Contos William Shakespeare Amor
O Enigma do Primeiro Passo
William Contraponto
O caminho desperta no primeiro passo,
abrindo o mundo sem se anunciar.
Do gesto nasce um tênue traço,
que à própria essência decide chamar.
Nenhuma voz secreta indica direção;
o ritmo surge ao se escutar.
Entre o peso do tempo e a indecisão,
a senda encontra modo de avançar.
Sem verbo fixo ou guia certeiro,
a trilha aprende a se configurar.
Há sempre vida no início ligeiro,
sutil convite para continuar.
Quando o silêncio cresce por inteiro,
um fundo sentido tenta despontar.
No intervalo se refaz o roteiro,
mínima música a respirar.
E se algo fica, é simples traço,
breve sinal a persistir.
Um sinal breve deixado no espaço,
prova de um instante a se cumprir.
Regimes do Real. Umaobra de William Contraponto
por Neno Marques
Há obras que não pedem leitura apressada. Regimes do Real, de William Contraponto, é uma delas. Não porque seja hermética, mas porque se recusa a facilitar. Trata-se de um tríptico que não busca representar o mundo, e sim expor os mecanismos pelos quais o mundo passa a se impor como inevitável.
Contraponto não escreve sobre o mal como explosão, excesso ou desvio excepcional. O que sua obra revela é algo mais inquietante: o mal como procedimento. Como norma. Como regularidade silenciosa. Em Noite Polar, Estação da Exposição e Segundo o Protocolo, o real não aparece como drama espetacular, mas como campo administrado — térmico, moral e discursivo.
A Noite Polar não é apenas a ausência de luz: é a suspensão do horizonte. O escuro não vem do mistério, mas do bloqueio. O sujeito não se perde; ele é contido. O frio não é climático, é estrutural. Aqui, o real se apresenta como resistência passiva: não empurra, não persegue — apenas impede. Pensar já é um ato de fricção.
Em Estação da Exposição, ocorre o movimento inverso: tudo é excesso de luz. Nada se oculta. Mas essa exposição não liberta — ela cobra. O mundo se mostra sem véu, e justamente por isso exige desempenho, resistência, adaptação. A vida não cresce por virtude, mas por pressão. A claridade, longe de absolver, revela o custo de existir sob vigilância contínua.
É em Segundo o Protocolo que o núcleo ético da obra se explicita sem jamais se declarar. O mal não grita, não odeia, não se reconhece como tal. Ele se instala na rotina correta, no gesto neutro, na palavra oficial. Não mata diretamente — permite. Não sangra o chão — limpa as mãos. Aqui, Contraponto toca num ponto raro da poesia contemporânea: a responsabilidade impessoal como forma de violência.
O que une o tríptico não é um tema, mas uma lógica. Regimes do Real mostra como diferentes condições — escuro, luz, estabilidade — podem servir ao mesmo fim: a domesticação do pensamento. Seja pela contenção, pela exposição ou pela normalização, o sujeito é levado a seguir sem juramento, sem glória, sem pergunta.
Essa obra funciona como um sistema fechado e, ao mesmo tempo, como um espelho aberto. Não oferece saída, mas oferece clareza. E talvez seja isso que mais incomode: não há redenção, não há promessa, não há catarse. Há decisão. A decisão de atravessar o real sem aceitar que ele se reduza ao que foi autorizado.
William Contraponto não escreve para consolar. Escreve para retirar o conforto das narrativas prontas. Regimes do Real não acusa indivíduos; expõe estruturas. Não denuncia um inimigo externo; revela uma lógica compartilhada. E é justamente aí que reside sua força: ao nos incluir no problema, recusa a ilusão de inocência.
Num tempo em que o real é constantemente simplificado, embalado e vendido como consenso, esta obra devolve ao leitor algo essencial: o atrito. E onde há atrito, ainda há pensamento.
Lucidez Sem Atalho, Obra de WilliamContraponto: quando pensar não absolve.
por Neno Marques
Há livros que se oferecem como caminho. Outros, mais raros, retiram o chão. Lucidez Sem Atalho pertence a essa segunda categoria. Não porque grite, provoque ou escandalize, mas porque recusa ajudar. E essa recusa, num tempo viciado em mediação, é profundamente política.
William Contraponto escreve como quem não acredita em salvação pelo entendimento. Pensar, aqui, não melhora ninguém. Apenas retira desculpas. A lucidez não aparece como clarão libertador, mas como estado incômodo — quase ingrato — de quem já não pode fingir desconhecimento.
O “atalho” do título é amplo. Não se limita à religião, à ideologia ou ao moralismo. Trata-se de todo mecanismo que adianta o que não se quer enfrentar: a promessa, o depois, o sentido maior, a explicação confortadora. Contraponto não combate a fé — ele expõe seu uso funcional quando ela vira prateleira: lugar onde se deposita o peso da escolha.
O mérito do livro está justamente na contenção. Nada é espetacularizado. A linguagem é econômica, quase austera, como se cada excesso fosse uma traição ao próprio gesto crítico. Não há metáforas exuberantes porque o mundo, como o autor insiste, já está visível demais. O problema não é a falta de luz, mas a recusa em permanecer diante dela.
Outro ponto decisivo é a ausência de protagonismo do “eu”. Não se trata de poesia confessional, tampouco de denúncia panfletária. O sujeito que fala em Lucidez Sem Atalho não pede empatia — assume implicação. Ele não se coloca fora do impasse que descreve. Observa, mas não se absolve.
Há política aqui, mas sem slogans. A crítica é mais funda: recai sobre a terceirização da responsabilidade. Quando se transfere ao transcendente, ao sistema ou ao tempo aquilo que exige decisão imediata, cria-se uma ética da espera. Contraponto desmonta essa espera verso a verso, sem oferecer alternativa redentora. Apenas mostra o custo.
O livro incomoda porque não ensina. Não orienta. Não fecha. Termina como começou: expondo. E talvez seja esse o gesto mais honesto que a poesia pode fazer hoje — não apontar saídas, mas retirar esconderijos.
Lucidez Sem Atalho não é um livro para quem busca consolo. É para quem aceita o risco de ver sem filtro. E isso, convenhamos, tem sido cada vez mais raro.
William Contraponto: a palavra como fricção do real
por Neno Marques
Há poetas que escrevem para adornar o mundo. William Contraponto escreve para expô-lo. Sua poesia não pede licença nem oferece consolo: opera como uma lâmina reflexiva que passa rente à experiência humana, arrancando dela o excesso, o disfarce, a retórica fácil. Ler Contraponto é aceitar o desconforto de pensar.
Poeta e ensaísta, sua obra nasce do atrito entre filosofia e vida cotidiana. Há nela um compromisso evidente com a lucidez — não como virtude moral, mas como exercício rigoroso de enfrentamento do real. Temas como tempo, liberdade, identidade, poder e pertencimento atravessam seus versos sem metafísica ornamental. O símbolo, quando surge, não eleva: interroga. A imagem não embala: provoca.
Seus livros — de *Com Todas as Letras* a *Regimes do Real* — formam um corpo coerente, ainda que inquieto, marcado por uma escrita densa, econômica e consciente de si. Contraponto escreve como quem sabe que a linguagem não salva, mas pode revelar. E isso basta.
Fora dos grandes circuitos editoriais, sua obra encontrou na web um território fértil. Blogs, redes sociais, sites independentes e plataformas digitais tornaram-se não apenas meios de divulgação, mas espaços de circulação crítica. Seus poemas viajam, são compartilhados, citados, discutidos — inclusive em contextos acadêmicos — sem perder o fio de tensão que os constitui. A internet, aqui, não dilui a obra: amplia seu alcance sem domesticar sua voz.
William Contraponto é um poeta do presente, mas não do imediatismo. Sua escrita exige pausa, confronto e responsabilidade intelectual do leitor. Em tempos de palavras inflacionadas, sua poesia insiste no essencial: pensar dói, mas pensar liberta.
O poeta é um filósofo frustrado, dizem. William Contraponto faz uma bagunça nessa afirmação
Por Neno Marques
William Contraponto não "bagunça" a afirmação no sentido de desmerecê-la, mas sim ao transcender a dicotomia entre poeta e filósofo, encarnando ambas as figuras em sua própria identidade e obra.
A abordagem de William Contraponto à afirmação "o poeta é um filósofo frustrado" pode ser entendida da seguinte forma:
Identidade de "Poeta-Filósofo": William Contraponto é frequentemente referido por críticos e por si mesmo como um "poeta-filósofo" ou "poeta-reflexivo". Isso sugere que, em sua visão, as duas dimensões não são excludentes, mas sim complementares e intrinsecamente ligadas em sua produção artística.
Aproximação de Poesia e Filosofia: Sua obra é marcada pela "fricção" entre o lirismo e a reflexão, onde os versos buscam interrogar o mundo e suas contradições com uma densidade reflexiva. Ele utiliza a poesia como um espaço para o pensamento rigoroso e a crítica social, que tradicionalmente seriam domínios da filosofia.
Recusa da Filosofia Acadêmica Tradicional: William Contraponto expressa uma preferência pelo "golpe seco do verso" em contraste com a "filosofia acadêmica". Isso indica que, para ele, a poesia é um caminho mais direto ou autêntico para a expressão do pensamento, desnecessitando da estrutura formal da academia para filosofar.
Filosofia Existencialista nos Versos: Sua filosofia é descrita como existencialista e nasce da urgência de pensar. A lucidez e a inquietação são transformadas em linguagem poética, o que demonstra que a busca por sabedoria e entendimento (a essência da filosofia) não está "frustrada", mas sim plenamente realizada através da poesia.
Em vez de refutar a afirmação com argumentos lógicos, William Contraponto a torna irrelevante ao viver e criar na intersecção das duas disciplinas, mostrando que o poeta pode ser um filósofo, e que a poesia é um meio válido e poderoso para a expressão filosófica.
nenommarques@gmail.com
Pedido de Anistia
William Contraponto
Se Deus existe,
deve ser anistiado.
Pois, se é o que dizem seus seguidores,
só pode estar preso.
Vê tudo
e nada pode fazer.
Vê a fome e a guerra,
a miséria espalhada, o caos banalizado,
o choro da criança
e o desespero da mãe,
e permanece imóvel.
Se Deus existe,
que o libertem da cela invisível
onde o colocaram
com promessas e absolvições.
Se Deus existe como pregam,
ele vai resolver.
Dizem.
Sempre dizem.
Mas se Deus existe
e é livre,
então não está acorrentado ao mundo
nem às mãos dos homens.
Então Ele é a prisão.
William Contraponto y la ética existencial del tránsito humano
Una lectura crítica del “Soneto del Camino Humano”
A. Hernán Lopez
La obra poética de William Contraponto se inscribe en una tradición contemporánea que articula poesía y reflexión filosófica sin reducir el texto literario a ilustración teórica. En el “Soneto del Camino Humano”, el autor recurre a la forma clásica del soneto para desarrollar una concepción existencial del sujeto basada en la impermanencia, la responsabilidad individual y la ausencia de fundamentos trascendentes.
El poema se abre con una afirmación de carácter ontológico: “Nacemos ya de paso, sin bandera”. El sujeto lírico aparece definido por la transitoriedad y la falta de una identidad esencial o destino previo. Esta formulación dialoga con la noción sartreana de que la existencia precede a la esencia (Sartre, 1946), situando al individuo como proyecto antes que como sustancia. La imagen del “polvo del tiempo” refuerza esta condición finita, cercana a la comprensión heideggeriana del Dasein como ser arrojado en el tiempo (Geworfenheit).
En los cuartetos, la vida se presenta como experiencia desprovista de promesas: “la vida no promete madrugada”. No hay teleología ni horizonte redentor. El verbo “andar” funciona como núcleo ético del poema, en consonancia con la idea de que el sentido no es dado, sino construido a través de la acción. Esta perspectiva se aproxima a la ética de la responsabilidad defendida por Camus, especialmente en El mito de Sísifo (1951), donde la lucidez frente al absurdo no conduce a la renuncia, sino a la persistencia.
El tratamiento del amor confirma esta poética de la resistencia. “Amar es resistir a la frontera / del miedo y la distancia reiterada” despoja al amor de cualquier dimensión salvífica, aproximándolo a una práctica concreta y frágil. La fe, en este contexto, aparece como una estructura provisional que se levanta y se quiebra ante la verdad. Tal concepción recuerda la crítica nietzscheana a los sistemas de creencias consoladoras, entendidos como respuestas que buscan anestesiar el conflicto inherente a la existencia.
Los tercetos introducen de forma explícita la negación de toda instancia trascendente que excuse al sujeto de su dolor o de sus decisiones: “No hay dios que nos excuse del dolor”. Esta afirmación no opera como gesto polémico, sino como posicionamiento ético. Al eliminar la posibilidad de absolución externa, el poema refuerza la noción de responsabilidad radical, en línea con el pensamiento existencialista. La sentencia “vivir es decidir sin salvación” sintetiza este núcleo conceptual, evocando tanto la libertad angustiante de Sartre como la conciencia trágica presente en Camus.
El cierre del soneto propone una relación con el abismo que evita tanto la evasión como el nihilismo. “Quien mira el abismo aprende su valor” remite indirectamente a Nietzsche, no como exaltación del vacío, sino como ejercicio de afirmación lúcida. La razón, en este marco, no antecede a la experiencia, sino que se construye a partir del paso incierto, lo que sitúa el sentido como resultado del enfrentamiento con la pregunta, no de su supresión.
En conclusión, el “Soneto del Camino Humano” confirma a William Contraponto como un poeta-filósofo cuya escritura se sitúa en la intersección entre poesía y existencialismo contemporáneo. Su obra no busca ofrecer respuestas definitivas ni consuelo metafísico, sino delinear una ética de la lucidez y de la responsabilidad en un mundo sin garantías. Desde esta perspectiva, Contraponto contribuye a una poética que concibe la literatura como espacio privilegiado de reflexão crítica sobre la condición humana.
Referencias
* CAMUS, Albert. El mito de Sísifo. Madrid: Alianza, 1951.
* HEIDEGGER, Martin. Ser y tiempo. Madrid: Trotta, 2003.
* NIETZSCHE, Friedrich. Más allá del bien y del mal. Madrid: Alianza, 1997.
* SARTRE, Jean-Paul. El existencialismo es un humanismo. Buenos Aires: Losada, 1946.
O samurai inglês
…nesse tempo eu era copeiro do rei. —Neemias 1:11
Crê-se que William Adams (1564–1620) tenha sido o primeiro homem inglês a chegar ao Japão. O shogun japonês reinante, afeiçoando-se a Adams, fez dele seu intérprete e conselheiro pessoal, nos assuntos das potências orientais. Com o tempo Adams foi brindado com duas espadas de distinção de um Samurai. Isso demonstrou o quanto os japoneses reverenciavam Adams. Como prestou bons serviços ao seu rei estrangeiro, foi também recompensado com maiores oportunidades de influência.
Séculos antes outro homem em país estrangeiro também teve influência sobre seu rei. Neemias era um copeiro do rei persa Artaxerxes (Neemias 1:11). Na corte real, o copeiro devia testar o vinho antes de ser dado ao rei, para protegê-lo de envenenamento. Essa posição, porém, significava também que ele tinha os ouvidos do rei como um conselheiro de confiança. A integridade de Neemias, seus dons administrativos e sabedoria fizeram dele um confidente para seu governante, o que abriu caminho para a reconstrução dos muros de Jerusalém.
Como Neemias, cada um de nós também recebeu uma esfera única de influência. A criação de filhos, o trabalho na comunidade ou na igreja e o emprego são esferas onde podemos exercer um efeito benéfico sobre outras pessoas. O Senhor colocou alguém em sua vida a quem você pode influenciar?
Um pequeno exemplo também pode servir de grande influência para Cristo. Dennis Fisher
Carta para William:
Do nada assim você chegou sacudindo minha vida escrevendo mais um capítulo na minha história. Me trouxe momentos felizes muito mais do que póde imaginar mas na vida nem tudo são sorrisos e alegrias, com o tempo nossa felicidade foi virando lembranças, e nas lembranças eu prefiro te lembrar nas melhores delas, pois o mundo ja é muito cinza para guardarmos magoas conosco, posso dizer que você foi na minha história as páginas mais belas as quais eu amei escrever. Hoje nossas atitudes e escolhas nos levam a seguir em frente em caminhos distintos nos fazendo lembrar o quanto foi incrível ter compartilhado um pouco da vida com você. Seguiremos caminhos em que tocaremos outras vidas assim como vidas foram tocadas por nossas vidas seguiremos entrando e saindo da vida de outras pessoas, só desejo que a cada entrada e saída da vida de alguém possamos continuar nelas sendo lembrado por boas e belas recordação assim como gosto de lembrar de nós dois. Nas lembranças sei que você é real que um dia antes do fim houve amor além de tudo. Suas lembranças sao vestígios de uma breve e bela história que chegou ao fim mas não será esquecida.
lutas e músicas
Meu coração se regozijará em sua salvação. - Salmo 13: 5
William Cowper, poeta e hino inglês do século XIX, enfrentou crises recorrentes de depressão ao longo de sua vida. Talvez seja por isso que seus hinos ainda nos tocam profundamente durante os momentos em que nossa vida parece estar perdendo o controle e queremos desesperadamente confiar em Deus.
Um dos hinos mais conhecidos de Cowper, "Deus se move de maneira misteriosa", contém estas palavras encorajadoras:
Vós, santos temerosos, tomam nova coragem;
As nuvens que vocês tanto temem
São grandes de misericórdia, e se partirão
Em bênçãos em sua cabeça.
Muitas vezes imaginamos que os cânticos triunfais da fé foram escritos por pessoas que já haviam superado suas lutas. Mas o livro de canções da Bíblia - os Salmos - lembra-nos que os gritos angustiados de “Quanto tempo, ó Senhor? Você vai me esquecer para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? ”Às vezes ocorre quase no mesmo fôlego que“ o meu coração se alegra com a tua salvação. Cantarei ao Senhor, porque Ele me falou em abundância ”(Sal. 13: 1,5-6).
Em toda luta - mental, física, emocional ou espiritual - nosso desafio é passar do medo de ser esmagado para a confiança que Deus venceu. Cowper não achou fácil, mas sempre achou que Deus era maior do que ele jamais imaginara.
Diante das nuvens hoje? Tome coragem! Seu maior louvor a Deus pode ser cantado nos dias mais sombrios da sua vida.
Muitos elogios geralmente surgem de grandes dores. David C. McCasland
Fora de contexto
Por William Calixto
De que adianta falar se o que diz não condiz com o que está?
De que adianta também dizer sem o respaldo que lhe convêm?
Vale a pena continuar as margens?
Vale a pena morrer as cegas, negar o peito e esconder a cara?
Vale a pena viver fora... “Tô por fora”
Vale?... “Não tenho nada a dizer”
“Nada a declarar”
“Nada...”
"Apenas deixa estar..."
Não!
Veja a descaracterização do medo...
Sinta a plenitude de viver fora de suas cadeias...
Veja! O céu anil...
Sorria! Livre dos grilhões do próprio preconceito de ser quem és...
Vem a pergunta:
"A partir de onde me vejo? De quem?"
De tudo menos eu.
Destrone este primeiro demônio
A partir daí, a opinião alheia?
Passa a ser apenas a alheia!
Sempre é tempo.
"Miga quer causar?"
Não. Imagina... Deve ser o vermelho encarnado que trago nos lábios!
Não tenho tempo a perder com conversas inúteis e pessoas que não fazem a diferença e por nunca estarem... Alheias a quem sou, julgam-me apenas pela aparência.
Apenas pela aparência?
Não ouse me reduzir a reticências!!!
Por favor, dê-me licença!
Apenas...
Bom falaram pra mim falar sobre o William Fernandes
namoradinho dd mentira rsrs ..
boom po mlk daora
super legal
no dia q eu conheçi ele
foi o dia mais especial da minha vida
dps começo as brigas
tipo espalharam um bang de mim e dele
qe eu namorava com ele e tal's
e eu descubri qem foi
maiss maan' voo nem correr atras
sabe
se ele qiser continuar sem falar comigo fmz (y)
aa unica coisa que eu consigo fazer
é desviar do caminho dele
:(
qem mandou eu escrever sobre ele ?
.. Joice Lopes ç22
Bertrand Arthur William Russell, 3º Conde Russell (Ravenscroft, País de Gales, 18 de Maio de 1872 — Penrhyndeudraeth, País de Gales, 2 de Fevereiro de 1970) foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Político liberal, activista e um popularizador da filosofia. Inúmeras pessoas respeitaram Russell como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. A sua postura em vários temas foi controversa.
Russell nasceu em 1872, no auge do poderio económico e político do Reino Unido, tendo morrido em 1970, vítima de uma gripe, quando o império se tinha desmoronado e o seu poder drenado em duas guerras vitoriosas mas debilitantes. Até à sua morte, a sua voz deteve sempre autoridade moral, uma vez que ele foi um crítico influente das armas nucleares e da guerra estadunidense no Vietnã. Era inquieto.
Recebeu o Nobel de Literatura de 1950, "em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento
PARA VC QUE NÃO PASSOU NA PROVA DE ONTEM.
Por William Douglas, alguém reprovado várias vezes em provas e concursos.
- PASSOU OU NÃO PASSOU?
Esta era a pergunta que eu mais fugia antes de tomar posse no primeiro cargo. Eu me desviava das pessoas na rua, até em prédio eu já entrei só para não ter que responder o doloroso “ainda não”. Pior ainda era responder para as pessoas das quais não dá para fugir: pai, mãe, tia... Como explicar a reprovação para quem bancava meu curso e meus livros? Até me olhar no espelho era complicado, pois parecia que alguém dentro de mim ficava ralhando comigo. Frustração, vergonha, até uma quase depressão. Doía também imaginar ter que recomeçar tudo de novo, nas mesmas salas... Quando era por poucos pontos, o certo seria ficar feliz pelo progresso, mas o “quase” me matava. Ficava feliz por quem passava, mas também sofrendo por me sentir ficando para trás enquanto o mundo andava. Bem, era assim comigo. E com você?
Eu sei como está sendo o seu hoje, porque ele é igual ao meu ontem. E, por isso mesmo, eu quase sei qual é seu amanhã, pois ele é meu hoje. Primeiro, vou contar seu amanhã, e depois porque ele é “quase”.
Meu hoje começa com orgulho de você e por você. Eu criei a matéria “como passar em provas e concursos” e por isso me sinto habilitado a dizer que entendo mais disso do que seus pais, vizinhos, até mesmo mais que você, ao menos por enquanto. Não escute nem se apequene por ninguém que olhe feio para você, ok? Não pratique auto-bullying também, valeu? Eu, que entendo de concursos, estou muito orgulhoso de você. Seus professores no curso, presencial ou on line, e eles também são especialistas, são feras no assunto, também estão muito orgulhosos de você, pode perguntar a eles.
Você foi lá e fez a “danada” da prova. Simples assim. Venceu o medo, fez sua parte, tentou. Algo deu errado? Claro, porque afinal de contas você não passou. Mas por favor, veja também quantas coisas deram certo, quantas estão dando certo. Você tem tudo o que precisa para ir lá de novo e na próxima vez passar.
Seu hoje está difícil, mas vamos falar do seu amanhã (o meu hoje, o hoje dos seus professores do curso).
Hoje ninguém me julga por aquele monte de reprovações, e eu tive um monte delas. Hoje só olham as “pipocas” que explodiram. As pipocas que não explodiram ficaram no fundo da panela do tempo e da vida. Hoje eu e seus professores, todos estamos “passados”, aprovados, empossados, e você estará assim daqui a um tempo. Estou quase certo disso.
Vamos ao “quase”. Quem fizer o que tem que ser feito estará comemorando sua aprovação daqui a algum tempo. A diferença entre o sonho e a realidade é só a quantidade de tempo e de trabalho necessários. Trabalhar é estudar, treinar, rever, aperfeiçoar a si mesmo. Só quem não vai passar será aquele que entrar em um processo infinito de autocomiseração e desânimo. Não faça isso. Faça o contrário: lembre que você já é um vencedor, apenas ainda não colheu tudo que um vencedor colhe, porque boas colheitas levam tempo para acontecer. Se outro colheu rápido, sorte dele, que bom! Cada um tem seu tempo de germinar e nascer. Vá viver sua vida e sua história, pare de ficar pensando nos outros. Cuide de você. Você é sua melhor carta para jogar o jogo da vida ... e temos que jogar com as cartas que temos na mão.
Seu amanhã vai apagar o dia ruim que você está passando hoje. O seu amanhã será ótimo se você fugir do “quase”.
Há uma tentação de desistir, de chutar tudo para o alto, de se concluir incapaz. Esqueça isso. Lamente, chore, mas só para desopilar o fígado. Descanse dois a três dias e volte para os livros. Refaça a prova, veja onde errou, onde precisa treinar mais. Lembre que você já caminhou parte da estrada, que levou um tombo, mas que eles ensinam a caminhar melhor. Lembre que você pode. Reprovação é uma vírgula, não uma sentença final. Concurso se faz não para passar, mas até passar. Simples assim.
Hoje você só está diante de uma pipoca que não explodiu: não a mastigue. Elas são duras. Invista toda sua alma e até sua frustração em procurar a pipoca boa. Elas são macias, saborosas. Chore, sofra, tire uns dois a três dias para curtir a ressaca, e volte para a mesa de estudos, para o livro, para o curso, para sua história de vencedor, porque você é um.
Celebre seus amigos que passaram. Você viverá isso daqui a um tempo. Celebre a si mesmo. Junte-se a mim e aos seus professores nesse extremo orgulho de você estar vivendo sua história e seguindo sua estrada. Estrada com pedras sim, mas com final feliz.
Eu e seus professores, nós temos muito orgulho de você. Celebramos sua coragem e seus progressos. E se você seguir em frente, e fizer o que tem que ser feito, celebraremos juntos não só a dor de hoje, mas também as vitórias imensas que o amanhã vai trazer.
Tradução de Antigonish de William Hughes Mearns.
Ontem quando subia a escada;
conheci um homem, que lá não estava.
Hoje de novo, ele lá não permanecia,
eu quero e como eu quero, que ele seja só uma fantasia.
Quando voltei para casa de uma noite bem ruim
lá havia um homem esperando por mim.
Mas, quando eu olhei para o corredor;
eu não pude ver nenhum senhor.
Ontem quando eu subia a escada;
havia um homem que lá não estava.
Hoje de novo, ele lá não permanecia,
eu quero e como queria, que ele fosse só uma fantasia.
" William foi acolhido por Elisabeth em um abraço silencioso, mas eloquente. Naquele diálogo mudo, Elisabeth fortalecia sua presença na vida dele, e a dele no mundo, desvelando, no abraço da pessoa certa, um mundo transformado em amigo".
Frase do Livro Elisa e a Mensagem do Vento
William Contraponto: 20 anos de Colaboração Com o Pensamento Crítico e Livre.
William Contraponto é poeta-filósofo, escritor e ensaísta, conhecido por uma produção literária marcada por densidade reflexiva, crítica social e existencialismo. Ateu e humanista, constrói seus versos como espelhos desconfortáveis, que questionam certezas e provocam inquietações. Ao longo de sua trajetória, atua também como articulista e cronista, escrevendo para veículos de comunicação impressos e digitais há pelo menos 20 anos, abordando temas que vão da literatura à filosofia, do comportamento à análise política.
Contraponto transita entre a poesia e o pensamento ensaístico, recusando dogmas e abraçando a liberdade de expressão como fundamento de sua arte. Suas obras circulam em países de língua portuguesa e espanhola, algumas traduzidas, conquistando leitores que se reconhecem no tom crítico e lúcido de sua escrita. Mais do que oferecer respostas, William Contraponto se propõe a cultivar perguntas — e a devolver ao leitor o direito de pensar por si.
Na Fronteira de Nós Dois
William Contraponto
Na esquina estreita do mundo,
onde o olhar pesa mais que a pedra,
nós dois existimos à revelia,
de um céu que nunca nos celebra.
Gritam nomes, constroem muros,
com dogmas, cruzes, fardos e leis,
mas vivemos, mesmo sem permissão,
num agora que ninguém desfez.
Disseram que amar era errado,
que Deus não cabe no nosso abraço...
Mas se o inferno é o outro,
não sou eu quem lança o laço.
Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.
Carregamos angústias herdadas,
verdades partidas em becos calados,
mas cada toque teu me ancora
no sentido que não vem dos fados.
Saltamos sem chão sob os dias,
com a fé de quem teme e insiste,
e encontramos abrigo nos gestos
que provam que o amor persiste.
Disseram que a alma tem forma,
e que a nossa é ausência e engano...
Mas não há essência que nos prenda
quando o afeto é soberano.
Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.
Não há condenação mais cruel
que viver sob o olhar alheio.
Mas o amor é nossa resposta
ao vazio feito de receio.
Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos coragem em carne e beijo,
somos liberdade que resistiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo inteiro por renascer.
Maternidade
William Contraponto
No corpo a vida se anuncia
como semente em terra ardente.
Mistério, dor e poesia,
num tempo que não segue em frente.
O ventre é sol que se derrama,
é casa antes do existir,
é chama antiga que se inflama,
sem nunca se deixar partir.
No colo nasce o infinito,
nos olhos — mundos a brotar.
É medo calmo e grito aflito,
é dar sem nunca se esperar.
Ser mãe não cabe em um conceito,
nem se traduz por condição.
É ter o mundo sobre o peito
e ainda abrir o coração.
O Homem e Sua Luta
William Contraponto
No campo onde a terra sente o peso,
Pepe caminha, mas não pede perdão,
sua vida é mais que um simples recomeço,
é a luta viva contra a opressão.
Sem ouro, sem trono, seu olhar é franco,
com mãos calejadas, mas alma acesa,
na verdade que surge de um simples estanco,
sua liberdade não é uma mentira, é certeza.
Na prisão do corpo, ele se fez inteiro,
não cedeu ao luxo que corrompe o ser,
seu coração é campo, seu espírito é feitor,
na luta constante por um outro viver.
Ele diz: "a felicidade não é mercado",
não vive por nada que o poder decida,
seu país é a rua, seu exílio, o fardo,
onde a justiça nasce, na raiz da vida.
Mujica, a lição que jamais se apaga,
um homem que resiste além da dor,
e na memória do povo, sua chama nunca se apaga,
pois o verdadeiro poder está no amor.
