Conto Amor de Clarice Lispector
Quero sair correndo;
Mas não tenho coragem;
Sou covarde, tenho medos
Da primeira vez que te vi;
Eu não sabia que nos pertencíamos;
Fiquei com medo e com vontade de sair correndo;
Mas sou covarde e tenho meus medos;
Mentiu ontem e mentiu hoje;
Sempre há mentiras para contar;
Mente de corpo e espírito;
Eu quero sair correndo;
Mas não tenho coragem;
Eu quero ficar;
Mentiras profundas, sentimentos e paixões;
Mentiras sinceras;
Mentiras Cantadas;
Estou mergulhada, me afogando
Quero sair correndo;
Sou covarde, tenho meus medos;
Pega na minha mão;
Eu vejo você;
No silêncio da nossa casa;
No canto dos passarinhos;
No quintal, ao som das árvores sendo sacudidas pelo vento;
Eu te vejo;
De manhã, a noite;
Na nossa casa, sorrindo;
Eu vejo você;
Na música;
Na melodia;
Na poesia;
No ritmo;
Eu sempre te vejo;
Vejo você nos meus pensamentos;
Vejo o quanto de amor existe no seu sorriso;
E no encanto da sua fala quando estamos juntos;
Eu me vejo nos seus olhos;
Eu vejo;
Vejo você no Sol, na Lua e nas Estrelas;
Nos pés descalços sobre a grama verde;
No meu olhar ao acordar de manhã;
Te vejo no cheiro do café;
No som do violão;
Te vejo em tudo;
Te vejo em mim;
Mocinho, Mocinho;
Rústico;
Barba;
Cabelos escuros e compridos;
Você toca e canta;
E eu sou toda ouvidos;
Mocinho lindo;
Olhos verdes, castanhos, escuros e viril;
Uma explosão de cores e de desejos;
Quero seus beijos;
Sempre;
Mocinho lindo;
Das mãos suaves e pesadas;
Dos olhos famintos;
Me pega pela cintura;
E me leva as alturas;
Mocinho, mocinho!
Nascida do fogo, a alma é chama acesa, é energia intensa, se entrega através das palavras, e fúria em sua delicadeza, guiada pelo vento o ar e sua defesa, dedicada de mais em tudo que faz e ainda mais quando decide sentir seja qual for o sentimento vive cada momento antes de tudo acabar.
Nunca teve receio de ser ela mesma, não esconde seus medos, nem suas tristezas, ela e um enigma a se desifrar porém tem um código difícil de achar, ela o esconde em um lindo lugar em seus pensamentos pois vive a sonhar.
Tem um coração vibrante, lindo como a flor mais rara a se encontra, ela finge ser forte como diamante mais e apenas na preciosidade que ela que comparar, por que ela e na verdade um frágil cristal que pode quebrar.
Ele não se engana, sua parte bruxa não a abandona, as vezes domina para proteger a menina sensível que ela esconde, chora atoa, por que ama demais.
Ela e como fogo, linda para se adimirar, perigosa de mais para tocar, tome cuidado pois se estiver aí seu lado vai se queimar.
Ela é noite de lua cheia que as almas incedeia, quando toca com sua luz, deixando seus mistérios ao vento, confundindo os pensamentos de quem quer lhe domar.
Ela e a deusa do fogo, seu dono e o ar, dançando na madrugada a deslumbrar, o ar a conduz e suas labaredas ele faz aumentar, na sintonia das chamar saem faíscas a se espalhar, aumentondo seu fogo fazendo ela brilhar, embalados ao som da sinfonia de dois corações em um mesmo ritimo a uma mesma frequência, em cada batida um som a falar, de um amor intenso que nunca vai acabar.
Ela e o amor que libertar, utrapassa barreira, elimina fronteiras, sem se limitar pois sabe que não há distância que os irá separar.
Ela e bruxa sim, um olhar cor de mel de enfeitiçar, até mesmo o mais nobre cavaleiro, que não foi copaz de resistir seu olhar, ela dança para lua para lhe conquistar, fazendo encantos para seu cavalheiro curar, mais ela sabe bem que e apenas o amor que pode tudo transformar.
Ela e uma garota perdida em meio a tantas feridas, ela não e perfeita mais tenta explicar que suas dores ela pode suportar, e uma grande mentira e só quer enganar o pesso do tempo, que ensiste a lhe mostrar apesar de tudo ela vai continuar.
Ela e tempestade, pois em suas verdades ela quer te testar, se você e forte o bastante para lhe segurar, pois ela e como uma brisa que só quer se encontrar, e escolhe seus braços para se aconchegar.
Ela e como as libélula, símbolo de equilíbrio, mais em seu vou nada se parece equilíbrar, e de grande leveza, mais o que destaca e sua beleza de uma delicadeza de se invejar, mais e no precesso de transformação, que ela mostra sua força, não teme as mudanças nem a adaptação, tem a certeza que juntos todo se pode conquistar, mais e na sua intuição que ela pode confiar, pois ela traz a garantia que um dia ela vai se encontrar.
Por Clarice Gaio
Ser inteligente se torna uma coisa muito ruim.
Me faz ser uma pessoa má, mesmo quando não sou.
Por que aprendi a observar as coisas, e reagir com frieza.
E assumir as reações, pelas escolhas certas.
Mesmo que ninguém entenda, você sabe exatamente o que tem que fazer.
E mesmo que isso custe, um alto preço.
Nada paga se conhecer, e saber o que não quer mais viver.
Mesmo que custe sua alma, não aceita mais se perder.
Clarice Gaio.
Etimologicamente, a palavra mentira vem do latim mentire que remete à palavra mens, que significa 'mente', inteligência, intenção. Indica um ato de alguém que tem 'mente', inteligência e intenção e modifica as informações para obter algum proveito ou se livrar de alguma situação incômoda
Para a psicologia mentir é um processo psicológico pelo qual um indivíduo deliberadamente tenta convencer outra pessoa a aceitar aquilo que o próprio indivíduo sabe que é falso, em benefício próprio ou de outros, para maximizar um ganho ou evitar uma perda.
Não existe mentirinha ou mentirona, mentira é mentira, a mentira fere, doe e machuca, se as pessoas soubessem a responsabilidade que elas têm sobre o próximo não mentiriam, assumiriam os riscos de suas escolhas, das suas atitudes e das suas falas.
Pessoas mentirosas são fracassadas e frustradas, pessoas verdadeiras assumem o risco de falar a verdade, são livres.
Tudo começou com um olhar, os olhares falam, e os olhares nos movimentam a fazer coisas inesperadas que até nós duvidamos.
Não é fácil, mas também não é difícil, quando encontramos um olhar que esteja na mesma sintonia que a nosso, é uma troca louca e excitante, e nessa troca louca meu olhar cruzou o olhar dele...
As dores:
A dor é algo natural, todos sentem dores, sejam dores no corpo, na mente ou na alma.
Já senti todo o tipo de dor, dor de parto normal, dor de rim, dor de vesícula, dor no nervo ciático (a pior de todos), dor ao bater o dedão na quina de qualquer objeto, dor de ter caído de bicicleta, dores banais, cotidianas, mas a pior dor que o ser humano pode sentir é a dor da alma, não existe dor pior, porque não tem dia, hora ou data para acabar, você sabe que uma hora aquela dor terrível vai acabar, mas quando? Os dias, os meses, as horas e os minutos passam e aquela dor está ali te mastigando inteira por dentro, e você não pode fazer nada, a não ser gritar ou chorar, até que em uma noite chorei, mas chorei tanto de soluçar, chorei que nem um bebê quando acaba de nascer, acho que fiquei mais de uma hora chorando sem parar, e com o choro vinha os gritos.
O engraçado que depois daquela noite eu nunca mais senti essa dor da alma, aquela dor, aquele choro e aquele grito de uma certa forma me fez forte, tem coisas ruins que acontecem na vida que naquele momento não entendemos o motivo, mas conforme os anos vão passando, você compreende que tinha que passar por tal situação e sentir a tal dor, porque não importa o tempo, a resposta sempre chega quando você menos espera.
Também existe a dor da mágoa, aquela ferida cicatrizada, que quando é cutucada volta a sangrar e a doer, tenho muitas feridas cicatrizadas, tento não as cutucar, mas quando cutuco acabo me derretendo em choro, ai você faz um monte de perguntas para o seu inconsciente, mas no lugar da resposta sempre será o silêncio.
No meio das dores, tem a dor da perda, a perda de alguém que você ama muito, a perda do seu eu para os problemas da vida, a perda do que você significa e o que a vida significa para você. Dores são dores, e elas existem de todas as formas, e acabam nos ensinando, as dores e a tristeza nos amadurece.
O silêncio faz isso com a gente, nos trás reflexões e respostas, nos ajuda a enxergar coisas e momentos que antes não prestávamos atenção, posso afirmar que o silêncio tem um certo poder de coerência, nos ensina a mergulhar em nós e a evoluir.
Foi com o silêncio que aprendi a ficar calada, a não me estressar à toa, e ignorar pessoas e momentos, porque o silencio nos mostra que o tempo passa e tudo tem o seu tempo.
Com o silêncio penso e reflito muito, e às vezes não chego a nenhum resultado, às vezes o silêncio cansa.
O silêncio também me ajudou a descobrir que existem momentos que o silêncio não é tão bom assim, como uma casa cheia de crianças e brinquedos espalhados, gritaria, gargalhadas, brigas entre irmãos, e de repente, tudo aquilo some e evapora em um piscar de olhos.
Dia 1
Escolhi o dia 1 porque o número 1 marca o início de tudo, o início pode ter categorias, categoria de relacionamentos, emprego, amigos, desejos, sonhos, família, entre outras, o dia 1 é um marco, a partir do 1 você tem o poder de iniciar algo novo, pode ser algo material ou não, pode ser um novo pensamento e esse pensamento pode ajudar a evoluir, o número 1 é a partir de, é o início, uma mudança positiva.
Te vi;
Me entreguei;
Me apaixonei;
Te vi outra vez;
Mergulhei profundo nos seus olhos verdes castanhos;
Te amei;
Te vi outras e outras vezes;
Corpo sobre corpo, pele, cheiro e beijos;
Me desesperei;
Te vi, te senti, te beijei, te amei, te amo;
De mãos dadas caminhamos;
Quero ir além de mim, de você, de tudo;
Sorrisos, olhares e silêncio;
Socorro!
Quando você ama alguém e sentir que, para manter essa pessoa ao seu redor tem que sofrer, sacrificar tua essência e até implorar mesmo que doa te separar. E não apenas porque as coisas ficam difíceis, mas que não faz você se sentir valorizado, que não é capaz de dar o mesmo que você, que não é possível estabelecer o mesmo compromisso, a mesma entrega. Ela simplesmente não te merece.
"Se você está sofrendo por causa de um amor perdido, tenho más notícias: não há nada que você possa fazer. E não há ninguém que possa ajudar.
Na melhor das hipóteses você vai ter um amigo paciente pra vai ouvir suas queixas. Ou eventualmente buscar você num bar e te levar pra casa com segurança nos dias que você se comportar feito um louco. Na verdade, até existe alguém capaz de curar sua dor, mas este alguém costuma ter pressa. Ele se chama TEMPO.
Portanto, procure levantar sua cabeça e dar um passo à diante. Por menor que seja. Porque você ainda tem um longo caminho a percorrer dentro desse inferno. Não se deixe abalar, erga a cabeça e siga em frente. Ter pena de si mesmo não vai ajudar em nada. E por mais que você não acredite, eu posso garantir que você sente algum prazer em cultivar esse sofrimento. Sim, estar triste é uma forma de exercer a paixão quando o alvo dessa paixão já se foi. Você está usufruindo do seu direito de viver eternamente apaixonado. Isso é ótimo. Prova que você é romântico, mas coisas ótimas não costumam ser baratas, você tem que pagar seu preço. Em algum momento, tudo isso vai passar! E nesse caso, quando o furacão for embora, ele não deixará destroços. Tudo estará em seu devido lugar, como se nada tivesse acontecido. Você vai recuperar suas noites de sono, vai se sentir revigorado, vai estar feliz com você mesmo. Vai levantar sua auto estima. Você vai estar pronto pra entregar seu coração a outra pessoa, mesmo correndo o risco de parti-lo em mil pedaços novamente. Porque o amor, ah, ele sempre vale a pena..."
"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar" Clarice Lispector. Pura verdade, que remete a mim e a muitos a remoer o próprio passado, levando-nos a exclamar a famosa frase "Ah "se" eu podesse voltar no tempo". Penso eu que isso é pura bobagem. Nada na vida acontece por acaso, tudo tem um por que. "Se" cometemos erros, foi a vida quem nos levou a fazê-los, talvez na busca de amores impossiveis, situações ame...nas, situações menos dolorosas e, "se" tentamos corrigilos é sim na tentativa ansiosa de acertar, por acharmos que em nossos caminhos deixamos alguns "Ses" que poderiam fazer a diferença em algumas situações que teriam reflexos para o resto de nossos dias... "Se" eu tivesse ouvido aquele conselho daquele velho sábio... "Se" eu não tivesse dito NÃO para aquela pessoa que parecia ter tanto amor para me oferecer... Se, se, se... "se" não cometemos os erros que a vida por si própria nos leva a comete-los, como saberemos que erramos, para assim tentar corrigi-los na ância de acertar??? Portanto, errem sempre que a vida leva-los a isto queridos amigos!!!
Para o dicionário, lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa; para Clarice, o sentimento mais urgente que existe. Pra mim? Eu nunca senti tanta como nos últimos dias. Nunca encarei a saudade como um ponto negativo, porque além de demonstrar que algo bom tinha acontecido, aprendi que tem jeito pra tudo nessa vida – exceto a morte. O jeito é simples. Tem saudade? É porque valeu à pena, insista. Uma ligação resolve, uma mensagem resolve, um abraço se possível nem se fala... O problema, portanto, não é a saudade em si, mas sim a sensação da perda. O não ter, doi. O não poder, machuca. E ainda tem o tal do orgulho que as vezes não deixa assumir e recuperar o que poderia não ter acabado. A saudade com o tempo também traz esquecimento, graças a nossa poderosa memória seletiva. Não nos esquecemos daquilo que nos faz bem, não nos esquecemos do que ainda temos. Esquecer é questão de querer. Tem que abandonar, sentir-se livre, ocupar a mente e receber o prazer novamente. Na verdade, esquecer tem sido minha melhor forma de prazer nos últimos tempos.
Seja. mas antes de ser por inteiro seja dos outros.e antes que se entregue por completo á alguém saiba que ninguém pertence a ninguém, e que você é seu. Você não é aquilo que sua vida é. Você não é o momento que você vive nem o amor perdido. Você é aquilo que ninguém vê. Uma coleção de histórias, estórias, memórias, dores, delícias, pecados, bondades, tragédias e sucessos, sentimentos e pensamentos. Se definir é se limitar. Você é um eterno parênteses em aberto. Enquanto sua eternidade durar.
Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifício voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas… Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão: ‘Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono… Que venha um sonho novo, então’.
Hoje eu pensei em você com saudades e meu coração se encheu de tristeza e fez as lágrimas transbordarem pelos meus olhos. Mas não há nenhuma novidade nisso, porque eu pensei em você ontem e anteontem e todos os dias desde que você se foi. Sua falta aperta tanto o coração que a saudade escorre pelos olhos. Penso em você em silêncio e às vezes chego a chamar seu nome, mãe. Sua lembrança continua viva dentro de mim, eternizada em meu coração. Ah, mãe, como eu queria que estivesse aqui.
Que a minha intensidade não me impeça de respirar vezenquando, pois suspiro o tempo todo pra encontrar espaço nesse peito que já nem se cabe. Que essas explosões de vida, de beleza e dor me permitam ao menos, por alguns momentos, absorvê-las com tranqüilidade: para que eu consiga dormir sem ter de chorar ou gargalhar até a exaustão, pois sinto falta de apenas lacrimejar ou sorrir sem contrações, descontraída. Que a felicidade não me doa sempre e tanto, a ponto de assustar. Que haja alguma suavidade nos meus olhos diante do cotidiano e que eu não me emocione exageradamente com esta delicadeza. Que eu possa contemplar o mar sem que ele me afogue por completo. Que eu possa olhar o céu imenso e que isso não me aniquile por lucidez extrema. E que quando eu escrever um texto, ao ser publicado, assim, despido de qualquer revisão emocional, dotado apenas da intuição que me foi dada, que encontre a fonte precisa que agasalhe a palavra “palavra”. Que eu não viva só em caixa alta, com esses gritos que arranham silêncios e desgovernam melodias. Que eu saiba dizer sem que isso me machuque demais. Que eu saiba calar sem que isso me provoque uma tagarelice interna inquieta. Que eu possa saber dessa música apenas que ela se comunica com algo em mim, nada mais. Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia.