Contos William Shakespeare Amor

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lutas e músicas

Meu coração se regozijará em sua salvação. - Salmo 13: 5

William Cowper, poeta e hino inglês do século XIX, enfrentou crises recorrentes de depressão ao longo de sua vida. Talvez seja por isso que seus hinos ainda nos tocam profundamente durante os momentos em que nossa vida parece estar perdendo o controle e queremos desesperadamente confiar em Deus.

Um dos hinos mais conhecidos de Cowper, "Deus se move de maneira misteriosa", contém estas palavras encorajadoras:

Vós, santos temerosos, tomam nova coragem;
As nuvens que vocês tanto temem
São grandes de misericórdia, e se partirão
Em bênçãos em sua cabeça.

Muitas vezes imaginamos que os cânticos triunfais da fé foram escritos por pessoas que já haviam superado suas lutas. Mas o livro de canções da Bíblia - os Salmos - lembra-nos que os gritos angustiados de “Quanto tempo, ó Senhor? Você vai me esquecer para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? ”Às vezes ocorre quase no mesmo fôlego que“ o meu coração se alegra com a tua salvação. Cantarei ao Senhor, porque Ele me falou em abundância ”(Sal. 13: 1,5-6).

Em toda luta - mental, física, emocional ou espiritual - nosso desafio é passar do medo de ser esmagado para a confiança que Deus venceu. Cowper não achou fácil, mas sempre achou que Deus era maior do que ele jamais imaginara.

Diante das nuvens hoje? Tome coragem! Seu maior louvor a Deus pode ser cantado nos dias mais sombrios da sua vida.

Muitos elogios geralmente surgem de grandes dores. David C. McCasland

Inserida por 2019paodiario

Bom falaram pra mim falar sobre o William Fernandes
namoradinho dd mentira rsrs ..


boom po mlk daora
super legal
no dia q eu conheçi ele
foi o dia mais especial da minha vida
dps começo as brigas
tipo espalharam um bang de mim e dele
qe eu namorava com ele e tal's
e eu descubri qem foi
maiss maan' voo nem correr atras
sabe
se ele qiser continuar sem falar comigo fmz (y)
aa unica coisa que eu consigo fazer
é desviar do caminho dele
:(

qem mandou eu escrever sobre ele ?

.. Joice Lopes ç22

Inserida por GeannySlater

Bertrand Arthur William Russell, 3º Conde Russell (Ravenscroft, País de Gales, 18 de Maio de 1872 — Penrhyndeudraeth, País de Gales, 2 de Fevereiro de 1970) foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Político liberal, activista e um popularizador da filosofia. Inúmeras pessoas respeitaram Russell como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. A sua postura em vários temas foi controversa.

Russell nasceu em 1872, no auge do poderio económico e político do Reino Unido, tendo morrido em 1970, vítima de uma gripe, quando o império se tinha desmoronado e o seu poder drenado em duas guerras vitoriosas mas debilitantes. Até à sua morte, a sua voz deteve sempre autoridade moral, uma vez que ele foi um crítico influente das armas nucleares e da guerra estadunidense no Vietnã. Era inquieto.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1950, "em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento

Inserida por LucyaneSchneider

Fusão e Transe
Decodificando William Contraponto

Filosofia, poesia e músic
Se fundir tudo isso em obra única
Meu orgasmo intelectual é inevitável
Transcendo as barreiras num êxtase admirável

O pensamento dança com melodia
O verso se curva à razão sensível
No caos das ideias, nasce a harmonia
Num silêncio de aura inesquecível

Sou verbo em transe, som que ilumina
A mente que vibra, o peito que sente
Na arte me encontro, na arte me inclina
O ser que mergulha, o ser que é semente.

Toco o infinito com palavras cruas
Desvendo o ser com notas e conceitos
Na partitura, as verdades mais nuas
Ecoam além de dogmas e preceitos

Cada linha é grito, cada som, visão
A arte me veste com fogo e certeza
Sou carne que vibra em contemplação
No altar da beleza, encontro a grandeza


Sou verbo em transe, som que ilumina
A mente que vibra, o peito que sente
Na arte me encontro, na arte me inclina
O ser que mergulha, o ser que é semente.

(Homenagem ao poeta William Contraponto)

Inserida por GabrieldaLuz

⁠Na Fronteira de Nós Dois
William Contraponto

Na esquina estreita do mundo,
onde o olhar pesa mais que a pedra,
nós dois existimos à revelia,
de um céu que nunca nos celebra.

Gritam nomes, constroem muros,
com dogmas, cruzes, fardos e leis,
mas vivemos, mesmo sem permissão,
num agora que ninguém desfez.

Disseram que amar era errado,
que Deus não cabe no nosso abraço...
Mas se o inferno é o outro,
não sou eu quem lança o laço.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.

Carregamos angústias herdadas,
verdades partidas em becos calados,
mas cada toque teu me ancora
no sentido que não vem dos fados.

Saltamos sem chão sob os dias,
com a fé de quem teme e insiste,
e encontramos abrigo nos gestos
que provam que o amor persiste.

Disseram que a alma tem forma,
e que a nossa é ausência e engano...
Mas não há essência que nos prenda
quando o afeto é soberano.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos escolha em meio ao silêncio,
somos desejo que nunca fugiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo que não quiseram ver.

Não há condenação mais cruel
que viver sob o olhar alheio.
Mas o amor é nossa resposta
ao vazio feito de receio.

Vivemos, apesar do medo,
no absurdo que a fé construiu,
somos coragem em carne e beijo,
somos liberdade que resistiu.
E mesmo que tudo negue o que somos,
seguimos, porque amar é ser.
Na fronteira de nós dois,
há um mundo inteiro por renascer.

Inserida por Fabrizzio

Maternidade
William Contraponto

No corpo a vida se anuncia
como semente em terra ardente.
Mistério, dor e poesia,
num tempo que não segue em frente.

O ventre é sol que se derrama,
é casa antes do existir,
é chama antiga que se inflama,
sem nunca se deixar partir.

No colo nasce o infinito,
nos olhos — mundos a brotar.
É medo calmo e grito aflito,
é dar sem nunca se esperar.

Ser mãe não cabe em um conceito,
nem se traduz por condição.
É ter o mundo sobre o peito
e ainda abrir o coração.

Inserida por Fabrizzio

O Homem e Sua Luta

William Contraponto

No campo onde a terra sente o peso,
Pepe caminha, mas não pede perdão,
sua vida é mais que um simples recomeço,
é a luta viva contra a opressão.

Sem ouro, sem trono, seu olhar é franco,
com mãos calejadas, mas alma acesa,
na verdade que surge de um simples estanco,
sua liberdade não é uma mentira, é certeza.

Na prisão do corpo, ele se fez inteiro,
não cedeu ao luxo que corrompe o ser,
seu coração é campo, seu espírito é feitor,
na luta constante por um outro viver.

Ele diz: "a felicidade não é mercado",
não vive por nada que o poder decida,
seu país é a rua, seu exílio, o fardo,
onde a justiça nasce, na raiz da vida.

Mujica, a lição que jamais se apaga,
um homem que resiste além da dor,
e na memória do povo, sua chama nunca se apaga,
pois o verdadeiro poder está no amor.

Inserida por Fabrizzio

O Vício Invisível
William Contraponto

O pior vício é aquele que não se vê,
não há marcas no corpo a denunciar,
mas na mente, o jogo cresce em segredo,
e o coração se perde no não-lugar.

Não há suor, nem tremor na mão,
é o silêncio que arrasta a razão,
sem dor visível, mas um abismo profundo,
onde o ser se dissolve em pura ilusão.

A cada aposta, um pedaço da vida,
mas ninguém vê, e ninguém pode saber,
é o vício que se oculta na mente perdida,
como um fogo que consome sem aparecer.

E o pior é que não se sente a prisão,
não há correntes, nem marca a pele,
mas a alma se fecha, sem direção,
e a esperança se esvai, sem que se revele.

Inserida por Fabrizzio

Francisco, o Dissidente
William Contraponto

No trono antigo, a veste é só cenário,
mas tua voz tropeça em outra estrada.
Não segues o script do imaginário,
prefere a lama à cúpula dourada.

Tua liturgia é gesto sem vitrine,
não veste mitra, veste humanidade.
Fala com fome, não com hino ou delfine,
e pisa firme onde há precariedade.

Não creio em dogmas, mitos ou condenas,
mas vejo em ti dissenso verdadeiro.
Entre palácios, contas e antenas,
caminhas quase como um companheiro.

Não busco santos — busco quem resista,
quem fale ao povo sem se ajoelhar.
E mesmo sendo peça de uma lista,
te vi tentar o mundo reencantar.

Inserida por Fabrizzio

⁠Sistema Clandestino
William Contraponto

Nos becos frios, vozes se escondem,
O jogo sujo corre sem avisar,
Na margem, segredos que respondem,
A quem se recusa a se calar.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Papel oculto, fala que consome,
O grito preso que ninguém quer ouvir,
No silêncio frio do poder enorme,
Quem ousa pensar pode sucumbir.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Mas há uma luz que nasce na esquina,
A força bruta que não vai ceder,
Contra o silêncio e a máscara fina,
Quem tem coragem vai renascer.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Inserida por Fabrizzio

⁠Boneca do Vazio
William Contraponto

Há um corpo que não respira,
com olhos fixos no não-ser.
No colo, a ausência gira
vestida de um quase-viver.

Não chora, mas comove a alma,
não cresce, mas sabe esperar.
É ternura sem ter calma,
é consolo a simular.

Boneca feita de lamento,
de desejo e de negação.
O tempo ali é fingimento,
repetição sem coração.

É culto ao que nunca sente,
fetiche do eterno imaculado.
Negar o real, tão pungente,
por um afeto embalado.

No berço, repousa o espelho
de um mundo que teme sofrer.
Prefere o falso conselho
a ver o amor perecer.

Tão real quanto uma mentira dita,
com olhos que não sabem ver.
É o retrato de uma era aflita
que troca o fato por parecer.

Inserida por Fabrizzio

⁠Rito de Lama - A Saga dos Legendários
William Contraponto

Subiram calados a encosta,
sem celulares, sem nome.
Só homens. Só músculos. Só ordem.
Sem margem pra fome.

Pintaram-se com a terra
como quem volta ao começo,
mas era só mais um teatro
pra esconder o avesso.

Um gritou com voz de trovão,
o outro caiu de joelhos.
O suor nos rostos partidos
fingia lavar espelhos.

Passaram lama nos corpos
como quem sela um pacto.
Mas o toque era censura
revestida de ato.

Não era afeto o que unia,
era um medo compartilhado —
de que dentro daquele abraço
houvesse algo errado.

Diziam-se livres, guerreiros,
senhores da própria vontade.
Mas seguiam o velho script
de uma falsa identidade.

Não podiam se olhar nos olhos
sem desviar o sentido.
Pois sabiam — mesmo sem nome —
o que ali era omitido.

Chamam de rito, de cura,
de resgate da missão.
Mas é só o velho machismo
com nova embalagem e fardão.

E a montanha, que tudo via,
guardou em seu barro espesso
os segredos de um bando de homens
com medo do próprio começo.

Inserida por Fabrizzio

⁠Apresentação de Lilo
por William Contraponto

Há dentro de mim um menino que nunca se calou. Seu nome, quase um sussurro de infância, é Lilo — apelido que as vozes tortas e apressadas das crianças deram ao “William” que ainda não sabiam pronunciar seu nome direito.

Lilo não é apenas um personagem ou uma lembrança. Ele é o princípio inquieto, a centelha primeira que ainda hoje ilumina meus passos no caminho do pensar e do sentir. Enquanto o mundo impõe certezas e verdades prontas, ele permanece com suas perguntas — simples, musicais, profundas — feitas sem pressa, com a curiosidade de quem observa o céu, a terra e os próprios pensamentos e não aceita respostas fáceis.

Ele é o contraponto das minhas convicções adultas: uma voz que canta dúvidas, que mistura o existencialismo da alma com o naturalismo dos fenômenos, e o encantamento científico pelo universo que se desdobra diante dos olhos.

Lilo pergunta como quem toca uma viola de brinquedo — uma canção que nunca termina, uma melodia feita de perguntas que atravessam o tempo, o ser e o mundo.

É por isso que apresento Lilo a vocês, meus leitores, como o guardião das “Pequenas Grandes Perguntas”. Um convite para que, juntos, nunca deixemos de perguntar, de duvidar, de cantar a infância do pensamento.

Porque, no fundo, toda poesia é uma criança que se recusa a dormir.

Inserida por Fabrizzio

Corpo a Corpo
William Contraponto

Teu cheiro chegou primeiro.
Nem palavra, nem nome.
Apenas pele
em estado de intenção.

Tinhas o torso do erro
que eu nunca quis evitar,
e um olhar de quem conhece
a língua dos labirintos.

Não havia futuro em nós —
havia agora.
Esse agora denso,
que se despe com os dentes
e se escreve no escuro.

Minhas mãos em tua nuca,
teus quadris contra o mundo,
e tudo o que não sabíamos dizer
se dizia ali,
em cada investida.

Não fizemos amor —
fizemos ausência.
Do que disseram que era certo,
do que juramos reprimir.
Fizemos vício,
feito dois animais
com pensamento demais.

Depois, o silêncio.
Não o constrangido —
mas o pleno.
Como quem sabe
que o que aconteceu
não precisa de legenda.

E quando partiste,
deixaste um rastro de ti
no cheiro do lençol,
e um pouco de mim
nas tuas costas.

Inserida por Fabrizzio

⁠O Silêncio Que Te Espia
William Contraponto

Te escondes no ruído e na agonia,
temendo o vulto da própria verdade.
Chamas de vida a farsa que te guia,
mas vives sob o fio da tempestade.

Teus gestos são ensaio e encenação,
reflexos de um deserto mal coberto.
Teu riso é disfarce da contramão,
pois nunca estiveste assim tão perto.

O quarto te devolve o que calaste:
um murmúrio sem rosto, frio, inteiro.
No fundo do silêncio que evitaste,
te espreita um ser sem nome e verdadeiro.

Não foges só do mundo lá de fora,
mas da presença crua que te habita.
O barulho é o refúgio de quem chora
sem ter coragem de escutar a dita.

Inserida por Fabrizzio

⁠Os Que Ficaram
William Contraponto

Era.
Sem disfarces.
Mas também — sem cartazes.

Fui o que era,
sem anunciar,
sem negar.

Toquei muitos —
como eu —
sem nomear o que havia.
Corpos sabiam,
palavras não.

Alguns chamariam de busca,
outros, de fuga.
Para mim,
era caminho.

Até que me aceitei.
Me revelei.
Não ao mundo —
mas a mim.
E bastou.

Enquanto tantos,
com quem me perdi,
optaram por se esconder.
Assinaram papéis,
tiveram filhos,
ergueram casas.
Mas não abrigo.

Fizeram o que se espera.
E esperam, ainda hoje,
que a vida passe
sem que ninguém veja
o que falta por dentro.

Ficaram nas sombras
das aparências.
Eu?
Neguei esse papel.

Inserida por Fabrizzio

Uma Nota de William Contraponto

⁠Na dúvida?! Ponha no Google: William Contraponto.

Os tempos de jornalecos locais e seus coronéis não existem mais para aqueles que souberam se desprender dessa engrenagem pequena. E muitas vezes ignóbil, limitada física e intelectualmente.

Não desprezo a estrada que passei, mas aqueles que seguem crendo nela como caminho diante do tempo novo como forma de se estabelecerem como líderes e bastiões da verdade.

Na minha escrita difundida pelo mundo está a resposta.

Localmente? Pouco me importa. O que tenho é coerência. E quem quer fama local e poder geralmente não possui o escrúpulo e a autenticidade mínimos para ir na linha do que pertence ao pensamento amplo.

Inserida por Fabrizzio

O Homem na Porta
William Contraponto

O homem na porta observa
E tira suas previsões,
Entre uma e outra reserva
Vê o que há em ambas situações.

O homem na porta hesita,
Mas não cessa de esperar,
Pois cada cena palpita
Com algo a revelar.

Vê passarem os enganos
Com vestes de solução,
E os que fingem há muitos anos
Ser donos da direção.

Escuta o rumor da rua
Com olhos de dentro e fora,
Como quem encara a nua
Verdade que se devora.

Vê que a luz também confunde
Quando insiste em dominar,
E que o claro só responde
Se o olhar souber mirar.

Inserida por Fabrizzio


O Império da Mentira
William Contraponto

O sangue traça o marco da inglória,
Não há justificativa no terror gratuito.
A mentira inaugura uma fase decisória,
Com seu império, grito e bomba dá o veredito.

O medo ergue o altar do comandante,
Que vende paz com pólvora na mão.
Se o inimigo é vago e mutante,
Cabe ao discurso moldar a razão.

A história curva-se ao protocolo,
Entre sanções, promessas e punhais.
E a verdade, enclausurada no solo,
Silencia sob escombros imorais.

Cria-se o monstro em tela e manchete,
Edita-se a fúria com precisão.
A máquina mente, projeta e repete —
E a guerra ganha nova encenação.

Com mapas falsos e dardos verbais,
Assina pactos, escolhe a invasão.
E enquanto lucros fluem dos canais,
O povo sangra sem explicação.

Em salas frias, o jogo é traçado:
Quem morre, quem lucra, quem irá cair.
E a potência, ao engano viciada,
Segue a história que insiste em mentir.

Inserida por Fabrizzio

⁠A Antimística na Poesia-Reflexiva de William Contraponto

A poesia de William Contraponto é um território onde o sagrado não entra. Não por intolerância, mas por lucidez. Ele escreve a partir da fratura, não da fé. Seus versos não pedem bênção nem anunciam milagres. Não há promessas de luz nem pactos com a transcendência. O que há é pensamento. Pensamento cru, sem disfarces, atento ao jogo de forças que molda o mundo e os corpos.

Sua poesia é uma forma de resistência simbólica à sedução do absoluto. Em lugar da mística que apazigua, Contraponto oferece a dúvida que desinstala. Ele não canta a alma em êxtase, mas a consciência em ruína. A espiritualidade aqui não se eleva. Ela desce, interroga, desmonta. Busca no chão as perguntas que a metafísica costuma esconder sob mantos dourados.

A antimística de William Contraponto não é um gesto de negação vazia. É uma recusa pensada. Ele sabe que toda crença carrega um custo. Sabe que muitas vezes o conforto da fé é comprado com a moeda do silêncio, da obediência, do autoapagamento. Seus poemas não atacam a religiosidade individual, mas a indústria da redenção. Não zombam da busca por sentido, mas expõem os atalhos fabricados para controlá-la.

Não há espaço para o milagre onde o poeta vê estrutura. O que se apresenta como sagrado, ele examina como construção. O que é vendido como divino, ele desmonta como discurso. Sua escrita se nutre do desconforto de pensar em vez da segurança de crer. Não há salvação. Mas há clareza.

Na poesia-reflexiva de William Contraponto, a ausência de Deus não é um vazio. É um convite. Um convite a suportar o mundo sem muletas metafísicas. A construir sentido sem terceirizar o olhar. A habitar o tempo sem desejar estar fora dele. Sua poesia não é ascensão. É travessia. E cada verso, uma pegada crítica sobre a areia movediça daquilo que chamam verdade.

Seus poemas não consolam. Mas acordam. E isso, por si só, é um gesto profundamente humano.

Inserida por Fabrizzio

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