Contos de Drummond o Girassol e o Jardineiro
Perder, partir são palavras que mostram a distância de uma pessoa.
Memória, lembranças e amor são as pontes que nos conectam com os entes queridos que partiram.
Mesmo indo, algo fica: fica o amor que, ao fecharmos os olhos, nos faz lembrar da voz, do cheiro, do abraço e do sorriso.
Quando agimos no mundo, lembramos dos ensinamentos do pai,
Da presença que ele deixou em nós, da personalidade aos traços físicos.
Em nossos descendentes, também é possível notar a presença do nosso pai, do avô.
É certo que a partida nos faz carregar o peso da saudade e a sorte da boa memória.
Celebramos a sorte do bom cuidado, do elo forte construído com amor no tempo que a vida oportunizou, no bom encontro que nos gerou a vida como uma linha que se move no tempo, não apenas como nascimento.
A morte do corpo é inevitável,
Mas o espírito se manifesta na energia que nos deu vida, na conexão amorosa que é forte e delicada ao mesmo tempo.
A partida é inevitável, mas a força que gerou nossa vida, os ensinamentos e o amor devem nos fortalecer e conectar, para que a saudade possa ser acalmada em nosso coração.
A memória dos bons momentos é uma máquina que nos faz viajar no tempo da existência física presente.
Aproveitemos a vida enquanto ela pulsa.
Aproveitemos a memória como essa máquina que nos transporta e conecta com a existência que fisicamente sumiu.
Que o amor e os ensinamentos sigam nos ligando nesta existência que nos resta, nesses encontros que nos afetam, moldando quem somos.
O amor bate à porta.
O coração bate forte.
Deixa entrar o amor pela porta.
Deixa o sol invadir pela janela.
É amor? Então vem para o bem.
É amor? Venha, sem correntes, sem preconceito e sem barreiras.
Se é amor, pode vir.
Vem com olhos de quem vê, de quem enxerga além...
Amor vem com olhos que nos transpassam.
Amor vem com ouvidos, dois em ótimo estado.
Atentos ao nosso lamento, ao nosso riso.
Amor tem mãos
Para suportar o peso de nossa cabeça cheia de problemas e incertezas.
Para plantar juntos.
Para colher os frutos dos bons encontros.
O amor é meu.
O amor é teu.
O amor é isso entre eu e você.
O amor é ligação.
O meu amor é você.
O tempo nos devora.
No outro, vemos a idade chegar. A corrosão do tempo nos consome lentamente. Quando percebemos, o futuro já foi — somos passado em movimento. Conhecimento, memórias… somos mais o que fomos do que o que seremos.
O tempo não perdoa escolhas ruins.
Mas, depois de mortos, pouca diferença faz para onde partimos. Apenas o legado nos mantém vivos — mortos que habitam a glória dos feitos que transcendem a própria existência.
Meu tempo é precioso, matéria rara.
Desperdiçá-lo com companhias vazias é um erro sem volta.
Ele é irrepetível — não retrocede, não se estende, não espera.
Meu tempo pertence aos bons,
àqueles que fazem valer cada instante.
Não tenho tempo a perder, nem a desperdiçar.
Meu tempo é deleite, reservado para quem realmente desejo compartilhar.
Nem tudo é sobre o fato.
O desespero nos leva ao abismo.
Diante dos problemas, não podemos nos desesperar.
A desesperança é filha da visão limitada, que nos faz crer na impossibilidade de solução.
Mas sempre há um recomeço.
Uma chance de reconstrução.
Se acalmarmos nossos corações, podemos encontrar saídas.
A vida não se faz em um dia.
É uma jornada errática.
Uma viagem com várias escalas e conexões.
Descemos, subimos.
Às vezes vamos na classe econômica, outras vezes na primeira classe.
Tudo acontece nesse percurso.
Um momento não pode definir a sua existência inteira.
Te desejo,
Te desejo a sorte que só o tempo traz,
o destino que brota das escolhas certas
e os bons frutos do teu próprio caminho.
Te desejo leveza nos dias pesados,
e coragem quando o mundo pesar demais.
Todos temos o nosso próprio tempo.
Nossos planos e desejos vão, aos poucos,
ganhando espaço na agenda da vida.
E a vida —
a vida é coragem:
de pelejar,
pelejar,
e pelear.
Te desejo isso tudo.
E mais um tanto de esperança,
pra seguir com fé,
com brilho nos olhos
e firmeza no coração.
Quem vive, sente.
As emoções que transbordam,
a raiva do que nos machuca,
a alegria do que nos anima,
a paixão que nos move.
Quem vive, sente.
A emoção circulando nas veias,
o calor dos abraços,
o medo correndo em lágrimas.
Quem caminha sobre a terra
conhece o sapato que incomoda,
a distância que desanima,
o tempo que nunca basta
Mas quem não desiste, conquista.
a dignidade de se refazer,
o valor das amizades sinceras,
os amores que resistem ao tempo,
e um legado que não se mede em moeda
mas em presença, verdade e memória.
O filho vem.
O tempo passa.
Ele nasceu pro mundo —
do ventre pra fora,
de dentro do peito.
A vida pulsa na rua.
Preparar, educar,
deixar voar,
ensinando a abrir as asas
e a entender a direção do vento.
Todo filhote tem seu próprio destino.
Todo pai tem seus dias contados —
na vida e na tutela.
É tempo de deixar crescer.
É tempo de deixar que ele
faça seu próprio caminho.
Trama
Os pontos, ligados por tramas.
O fio faz roupa,
faz tapete voador,
corda de amarração.
O fio é forca —
no suicídio,
ou na punição.
O fio é cordão que alimenta
a vida em formação,
a informação.
O ponto é a partida.
O corte, a separação.
O choro, a notícia:
chegou nova estação.
A terra, o barro
a mão divina molda o homem.
o homem moldado
cria com imaginação:
faz o tijolo,
o artefato,
o vidro,
a edificação.
a casa que acolhe,
o muro que cerca,
a ponte que atravessa,
a plataforma que eleva.
do pó que vira forma,
do gesto que vira chão —
Deus sopra essência,
o homem faz invenção.
e assim,
a terra respira arquitetura:
matéria que sonha
em cada construção.
POeMA DE SEGUNDA
A semana começa.
O dia termina.
O tempo voa.
Sexta chegou —
e o tempo foi pouco.
Sábado passou,
domingo é sala de espera pra segunda.
Tudo recomeça.
A roda gira:
tempo, trabalho, tropeço e o vôo.
E a vida?
Bilhete de ida
pra um tempo qualquer
Pra uns, curto.
Pra outros, um pouco mais.
No fim,
somos só isso:
passageiros do tempo,
com hora marcada.
Poema
Memórias e Arrependimentos
Nunca vou esquecer de como,
Arrependi-me das minhas escolhas.
Nunca vou esquecer de como,
Vivi para os outros, sem forças.
Nunca vou esquecer, quando mais precisei,
Não tive apoio, fiquei sem amparo.
Nunca vou esquecer que as pessoas
Só veem a utilidade, sem reparo.
Nunca vou esquecer de quando precisei
De ajuda com algo importante.
Nunca posso ser ajudado,
Sigo só, cada instante.
Arrependo-me por ter escolhido
Viver dessa forma, sem alegria.
Hoje, minha vida é um lamento,
De outrora, só nostalgia.
Quando o Medo Chegar
Quando o medo bater à porta,
E as sombras se alongarem à noite,
Lembre-se do brilho da aurora,
Que dispersa toda a desdita.
Caminhe, mesmo com a alma tremendo,
Pois a coragem não é ausência de temor,
É avançar, mesmo vacilando,
É encontrar força dentro da dor.
Nos momentos de maior incerteza,
Quando o coração parecer falhar,
Respire fundo e siga em frente,
Há um novo horizonte a desvendar.
E se o caminho for árduo e tortuoso,
Lembre-se que a jornada é o prêmio,
Cada passo é um triunfo grandioso,
Continue assim mesmo, um passo de cada vez.
Viver ou existir é paradoxal. Todavia, duas são as persecuções na vida: objetivos e proposito.
Quem vive por seus objetivos, é como quem vai a igreja como pedinte: interpreta Deus. Daí, vai lá pra angariar uma benção oportunista, que satisfará durante um tempo a sua querela ou queixume;
decerto que os objetivos são coisas que queremos para breve ou que almejamos realizar a certo tempo, e sempre ao sufrágio de alguma "benção" da vida, seja pelo esforço ou "graça"; já o propósito, é aquilo que nos define.
E sendo assim, o propósito é como o ato de ir a igreja para exercer a "gratidão" por sublimação do Divino; uma pauta das convicções que regem a existência; e ante a luz reveladora da perseverança, viver o louvor do reconhecimento e consciência das finitudes materiais; a sapiencia de coisas que a morte não vai jamais mitigar. Eis então que o propósito refoge a alma das coisas deste mundo.
Cuida, pois, vijiarmos as persecuções de perto; e espiar atentos, em qual delas mais nos empenhamos.
(Victor Antunes)
Faz-me ouvir a tua voz, ó Deus.
Faz-me, ó Deus, sentir a beleza do teu olhar.
Resplandece, ó minha alma, o brilho do olhar do teu Deus, Senhor.
Ó beleza imensa,
a ti anseia minha alma e todo o meu ser.
Busco-te nos campos dos lírios,
nos pastos serenos,
no silêncio onde tu repousas,
onde o amor habita
e a fonte eterna jamais se apaga.
Pai, em Nome de Jesus, eu declaro que creio no Sacrifício de Jesus na cruz para me salvar, e na Sua ressurreição. Por isso, eu te peço perdão pelos meus pecados e que o Mesmo Sangue derramado na cruz cubra toda a minha vida e me purifique de todo pecado e injustiça.
Eu confesso Jesus como Meu Único Senhor e Salvador e recebo o Teu Espírito Santo em meu coração para que, a partir de hoje, eu me transforme na pessoa que tu desejas que eu seja.
Endireita os meus caminhos, Senhor. Escreve o meu nome no Livro da Vida e me faz um participante da Tua Herança Eterna.
Em Nome de Jesus, quebro todo o vínculo que eu tenho com as trevas para aceitar Jesus como Meu Único Senhor. Amém.”
minha dopamina cacheada I
ainda que me drogue
eu não mudaria meu vicio
continuaria dopado
viciado, em tal sentimento.
um cão preso em canil
com sua vontade de fugir.
e ainda que o joguem ossos
ele não morde com vontade
mas com saudade, de seu viver
de tal desejo infantil
admito que o vejo correr
livre.
e me lembro de tal dia
que eu parecia correr
como um cachorro no cio
direto pra você
enquanto tento não enlouquecer
dopado de dopamina.
dopado de você!
Queremos tudo sem oferecer nada
Queremos respeito sem respeitar
Queremos amor sem amar
Queremos cuidado sem cuidar
Queremos abraços sem abraçar
Queremos proteção sem proteger
Queremos abrigo sem abrigar
Queremos visita sem visitar
Queremos comer sem plantar
Quremos ajuda sem ajudar
Queremos falar sem ouvir
Queremos ser visto sem vê
Queremos passar sem estudar
Queremos vencer sem lutar
Queremos viver sem sofrer.
Vejo na sociedade em geral muitas pessoas com Síndrome de Gabriela:
"Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela..."
Normalmente são pessoas que não fazem autoreflexão.
Pensam que vivem fora da sociedade.
Falamos tanto o mundo dá voltas, que o mundo é redondo ....
Mas, continuamos olhando para o próprio umbigo, achando que nunca vamos precisar dos outros.
Achando que: "O mundo todo está errado e eu estou certo".
Não existe uma manual da vida feliz.
Cada vida é uma vida.
Cada cabeça é um universo.
Cada relacionamento é um relacionamento.
Cada família é um família.
Existem alguns parâmetros que podem ser seguido uma vez que já foram testados por nossos antepassados.
Porém nem sempre vai garantir o resultado desejado.
Algumas pessoas chegam a mencionar se não gostar do meu jeito problema seu.
Outros gostam de proferir "suas verdades" e não aceitam ouvir "as verdades do outro".
Pasmem !
Ouvi numa fila de baco um pessoa afirmar que prefere o debate pela rede social, mesmo compartilhando do mesmo espaço físico, por medo de ficar cara a cara.
Penso que debate pelo face é fundamental para casos de distância geográfica, falta de tempo ... etc.
Agora na mesma casa, no mesmo trabalho, no mesmo bairro... é estranho para mim.
Seria melhor frente a frente, de preferência na mesa de um bar. rsrsrs
Enfim, as relações humanas não mudam.
Aprendendo com a vida.
"Quem tem boca vai a Roma"
No meu primeiro dia de trabalho, com 15 anos, menino da periferia, fui acompanhado por meu pai para agência do Banco Nacional, localizada no bairro da Pituba. Logo na recepção, foram nítidas as expressões de surpresa e desconfiança dos funcionários presentes.
Confesso que na época não dei muita importância para esse fato, talvez pela vida dura que levávamos e pela necessidade, sempre fui pragmático e focado no que era mais importante, naquele momento: o emprego.
Logo na primeira semana de trabalho, uma das minhas funções como boy era fazer pagamentos nos cartórios, bancos, correios, repartições públicas. Era muito verde, tímido, introspectivo, inexperiente e não conhecia a maioria dos bairros de Salvador.
De fato, não achava essa situação um grande empecilho para executar minhas tarefas. Porém, percebi que não poderia demonstrar ao meu chefe essa limitação quando comparado ao outro colega de função.
Dessa forma, sempre que ele perguntava sabe aonde fica? Eu respondia sem titubear: Sei, sim!
Já no ponto de ônibus, lembrei de um ditado antigo: quem tem boca vai a Roma. E assim, de grão em grão fui conhecendo todos cantos da cidade.
Mas uma coisa chamou bastante atenção nesses primeiros dias de trabalho.
Antes de sair para tarefas externas meu chefe entregava um valor em espécie para despesas com transportes.
Num desses dias, ao retonar no final da tarde, devolvi ao meu chefe o troco, já que não gastei tudo. Para minha surpresa, em vez de devolver o troco para tesouraria, ele simplesmente colocou o dinheiro no bolso e deu uma sorriso sarcástico.
A percepção da vida como ela é no mundo corporativo dava os seus primeiros sinais.
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