uso
da leitura de um livro de Shakespeare.
Assim é um povo ignorante, politicamente falando.
Ainda que tente fazer escolhas corretas,
falhará em seu propósito.
A maturidade política é um processo
no qual o Brasil ainda engatinha,
e ainda continuará pagando caro por algum tempo
o preço de ter ingressado tardiamente na escola...
Paralisia
Tudo está calmo
Nada se move
Só a brisa desliza
Sobre a água espelhada
Tudo está calmo
E o sentimento
É de que num instante
A bela rima virá
E sobrevoará o caos
Que desanima a existência
Tudo está calmo
Sim, senhor
Nem mesmo o amor ao próximo
Se movimenta.
Avanildo Moreira
"Busquei na alma vadia dos poetas
No êxtase das quimeras soberanas
Verdades voláteis e profanas
Provilégio dos magos e profetas
Vi na névoa a amazônia de savanas
Donde antes homens por demais atletas
Destilavam o suor de sua gana
Vi por cinzas as vidas da floresta
Composto inorgânico de baganas
Destruição e morbidez tão completas
Que a natureza, quem sabe leviana,
Sugerindo uma saída hipotética
Propôs novas vidas...
Mas não humanas."
Avanildo Moreira Mateus - 1995
Antologia Poética - Poetas em Altamira.
Altamira, teu segredo foi revelado
Você mata inocentes e inocenta culpados...
Culpados por Belo Monte...
Culpados por tantas águas
Que trazem no horizonte
Um rastro de violência
Escrita em muitas tábuas
Transformadas em cruzes
De flores adornadas.
E o que se faz?
Nada e Nada e Nada!
O fazer também JAZ!
"Por um instante o céu se esvaziou de nuvens e trouxe o sol, tão necessário quanto a chuva para a vida na terra.
Estamos tão sujeitos à vontade de Deus, que uns dias de chuva a mais (Nos tempos de Noé foram 40 dias e 40 noites, apenas) inundam terras que antes jamais imaginaríamos ser possível".
Somos um povo ingrato ante um Deus misericordioso!
"Você pode cavar um poço ou optar por NÃO cavá-lo.
Todas as vezes que você guarda mágoa de alguém, de forma justa ou não, você está cavando um buraco debaixo dos seus pés.
Quanto mais mágoa, mais fundo o buraco fica.
Se isso continua, chega um tempo em que você olha para o alto e percebe que as paredes estão tão altas que você não tem forças para sair do buraco sozinho(a).
ENTÃO VOCÊ DESCOBRE UM 'BICHO' CHAMADO DEPRESSÃO.
Não estou dizendo que a incapacidade de perdoar é a única responsável pela depressão.
Estou afirmando que perdoar a quem nos ofende (agride, injuria, calunia ou acusa) é um preventivo poderoso contra a DEPRESSÃO".
"Quando eu era criança achava que o sol era de vidro e que explodia a cada manhã.
Os estilhaços atingiam o solo, rasgavam a terra em busca das sementes, molhadas pela chuva, e a vida se manifestava em forma de pequenas plantas.
Hoje, olhando o passado, percebo que eu tinha razão. Do meu jeito, mas tinha".
Há tanta sabedoria na ingenuidade, que "emburrecemos" ao nos tornarmos "adultos espertos."
"Pra uns o dia está sempre cinzento, o sol não brilha, os pássaros cantam e sequer são notados, as borboletas voam tocando-lhes o rosto e são praguejadas!
Já pra outros, o dia sempre começa radiante e não raro podemos vê-los conversando com as flores, flertando sorriso com os animais.
Quando uma borboleta oscula suas faces é como se um ANJO os sobejasse e um fulgor facial explode em encantamento.
É como se dissessem: DEUS ME TOCOU!"
Vestida de vermelho e preto
Eu sou a morte sofrida e sangrenta
Eu sou a praga da morte rubra
Que leva reinos a calamidade
Eu sou um pouco de Edgar Allan Poe
Com uma pitada de Shakespeare
O amor e a loucura
O desejo e a tão temida destruição
A vida e a morte
O azar e a sorte
Sou a dama escarlate
Montada no cavalo da morte
Cavalgando pela escuridão
Procurando a quem devorar
Sou o brilhante luar
Que clareia e mostra a direção
Sou paz e segurança
Sou luz, pra quem me procura
E escuridão para os que me temem
Talvez eu seja o eclipse
Luz e escuridão
Medo e salvação
Verdade e ilusão
Eu sou miríades de sentimentos
Com estradas cheias de novas direções.
Eu sou a bondade e a maldade,
E a necessidade de viver
Eu sou mundos e fundos
Eu sou tudo e ao mesmo tempo nada
E não a ninguém igual a mim...
De tanta inspiração meus nervos convulsivos de agonia clamam por uma dose de ventura, minhas ilusões minha saudade e minha eternidade sucumbida.
Como a aurora da manhã o gosto do vinho glorioso o cheiro dos livros antigos, do salgado das lagrimas perdidas nas belas leituras melancólicas de Lamartine, Byron, Shakespeare.
CLICHÊS vs TRAGÉDIAS
Sou shakesperiano assumido,
prefiro as tragédias aos clichês.
Gosto de entender que há realidade
em tudo que é belo,
e que há aprendizado
em tudo que é feio.
Sou romântico progressista assumido,
prefiro a devoção ao autocuidado.
Gosto de fazer existir histórias
onde só havia ilusão,
gosto de ver luz
no meio da escuridão.
Deveria eu assumir as tragédias
e então reproduzí-las?
Ou inspirar-me em clichês do cinema,
em histórias não vividas?
Prefiro viver uma história de cada vez,
um sentimento de cada vez,
para que quando a hora enfim chegar
haja tanta realidade que já não se sabe
se é uma tragédia ou um clichê.
NEM MESMO VAN GOGH
Tudo um dia
Se vai
Eu um dia vou partir,
Todos vamos partir
As flores vão murchar,
A água vai secar,
E nós humanos, vamos nos matar
Sabe a única coisa que não se vai?
A tamanha beleza
Daquela garota
Nem mesmo Van Gogh
Conseguiria achar
Uma palavra para a descrever
Nem Shakespeare
Iria conseguir canta-la
Monalisa teria inveja de
Uma pintura sua, maldito da Vinci,
Errou em sua escolha de obra
São Paulo, cidade da paixão
É onde vive uma gostosa, a tentação
Seus olhos são negros como a noite
E seu sorriso é tão brilhante
Ela caminha pelas ruas com graça
E todos os homens a olham com a cara
Ela é linda e sensual, um sonho
E todos querem fazer dela o seu bem
Ela é divertida, mas também é inteligente
E seu jeito de ser é tão cativante
Ela é uma mulher forte e independente
E nunca deixa ninguém a desrespeitar
São Paulo é uma cidade grande e agitada
Mas ela é a estrela mais brilhante
E todos que a conhecem são abençoados
Por ter essa gostosa como amante