Conto Amor de Clarice Lispector

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Renascimento

Ele caminhava pela rua com passos leves, mas a mente pesava como nunca antes. O eco das palavras que nunca foram ditas rodopiava em sua cabeça, criando um turbilhão de emoções que ele não conseguia conter. O dia estava cinza, uma coincidência ou talvez um reflexo do que sentia por dentro. O silêncio ao seu redor parecia zombar da confusão que o consumia.

Lembrava-se de como ele era diferente, ou pelo menos parecia ser. Naquele início, quando cada gesto dele parecia prometer algo novo, algo que jamais o faria reviver os medos do passado. Ele se entregou de corpo e alma, acreditando que dessa vez seria diferente, que ele ficaria. O sorriso dele tinha aquele brilho de esperança que ele tanto desejava encontrar em alguém. E ele se permitiu acreditar, contrariando os próprios receios, que ele não era como os outros.

Mas o tempo, cruel como sempre, revelou sua verdade. Ele se tornou aquilo que ele mais temia: alguém que parte. Não importava o quanto ele tivesse planejado, sonhado ou desejado; ele se mostrou efêmero, uma presença passageira, quase como um sonho bom que, ao despertar, se desfaz no ar. Ele percebeu, com amargura, que havia criado expectativas em torno de algo que nunca fora real.

Sentiu-se vazio, como se todas as suas forças tivessem sido sugadas por um abismo sem fim. Mas então, algo dentro dele começou a mudar. Uma força antiga, quase esquecida, emergiu das profundezas de seu ser. Uma lembrança de quem ele realmente era, antes dele, antes de todos.

Ele parou de caminhar por um momento e olhou para o céu. As nuvens cinzentas começavam a se dispersar, permitindo que alguns raios de sol atravessassem, iluminando suavemente a cidade. Sentiu uma onda de determinação invadir seu peito. Ele foi um momento, um capítulo em sua vida, mas não o fim da história.

Ele seguiria em frente, como sempre fez. A estrada à frente era longa e cheia de incertezas, mas ele estava pronto. Não mais dependeria de promessas alheias para ser feliz. Seu caminho seria traçado por seus próprios passos, fortes e decididos. E assim, ele seguiu, deixando para trás as sombras do passado, caminhando em direção ao futuro, onde sabia que encontraria a si mesmo novamente.

Inserida por Gamorim99

⁠Há momentos em que a vida se torna um fardo tão pesado que o coração transborda em silêncio, e o outro, ao nosso lado, clama por algo além das palavras: clama por escuta, por acolhimento. Quando nos deparamos com a dor alheia, é um convite não para a solução imediata, não para o julgamento rápido, mas para a presença. Muitas vezes, o maior ato de amor que podemos oferecer é simplesmente estar ali, ouvir sem pressa, abraçar sem questionar, permitir que o outro sinta plenamente, sem interromper com opiniões ou conselhos impensados. A dor do outro é única, e, por mais que pensemos entender, jamais seremos capazes de medi-la com precisão.

Nosso erro, muitas vezes, está em julgar aquilo que não vivemos, em acreditar que somos senhores da razão, e que nossas soluções são universais. Esquecemos que cada alma é um mundo, e o que para nós parece pequeno, para o outro pode ser um abismo. Respeitar o sofrimento do próximo é, antes de tudo, um ato de humildade. Não cabe a nós decidir o peso do que o outro carrega, mas sim oferecer um ombro firme, um abraço acolhedor, e a paciência necessária para que o outro se sinta ouvido. Mesmo quando as palavras se tornam amargas, mesmo quando o desespero transborda em queixas contra a própria vida, devemos lembrar que o acolhimento não está nas respostas que damos, mas na escuta que oferecemos.

Assim como Jó, que enfrentou sua própria dor, seu luto e seu questionamento diante da vida e do Criador, todos nós, em algum momento, nos tornamos aquela pessoa à beira do abismo, buscando sentido no caos. E assim como os amigos de Jó, que o acompanharam em seu silêncio, há momentos em que nossas palavras se tornam desnecessárias. O que resta é a presença. A escuta atenta e compassiva, sem julgamentos. Pois a dor, como a vida, segue seus próprios caminhos, e o que o outro mais precisa, em seus momentos de vulnerabilidade, não é a certeza da razão, mas a certeza de que não está só.

Inserida por Gamorim99

⁠Desculpa o Auê

Ela invadiu minha vida como um furacão, sem aviso, sem pedir licença. Era do tipo que falava alto, gesticulava demais e ria com a força de quem carregava o mundo no peito, mas preferia gargalhar a chorar. Eu, acostumado ao meu canto ordenado e silencioso, fui pego de surpresa pela tempestade que ela trazia.

“Desculpa o auê”, ela dizia, toda vez que derrubava um copo, esquecia uma blusa jogada no sofá ou começava uma discussão no meio do nada. Mas não era de verdade uma desculpa. No fundo, ela sabia que o caos dela tinha se tornado meu combustível.

Era nos tropeços dela que eu encontrava graça, e nos excessos que eu descobria o sabor da vida. Ela me tirava do meu eixo, me fazia perder a paciência e, ainda assim, eu ansiava pelo próximo “auê” que ela provocaria.

“Desculpa o auê”, ela repetiu, sorrindo de canto, quando esbarrou na minha prateleira de livros e derrubou tudo no chão. E ali, enquanto recolhíamos páginas espalhadas, percebi que aquele tumulto dela tinha organizado algo em mim: meu coração, antes tão metódico, agora pulsava fora de ritmo, mas mais vivo do que nunca.

“Não precisa pedir desculpas”, eu disse. “O auê já é parte de mim.”

Inserida por Gamorim99

⁠Ritmo e silêncio

Eles eram como o dia e a noite, tão distintos que parecia impossível coexistirem. Ela carregava o caos das manhãs ensolaradas, cheia de energia e risos que explodiam sem aviso, como o canto de pássaros numa floresta desperta. Ele, por outro lado, era o silêncio do crepúsculo, contemplativo, com olhos que pareciam guardar segredos das estrelas.

Enquanto ela dançava pela casa, improvisando passos ao som de músicas que nem sempre ele entendia, ele a observava do sofá, com um sorriso leve, como quem encontra beleza naquilo que não se pode controlar. Quando ele lia seus livros densos, mergulhando em pensamentos profundos, ela se aproximava com uma xícara de café e o interrompia com histórias do dia que, para ela, tinham mais cor do que qualquer romance.

Eram opostos que se completavam sem esforço, como o céu que precisa do azul e das nuvens. Discutiam, é claro, pois ele amava a ordem e ela adorava o improviso. Mas mesmo nas discordâncias havia uma harmonia: ele aprendeu a apreciar o caos das risadas dela, e ela encontrou beleza no silêncio dele.

Assim, seguiam juntos, um equilíbrio improvável entre diferenças que, em vez de separá-los, os uniam. Pois, no fundo, o amor não é sobre sermos iguais, mas sobre aprender a dançar no ritmo um do outro, mesmo que a música pareça, à primeira vista, totalmente diferente.

Inserida por Gamorim99

⁠ARTE MÁGICA
Chegado o tempo de novos valores
Rica homenagem num palco em cores
Bem ali mesmo: alados na rua
Voam vestindo a poesia antes nua
Novo sentido: parcos aparatos
A todos vocês temos que ser gratos
Trabalho divino com pouca folga
"Renasce" a cultura: muito em"Polga"
E vai da comédia à vida trágica
São bem mais que atores na "Arte Mágica"!

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠PANACÉIA
Pras tormentas que testaram
Em momentos tumultuados
Pras feridas que lanharam
Quero ser o teu cuidado
Tantas dores revelaram
Que mereces outro estado
Novos sonhos embalaram
Um repouso descansado
Querubins já anunciaram
Sem nenhum remédio amargo
São guardiões que nos reparam
Abençoando amor sagrado.

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠HIPERBÓLICA
Em muito foi realeza
Histórico de glórias
Méritos com certeza
Em firme trajetória
Na razão a destreza
Não se apagam memórias
Que a emoção pôs à mesa
Singela e hiperbólica
Desponta com firmeza
Jamais será escória
Verdadeira riqueza
Em suas ações simplórias.

Inserida por alfredo_bochi_brum

MURMÚRIOS
Quantas frases buscadas e não ditas
As mais rebuscadas nem sempre as “benditas”
Palavras e desencontros por aí perdidos
No silêncio clamando como mendigo
Um abraço sincero em forma de abrigo
Apelo não dito que só pode escutar
Aqueles que amam sem nada falar
Sentimento profundo no infinito lançado
Quieto, calado, querendo bradar
Maturidade: abafa esse grito do peito
Bem desse jeito murmurando baixinho
Não perde a esperança de encontrar sem razão
Alguém lhe escute a voz do coração!

Inserida por alfredo_bochi_brum

PERSISTÊNCIA
Onde andas encontro?
És mago ou és monstro?
Será preciso perder-se para saber?
Num momento: certo, seguro, coberto...
Vestindo furor em mil coincidências
Robusto explendor reflete e cegueia
Despido no tempo, brilho ofuscado
Raquítico e belo, coração mal tratado
O passo foi firme e já hoje rengueia
Segue tua senda, coxo, maltrapilho
Ergue a cortina, na busca da Luz
A casca que cai desnuda a aparência
Ampulheta cruel retarda tua sina
Reflete e ensina o valor da essência
Mago e monstro: eterna insistência!!!

Inserida por alfredo_bochi_brum

BIRUTA
Tudo perfeito
Não fosse esse jeito
Da solidão do vazio
Gigante e esguio
Sol lindo que arde
Na sombra um aparte
Com a brisa uma parte
Daquilo que falta
Sopro de alma pura
Mantém a esperança
Daquela ternura
Que justifica e empurra
A vida pra frente
Silêncio carente
Que o mar nos indica
A prece que grita
Um acaso exigente!

Inserida por alfredo_bochi_brum

FUTURO DO PRETÉRITO
Vizinho passado
Tão perto e tão longe
Não sabes que esconde
Um futuro minguado
Tão lindo e esperado
Meio sindrômico
Crente não vês
Um sonho só teu
Já dizia o poeta
Sozinho não segue
Pra virar realidade
Viril cumplicidade
Virtude tão cara
Que a muitos separa
Tão bela: tão rara!!!

Inserida por alfredo_bochi_brum

PARA”ISSO”S
“Dove” está minha alegria...
Oh que busca “in”gente
Um oceano de emoções
Divide continentes
Alma cortada
Saudade afiada
De minha amada gente
Contando as horas
Longe e perto
A terra em que se “Pisa”
Foi passado e é futuro
Obras certas
Obras tortas
O que mais na vida importa
É um eterno abrir de portas
Corre nas veias
Um resgate de história
Do “Pó” viestes
Ao “Pó” voltarás
Olhando para trás
Olhando pra frente
Presente... passado... futuro...
Não há ambiente fixo
Assim... aqui e ali...
São meus: Para”isso”s!!!

Inserida por alfredo_bochi_brum

FORMATAÇÃO
Formatado
Sem marcas
Sem mágoas
Primeira parada:
Acolhimento de família
Nesse ninho:
Amor, carinho
Farol iluminado
Exceção pra muitos outros
Essa foi minha realidade
Sabe-se, bem verdade
Que se sopram outros ventos
A soberba da matéria
Em minha porta não bateu
E outras coisas tantas
Que a mim não foram pródigas
Na riqueza de um afago
A lógica é diversa
Impulsionando o ser mundano
Para um ser que se completa
Não é preciso ser atleta
Sumidade ou nobel
Mas também não é de graça
Que se direciona para o céu
Nesse sagrado trajeto
Em meio ao vazio e à plenitude
Fui da escola ao magistério
Meio por acaso
Tal amor floresceu
Guiado pelo exemplo
Chocado naquele ninho
Onde o maior norte
Rumava para o ensino
Todavia Educação
Não é só excelência técnica
Muito mais que fita métrica
A medida há de ser outra
Fazer de um ponto de partida
O portal para evolução...
Já se faz iniciação
Para o ofício do ritual...
Para incitar o aprendizado
É vital tal compreensão
Não sou mais tão formalista
E muito sigo o coração
Buscando na conquista
Demonstrar essa paixão
Não são notas escritas
As que nos gravam no eterno
Numa santa troca diária
De polivalente adequação
Cálculos, leis, gestão
São pequenas partes no processo
E para o bem do progresso
Não basta passar os anos...
Há que "Ser" firme no propósito:
De nos tornarmos mais humanos!!!

Inserida por alfredo_bochi_brum

RAÍZES DE OUTONO
Mãe amada
É primeiro de abril
A ti já se viu
Inflamados discursos
Convenientes aos ursos
Momentos diversos
Hoje povo disperso
Nos deixaram mais pertos
Nesse momento
Alegria e alento
As folhas caem
E a raiz fortifica
Beleza que implica
Um novo porvir
Feliz leniência
Onde a conveniência
Não tem vez e nem voz
Estação do amor
Desabrocha em nós!

Inserida por alfredo_bochi_brum

IMPLOSÃO

Estranha sensação
Me julgava Sansão
Baquiei e sofri
Logo ali já vi
Tão pouco era Davi
Luta inglória
Fértil memória
Alegrias e incertezas
A embalar o coração
Amor, paixão, perfeição?
Trajetória em vão
Sobremesa tristeza
Ergui a cabeça
Assumi os riscos
Fiz uns rabiscos
Libertei a aflição
Confessei a emoção
Implosão do projeto
Desabou desde o teto
Na lona e no chão
Não olvidei o afeto
Pedi perdão
E invoquei gratidão.

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠PROVAÇÕES
Nas areias do deserto
Sem saber se longe ou perto
Ali: de peito aberto
Num escaldante relento
Escassez para o sustento
Firme ideal como alento
Sem ceder nenhum momento
Apesar das tentações
Miragem de emoções
Nas mais diversas provações
Desafios diários na aridez
Onde a Fé não perde a vez
Luz e Trevas dualidade
Sacrifício à liberdade
Para o bem da Humanidade.

Inserida por alfredo_bochi_brum

ALÉM DA CONTA

Lindo desejo um dia surgiu
Lançado no espaço transformou o vazio
O que era esperança virou emoção
Caminhos distintos navegando no mundo
Mergulho profundo tesouro no mar
Oh quão bom encontrar sentido na vida
Família unida lastreada no amor
É grande o fervor, energia imensa
A gente nem pensa e virou realidade
Fraterna amizade - fermento divino
Menina menino - Marttina e Afonso
Que vem e não passam causando alvoroço
É a mãe é o pai - embalando seus sonhos
Regando as sementes prum mundo melhor
Entre passo e tropeço o importante é andar
O caminho é eterno e não tem mais fim
Dignidade e respeito valores maiores
Batem forte no peito empurrando o destino
Amor e Justiça sejam o norte
Não importa o mais forte e sim a essência
Valores forjados que o dinheiro não compra
Família feliz é o mais lindo que conta!

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠⁠⁠⁠⁠Privilegiada leveza de um sorriso iluminado como um sol de verão, olhos radiantes à semelhança das estrelas, incomparável sensação,

luzes fascinantes de um coração honestamente grato, amor entusiasmante, paixão intensa, insaciável, gratidão de fato contagiante,

que embeleza ainda mais com uma simplicidade exuberante, sedutora, exposição de uma arte viva, naturalmente, transformadora.

Inserida por jefferson_freitas_1

Um tributo à Terapia
(Em homenagem à todos os meus preciosos traumas )

Não é difícil explicar o que somos.
Podemos nos entender tão exatamente como a matemática fundamental,
Talvez, um tanto menos racional.
Nós podemos nos ver como números.

Sim, números: algarismos primitivos da matemática.
E variados, cada indivíduo com seu número e valor.
Mas somos dinâmicos, não nascemos e morremos sendo o mesmo número.
E é aqui que a sociedade se perde.

Para aumentar seu número, algumas pessoas tentam comprar valores,
Maquiar seus sinais, mudar seus zeros de lugar,
Andar com suas vírgulas ou, nos casos mais desesperados,
Tentam te convencer que aquele ‘menos’ é ‘mais’.
Isso tudo é uma grande ilusão.

Não podemos mudar quem somos deste jeito.
Faz isso quem não se conhece, ou seja, quem não sabe se contar.
Quem aprende a contar, descobre que, apesar de vermos números,
Nós não somos os números.
Por trás do que vemos, cada um de nós, na verdade, é uma equação.
Os números são os fatos da vida.

Números em definição, são entidades matemáticas, ou seja, estão fora de nosso controle.
Não podemos escolher os números que a vida vai nos apresentar.
Eles aparecem e ponto.

Negativos, positivos, altos e baixos.
Vivemos numa tentativa válida (e saudável) de evitar alguns números,
Mas sabemos que, de forma geral, não podemos controlá-los.

Sim, somos vulneráveis AOS números.
Pois é importante lembrá-lo: nós não somos números,
Nós somos equações.
E, equações que somos, nosso controle está na livre escolha sobre a operação.
Podemos dividir, subtrair, somar ou multiplicar os números que a vida nos dá.
É aí que está o poder.

E aprender a contar inclui, além de saber fazer as operações
Ser apto a fazer a melhor escolha para sua equação,
Afinal, um parêntese no lugar certo pode ser salvar seu resultado.

Porque além de números também não somos o resultado.
Resultado é o valor final, calculado quando a equação já morreu.
Enquanto vivos, somos equação.
Somos o processo.

Somos uma conta inacabada de números que ainda nos estão sendo dados.
Se fôssemos palavras, seríamos verbos sendo conjugados no gerúndio,
Mas em matemática, conjugamos o valor assumindo ser o que ainda não se é.
Porque somos um “X”, indefinido e variável, calculado em função {do que nos acontece}.
Não existe conta certa ou errada porque, de novo, nós não somos resultados.
O número que vemos é apenas uma parcial da equação que somos.
Não nos define em nada.
Pelo menos não deveria.
É ilusório.
A conta ainda não foi concluída.

Não importa o número que alguém apresente hoje,
Se amanhã a vida lhe der um zero é possível esperar que nada mude
Ou que isso simplesmente zere toda sua equação.
Um enorme zero.
Mas, momentâneo.
Porque a conta ainda está sendo feita.
E, nós não somos resultados, lembra? Somos a conta.

Até porquê, números, por si só, não representam nada.
São algarismos.
É preciso um contexto para interpretá-los.
Um 10 pode ser bom, sendo a nota com máximo de 10,
Mas pode ser 1 desastre sendo o máximo de 100.
Sem contexto, não podemos saber o real valor dos números.
Nem o dos nossos, nem os dos outros.

Porque o valor dos números está na conta.
E só saberemos nosso valor real, nosso número final,
Quando interpretarem nossa equação.
Sendo assim = aprenda a (se) contar.

Alice Hott

Inserida por alicecoragem

⁠Desilusão

Eu fui silêncio.
Fui também a segurança
Que você se agarrou.
Eu te conheci por inteira,
Ouvi seus pecados mais íntimos.
Te defendi de todo mundo que te rodeava.
Eu fui fiel.
Te ensinei a confiar,
Te fiz ver além do que as pessoas falavam.
Te mostrei o que te escondiam,
O que te enganavam.

Se errei, foi tentando te proteger.
Se te limitei, foi por saber onde eras incapaz.
Se te poupei, foi por não querer te ver humilhada.

Agora que tens outros amigos,
Me questiona.
Ouve outras Vozes, acredita em outras Coisas.
Antes, era só eu e você
Contra o mundo.
Agora você duvida de mim,
E se junta à eles.

E você sabe como me superar,
Aprendeu meus pontos fracos e,
Finalmente, pode me ver derrotado.
Você aprendeu a me enfrentar.
Ou será que aprendeu a se enfrentar?
Eu sou o medo
Sendo quebrado pela alma,
Sumindo pouco a pouco,
Te entregando, enfim, à sua verdadeira essência.

Voa.

Inserida por alicecoragem

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